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O CRENTE COMO FILHO DE DEUS

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 124-127)

Para o crente, ser “filho de Deus” não é uma esperança demorada, mas uma realidade bem presente. João escreveu, destacando o fato presente da nossa posição de filhos de Deus, se bem que certas bênçãos desta honra serão desfrutadas somente no futuro.

“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que have­ remos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhante a ele,

porque havemos de vê-lo como ele é. ” (1 Jo 3.2).

Olhemos agora, por alguns momentos, as bênçãos especiais resultantes desta posição real, bem como as responsabilidades que ela envolve.

Certeza

Um dos benefícios de ser filho de Deus é a certeza de uma comunhão estreita e amorosa com o Pai Celestial. Paulo contrasta esta certeza da aceitação amorosa, com a atitude de um escravo que se encolhe de medo e dúvida diante do seu senhor.

“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, ate­ morizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos,

Aba, P a i.” (Rm8.15).

A Bíblia ensina o crente temer a Deus, mas em atitude de respeito e reverência, e não de angústia e medo. O Espírito de Cristo libertou o crente do medo “servil” de ser castigado ou rejeitado por causa do mínimo erro que pudesse desagradar a seu Senhor. Os crentes devem saber que são filhos e não meros empregados.

A expressão “Aba, Pai”, citada em Romanos 8.15, resume de modo apropriado o relaci­ onamento de intimidade e confiança entre o Pai Celestial e os crentes. “Aba” é uma palavra aramaica que significa, simplesmente, “pai”, com conotação afetiva da parte do filho expressan­ do a confiança e intimidade que só ele tem como filho. Os judeus crentes juntavam esta palavra com a palavra grega equivalente a “pai”, formando uma expressão nova, mais íntima, com signi­ ficado de “meu querido pai”; “caríssimo pai”; “papai”.

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Obediência

O fato do crente ter sido honrado e colocado na posição de filho de Deus, deve motivá-lo grandemente a viver em retidão. O filho de Deus deve sempre lembrar-se da dignidade que seu novo título e posição encerra, lembrando-se sempre do Pai a quem ele representa aqui no mundo.

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está no céus. ” (Mt 5.16). “Para que vos tom eis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no

meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo. ” (Fp 2.15).

Os crentes, como filhos de Deus, devem estar sempre seguros da sua linhagem real e das responsabilidades que isso envolve, para permanecerem separados do mundo e do pecado. Ne­ nhum bom filho quererá associar-se com aqueles que vivem em rebelião contra seu Pai e Rei.

“Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos

e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. ” (2 Co 6.17,18).

Orientação e Disciplina

Há dois fatores que evidenciam a filiação espiritual do crente. Um deles é a presença interna do Espírito Santo, dirigindo-o e testificando em seu ser que ele é realmente filho de Deus.

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus... O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. ”

(Rm 8.14,16).

Note nestes versículos que o Espírito guia e dá testemunho, mas não força, nem coage. Como filho de Deus, o crente deve submeter-se ao Espírito para ser guiado, e ter o Seu testemu­ nho interior.

Outra evidência da filiação espiritual do crente é obedecer à disciplina do Pai Celestial. Às vezes, o crente tropeça e cai em pecado, sentindo-se profundamente repreendido pela convic­ ção interior do Espírito Santo. Istó pode levá-lo a duvidar se ele é verdadeiramente um filho de Deus. Esta convicção do Espírito não deve ser motivo para desespero, mas de encorajamento para o arrependimento. É um sinal positivo da disciplina do Pai. Este apelo amoroso comprova

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que, apesar do fracasso, o crente permanece filho de Deus, amado pelo Pai, a ponto de ser por Ele disciplinado.

A resposta correta a tal disciplina deve ser uma nova e firme resolução da pessoa para erguer-se e continuar na fé. Veja Hebreus 12.5,6,12,13:

“...filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando p ô r ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a

todo filho a quem recebe.

“Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado. ”

Acesso a Deus

A posição do crente como filho de Deus inclui ainda outra promessa consoladora: o privilégio do acesso constante à presença de Deus. “porque, p o r ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. ” (Ef 2.18).

Além disso, o crente deve ter plena confiança que Deus quer cuidar das suas necessida­ des, mais do que um pai humano cuida das necessidades do seu filho.

“Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?

... pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas. ” (Mt 6.31,32). “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo

Jesus, cada uma de vossas necessidades. ” (Fp 4.19).

Por causa da promessa de acesso contínuo a Deus e a certeza do Seu cuidado para com Seus filhos, o crente pode levar todas as suas necessidades espirituais, sociais e físicas ao Pai Celestial, sabendo com certeza que será ouvido e atendido (Lc 11.11-13).

Devemos lembrar-nos também que Deus, como todo bom pai, não dará ao crente tudo quanto ele deseja, mas, dará tudo quanto é necessário e bom para ele. Podemos ter a certeza de que a resposta de Deus às nossas orações sempre terão em mente tanto nossas necessidades * presentes, quanto nossos interesses eternos.

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.7.06 - Diz João que, agora somos filhos de Deus e, quando Ele se manifestar, seremos

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7.07 - Uma das bênçãos de sermos filhos de Deus: comu­ nhão estreita e amorosa com o

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7.08 - Expressão que apropriadamente resume a intimida de e confiança entre o Pai e os crentes:

7.09 - Uma das evidências da filiação espiritual do crente: obedecer à

7.10 - O crente deve ter plena confiança que Deus quer

Coluna “B”

A. “Aba, Pai”. B. cuidar das suas ne­

cessidades. C. Pai celestial. D. disciplina do Pai. E. semelhante a Ele.

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