Quais as grandes lições a tirar do dogma do inferno? Denuncia-nos as profundezas da alma; leva a distinguir absolutamente entre o bem e o mal, contra todas as men- _ tiras inventadas para suprimir a distinção; mostra-nos, também, por contraste, o valor, a doçura da conversão e a eterna felicidade.
A palavra dano, do latim damnum, perda, prejuízo, e portanto, sofrimento, pena, significa, na linguagem teoló gica, a pena essencial e principal devida ao pecado sem arrependimento. A pena de dano distingue-se da dos sen tidos, porque representa a privação da posse de Deus, ao passo que a dos sentidos constitui o efeito de uma acção afli- , tiva de Deus; a primeira corresponde à culpa, na medida
em c^up, devido a ela, o pecador se afasta de Deus, enquanto a segunda corresponde à culpa, na medida em que, por ela, o pecador se volta para a criatura, fazendo dela o seu fim último (x).
0 ) Cfr. S ã o T om ás, I, II, q. 87, a. 4; Suppl., q. 97, a. 2; q. 98 per totam; q. 99, a. I. Cfr. Diet, théol. cath., art. Enfer e Dam .
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N ão consideramos aqui a pena de dano para as crianças que morrem sem o baptismo, apenas com o pecado original; estas não sofrem da privação da visão beatífica, porque ignoram que estavam sobrenaturalmente destinadas à posse imediata de Deus. Apenas nos referimos à pena de dano consciente e sentida, tal como se inflige aos adultos, conde nados por um pecado pessoal e mortal de que não se arre penderam. Vejamos em que consiste e qual o seu rigor.
EXISTÊNCIA E NATUREZA D A PEN A DE D A N O A pena de dano consiste essencialmente na privação da visão beatífica de Deus e de tpdos os bens que dela derivam. O homem destinado sobrenaturalmente a ver Deus face a face, a possuí-lo eternamente, ao afastar-se de Deus por um pecado mortal não retratado, perdeu o direito à visão beatífica e permanecerá eternamente afastado de Deus, não só como fim sobrenatural, mas também como fim natural, porque todo o pecado mortal vai, pelo menos indirectamente, contra a lei natural que nos obriga a obedecer a toda a ordem de Deus, qualquer que ela seja.
Consequentemente, a pena de dano envolve a privação dos bens que derivam da visão beatífick; a privação da ca ridade, do amor de Deus, do amor inâmissível, da alegria sem medida, da sociedade com Cristo, com a Virgem Maria, os anjos e os santos, privação do amor das almas em Deus, de todas as virtudes e dos sete dons que subsistem no céu.
A Igreja, no Concílio de Florença (Denz., 693) ensina sem sombra de dúvida que, enquanto os bem-aventurados gozam da visão imediata da essência divina, os condenados se vêem privados dela.
A Escritura afirma-o também explicitamente, sobretudo onde se fala do juízo final {M at., XXV, 41): «Apartai-vos
de mim, malditos, para o fogo eterno que foi preparado para o diabo e para os seus anjos» (x).
N a parábola das virgens, N osso Senhor diz para as loucas: «Na verdade vos digo que não vos conheço» {M at., XXV, 12). Estas palavras traduzem a eterna separação de Deus e a privação de todos os bens que acompanham a sua presença. Idêntico significado assumem as censuras di rigidas aos escribas e fariseus hipócritas (M at., XXIII, 14, 15, 25, 29). Jesus chama-lhes «raça de víboras» e ameaça-os com a geena, onde o pecador obstinado se vê separado de Deus para sempre.
A teologia, como vimos, explica estas afirmações da Escritura pela própria natureza do pecado mortal, seguido de impenitência final. O homem que morre neste estado afasta-se de Deus; ora, depois da morte, um tal pecado
j a m a i s pode ser remido; a alma do pecador que livre e defi
nitivamente se afastou de Deus vê-se, pois, separada dele .. eternamente. Isto deriva da própria definição de pecado m ortal: negação voluntária e livre, neste caso obstinada, do bem supremo, que contém eminentemente em si todos os outros bens. Deus castiga-o justamente pela perda de todo o bem, donde resulta a dor suprema.
RIGOR DESTA PENA O rigor, que a pena de dano reveste, deriva das conse quências da impenitência final: do vazio imenso que jamais sefá preenchido, da contradição interior, fruto do ódio a Deus, do desespero, do remorso perpétuo, sem qualquer arrependimento, do ódio ao próximo, da inveja que se traduz na blasfémia.
O vazio imenso que jamais será preenchido. O sofrimento
produzido pela eterna privação de Deus, dificilmente se
(i) Salm o, VI, 9. Mat., VII, 23; Luc., XIII, 27.
pode conceber na terra. Porquê? Porque a alma ainda não tomou consciência plena da sua amplitude sem medida, que só Deus pode encher e atrair irresistivelmente. Os bens se- síveis prendem-nos constantemente; as satisfações da cobiça e do orgulho impedem-nos de compreender bem, na prá tica, que Deus é o nosso fim último, que só Ele é o bem supremo. A inclinação que nos leva a Ele, como à verdade, à bondade e à beleza supremas, aparece contrariada, muitas vezes pela atracção das coisas inferiores. Além disso, aindq não chegou a hora de possuir a Deus, ainda não entrou na
ordem radical da nossa vida espiritual, alimentar-nos da sua
vida imediata, não sentimos ainda esta fom e que reclama o único pão capaz de saciar as almas.
Mas, logo que a alma se separa do corpo, perde todos os bens que a impediam de tomar consciência nítida da sua espiritualidade e do seu destino. Passa a ver-se como o anjo se vê a si mesmo: substância espiritual e, portanto, incorruptível, imortal. Vê que a sua inteligência fora feita para a verdade, sobretudo para a verdade suprema; que a sua vontade fora feita para amar e querer o bem, sobretudo o bem supremo, que é Deus, fonte de toda a felicidade e fundamento supremo de todo o dever.
A alma obstinada toma, então, consciência das suas pro fundezas, sem medida, desse vazio que^só Deus visto face a face pode preencher, e que ficará para sempre por encher. M on sab réO constata-o incisivamente: «O renegado, depois de ter atingido o termo da vida, deveria repousar na harmo niosa plenitude do seu ser: a perfeição. Mas afastou-se de Deus para se fixar nas criaturas; recusou o bem supremo, até ao último instante da sua prova; o bem supremo diz-lhe, no momento em que ele, não tendo já outros bens, se pre para para o apreender: «Vai-te embora». — E ele vai-se para longe da luz, para longe do amor infinito... para longe do Pai, para longe do divino esposo das almas... O pecador
O Conferências de Notre-Dame, 1889, 99.a cpnf., pág. 99,
negou tudo isto, vê-se portanto envolto na noite, no vazio; - encontra-se no exílio, expulso, repudiado, amaldiçoado; é 1 a justiça que o exige».
A CONTRADIÇÃO INTERIOR
! E O ÓDIO A D E U S
•, Além disso, a alma do pecador obstinado tende ainda
* por sua própria natureza, a amar a Deus, autor da sua vida natural. A mão, que se expõe para preservar o corpo, mostra amar mais o corpo do que se ama a si mesma (x). Aquela tendência natural, vinda de Deus, autor da natureza, não . pode deixar de ser recta; encontra-se, sem dúvida, atenuada
pela obstinação, mas subsiste no condenado, como a natu reza da alma, como o amor à vida. Monsabré, na confe- [ rência que acabámos de citar, diz: «o condenado ama a
Deus, porque tem fom e dele e ama-o para a satisfazer». E, por outra parte, manifesta horror a Deus, justo juiz que o reprova; nutre por Ele uma aversão com origem no pecado mortal sem arrependimento, do qual continua prisioneiro; os juízos que emite vão ainda afectados pela sua inclinação desregrada; não perdeu apenas a caridade, ■ odeia mesmo Deus; vê-se torturado por uma contradição,
interior: atraído ainda por Deus, fonte da sua vida natural, detesta Deus, justo juiz e exterioriza raiva por meio da blas fémia. O Evangelho diz em muitos lugares: «Aí haverá pranto e ranger de dentes» (2).
■ Os condenados, devido a uma contínua experiência
d o s ^ fe ito s da justiça divina, têm ódio a Deus. Santa Tereza define o demónio como «aquele que não ama». ; Pode dizer-se o mesmo daqueles fariseus obstinados, nos quais se cumpriu a palavra de Jesus: «morrereis no vosso . pecado» (João, VIII, 21). Este ódio a Deus revela uma de-
í 1) C fr. S. Tomás, I, q. 60, a. 5, ad 5 m. — II, II, q. 26, a. 3. (2) M a t., VIII, 12; XIII,. 42, 50; XXII, 13. L uc., XIII, 18.
pravação total da vontade C). Os condenados estão conti nuamente em acto de pecado, embora estes actos já não sejam demeritórios, porque já atingiram o termo do mérito e do demérito.
O desespero sem saída constitui a terrível consequência
da perda eterna de todo o bem. Os condenados sabem que
perderam tudo para sempre e por culpa sua. O Livro da I
Sabedoria (V, 1-16) di-lo claramente: «Então o justo levan- 1
tar-se-á com grande afoiteza, na presença daqueles que o V | atribularam... A o verem-no, os maus perturbar-se-ão com | temor horrível. Ficarão admirados e dirão uns para os | outros: «Eis aquele que era objecto das nossas zombarias | e dos nossos ultrages... Ei-lo contado entre os filhos de
Deus e com parte entre os santos. Errámos, portanto; longe do caminho da verdade, a luz da justiça não brilhou para nós... Saciámo-nos no caminho da perdição. Para que nos serviu o orgulho?... Entrincheirámo-nos no meio das ini- quidades». Perdeu-se o bem para sempre.
Os condenados devem o excesso de desespero ao facto de desejarem naturalmente a felicidade que nunca alcan çarão. Estão ansiosos por chegar ao fim dos seus males e jamais chegarão. Se todos os dias se tirasse duma montanha uma pequena pedra, viria um dia em que a montanha dei xaria de existir, porque as suas dimensões são finitas, ao passo que, para os condenados, a sucessão dos séculos jamais terá fim.
O remorso perpétuo sem qualquer arrependimento, a voz
da consciência não cessa de os perseguir. Quando ainda era tempo para isso, recusaram-se a ouvi-la, e ela agora cen sura-os para sempre. A inteligência deles não pode ignorar os primeiros princípios da ordem moral, a distinção entre o bem e o mal. Ainda por cima os afirma (2). A consciência
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C1) Cfr. Diet, théol. cath., art. Enfer, col. 106.
(2) Cfr. I, II, q. 85, a. 2, ad, 3: Etiam in damnatis manet naturalis inclinatio ad virtutem; olioquin non esset in eis remorsus conscientiae».
do condenado lembra-lhe as numerosas faltas cometidas, a gravidade de cada uma delas, e a impenitência final que tudo encheu (x). Relembra-lhe as palavras do Senhor: «Tive fome e não me deste de comer; tive sede e não me deste de beber». Recorda-lhe a sua ingratidão, depois de tantos benefícios recebidos de Deus. D aí vem o remorso que não cessa.
Mas o condenado é incapaz de trocar o remorso pelo arrependimento e de converter as torturas em expiação. Como ensina São Tomás (2), penaliza-o o seu pecado, não como falta, mas apenas como causa de sofrimento; continua prisioneiro do pecado e o seu juízo prático segue sempre a inclinação eternamente desregrada.
O condenado é, pois, incapaz de contrição e até de atrição, porque esta supõe a esperança, a que apenas se chega pelo caminho da obediência e da humildade. O sangue de Cristo já não desce sobre o condenado para fazer do seu coração um «coração contrito e humilhado». Como diz a liturgia ■» do Ofício dos mortos, «no inferno não há redenção» (3). D o remorso, sentimento em que permaneceu a alma de Judas, até ao arrependimento vai pois uma distância infi nita. O remorso tortura; o arrependimento liberta e canta já a glória de Deus. «O pecador obstinado — diz Lacor- daire (4) — não se volta para Deus disposto a rezar, porque a graça lhe é recusada; e a graça é-lhe recusada, porque esta seria já o perdão, o perdão que ele desprezou e repudia mesmo no abismo em que caiu... Atira contra Deus tudo
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O É assim que São Tomás explica o verme roedor de que falam a Escritura (Marc., IX, 43: vermis eorum non moritur) e a Tradição. Cfr. C. Gentes, IV, c. 89, De Verit., q. 16, a. 3': «synderesis non extin- guitur» — «impossibile est in universali judicium synderesis extingui: in particulari vero oparabili extinguitur quandocunque peccatur in
I
1 eligendo».{ (2) Suppl., q. 98, a. 2.
, (3) «In Inferno nulla est redemptio». i (4) Conferências de Notre-Dame, 72.® conf.
I?
o que vê, tudo o que sabe, tudo o que sente. Seria preciso que Deus viesse a ele, apesar de tudo isso, e que esta alma passasse, sem arrependimento, do ódio e da blasfémia ao abraço íntimo do amor divino. E seria isso justo?... Os céus abrir-se-iam tanto para Nero como para São Lucas, com a diferença de que Nero entraria mais tarde, para ter tempo de compensar a impenitência da sua vida com a impeni tência da sua expiação» (x).
O ódio ao próximo. A tudo o que acabámos de referir em
relação a Deus, junta-se na alma do condenado o ódio ao próximo. Enquanto os bem-aventurados se amam recipro camente, como filhos de Deus, os condenados odeiam-se mutuamente com um ódio que os isola e separa cruelmente. N o inferno já não há amor. Cada um desejaria, com inveja,
C1) Lê-se no primeiro dos três retiros progressivos de Cormier, que foi Superior dos dominicanos e morreu em odor de santidade, as seguintes reflexões sobre o religioso que não alcançou o fim último da sua vida, isto é, sobre o «inferno do religioso»: «Este infeliz tinha adquirido e conserva ainda uma capacidade, uma inclinação maior que os outros cristãos para possuir a Deus. Deus tinha introduzido na sua natureza certas aptidões mais elevadas, em virtude da sua vocação religiosa. Ora, estas aptidões do religioso condenado voltam-se necessária e implacàvelmente contra ele. O seu coração ampliado expe
rimentará um vazio mais profundo, que o atorn\entará de uma maneira
inexorável. Que fome devoradora, que nada poderá acalmar!
«Lembrar-se-á dos dias, dos anos de fervor, que foram com o que
um antegozo do céu. Que contraste! que pena! Ele dirá: «Ó céu encantador, de que eu me julgava seguro, eis-te irremediàvelmente perdido para mim!
«.Sentirá mais a vergonha da sua perversidade e da sua condenação
do que os outros renegados e não poderá ocultar a sua perda por meio de mentiras e sacrilégios. A sua hipocrisia, a sua baixeza apare cerão de uma maneira evidente.
«Terá um ódio mais encarniçado por Jesus do que os outros con denados ; porque o coração, quanto mais tiver amado, mais é capaz de
odiar. Este ódio mais não é do que um amor convertido em aversão,
e manifestar-se-á através da blasfémia contra tudo o que mais tiver amado». Tão terrível contraste mostra-nos bem o valor da salvação.
que todos os homens e todos os anjos fossem condenados (x),
m a s sentem menos inveja em relação àqueles eleitos que a
eles estavam unidos pelos laços do sangue.
Eternamente aborrecidos com tudo e com eles mesmos, os condenados desejariam não existir; não porque ansiem pela perda da existência por si mesma, mas para deixarem de sofrer. Neste sentido disse Jesus acerca de Judas: «seria melhor para ele não ter nascido» (M at., XXVI, 24) (2).
O pecador obstinado avalia a sua enorme infelicidade, mas nem isso o leva à piedade, porque não reside nele qual quer desejo de se reabilitar; o seu coração está cheio de indizível cólera e fá-lo transbordar em blasfémias (3). Ele range os dentes e estiola de terror, todos os seus desejos são feridos de morte. A tradição atribui-lhes estas palavras do Salmo LXXIII, 23: «A soberba daqueles que te odeiam cresce cada vez mais» (4), o orgulho deles, sem se tornar mais intenso, produz sempre novos efeitos.
N egou o bem supremo, agora encontra a dor extrema; * negou-o livremente e para sempre, por isso encontrou a infe licidade e o desespero sem fim. É a justiça que o exige. Há, sem dúvida, diversos graus de perdição, conforme a gravi dade dos pecados cometidos, mas pode afirmar-se a res peito de todos os condenados: «É horrível cair, após a morte, nas mãos do Deus vivo» (H eb. X, 31) cujo amor se
desprezou. •
Santo Agostinho afirma a propósito: «Nunca morrerão, nunca moribundos, nunca mortos, mas agonizantes por todo o sempre» (5). O condenado não está vivo, não se
C1) SÃo Tom ás, Suppl., q . 98, a. 4.
(2) Ibid., a. 3.
(3) «Dentibus suis fremet et tabescet, desiderium peccatorum pe- ribit». S alm o CXII, 10.
(4) «Superbia eorum qui te oderunt, ascendit semper».
(5) «Nunquam morientes, nunquam mortui, sed sine fine mo- rientes» {De. Civ D ei 1. XIII, c. 4).
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O H O M E M E A E T E R N I D A D E•encontra morto, morre sem cessar, porque se mantém eter nam ente afastado de Deus, autor da vida.
São Tomás diz também que eles estão no cúmulo da mi séria (x), onde já não se pode desmerecer, porque se atingiu o termo do mérito e do demérito. Assim como os bem-aven turados, embora livres, já não podem merecer, os conde nados, embora livres, já não podem desmercer, deixaram
de ser peregrinos da eternidade feliz, perderam-na para sempre por culpa deles. Pecam, mas já não desmerecem; o s bem-aventurados praticam actos de virtude, mas já não aumentam o mérito.
U m tal estado, considerando somente a pena de dano, que é a principal, constitui um abismo de miséria, tão inex plicável como a glória a que se opõe, miséria tão grande com o a perda da posse de Deus para sempre.
Este estado põe também de manifesto, por contraste, o enorme valor que tem vida eterna, ou a visão beatífica com todos os bens dela derivados. Para melhor apreciar quanto o s condenados perderam, seria necessário ter possuído o q u e eles jamais possuíram: a visão imediata da essência divina. Seria necessário ter possuído a Deus e tê-lo amado c o m esta plenitude e alegria sem medida que só se encontra mo céu. D o mesmo modo, aqueles que exibem uma fé firme •e viva no meio das maiores dificuldades, sabem muito bem q u e infelizes seriam se a viessem a perdàr.
í 1) «Ad summum malorum pervenerunt», Suppl., q. 98, a. 6 ad 3.