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Introdução

Numa sociedade em transformação e impulsionada pela evolução tecnológica, a escola, permeado por adversidades, sucessos e insucessos, é incumbida de se tornar um espaço criativo, dinâmico, participativo e democrático, capaz de propiciar, num contexto inclusivo, o pleno desenvolvimento do aluno, suas habilidades e potencialidades, acolhendo-o e respeitando-o em suas especificidades, fazendo assim cumprir o direito de uma educação de qualidade para todos, como diz a LDB, em seu Art. 3º: “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola [...]” (BRASIL, 1996, p.1).

Uma nova perspectiva de fazer educação em consonância com as aspirações do mundo globalizado e a inclusão social a partir do cotidiano da escola que nos leva a inúmeras reflexões e tentativas de mudança de posturas no fazer pedagógico. E diante de tantos desafios, percebeu-se que uso dessas inovações, ou seja, a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na rotina escolar pode facilitar o processo de aprendizagem de alunos, com ou sem deficiências, promovendo a potencialização dos aspectos sociais, comunicativos e cognitivos, a partir da acessibilidade de oportunidades educativas. “Para a maioria das pessoas, a tecnologia torna a vida mais fácil; para a pessoa deficiente, a tecnologia torna as coisas possíveis”. (SANCHES, 1991, p.121).

Usar novas alternativas de informação e comunicação na rotina da escola favorece um ambiente de aprendizagem colaborativa, motivadora e rica em informações, que possibilita a efetivação de um contexto inclusivo em que as pessoas, em sua diversidade, interajam com o meio e despertem o interesse e a curiosidade por saberes que contribuam

67 Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada-PosLA pela Universidade

Estadual do Ceará- UECE. Especialista em Educação Inclusiva pela Universidade Estadual do Ceará, especialista em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Espanhola pela Universidade Candido Mendes. Graduada em Letras-Português/ Inglês pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Participa do Grupo de Pesquisa Literatura: Estudo, Ensino e (Re)leitura do Mundo- GPLEER, coordenado pela Profª Dra. Cleudene Aragão. É professora da rede estadual de ensino do estado do Ceará (SEDUC- CE). E-mail: aninha.azevedo@aluno.uece.br

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no desenvolvimento da autonomia, da criticidade, através do armazenamento e da circulação de informações.

Um bom exemplo disso é o uso sistemático de diferentes tipos de publicações, como jornais, revistas, livros, periódicos impressos e eletrônicos que, quando usados com finalidades educacionais, poder enriquecer a aprendizagem e multiplicar as possibilidades de utilização do saber, além de facilitar o trabalho do professor na construção da aprendizagem. Entendemos como uso sistemático a inclusão desses materiais na rotina da escola de forma adaptada para que ele possa usufruir dos benefícios que esse material pode propiciar, como a ampliação de revistas para pessoas com baixa visão e descrição, em áudio, das figuras, imagens postas, com riqueza de detalhes para possibilitar a sensibilização e a criatividade dos alunos.

Diante de tais necessidades e propostas de fazer acontecer um ambiente propício à aprendizagem com a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), este trabalho tem como questão norteadora: Como as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) podem contribuir para o processo de aprendizagem de alunos com deficiência num contexto escolar inclusivo da Educação Básica? E como objetivo geral analisar as contribuições das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no processo de aprendizagem de alunos com deficiências, num contexto escolar inclusivo, na percepção dos docentes e como específicos: a) conhecer os desafios de aprendizagem de alunos com deficiência; b) refletir acerca do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e como elas podem equalizar oportunidades de aprendizagens para os alunos com deficiências.

A sonhada "escola inclusiva" ou "escola para todos" tem exigido uma reestruturação das práticas pedagógicas e uma reorganização curricular que favoreça uma adequação do processo de ensino e aprendizagem às características e às singularidades de cada um, possibilitando condições humanas, físicas e materiais que permitam uma participação efetiva e plena de todos os educandos na escola e na sociedade como um todo. À vista disso, foi percebido que a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) poderá contribuir de forma positiva nessa conquista, facilitando a demarcação do contexto inclusivo nessa escola, bem como a formação de professores, conscientes do papel de facilitadores de aprendizagens. Segundo o artigo 22.º do Decreto- Lei n.º 3 /2008, de 7 de janeiro:

[...] entende-se por tecnologias de apoio os dispositivos facilitadores que se destinam a melhorar a funcionalidade e a reduzir a incapacidade do aluno, tendo como impacte permitir o desempenho de atividades e a participação nos domínios da aprendizagem e da vida profissional e social. (BRASIL, 2008, p.6).

A idealização da pesquisa baseia-se nessa necessidade de equiparação de oportunidades e percepção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) enquanto ferramenta de viabilização de aprendizagens satisfatórias, que potencializem no aluno com deficiências seus aspectos sociais, comunicativos e cognitivos, gerando também uma reflexão por parte dos professores em relação as suas práticas, mudanças de posturas e atitudes diante da realidade educacional local.

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A análise dos dados permitiu-nos a obtenção de resultados favoráveis aos princípios da escola inclusiva e à utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em contextos educativos inclusivos de aprendizagem colaborativa, motivadora e rica em informações, em que as pessoas, com deficiência ou sem deficiência, interajam com o meio e despertem o interesse por saberes fortalecedores da autonomia, da criticidade e da cidadania, bem como mudanças de posturas a partir do repensar do fazer pedagógico em todas as instâncias em que a educação se faz.

As Tecnologias da Informação e Comunicação na educação: aspectos

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