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LIBERTO DA CARNALIDADE

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 148-152)

Há uma fábula antiga que fala acerca de um macaco que colocou a pata no fundo de um vaso de barro, no qual se achava um objeto brilhante. Agarrou o objeto e procurou tirar a pata, quando então percebeu que o gargalo do vaso era muito estreito para dar passagem à sua pata fechada, contendo o objeto.

O macaco ficou sentado, preso pelo vaso, e recusando-se a soltar o cobiçado objeto que acabara de achar. Finalmente, resolveu sair do local, arrastando consigo o vaso pesado. Foi des­ cendo a estrada com grande esforço, e ficou cada vez mais exausto após cada passo. Mesmo assim, não queria soltar o tesouro. Finalmente, exausto, ele caiu de sono, e nunca mais acordou. Porque enquanto dormia um sono profundo, foi descoberto por um leão faminto!

O Peso Perigoso

A Bíblia descreve o diabo como um leão faminto, procurando crentes que estão domina­ dos e vencidos por seus pecados secretos.

“Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar. ” (1 Pe 5.8).

A Bíblia também faz uma advertência clara contra a recusa do crente em submeter cada área da sua vida ao Senhor. Qualquer área da sua vida que o crente procura manter sob controle, pode tornar-se o peso que estorvará o seu progresso espiritual nas demais áreas.

“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de teste­ munhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos as­ sedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está

assentado à destra do trono de Deus. ” (Hb 12.1,2).

O versículo acima declara que crentes verdadeiros, que estão seguindo a Cristo, mas conservam um pecado “secreto” na sua vida, precisam deixá-lo de lado, porque isso somente impede seu progresso no andar da fé.

LICÃO 8: A SANTIFICAÇÃO 141

macaco ainda estava com vida no momento em que se recusou a soltar o objeto furtado? Sim, mas a cobiça na qual persistiu, finalmente levou-o à morte.

É bom lembrar que a salvação é, em primeiro lugar, uma questão do coração. A condição do coração é vista nos pensamentos, nas atitudes e nas ações. A medida em que a dedicação a Cristo da parte do crente, começar a decair, os pecados começarão a aparecer na sua vida. Destarte, o ressentimento de uma dona de casa, as mentiras que um pai conta ao seu chefe, o pregador que usa sua posição para aumentar sua arrogância, ou um jovem que rebela contra a autoridade, podem, todos eles, ser indicações do enfraquecimento da dedicação a Cristo.

Às vezes a falta de boas obras (Tg 2.17) ou os muitos pecados, tornam-se óbvios até mesmo para o olho “humano” mais imperfeito. Fica tristemente claro que aquela pessoa está deixando morrer lentamente sua fé e sua “nova vida”. Na maioria dos casos, somente Deus sabe quando o coração está se encaminhando na direção de um abandono final de Cristo. “... O ho­ mem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. ” (1 Sm 16.7).

Empregue Com Sabedoria a Sua Liberdade

Quando Paulo pregava que o homem não era salvo pela Lei, mas, sim, pela sua comu­ nhão com Cristo, não estava tolerando o pecado, nem favorecendo uma atitude branda para com ele. Ele ficava profundamente entristecido por causa do crente mal orientado, que pensasse: “Muito bem, se o Pai Celestial nos corrige com uma vara, ao invés de uma espada, vou tomar minhas liberdades.” Semelhante atitude representa uma aplicação totalmente falsa da verdadeira liberdade da Lei. Paulo diz:

“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade;

porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne ... ” (G15.13). “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais

abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? ” (Rm 6.1,2).

A liberdade em Cristo não é liberdade para pecar, mas, sim, liberdade para vivermos acima do pecado! Liberto da escravidão do medo, o crente está livre para servir a Deus, com dedicação total, por causa do seu amor para com Deus. O propósito de vivermos uma vida piedo­ sa deve ser o de glorificar a Deus.

O crente que abusa desta graça, é apropriadamente chamado de “crente carnal” (1 Co 3.1). Ao empregar este termo, Paulo está fazendo distinções entre “crentes espirituais” e “crentes carnais”, estando estes últimos inclinados a seguir os ditames da sua velha natureza, ao invés de pautar-se pela nova natureza espiritual. Paulo distingue entre estes crentes e os incrédulos ou o “homem natural”, o qual só possui a natureza pecaminosa.

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O gráfico abaixo retrata o estado da santificação do crente carnal. Note o “tamanho” da sua fé, que começa a diminuir desde o momento em que ele permite que o pecado domine a sua vida.

O PADRÃO DE DEUS

Os efeitos negativos de uma vida cristã carnal, são inúmeros e muitas vezes irreparáveis. A falta de total dedicação a Cristo impede a comunhão com Deus (Is 59.2), impede a comunhão com outros crentes (G15.13,15), conduz à apostasia (2 Co 4.1-5), motiva os descrentes a rejeitar a Deus e a ridicularizá-lO (Rm 2.24); pode até mesmo fazer um irmão fraco cair (1 Co 8.11,12) e causar a perda de galardão (1 Co 3.15).

A solução para ser liberto da carnalidade é retornar a uma plena dedicação ao Senhor, separando-se totalmente do pecado. A restauração da comunhão como Senhor requer uma con­ fissão de arrependimento (1 Jo 1.9), e uma nova e total entrega da vida da pessoa a Deus, como um sacrifício vivo (Rm 12.1).

O crente carnal necessita concertar-se com Deus, e ao mesmo tempo romper de vez com o pecado! A medida que aproxima-se de Deus, o crente será motivado a abster-se do pecado (Tg 4.7,8) e, ao separar-se de situações ou pessoas pecaminosas, neutralizará a tentação para pecar. Paulo admoesta o crente a não abrigar pecado em sua vida.

“mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para carne no tocante às suas concupiscências. ’’ (Rm 13.14).

“nem deis lugar ao Diabo. ” (Ef 4.27).

“Foge, outrossim, das paixões da mocidade ... ” (2 Tm 2.22). “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos ... ” (2 Co 6.17).

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“O que encobre as suas transgressões jam ais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. ” (Pv 28.13).

Ainda que um crente caia num certo pecado, ele não será obrigado a continuar sob o seu domínio, a não ser que ele queira permanecer assim. Nesse caso, o pecado sendo algo tão mau, pode tornar-se natural, o que é ainda mais perigoso. Cristo concede poder divino para ajudar o crente a vencer a tentação.

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus éfiel e não permi­ tirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. ” (1 Co 10.13).

PE R G U N TA S E E X E R C ÍC IO S

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3^8.14

A Bíblia descreve o diabo como um leão faminto, procurando crentes que estão sob o domínio dos seus

A. coração.

B. pecados secretos. Hebreus 12.1,2, diz que os seguidores de Cristo que

têm pecados secretos, devem deixá-los para que o progresso na fé não

C. acima do pecado. D. seja impedido. .8.16 - A salvação é, em primeiro lugar, uma questão do E. arrependimento. .8.17 - A liberdade em Cristo é para vivermos

^ 8.18 - A restauração da comunhão com o Senhor, requer u ma confissão de

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