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OS BENEFÍCIOS DA JUSTIFICAÇÃO

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 86-90)

A justificação não é uma experiência; é uma declaração legal de justiça, que é possível somente mediante um relacionamento com Cristo. Essa declaração traduz inúmeros resultados benéficos a serem desfrutados na vida do crente. Estudemos quatro destes benefícios.

Um Novo Relacionamento Quanto à Lei

A justificação concede ao crente uma nova posição em relação à lei de Deus. A lei de Deus exigia perfeita obediência para se obter a vida eterna (Mt 19.17). Evidentemente, ninguém pode cumprir perfeitamente esta exigência.

LICÃO 5: A JUSTIFICAÇÃO 79

por nós, pois Ele pôde obedecer à Lei de modo perfeito.

“Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. ” (Mt 5.17).

“Porque o fim (o complemento) da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê. ” (Rm 10.4).

“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo ... ” (Rm 3.21,22).

Por causa da justificação mediante a salvação, o homem tem livre acesso a Deus, tendo cumprido as exigências da lei mediante a sua “identificação pela fé”, com a justiça de Cristo.

“e por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela Lei de Moisés. ” (At 13.39).

Um Novo Relacionamento Quanto a Deus

Isaías ensinou que o pecado separa o homem de Deus: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). Além disso, o pecado vem, inevitavelmente, acompanhado da exigência do castigo divino.

Mediante a justificação, no entanto, esta separação entre o homem e Deus foi transforma­ da em “paz com Deus”, e a ira de Deus contra nosso pecado foi removida, legal e completamente.

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus. p o r meio de nosso Senhor Jesus Cristo. ” (Rm 5.1). “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue,

seremos por ele salvos da ira. ” (Rm 5.9).

Paulo fez uma ilustração bem descritiva do cancelamento da dívida do pecado, em Colossenses 2.13,14. Ali, ele compara nossos pecados com o registro de uma cobrança, escrito num pergaminho. Nos dias de Paulo, era costume pregar o pergaminho de uma dívida na porta da casa do devedor. Quando a dívida era saldada, o pergaminho (isto é, a conta) era mergulhado numa solução química que apagava todo o escrito, deixando-o assim, totalmente limpo e pronto para ser usado de novo.

80 LIÇÃO 5: A JUSTIFICA CÃO

Da mesma maneira, Paulo diz que nossa dívida não foi pregada à porta da nossa vida, mas, sim, na cruz de Cristo, onde Ele pagou-a por nós. Tomou o nosso lugar como devedor. Tendo pago a dívida, devolveu-nos o “pergaminho” (“o escrito da dívida”) das nossas vidas, completamente purificado pelo Seu sangue. Uma vez que a dívida está paga, a Lei não tem nenhum direito sobre a vida do crente, não havendo mais qualquer empecilho à comunhão com Deus.

“... perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado (apagado) o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz■ ” (Cl 2.13,14).

Um Novo Relacionamento Quanto à Culpa Pessoal

O antigo sábio romano Sêneca, declarou que não se sentia demasiadamente perturbado quando um criminoso era solto pelo tribunal sem ser condenado, porque, “todo homem culpado, é seu próprio carrasco”. O “carrasco”, naturalmente, é a consciência de culpa que o homem tem.

Mediante a justificação, todo crente recebeu a provisão-divina para£€a^Jivreda_cul^a_^ ^essoalJ>^1^9T4^4pfelizmente, muitos crentes ainda sofrem de “falsa” culpa ou acusação por­ que não se apropriam desta provisão. Como o crente pode aplicar esta benção da justificação à sua vida?

Para responder a esta pergunta, consideremos a causa do sentimento de culpa pessoal. O homem sente-se culpado quando continua pensando que: a) cometeu o mal, que é faltoso; b) deve ser castigado, deve pagar pelo delito. E bom para o homem achar-se assim se sua consciên­ cia estiver sendo movida pelo Espírito Santo como meio de levá-lo a confessar seus pecados a Cristo. Uma vez feita a sincera confissão, não têm lugar novos sentimentos de culpa sobre os pecados confessados a Deus. O crente que, por falta de fé, base bíblica e convicção espiritual, permitir sentimentos de culpa quanto a pecados já confessados a Deus e abandonados, será víti­ ma de frustração e desespero, resultante da falsa culpa ou acusação na consciência.

Às vezes, estes sentimentos de derrota são aplicados por fontes externas tais como ami­ gos críticos, entes queridos que não perdoam etc., que querem lembrar-nos dos nossos fracassos e manter-nos na prisão da culpa. O crente em Jesus não precisa sofrer tal coisa, porque a provisão da justificação que Cristo realizou por nós, libertou-nos de toda a culpa.

Quando alguém se arrepende do seu pecado e se volta para Deus, com fé, toda e qualquer culpa do pecado é apagada. A solução para eliminar qualquer sentimento pessoal de culpa, é reconhecer e confessar o pecado ou fracasso, e crer, sem questionar, nem duvidar na sua mente, que Cristo pagou a dívida daquele pecado e que Deus o contempla somente na justiça de Cristo, isto é, limpo e livre de dívidas! Tendo o próprio Deus justificado o crente, ninguém mais tem o direito de condená-lo, nem sequer seu próprio coração, pois, ele está em Cristo!

LICÃO 5: A JUSTIFICAÇÃO 81

“Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? E Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ... ” (Rm 8.33,34).

Um Novo Relacionamento Quanto ao Futuro

A justificação não somente nos liberta da culpa do passado, mas também nos livra de todas do futuro. Porque, uma vez justificado por Deus, o crente pode saber nesse exato momento, que é salvo. Não precisa esperar até a consumação dos séculos, para ver se ele foi “suficientemen­ te bom” para merecer então a salvação.

O crente pode com confiança encarar o futuro, sabendo que, a qualquer momento, poderá entrar na presença de Deus, purificado dos seus pecados e vestido com as vestes brancas da justiça de Cristo.

‘a fim de que, justificados por graça, nos tomemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. ” (Tt 3.7).

"... porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com manto da ju stiça” (Is 61.10).

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5.1 6 - A justificação é uma declaração legal de justiça, median te um relacionamento com

f \ 5.17 - Por causa da justificação mediante a salvação, o homem tem livre

í - _5.18 - Mediante a justificação, a separação entre o homem e

Deus foi transformada em

O 5.19 - Quando alguém se arrepende do seu pecado e, com fé se volta para Deus, toda culpa é

5.20 - A justificação dá ao homem o direito de, a qualquer mo­ mento, entrar na Coluna “B” A. acesso a Deus. B. presença de Deus. C. apagada. D. Cristo.

82 T.TÇÃO 5: A JUSTIFICAÇÃO TEXTO 5

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 86-90)