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COMO OCORRE A APOSTASIA

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 162-165)

Há pelo menos quatro ilustrações bíblicas que nos ajudam a entender como ocorre a apostasia. Estas são: um navio à deriva, um cordeiro desgarrado, um servo de­ sobediente, e uma planta sufocada.

Um Navio à Deriva

O escritor de Hebreus adverte: “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às ver­ dades ouvidas, para que delas jam ais nos desviemos” (Hb 2.1). A palavra traduzida “desviar-se” é um termo náutico que se refere a um navio à deriva e sem controle.

A lição contida nessa advertência é que a apostasia pode ocorrer como resultado de negligência espiritual, ou pela prática de pecado. Este mesmo escritor mais tarde advertiu: “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? ... ” (Hb 2.3).

Dois homens que exemplificam esta ilustração são Himineu e Alexandre. Paulo descre- ve-os como homens que não “guardaram a f é ”, mas que passaram a viver em conflito com suas consciências. Por fim, chegaram a naufragar espiritualmente, e se degeneraram a ponto de blas­ femarem do Evangelho. Estes homens fazem-nos lembrar de que o primeiro passo na apostasia sempre é o “descuido ou negligência espiritual!”

“mantendo fé e boa consciência, portanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé. E dentre esses se contam Himineu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, af i m de não

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Um Cordeiro Desgarrado

Uma das ilustrações mais conhecidas quanto à pessoa do apóstata é a do cordeiro desgar­ rado que se perde (Ez 34.6; Lc 15.4). Esta ilustração nos ensina que o crente deve ficar bem perto do pastor, se não quiser se perder. Distanciar-se um pouco de Cristo, não parece ter efeito negativo imediato sobre a vida espiritual da pessoa, e deste modo é fácil o crente afastar-se mais e mais do Pastor e do Seu rebanho. Em algum momento, nas suas peregrinações, no entanto, o cordeiro levantará sua cabeça, procurando assimilar a voz do Pastor, para então perceber que o rebanho está distante, e que ele está perdido (Hb 10.38).

Por contraste, a Bíblia promete que as ovelhas que permanecem sensíveis à voz do pastor, seguindo-o de perto, receberão a vida eterna, e não perecerão jamais.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jam ais perecerão, e ninguém as

arrebatará da minha mão. ” (Jo 10.27,28).

O Servo Desobediente

Um símbolo comum usado no Novo Testamento para descrever o crente, é o de um servo. Em decorrência disso, o servo desobediente é o símbolo do apóstata.

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar o outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. ” (Lc 16.13).

Este versículo ensina uma verdade importante. O crente não pode servir ao pecado e a Deus ao mesmo tempo. À medida que começa a servir ao pecado, seu amor a Deus esfriará (Ap 2.4; 3.16) e, finalmente, ficará totalmente frio (Mt 24.12). Por esta razão, Paulo adverte: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para ju stiça?” (Rm 6.16).

ÉerrçLCQmum pensar que a salvação baseada na fé, £ançela ajiecessidade cia obediêpcia. É verdade que o homem é salvo pela fé somente, mas a fé salvadora é caracterizada pela obedi­ ência. Uma vez, Paulo descreveu a fé salvadora como "... da obediência para a ju stiça?” (Rm 6.16).

Outro erro comum é pensar que somente certos tipos de pecados conduzirão à apostasia. Cristo diz categoricamente: “... todo o que comete pecado (habitualmente) é escravo do pecado” (Jo 8.34). Paulo cita uma longa lista de pecados, e termina com esta afirmação: “... não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam (habitualmente) ” (G1 5.20,21). É surpreendente que sua lista inclua tais pecados socialmente “aceitáveis”, como inimizades, porfias, ciúmes e inve-

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jas. Semelhantemente, Cristo diz que até mesmo a mentira pode tomar-se o pecado que leva à destruição da fé da pessoa (Ap 22.15).

A Planta Sufocada

E crença deste escritor que a apostasia é um processo de degeneração gradual. Destarte, a apostasia não é assim como o homem que acidentalmente cai num precipício. E qual uma planta que é gradualmente sufocada pelas ervas daninhas, até morrer.

“Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições,

concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera. ” "(Mc 4.18,19).

A mera presença de uma erva daninha não significa a morte da planta. Se, porém, a erva daninha for deixada ali, crescerá e se multiplicará, e finalmente sufocará a planta e a matará por enfraquecimento.

“Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado;

e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. ” (Tg 1.14,15).

As vezes, uma pessoa, num dia parece muito forte espiritualmente; no outro dia cai re­ pentinamente em pecado grosseiro. Porém, na realidade, o caso é bem diferente. Um processo de negligência já vinha dentro daquela vida ocultamente. Invisível ao olho humano, uma desobedi­ ência íntima em pensamentos e atitudes vinha sendo acalentada naquela vida, culminando no ato visível do pecado e da rebelião, que por fim veio à tona.

Vejamos mais um pouco sobre o abandono da fé. Cometer um pecado não é apostasia, embora talvez leve à apostasia. A apostasia é a perda da vida espiritual. Quando a força espiritual do homem interior fica tão fraca pelo pecado e negligência, que chega a morrer, considera-se que essa pessoa é um apóstata.

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A. negligência espiritual. B. espiritual.

C. jamais nos desviemos. D. cordeiro desgarrado.

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