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NATUREZA DA PENA DE DANO LIÇÕES A TIRAR

No documento O Homem e a Eternidade (páginas 76-81)

Quais as grandes lições a tirar do dogma do inferno? Denuncia-nos as profundezas da alma; leva a distinguir absolutamente entre o bem e o mal, contra todas as men- _ tiras inventadas para suprimir a distinção; mostra-nos, também, por contraste, o valor, a doçura da conversão e a eterna felicidade.

A palavra dano, do latim damnum, perda, prejuízo, e portanto, sofrimento, pena, significa, na linguagem teoló­ gica, a pena essencial e principal devida ao pecado sem arrependimento. A pena de dano distingue-se da dos sen­ tidos, porque representa a privação da posse de Deus, ao passo que a dos sentidos constitui o efeito de uma acção afli- , tiva de Deus; a primeira corresponde à culpa, na medida

em c^up, devido a ela, o pecador se afasta de Deus, enquanto a segunda corresponde à culpa, na medida em que, por ela, o pecador se volta para a criatura, fazendo dela o seu fim último (x).

0 ) Cfr. S ã o T om ás, I, II, q. 87, a. 4; Suppl., q. 97, a. 2; q. 98 per totam; q. 99, a. I. Cfr. Diet, théol. cath., art. Enfer e Dam .

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N ão consideramos aqui a pena de dano para as crianças que morrem sem o baptismo, apenas com o pecado original; estas não sofrem da privação da visão beatífica, porque ignoram que estavam sobrenaturalmente destinadas à posse imediata de Deus. Apenas nos referimos à pena de dano consciente e sentida, tal como se inflige aos adultos, conde­ nados por um pecado pessoal e mortal de que não se arre­ penderam. Vejamos em que consiste e qual o seu rigor.

EXISTÊNCIA E NATUREZA D A PEN A DE D A N O A pena de dano consiste essencialmente na privação da visão beatífica de Deus e de tpdos os bens que dela derivam. O homem destinado sobrenaturalmente a ver Deus face a face, a possuí-lo eternamente, ao afastar-se de Deus por um pecado mortal não retratado, perdeu o direito à visão beatífica e permanecerá eternamente afastado de Deus, não só como fim sobrenatural, mas também como fim natural, porque todo o pecado mortal vai, pelo menos indirectamente, contra a lei natural que nos obriga a obedecer a toda a ordem de Deus, qualquer que ela seja.

Consequentemente, a pena de dano envolve a privação dos bens que derivam da visão beatífick; a privação da ca­ ridade, do amor de Deus, do amor inâmissível, da alegria sem medida, da sociedade com Cristo, com a Virgem Maria, os anjos e os santos, privação do amor das almas em Deus, de todas as virtudes e dos sete dons que subsistem no céu.

A Igreja, no Concílio de Florença (Denz., 693) ensina sem sombra de dúvida que, enquanto os bem-aventurados gozam da visão imediata da essência divina, os condenados se vêem privados dela.

A Escritura afirma-o também explicitamente, sobretudo onde se fala do juízo final {M at., XXV, 41): «Apartai-vos

de mim, malditos, para o fogo eterno que foi preparado para o diabo e para os seus anjos» (x).

N a parábola das virgens, N osso Senhor diz para as loucas: «Na verdade vos digo que não vos conheço» {M at., XXV, 12). Estas palavras traduzem a eterna separação de Deus e a privação de todos os bens que acompanham a sua presença. Idêntico significado assumem as censuras di­ rigidas aos escribas e fariseus hipócritas (M at., XXIII, 14, 15, 25, 29). Jesus chama-lhes «raça de víboras» e ameaça-os com a geena, onde o pecador obstinado se vê separado de Deus para sempre.

A teologia, como vimos, explica estas afirmações da Escritura pela própria natureza do pecado mortal, seguido de impenitência final. O homem que morre neste estado afasta-se de Deus; ora, depois da morte, um tal pecado

j a m a i s pode ser remido; a alma do pecador que livre e defi­

nitivamente se afastou de Deus vê-se, pois, separada dele .. eternamente. Isto deriva da própria definição de pecado m ortal: negação voluntária e livre, neste caso obstinada, do bem supremo, que contém eminentemente em si todos os outros bens. Deus castiga-o justamente pela perda de todo o bem, donde resulta a dor suprema.

RIGOR DESTA PENA O rigor, que a pena de dano reveste, deriva das conse­ quências da impenitência final: do vazio imenso que jamais sefá preenchido, da contradição interior, fruto do ódio a Deus, do desespero, do remorso perpétuo, sem qualquer arrependimento, do ódio ao próximo, da inveja que se traduz na blasfémia.

O vazio imenso que jamais será preenchido. O sofrimento

produzido pela eterna privação de Deus, dificilmente se

(i) Salm o, VI, 9. Mat., VII, 23; Luc., XIII, 27.

pode conceber na terra. Porquê? Porque a alma ainda não tomou consciência plena da sua amplitude sem medida, que só Deus pode encher e atrair irresistivelmente. Os bens se- síveis prendem-nos constantemente; as satisfações da cobiça e do orgulho impedem-nos de compreender bem, na prá­ tica, que Deus é o nosso fim último, que só Ele é o bem supremo. A inclinação que nos leva a Ele, como à verdade, à bondade e à beleza supremas, aparece contrariada, muitas vezes pela atracção das coisas inferiores. Além disso, aindq não chegou a hora de possuir a Deus, ainda não entrou na

ordem radical da nossa vida espiritual, alimentar-nos da sua

vida imediata, não sentimos ainda esta fom e que reclama o único pão capaz de saciar as almas.

Mas, logo que a alma se separa do corpo, perde todos os bens que a impediam de tomar consciência nítida da sua espiritualidade e do seu destino. Passa a ver-se como o anjo se vê a si mesmo: substância espiritual e, portanto, incorruptível, imortal. Vê que a sua inteligência fora feita para a verdade, sobretudo para a verdade suprema; que a sua vontade fora feita para amar e querer o bem, sobretudo o bem supremo, que é Deus, fonte de toda a felicidade e fundamento supremo de todo o dever.

A alma obstinada toma, então, consciência das suas pro­ fundezas, sem medida, desse vazio que^só Deus visto face a face pode preencher, e que ficará para sempre por encher. M on sab réO constata-o incisivamente: «O renegado, depois de ter atingido o termo da vida, deveria repousar na harmo­ niosa plenitude do seu ser: a perfeição. Mas afastou-se de Deus para se fixar nas criaturas; recusou o bem supremo, até ao último instante da sua prova; o bem supremo diz-lhe, no momento em que ele, não tendo já outros bens, se pre­ para para o apreender: «Vai-te embora». — E ele vai-se para longe da luz, para longe do amor infinito... para longe do Pai, para longe do divino esposo das almas... O pecador

O Conferências de Notre-Dame, 1889, 99.a cpnf., pág. 99,

negou tudo isto, vê-se portanto envolto na noite, no vazio; - encontra-se no exílio, expulso, repudiado, amaldiçoado; é 1 a justiça que o exige».

A CONTRADIÇÃO INTERIOR

! E O ÓDIO A D E U S

•, Além disso, a alma do pecador obstinado tende ainda

* por sua própria natureza, a amar a Deus, autor da sua vida natural. A mão, que se expõe para preservar o corpo, mostra amar mais o corpo do que se ama a si mesma (x). Aquela tendência natural, vinda de Deus, autor da natureza, não . pode deixar de ser recta; encontra-se, sem dúvida, atenuada

pela obstinação, mas subsiste no condenado, como a natu­ reza da alma, como o amor à vida. Monsabré, na confe- [ rência que acabámos de citar, diz: «o condenado ama a

Deus, porque tem fom e dele e ama-o para a satisfazer». E, por outra parte, manifesta horror a Deus, justo juiz que o reprova; nutre por Ele uma aversão com origem no pecado mortal sem arrependimento, do qual continua prisioneiro; os juízos que emite vão ainda afectados pela sua inclinação desregrada; não perdeu apenas a caridade, odeia mesmo Deus; vê-se torturado por uma contradição,

interior: atraído ainda por Deus, fonte da sua vida natural, detesta Deus, justo juiz e exterioriza raiva por meio da blas­ fémia. O Evangelho diz em muitos lugares: «Aí haverá pranto e ranger de dentes» (2).

Os condenados, devido a uma contínua experiência

d o s ^ fe ito s da justiça divina, têm ódio a Deus. Santa Tereza define o demónio como «aquele que não ama». ; Pode dizer-se o mesmo daqueles fariseus obstinados, nos quais se cumpriu a palavra de Jesus: «morrereis no vosso . pecado» (João, VIII, 21). Este ódio a Deus revela uma de-

í 1) C fr. S. Tomás, I, q. 60, a. 5, ad 5 m. — II, II, q. 26, a. 3. (2) M a t., VIII, 12; XIII,. 42, 50; XXII, 13. L uc., XIII, 18.

pravação total da vontade C). Os condenados estão conti­ nuamente em acto de pecado, embora estes actos já não sejam demeritórios, porque já atingiram o termo do mérito e do demérito.

O desespero sem saída constitui a terrível consequência

da perda eterna de todo o bem. Os condenados sabem que

perderam tudo para sempre e por culpa sua. O Livro da I

Sabedoria (V, 1-16) di-lo claramente: «Então o justo levan- 1

tar-se-á com grande afoiteza, na presença daqueles que o V | atribularam... A o verem-no, os maus perturbar-se-ão com | temor horrível. Ficarão admirados e dirão uns para os | outros: «Eis aquele que era objecto das nossas zombarias | e dos nossos ultrages... Ei-lo contado entre os filhos de

Deus e com parte entre os santos. Errámos, portanto; longe do caminho da verdade, a luz da justiça não brilhou para nós... Saciámo-nos no caminho da perdição. Para que nos serviu o orgulho?... Entrincheirámo-nos no meio das ini- quidades». Perdeu-se o bem para sempre.

Os condenados devem o excesso de desespero ao facto de desejarem naturalmente a felicidade que nunca alcan­ çarão. Estão ansiosos por chegar ao fim dos seus males e jamais chegarão. Se todos os dias se tirasse duma montanha uma pequena pedra, viria um dia em que a montanha dei­ xaria de existir, porque as suas dimensões são finitas, ao passo que, para os condenados, a sucessão dos séculos jamais terá fim.

O remorso perpétuo sem qualquer arrependimento, a voz

da consciência não cessa de os perseguir. Quando ainda era tempo para isso, recusaram-se a ouvi-la, e ela agora cen­ sura-os para sempre. A inteligência deles não pode ignorar os primeiros princípios da ordem moral, a distinção entre o bem e o mal. Ainda por cima os afirma (2). A consciência

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C1) Cfr. Diet, théol. cath., art. Enfer, col. 106.

(2) Cfr. I, II, q. 85, a. 2, ad, 3: Etiam in damnatis manet naturalis inclinatio ad virtutem; olioquin non esset in eis remorsus conscientiae».

do condenado lembra-lhe as numerosas faltas cometidas, a gravidade de cada uma delas, e a impenitência final que tudo encheu (x). Relembra-lhe as palavras do Senhor: «Tive fome e não me deste de comer; tive sede e não me deste de beber». Recorda-lhe a sua ingratidão, depois de tantos benefícios recebidos de Deus. D aí vem o remorso que não cessa.

Mas o condenado é incapaz de trocar o remorso pelo arrependimento e de converter as torturas em expiação. Como ensina São Tomás (2), penaliza-o o seu pecado, não como falta, mas apenas como causa de sofrimento; continua prisioneiro do pecado e o seu juízo prático segue sempre a inclinação eternamente desregrada.

O condenado é, pois, incapaz de contrição e até de atrição, porque esta supõe a esperança, a que apenas se chega pelo caminho da obediência e da humildade. O sangue de Cristo já não desce sobre o condenado para fazer do seu coração um «coração contrito e humilhado». Como diz a liturgia ■» do Ofício dos mortos, «no inferno não há redenção» (3). D o remorso, sentimento em que permaneceu a alma de Judas, até ao arrependimento vai pois uma distância infi­ nita. O remorso tortura; o arrependimento liberta e canta já a glória de Deus. «O pecador obstinado — diz Lacor- daire (4) — não se volta para Deus disposto a rezar, porque a graça lhe é recusada; e a graça é-lhe recusada, porque esta seria já o perdão, o perdão que ele desprezou e repudia mesmo no abismo em que caiu... Atira contra Deus tudo

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O É assim que São Tomás explica o verme roedor de que falam a Escritura (Marc., IX, 43: vermis eorum non moritur) e a Tradição. Cfr. C. Gentes, IV, c. 89, De Verit., q. 16, a. 3': «synderesis non extin- guitur» — «impossibile est in universali judicium synderesis extingui: in particulari vero oparabili extinguitur quandocunque peccatur in

I

1 eligendo».

{ (2) Suppl., q. 98, a. 2.

, (3) «In Inferno nulla est redemptio». i (4) Conferências de Notre-Dame, 72.® conf.

I?

o que vê, tudo o que sabe, tudo o que sente. Seria preciso que Deus viesse a ele, apesar de tudo isso, e que esta alma passasse, sem arrependimento, do ódio e da blasfémia ao abraço íntimo do amor divino. E seria isso justo?... Os céus abrir-se-iam tanto para Nero como para São Lucas, com a diferença de que Nero entraria mais tarde, para ter tempo de compensar a impenitência da sua vida com a impeni­ tência da sua expiação» (x).

O ódio ao próximo. A tudo o que acabámos de referir em

relação a Deus, junta-se na alma do condenado o ódio ao próximo. Enquanto os bem-aventurados se amam recipro­ camente, como filhos de Deus, os condenados odeiam-se mutuamente com um ódio que os isola e separa cruelmente. N o inferno já não há amor. Cada um desejaria, com inveja,

C1) Lê-se no primeiro dos três retiros progressivos de Cormier, que foi Superior dos dominicanos e morreu em odor de santidade, as seguintes reflexões sobre o religioso que não alcançou o fim último da sua vida, isto é, sobre o «inferno do religioso»: «Este infeliz tinha adquirido e conserva ainda uma capacidade, uma inclinação maior que os outros cristãos para possuir a Deus. Deus tinha introduzido na sua natureza certas aptidões mais elevadas, em virtude da sua vocação religiosa. Ora, estas aptidões do religioso condenado voltam-se necessária e implacàvelmente contra ele. O seu coração ampliado expe­

rimentará um vazio mais profundo, que o atorn\entará de uma maneira

inexorável. Que fome devoradora, que nada poderá acalmar!

«Lembrar-se-á dos dias, dos anos de fervor, que foram com o que

um antegozo do céu. Que contraste! que pena! Ele dirá: «Ó céu encantador, de que eu me julgava seguro, eis-te irremediàvelmente perdido para mim!

«.Sentirá mais a vergonha da sua perversidade e da sua condenação

do que os outros renegados e não poderá ocultar a sua perda por meio de mentiras e sacrilégios. A sua hipocrisia, a sua baixeza apare­ cerão de uma maneira evidente.

«Terá um ódio mais encarniçado por Jesus do que os outros con­ denados ; porque o coração, quanto mais tiver amado, mais é capaz de

odiar. Este ódio mais não é do que um amor convertido em aversão,

e manifestar-se-á através da blasfémia contra tudo o que mais tiver amado». Tão terrível contraste mostra-nos bem o valor da salvação.

que todos os homens e todos os anjos fossem condenados (x),

m a s sentem menos inveja em relação àqueles eleitos que a

eles estavam unidos pelos laços do sangue.

Eternamente aborrecidos com tudo e com eles mesmos, os condenados desejariam não existir; não porque ansiem pela perda da existência por si mesma, mas para deixarem de sofrer. Neste sentido disse Jesus acerca de Judas: «seria melhor para ele não ter nascido» (M at., XXVI, 24) (2).

O pecador obstinado avalia a sua enorme infelicidade, mas nem isso o leva à piedade, porque não reside nele qual­ quer desejo de se reabilitar; o seu coração está cheio de indizível cólera e fá-lo transbordar em blasfémias (3). Ele range os dentes e estiola de terror, todos os seus desejos são feridos de morte. A tradição atribui-lhes estas palavras do Salmo LXXIII, 23: «A soberba daqueles que te odeiam cresce cada vez mais» (4), o orgulho deles, sem se tornar mais intenso, produz sempre novos efeitos.

N egou o bem supremo, agora encontra a dor extrema; * negou-o livremente e para sempre, por isso encontrou a infe­ licidade e o desespero sem fim. É a justiça que o exige. Há, sem dúvida, diversos graus de perdição, conforme a gravi­ dade dos pecados cometidos, mas pode afirmar-se a res­ peito de todos os condenados: «É horrível cair, após a morte, nas mãos do Deus vivo» (H eb. X, 31) cujo amor se

desprezou.

Santo Agostinho afirma a propósito: «Nunca morrerão, nunca moribundos, nunca mortos, mas agonizantes por todo o sempre» (5). O condenado não está vivo, não se

C1) SÃo Tom ás, Suppl., q . 98, a. 4.

(2) Ibid., a. 3.

(3) «Dentibus suis fremet et tabescet, desiderium peccatorum pe- ribit». S alm o CXII, 10.

(4) «Superbia eorum qui te oderunt, ascendit semper».

(5) «Nunquam morientes, nunquam mortui, sed sine fine mo- rientes» {De. Civ D ei 1. XIII, c. 4).

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•encontra morto, morre sem cessar, porque se mantém eter­ nam ente afastado de Deus, autor da vida.

São Tomás diz também que eles estão no cúmulo da mi­ séria (x), onde já não se pode desmerecer, porque se atingiu o termo do mérito e do demérito. Assim como os bem-aven­ turados, embora livres, já não podem merecer, os conde­ nados, embora livres, já não podem desmercer, deixaram

de ser peregrinos da eternidade feliz, perderam-na para sempre por culpa deles. Pecam, mas já não desmerecem; o s bem-aventurados praticam actos de virtude, mas já não aumentam o mérito.

U m tal estado, considerando somente a pena de dano, que é a principal, constitui um abismo de miséria, tão inex­ plicável como a glória a que se opõe, miséria tão grande com o a perda da posse de Deus para sempre.

Este estado põe também de manifesto, por contraste, o enorme valor que tem vida eterna, ou a visão beatífica com todos os bens dela derivados. Para melhor apreciar quanto o s condenados perderam, seria necessário ter possuído o q u e eles jamais possuíram: a visão imediata da essência divina. Seria necessário ter possuído a Deus e tê-lo amado c o m esta plenitude e alegria sem medida que só se encontra mo céu. D o mesmo modo, aqueles que exibem uma fé firme •e viva no meio das maiores dificuldades, sabem muito bem q u e infelizes seriam se a viessem a perdàr.

í 1) «Ad summum malorum pervenerunt», Suppl., q. 98, a. 6 ad 3.

No documento O Homem e a Eternidade (páginas 76-81)