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VITÓRIA A EVIDÊNCIA DA REGENERAÇÃO

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 107-111)

A regeneração é um milagre invisível e, justamente por esta razão, origina duas dificul­ dades sérias. Uma delas tem a ver com os crentes professos que não são crentes verdadeiros. Eles afirmam que são “nascidos de novo”, porém, continuam vivendo no pecado e trazendo má fama sobre a Igreja. A segundadificuldadejem a ver com os crentes verdadeiros, que chegam a duvi­ dar da sua experiência de salvação. Su^geiJanic^ guajUiitas nas tejntações^e sua falta^dejgejfeição parecem in ^ ^ a u e j m n c a receberam uma nova natureza. Vivem espiritual­ mente frustrados e com dúvidas desnecessárias.

Como uma pessoa pode saber se ela, ou qualquer outra, está verdadeiramente regenera­ da? A resposta acha-se no fato de que, embora o milagre da salvação seja invisível, ele é manifes- to na vida da pessoa através de vitórias e frutos espirituais.

1 0 0 TJCÃO 6: A REGENERAÇÃO

A Vitória Sobre o Mundo

João declarou que o que “é nascido de D eus” terá vitória sobre o pecado.

“porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. ” (1 Jo 5.4).

Este versículo nos assegura que o poder divino da regeneração é suficiente para vencer qualquer poder maligno no mundo. João declarou mais: “Filhinhos, vós sois de Deus, e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 Jo 4.4). Mas, ao mesmo tempo, a eficácia do poder da regeneração depende da nossa fé; e, portanto, da nossa comunhão amorosa e da confiança em Cristo.

A Luta Contra o Pecado

Muitos crentes sabem o que é uma vida vitoriosa, mas quando estão em luta contra as tentações e o pecado, começam a duvidar da sua experiência de salvação. Estes crentes precisam reconhecer que a sua muita luta contra o'pecado é prova da presença da natureza divina no seu interior, que teve início com a regeneração. O crente fiel tem paz com Deus, mas ao mesmo tempo luta contra as tentações.

Anteriormente à regeneração, o homem era inimigo de Deus, vivendo em paz com o mundo e com o pecado ( Tg 4.4). Mas depois de receber a nova natureza divina, está em paz com Deus e não se sente à vontade com o pecado. Antes da conversão, ele ficava às vezes sob a convicção do Espírito Santo; depois da conversão, porém, o Espírito Santo faz parte do seu próprio ser, convencendo-o continuamente de atos e pensamento pecaminosos, e produzindo o Seu fruto, descrito em G1 5.22.

A razão básica, pois, da luta do crente contra o pecado é a existência de duas diferentes naturezas num só corpo. A velha natureza que já reinou como seu senhor, deseja continuar assim, asseverando sua autoridade sobre a nova natureza, que está em rebelião contra aquela (2 Pe 1.4; G15.17). Esta guerra das duas naturezas não terminará até que a natureza pecaminosa seja com­ pletamente removida do crente, no porvir.

Este fato, no entanto, não deve ser motivo para desencorajamento, porque Cristo nos ca­ pacita a viver agora mesmo uma vida de vitória sobre o pecado. Embora lutemos com tentações dia após dia, nunca devemos admitir a derrota, porque, no poder de Cristo, podemos ser vitoriosos!

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões... mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos... a Deus, como instrumentos de justiça. ” (Rm 6.12,13).

LICÃO 6: A REGENERAÇÃO

Tropeço e Rendição j

I t l

Já falamos da vitória sobre a tentação e o pecado, mas ainda há uma pergunta difícil que precisa de uma resposta. O que acontece se o “soldado” cristão tropeçar na batalha certo dia, e o inimigo tirar vantagem de sua queda?

Uma resposta clara pode ser achada na Bíblia, que declara que o “soldado” caído deve confessar o seu pecado, e levantar-se com forças espirituais renovadas para voltar a enfrentar o inimigo.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. ” (1 Jo 1.9).

^á^A lgum as igrejas descuidadamente confundem um tombo do soldado na batalha, com sua rendição completa ao inimigo. O soldado cessa de ser soldado somente depois que perde a von­ tade de lutar e se rende completamente ao inimigo como prisioneiro. Assim acontece com o crente regenerado. Sua salvação não depende dele ser perfeito na batalha espiritual. Se fosse assim, a salvação seria um mero jogo; seria apostar com grande risco que, no momento da morte ou do arrebatamento do crente só haveria nele perfeição, não havendo um só pecado presente.

S(Pelo fato de um soldado cair, não significa que ele já é um prisioneiro derrotado! O próprio fato dele não ser derrotado por um pecado, mas querer confessá-lo, para ficar firme contra o inimigo, comprova que a natureza divina ainda reside nele, apesar de ter levado um tombo.

Não devemos confundir a verdadeira natureza da salvação pela graça, com idéia humanista de que a salvação se obtém mediante a perfeita obediência à lei. Tal padrão de obediência perfei­ ta, faria com que o crente se regenerasse quase diariamente durante sua vida inteira. Cada vez que fosse perdoado, regenerado e salvo, seria mais uma vez colocado na “corda bamba” da perfeição, para ali andar, equilibrando-se precariamente até ao tombo seguinte.

A verdadeira salvação pela graça não exige demonstração de equilíbrio numa corda bam­ ba; pelo contrário, provê um caminho bem iluminado que conduz ao céu. Embora seja estreito este caminho, há nele espaço para um homem caminhar, e no caso de tropeçar, não despencar para a morte. O homem não é salvo apenas por andar no caminho mas, sim, por permanecer na luz (Cristo). Enquanto andar na luz, não se desviará do caminho. (Estamos falando da vida cristã como um caminho, se bem que noutro sentido Cristo é o próprio caminho).

João declarou que um crente pode andar na luz e ter necessidade de purificação do seus pecados: “Se, porém, andarmos na luz... o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. ” (1 Jo 1.7). Acrescentou, no versículo seguinte, que ninguém está isento de pecado. A seguir, ele acusa aqueles que, alegando que são perfeitos, cometem o grave pecado de mentir! “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não

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está em nós. ” (1 Jo 1.8).

Com isto não estamos ressaltando o fato da salvação pela graça, significar tolerar o peca­ do na vida do crente. Pelo contrário, os casos de pecado são exceção, e não a regra, na vida do crente, que luta contra a tentação e resiste ao pecado. João escreveu: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado ... ” (1 Jo 3.9). Ler também Romanos 6.1,2. Os crentes não são perfeitos, mas o pecado sempre será um elemento estranho e insuportável na vida deles aqui.

Conclusão

Concluindo, diremos que a regeneração nada tem a ver com o que a pessoa faz mas, sim, com o que ela é. No momento da salvação o homem torna-se uma nova criatura em Cristo e passa a viver numa atitude totalmente diferente para com o pecado. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura... ” (2 Co 5.17). Apesar disto, o crente não é perfeito, porque a sua velha e a sua nova naturezas “... são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer” (G1 5.17).

O relacionamento entre o crente e o pecado pode ser comparado à de um cordeiro, na seguinte ilustração. Imaginemos uma criança que foi criada na cidade. Com quatro anos de ida­ de, o pequeno menino é levado por seu pai a uma fazenda, onde lhe é mostrado um cordeiro e um porco. O pai explica-lhe que um dos animais é um cordeiro, e o outro é um porco. Como saber qual é o cordeiro e o porco? - pergunta o menino. O pai responde: - O cordeiro, por sua natureza, não gosta de sujar-se de lama, ao passo que o porco gosta muito disto, pela sua natureza! Agora, você pode me dizer qual é o cordeiro e qual é o porco?

Um dos animais estava chapinhando numa poça de lama, ao passo que o outro estava fugindo da lama que estava sendo agitada, procurando limpar-se das manchas de lama que caíam na sua lã. Embora houvesse lama nos dois animais, o pequeno menino podia facilmente distin­ guir qual dos animais, pela sua própria natureza, detestava ficar sujo!

PE R G U N TA S E E X E R C ÍC IO S

ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA

6.15 - O milagre da salvação é invisível. Ele se manifesta através de vitórias e frutos espirituais. Assim acontece com a pessoa

___ a. que tem dúvida da sua regeneração. X b. verdadeiramente regenerada. ___ c. que resiste à salvação.

LICÃO 6: A REGENERAÇÃO 103

6 .1 6 - A eficácia do poder da regeneração depende

___ a. da fé. ___ b. da comunhão com Cristo.

___ c. da confiança em Cristo. ^ d. Todas as alternativas estão corretas. 6.17 - Anteriormente à regeneração, o homem era

a. inimigo de Deus. ___ b. amigo de Deus. ___c. temente a Deus. ___ d. cumpridor da Lei. 6.1 8 - A verdadeira salvação pela graça, provê um caminho

___ a. acidentado, com muitas provas para garantir o céu. ___b. incerto, pois depende do grau de fé.

2 L c . iluminado, que conduz ao céu. ___ d. Todas as alternativas estão corretas.

TEXTO 5

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 107-111)