Quando Saulo, o pecador, foi transformado em Paulo, o santo, todos os seus pecados do passado foram perdoados. Teve um novo começo de vida, e, além disto, recebeu uma nova natu reza, e, destarte, tornou-se uma nova criatura em Cristo. Uma coisa, porém, havia no “novo” Paulo que não se alterara: a velha natureza humana de Saulo ainda estava ativa na sua vida, não tendo sido suprimida. A velha natureza coexistia com a nova natureza.
LICÃO 8: A SANTIFICAÇÃO 133
Em Romanos 7 e 8 Paulo testifica como a batalha diária que travava contra a velha natu reza , levou-o ao desespero. Mas também escreve como conseguiu libertar-se do domínio da velha natureza. Examinemos quatro passos para galgar esta liberdade.
Reconheça a Origem do Problema e a Solução (Rm 7.7-25).
O crente não deve enganar-se, pensando que sua velha natureza pecaminosa será total mente erradicada ou transformada, enquanto viver aqui. Ela não perderá a sua força, mas um poder superior a dominará e ela perderá então a sua influência! Embora a velha natureza nunca mude, o crente muda!
É importante que o crente reconheça a existência em si desta velha natureza, que quer sempre fazer a sua própria vontade, e, saiba como obter o controle sobre ela. Note como Paulo reconhece este fato.
“mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me fa z prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. ” “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta m orte?”
(Rm 7.23,24).
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Paulo reconheceu que em si mesmo não tinha qualquer forca paraxlominar a velha natu reza que se lhe opunha, quanto a fazer a vontade de Deus; daí, ele voltar-se para a fonte de poder divino que o faria libertar-se. Confiadamente, agradeceu a Deus pela vitória.
“Graças a Deus p o r Jesus Cristo, nosso Senhor... Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. ” (Rm 7.25; 8.2).
Não Desanime (Rm 8.1-4)
É estranho, porém verídico, que a presença real e constante do Espírito Santo na vida do crente, às vezes o faz sentir-se mais pecador do que justo! É porque o Espírito Santo é como uma luz que brilha com fulgor nos compartimentos da vida há muito tempo abandonados ao descui do. Quando tais compartimentos são deixados no escuro, parece até que estão limpos, mas a luz do Espírito Santo revela toda sujeira e a imundícia que vai se acumulando ali.
Quando o Espírito Santo convence de pecados o coração, o crente pode ser tentado e desanimar. Talvez tenha sido ensinado que sua nova vida como crente seria de vitória constante. Destarte, seus fracassos e sua consciência perturbada, o podem levá-lo a duvidar da sua salvação. Ele precisa saber que é salvo, não pela guarda da Lei, mas, pelo fato de estar em Cristo, andando segundo o Espírito.
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“Portanto agora já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. ” (Rm 8.1 - ARC).
“afim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. ” (Rm 8.4).
“Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade
da letra. ” (Rm 7.6).
Andar no Espírito (Rm 8.5-9)
A fonte da santificação é o poder do Espírito Santo, mas somente a escolha ou o assenti mento do crente pode libertar aquele poder. Alguns crentes pensam erroneamente que, “andar no Espírito”, é ser um “robô espiritual”; que é ser totalmente controlado por uma força divina sobre natural. Isto está longe da realidade, pois a natureza pecaminosa do homem nunca será erradicada nesta vida, e o Espírito Santo nunca forçará o crente a ser justo, contra a sua vontade. Ele mesmo deve escolher em retidão, mediante o poder e a direção do Espírito Santo.
Uma vez salvo, o crente tem oportunidades para glorificar a Deus diariamente, ao esco lher seguir a direção do Espírito, ao invés de submeter-se às exigências maléficas da velha natureza pecaminosa.
Por esta razão Paulo lembra o crente da sua responsabilidade. Suajriente deve estar dis- posta ajabedecer ao Espírito. Quanto mais ele submete ao querer do Espírito Santo, mais experi ente ele se toma quantoa encarar espifituãlmente as situações da vida. Este estado do crente ter uma mente decidida a obedecer ao Espírito é chamado “andar no Espírito”.
“Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; m as os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. ” (Rm 8.5).
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós ... ” (Rm 8.9).
Não Dar Atenção à Velha Natureza (Rm 8.10-12)
Paulo ilustra o relacionamento entre o crente e a velha natureza pecaminosa, usando a figura de um escravo moribundo. Uma vez morto, o escravo já não está obrigado a servir a seu antigo senhor. Destarte, o crente deve considerar-se morto para o pecado (seu antigo senhor), mas vivo para Deus: “Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto p o r causa do pecado, mas o espírito é vida, p o r causa da justiça. ” (Rm 8.10).
LICÃO 8: A SANTIFICAÇÃO 135
Quando o antigo senhor (a natureza pecaminosa) quer constranger o crente a prestar-lhe um “serviço”, o crente pode dizer com confiança: “não posso fazer tal coisa, pois estou morto. Não sou obrigado a servi-lo!” O crente, que agora tem um novo Senhor (Cristo), deve esforçar- se para servir a este novo Senhor com toda fidelidade e constância. Assim fazendo, ele não terá tempo, nem interesse de voltar a servir à velha natureza (Rm 8.12).
PE R G U N TA S E E X ER C ÍC IO S
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8.07 - Quando o pecador Saulo foi transformado em Pau lo - o santo, os seus pecados do passado foram T ) 8.08 - Paulo, sabendo que não tinha força para dominar a
velha natureza, voltou-se para a fonte de
k 8.09 - A presença real e constante do Espírito Santo faz o crente sentir-se mais pecador do que
8.10 - O crente deve buscar erradicar de si a sua natureza pecaminosa, mediante a direção do
Coluna “B” A. justo. B. Espírito Santo. C. perdoados. D. poder divino. TEXTO 3