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Os gráficos que seguem abaixo, resultam da coleta de dados realizada na Escola Estadual Nazaré Guerra, por meio da aplicação de questionário com perguntas objetivas e dissertativas como citado a priori. O primeiro gráfico apresentado refere-se ao gênero dos participantes.

Gráfico 1

Fonte: Dados da Pesquisa.

Ao verificarmos o gênero dos respondentes, observamos uma predominância do sexo feminino sobre o masculino, tendo em vista que, 60% dos informantes pertencem ao gênero feminino e 40% do gênero masculino. Dado este que pode estar relacionado ainda a questão de ser uma escola rural e ainda existe a cultura de que os filhos do sexo masculino de agricultores devem ajudar nas atividades agrícola. A seguir o gráfico refere- se à primeira pergunta do questionário. Nessa pergunta, os alunos deveriam responder se eles consideram o ensino da Língua Inglesa importante para sua formação.

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Gráfico 2

Fonte: Dados da Pesquisa.

Existe uma variação muito pequena entre os que acreditam que a Língua Inglesa (LI) seja relevante para a formação e os que não entendem a mesma como importante. Constata-se que a diferença de opiniões nesse aspecto, pois, 75% dos entrevistados afirmaram que sim, a LI é importante para a sua formação, 10% acham que não e apenas15% afirmam que esta as vezes apresenta importância em sua formação.

Haja vista, a porcentagem de respostas positivas, é notório perceber que a LI é importante para eles, contudo, nem todos possuem facilidade no seu aprendizado. O gráfico 3 representa a segunda pergunta do questionário aplicado que se refere ao interesse do professor pela disciplina, ou seja, se o professor demonstra interesse pela disciplina de LI e, a essa pergunta, os alunos deveriam justificar sua resposta.

Gráfico 3

Fonte: Dados da Pesquisa.

Ao serem inquirido a respeito do interesse que o professor (a) demonstrado em sala de aula junto aos seus alunos, encontramos respostas unânimes ao afirmarem que sim, contudo, as justificativas implicam em algumas particularidades. Em relação às justificativas, evidencia-se que os alunos observam mais seus professores e suas práticas pedagógicas e vale expor algumas delas.

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Na grande maioria das justificativas os alunos variaram entre eles, vejamos o discurso de um aluno identificado aqui como A5 de 16 anos “ele gosta muito dessa matéria e também gosta de ensinar” e, A13 de 16 anos, “sim, se interessa, percebo isso ao repetir várias vezes as questões que não entendemos”.

Alguns alunos ainda afirmaram que: A2 “ama o inglês e quer passar isso pra gente”.

Na seguinte pergunta, representada pelo gráfico a seguir, diz respeito à forma como a Língua Inglesa é ensinada pelo professor, isto é, se a forma como o professor ensina essa disciplina ajuda no aprendizado do aluno.

Gráfico 4

Fonte: Dados da Pesquisa.

Na escola pesquisada, percebe-se que a maioria, 55% acredita que a forma como é ensinada a LI, contribui para que eles desenvolvam seu processo ensino-aprendizagem, 45% responderam que às vezes e nenhuma resposta foi negativa nesse quesito. Contudo, as justificativas revelam muitas incertezas e alguns problemas em relação ao material pedagógico, tendo em vista algumas respostas como: A1 de 16 anos, “Nem sempre o que a matéria tá pedindo pra você fazer você aprende”; A18 de 16 anos, “é muito importante para as pessoas que elas saibam um pouco sobre a disciplina”; A6 de 16 anos, “acho que deveria ser mais explícita quanto às palavras escritas em inglês para português”.

A quinta questão refere-se à opinião dos alunos sobre se o ensino da Língua Inglesa pode ou não ser melhorado.

Os dados obtidos por meio das respostas dos pesquisados estão representados no gráfico abaixo.

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Gráfico 5

Fonte: Dados da Pesquisa.

Nesta questão 84% dos informantes disseram que sim, que o ensino da LI pode ser melhorado e, na grande maioria das respostas apontaram para o interesse dos próprios alunos como confirmado na seguinte resposta: A20 de 15 anos, “Sim, se os alunos demonstrassem (em) mais interesse”. Outros apontaram para os trabalhos e a leitura A17 de 16 anos, “Com trabalhos e mais leituras e tarefas”. Alguns alunos apontaram que a melhoria viria, A3 de 17 anos, “si o Estado (au) almentasse a carga horária da disciplina”.

Uma das respostas apontou para a falta de acesso ao livro didático A8 de 16 anos, “Pode começando pela oportunidade citada na 2ª pergunta, dando livros para nós, pois, pagar apostila às vezes não cabe nas economias de alguns alunos”. Dos alunos informantes que responderam que o ensino não pode ser melhorado, um justificou dizendo: A10 de 15 anos, “O professor faz o possível e mesmo assim não adianta”, outro afirmou: A19 de 16 anos, “pra mim tá tudo ótimo”. O próximo gráfico corresponde à sexta pergunta do questionário, na qual questiona-se os alunos têm contato com a Língua Inglesa fora da escola.

Gráfico 6

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Os dados do gráfico 7 revelam que, os alunos têm acesso à Língua Inglesa fora da escola no seu cotidiano, pois, 80% dos informantes disseram que têm acesso à LI por meio de computadores, músicas, filmes legendados, contudo, a grande maioria não justificou apontando qual era a forma de acesso fora da escola. 20% respondeu que não tem nenhum contato com a LI fora da escola. Por se tratar de uma escola rural podemos compreender que estamos tento avanços significativos no ensino de Língua Inglesa, haja vista, o nível de consciência de nossos alunos, assim também como a busca extra escola sobre o conteúdo.

A sétima pergunta corresponde ao interesse que o professor demonstra pelo aprendizado do aluno, isto é, foi perguntado aos alunos da escola se o professor demonstra interesse pelo aprendizado dos seus alunos.

Gráfico 7

Fonte: Dados da Pesquisa.

É interessante que todos os professores independentemente da disciplina que lecionam demonstrem com firmeza e clareza seu interesse em relação ao aprendizado de seus alunos, esse demonstrar de atenção para com seus avanços e limitações cria um elo de amizade o que leva ao educando ter mais estímulo em busca de novos aprendizados. Esta questão foi de grande alegria para a pesquisa ao encontramos que 95% dos inquiridos afirmam perceber esse interesse do professor em relação ao processo de ensino- aprendizagem de seus alunos.

Perguntou-se ainda se os professores estimulam os alunos na criação de regras e/ou jogos.

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Gráfico 8

Fonte: Dados da Pesquisa.

Ao oportunizar os alunos na criação das regras do jogo o professor possibilita o desenvolvimento do pensamento abstrato, porque são inseridos no jogo novos significados de simbolismos e ações.

Por fim, indagamos ao professor sobre o apoio da coordenação pedagógica na valorização do ensino de Língua Inglesa e se os alunos aceitavam a dinamização de aulas mais lúdicas e 100% dos professores afirmaram que seus coordenadores pedagógicos lhes auxiliam, assim também como orientam na utilização de jogos lúdicos no ensino da LI.

Percentual de afirmações quanto ao apoio da coordenação pedagógica na utilização de atividades lúdicas.

Gráfico 9

Fonte: Dados da Pesquisa.

Encontramos nessa questão que existe apoio do núcleo gestor, inclusive foi ressaltado por um dos questionados que esse ano de 2018 se tem um excelente material de jogos para ser trabalhado nas aulas de LI. Porém, ainda existe uma deficiência quanto a solicitação de novos materiais que não conseguem confeccionar, e a instituição ainda não deu esse suporte de comprar todo o material solicitado pelos professores.

Portanto, ao analisarmos as respostas dos inquiridos, observamos um grande compromisso com o ensino da LI, ao buscarem novas técnicas de ensino, ao

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confeccionarem novos jogos e/ou brincadeiras para a dinamização do ensino significativo.

Os obstáculos encontrados na educação do país hoje se devem a vários fatores, entre eles a ausência de políticas de incentivo com repercussão direta na qualidade do ensino, promovendo melhoria nas condições de trabalho dos profissionais da educação, indo da qualificação continuada ao pagamento de salários que ajudem a dignificar a carreira docente.

Considerações Finais

Neste capítulo, conseguimos visibilizar no cerne das atividades pedagógicas com o ensino de língua inglesa em escolas rurais pode e traz resultados sendo fundamentado em uma metodologia lúdica, o que torna a prática em sala de aula eficiente para o desenvolvimento de habilidades e competências dos educandos, especialmente nas séries iniciais do ensino médio, que foi o foco deste estudo.

O ensino de Língua Inglesa dever ser entendido como metodologia aplicada eficaz e que possibilita inúmeras possibilidades, além de ser capaz de formar cidadãos críticos, pensantes e reflexivos, já que comprovamos que o ensino feito dentro de um contexto onde outras metodologias além do tradicional se fazem presente é mais significativo do que trabalhar a disciplina de LI de modo isolado, fundamentado apenas no conteúdo pelo conteúdo, e visando somente o resultado avaliativo, renegando; assim, o processo de ensino-aprendizagem de línguas percorrido para se alcançar os resultados.

A inserção da Língua Inglesa na escola a qual realizamos a pesquisa de campo é bastante aceita e estimulada por parte de professores, núcleo gestor assim também como pelas famílias de algumas das crianças, este é um grande avanço tendo em vista que, ainda nos deparamos com discursos de professores os quais reclamam que não tem apoio para trabalhar essa disciplina.

Vale ressaltar ainda que ao trabalhar a LI nas aulas das séries iniciais do ensino médio, o professor pode externar por meio de sua práxis pedagógica a teoria adquirida em sua formação inicial e continuada, comprovando assim sua eficácia empírica. Ficou claro ainda com este estudo que é necessário ainda investimento em oficinas que auxiliem e estimulem a criatividade dos professores para que possam confeccionar, usar tecnologias e criar jogos que possibilitem a dinamização de aulas com novos instrumentos, possibilitando despertar a curiosidade dos educandos durante a aula. O inglês, portanto, deve ser introduzido nos anos iniciais escolares. A maioria dos alunos das escolas em áreas rurais é fraca em inglês devido à falta de professores qualificados e treinados que estão familiarizados com os métodos modernos e abordagens de ensino e falta de materiais para o ensino em sala de aula.

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Capítulo

13

Leitura do Ensino Religioso na perspectiva da

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