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O PODER DA REGENERAÇÃO

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 104-107)

A grande mensagem da doutrina da regeneração é que a vida do crente não é uma simples filosofia, mas, é uma vida de poder. Mesmo assim, durante quase dois mil anos os crentes têm tido a tendência de perder de vista este poder, preferindo reduzir sua fé a um sistema de ritos e regras. Os crentes da Galácia tomaram-se vítimas desta mesma tendência. Embora tivessem começado suas vidas em Cristo, conscientes do Seu poder sobrenatural que os conduziria à novidade de vida, aos poucos a sua fé “espiritual” foi substituída por um sistema de obras, sem real poder (G1 3.2,3).

Os crentes da Galácia precisavam recordar que sua nova vida dependia exclusivamente do poder de Cristo, que pode ser desfrutado mediante um relacionamento vivo nEle. Essa comu­ nhão com Cristo deveria ter sido a prioridade máxima em suas vidas.

“... Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho

de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. ” (Gl 2.19,20).

Cristo Vive em Mim ...”

O conceito de Cristo vivendo no crente é um pouco difícil de se compreender. Fisicamente, o crente não é diferente do que era antes. Há, porém, um poder invisível habitando nele depois da conversão, que o fará amar a justiça e odiar o pecado. Através dele, os homens serão atraídos a Cristo.

Uma ilustração simples que demonstra este relacionamento é vista entre um ímã e um prego de ferro. O prego não tem nenhum poder magnético próprio. Está realmente “morto”. Quando ele é colocado nas proximidades de um ímã, no entanto, passa a ter “vida”, ao ser atraído por este, por uma força invisível, a ponto de ficar preso ao mesmo. Quando alguém ergue o ímã, o prego permanece firmemente preso, por causa da força magnética. Ainda mais incrí­ vel: a força magnética passa pelo prego, e, destarte, para a fonte magnética original.

Quando outro ímã é colocado na mesa, ocorre algo singular. Uma ponta (polo) do segundo ímã é atraída em direção ao prego (por causa da força do ímã original), ao passo que a outra ponta é repelida pela força invisível que flui através dele.

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Esta ilustração forma um paralelo com muitas verdades na vida do crente. Note alguns destes paralelos nos trechos bíblicos abaixo:

1. Atraído a Cristo: “E eu, quando fo r levantado da terra, atrairei todos a mim mes­ m o.” (Jo 12.32).

2. O poder de Cristo compartilhado: “Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele.” (1 Co 6.17).

3. Mantido pelo poder divino: “que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a f é ... ” (1 Pe 1.5).

4. O poder divino passa através do crente para atrair outros a Cristo: "... para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. ” (2 Co 4.11).

5. O poder divino repele o pecado: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte. ” (Rm 8.2).

6. O poder divino atrai para a justiça: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade ... ” (2 Pe 1.3).

“Sem Mim Nada Podeis Fazer”

Pensando outra vez na nossa ilustração, apesar do admirável poder que flui pelo prego quando está perto do ímã, tal poder diminuirá aos poucos, até desaparecer por completo, se o prego for lentamente afastado do ímã.

Cristo empregou uma ilustração muito semelhante quando falou da vida do crente com­ parando-a à vida da videira e dos seus ramos. Enquanto o ramo estiver ligado à videira, uma fonte invisível de vida estará passando por aquele ramos produzindo vida, saúde e frutos. Mas se for desligado da videira - sua fonte de vida - o ramo morrerá. O ramo não pode viver ou produzir frutos à parte da videira.

“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. ” (Jo 15.5).

Na noite que se seguiu depois de Cristo ensinar esta ilustração, um dos Seus próprios discípulos passou por esta mesma experiência. Na noite que precedeu a morte de Cristo, confor­ me diz a Bíblia, Pedro inicialmente defendeu Cristo com coragem, contra uma guarda, mas, depois, não teve a coragem de confessar, que era um dos Seus discípulos, nem sequer diante de uma criada (Mc 14.68).

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ousadamente enfrentar um guarda e, no momento seguinte, tudo o que fazia era temer diante de uma criada? A resposta é que Pedro separou-se da fonte do seu poder, de Cristo. Sozinho, tor­ nou-se fraco e incapaz. “Pedro seguira-o de longe ... ”. (Mc 14.54).

Seguindo esta mesma linha de pensamento, podemos perguntar por que um crente de­ monstra não ter praticamente nada? A resposta não é determinada pela fonte do poder, mas, sim, pela pessoa que o recebe. A mesma quantidade de poder habita na vida regenerada de todo crente. Trata-se do mesmo poder divino que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Trata-se do próprio Deus habitando o corpo (templo) do crente.

“e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo,

ressuscitando-o dentre os mortos ... ” (Ef 1.19,20).

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós. ” (Ef 3.20).

Por que, então, alguns crentes têm muito mais vitória, bem como mais operação do Espí­ rito na sua vida, do que outros? A resposta, temos nas ilustrações do ímã e da videira. A quanti­ dade de poder e de vida que o crente utiliza é, indiscutivelmente, proporcional à sua união com Cristo - a fonte desse poder. Se esse crente andar unido a Cristo, permanecendo em real comu­ nhão com Ele, poder abundante haverá em sua vida. Se, por outro lado, ele limitar sua comunhão com Cristo, terá vitórias muito limitadas em sua vida.

Conforme observou certo homem, Deus não impôs à Igreja limitação alguma no empre­ go dos recursos divinos. Todas as limitações nesse sentido são da parte do crente.

LICÃO 6: A REGENERAÇÃO 99

PE R G U N TA S E E X E R C ÍC IO S

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5 2 6 .1 0 - A vida do crente não é uma filosofia, mas uma vida de poder. Refere-se à

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êLô.12 - Para ilustrar a dependência que o crente tem de Cfis to, Ele mesmo usou a figura da

Cj 6.13 - Discípulo que, separando-se da fonte de poder, ne­ gou a Cristo diante de uma criada:

6.14 - A quantidade de poder e de vida que o crente utiliza é proporcional à sua união

Coluna “B” A. Cristo. B. com Cristo. C. Pedro. D. regeneração. E. videira. TEXTO 4

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