• Nenhum resultado encontrado

O pensamento tempo-histórico-linear

No documento Jornalismo e Estudos Mediáticos (páginas 123-130)

Vinicius Souza

1. O pensamento mágico-imagético-circular

1.1. O pensamento tempo-histórico-linear

O pensamento mágico-imagético circular, conforme apresentado anteriormente, foi hegemônico nas sociedades humanas por dezenas de milhares de anos. Somente por volta do ano 3000 a.C, com o ad- vento das gravações cuneiformes dos sumérios e dos hieróglifos egípcios, é que as imagens se tornariam tão codificadas a ponto de deixarem de transmitir uma ideia sozinhas para serem alinhadas a outras imagens, de modo a representarem, juntas, sons e palavras, que podem ser reconhecidas por quem foi

instruído em seus códigos para a obtenção de informações, entre estas, as narrativas passadas até então de forma apenas verbal. É o início da língua escrita.

A partir dessa invenção, a hegemonia das imagens no registro das narrativas começa a recuar lenta- mente. O texto pressupõe uma forma de pensamento diferente, em que a complexidade da codificação apresentada exige o aprendizado de uma outra linguagem para a interpretação e a compreensão das mensagens. Segundo Flusser (2009), o raciocínio baseado em textos pode ser denominado de pensa- mento tempo-histórico-linear. Em vez de o olhar circular na imagem e retirar dela o significado de uma única vez, é necessário seguir a linha textual (em português, da esquerda para a direita), colocando os elementos em uma indispensável ordem temporal (uma letra após a outra, uma palavra e depois a seguinte) para sua compreensão. A invenção da escrita, aliás, é o marco temporal que separa a Pré-His- tória da História.

O pensamento baseado em textos, com todas as suas consequências, vai dominar a comunicação e o registro das narrativas pelos milênios seguintes através dos ensinos religiosos e laicos. O pensamento tempo-histórico-linear pressupõe uma relação de causa e consequência; começo, meio e fim; Gênesis, Evangelhos e Apocalipse. Não à toa, as religiões monoteístas aboliram o culto às imagens em favor de uma “literalização” da relação com o divino via textos (e, obviamente, seus intérpretes). Esse é o moti- vo pelo qual as religiões monoteístas proíbem explicitamente o culto às imagens, trocando a idolatria amplamente vigente até então por uma textolatria, em que um pequeno grupo de líderes político-reli- giosos controlam as vastas populações iletradas.

Isso funciona tanto para textos “religiosos” quanto para “laicos”, como “O Capital”, de Karl Marx. Praticamente todo pensamento acadêmico e a maior parte dos registros jornalísticos são baseados em textos com as imagens sendo meros acessórios. O próprio livro que os senhores têm em mãos agora é basicamente textual, composto por centenas de páginas numeradas de forma crescente e cada capí- tulo é dividido em introdução, desenvolvimento e conclusão, expostos nessa sequência antes de uma bibliografia. Há, ainda, uma capa para o título e uma contracapa para um resumo do conteúdo da publicação.

Retornando ao nosso exemplo inicial, podemos representar a ideia da Figura 1 em uma frase curta: o gato caça o rato. Diferente do desenho (e também de textos poéticos ou metafóricos como a Bíblia), no entanto, a sua compreensão não dá margem a outras interpretações. Contanto que a linha de letras e palavras seja corretamente seguida da esquerda para a direita e o leitor compreenda o significado em português de gato, caça e rato, ele jamais irá entender que os dois animais estariam, por exemplo, brincando. Assim deveria ser o jornalismo: direto, preciso e inequívoco. Mas não é isso que está aconte- cendo, a julgar pelos comentários em matérias, especialmente de cunho político, que temos lido tanto nos portais e sites dos veículos noticiosos como nas redes sociais. É como se, dependendo da posição político-ideológica do leitor, o gato passasse de caçador a caçado e o rato de vítima a algoz. A seguir, apresentarei casos recentes para exemplificar a dificuldade, ou mesmo a inversão de sentido, na com- preensão de peças jornalísticas e de uma enquete on-line.

1.1.1. “Falta amor no mundo. Mas também falta interpretação de texto”

Em outubro de 2013, quando as vitoriosas manifestações de rua contra os aumentos nas passagens do transporte público, uma pauta de esquerda, já haviam passado da pesada repressão policial para passeatas gigantescas “contra tudo o que está aí”, com os militantes de camisa vermelha sendo expulsos por skinheads gritando “SEM PARTIDO”, o jornalista Leonardo Sakamoto escreveu essas duas frases simples (“Falta amor no mundo. Mas também falta interpretação de texto”) num post de sua página no Facebook1. Blogueiro do portal Universo Online – UOL, pertencente ao grupo do jornal Folha de S.Paulo, para o qual escreve diariamente sobre direitos humanos, conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e diretor da ONG Repórter Brasil, o jornalista estava cansado de ter seus textos mal interpretados e utilizados para acusá-lo de “amigo de bandidos”, “apoiador de ditaduras”, “vendido ao comunismo”, “corrupto”, “herege”, “gaysista” (sic) e outras “qua- lidades” geralmente atribuídas a pessoas de orientação política à esquerda por partidários da extrema direita. A postagem teve mais de 13 mil reações, 2.523 compartilhamentos e 307 comentários, muitos dos quais chamando Sakamoto de arrogante ou de péssimo redator, e muitas outras em que, obviamen- te, o leitor simplesmente não entendeu o que ele quis dizer.

Em fevereiro de 2016, ele utilizou novamente as duas frases como título de uma nova postagem2 em que reproduzia a capa (Figura 2) de um jornal da cidade de Belo Horizonte, Edição do Brasil, com uma foto sua e a manchete: “Cientista Político diz que aposentados são inúteis à sociedade’”.

Figura 2

Jornal Edição do Brasil com manchete mentirosa e entrevista fictícia

Fonte: Postagem no Facebook de Leonardo Sakamoto (ver nota de rodapé 2).

1 Disponível em: <https://www.facebook.com/leonardo.sakamoto/posts/717734928255067>. Acesso em: 15 mar. 2018.

2 Disponível em: <https://www.facebook.com/leonardo.sakamoto/photos/pb.335237883171442.-2207520000.1463304597./1220478831314005/?- type=3>. Acesso em: 15 mar. 2018.

Na postagem, Sakamoto (2016) esclarece que:

Publiquei no blog, no dia 30 de dezembro, o texto ‘Três formas para convencer os pobres que aumentar o salário mínimo é ruim’ – uma crítica aos discursos contrários ao reajuste. Daí o jornal Edição do Brasil, de Belo Horizonte, pegou o texto e, por falta de interpreta- ção de texto (ou de amor), não entendeu ou quis entender e publicou a manchete abaixo. Como se as ironias – que até uma morsa com narcolepsia entenderia – fossem verdade. 

Com postagens diárias sobre direitos humanos num dos maiores portais noticiosos do Brasil, com um programa de debates via Internet chamado “Havana Connection” (em referência ao programa de 25 anos da Globo News “Manhattan Connection”, conduzido sempre por jornalistas da direita liberal) com a ex-colega de Folha de S.Paulo Laura Capriglione (atualmente no coletivo independente Jornalis- tas Livres) e o único deputado federal abertamente homossexual do Congresso brasileiro, Jean Wyllys, do Partido Socialismo e Liberdade – Psol, do Rio de Janeiro, Sakamoto decerto é vítima contumaz de “más interpretações”, tanto que em 2016 ele lançou pela editora Leya o livro “O que aprendi sendo xingado na Internet”, no qual discute o ódio e a intolerância nas redes digitais. Sakamoto processou o jornal por calúnia e difamação, mas o texto foi reproduzido de forma viral numa infinidade de perfis e blogs de direita, como costuma acontecer com as fake news.

Além disso, os textos de Sakamoto aparentemente são arquivados por anos por simpatizantes da direita para serem usados cada vez que necessitarem de “argumentos” para “mostrar que a fala não sobrevive à realidade e depois alguém acaba mostrando a contradição”. Pelo menos foi isso que me respondeu um amigo virtual, professor estadual em São Paulo, negro, de classe média baixa e que, apesar de ser fun- cionário público, declara-se “liberal de direita pelo Estado mínimo”. O diálogo via Facebook ocorreu depois de uma postagem desse amigo em dezembro de 2017, em que comentava com ironia a notícia do assalto3 à mão armada sofrido pela deputada federal do Partido dos Trabalhadores – PT, do Rio Grande do Sul, e ex-secretária de Direitos Humanos da Presidência da República Maria do Rosário e seu marido, que tiveram os pertences levados, assim como o automóvel, mais tarde recuperado pela polícia: “A ONG chamada POLÍCIA MILITAR desapropriou o veículo da Dep. Maria do Rosário, depois dele ter sido ocupado após uma assembleia de 3 vítimas da sociedade que votaram em unani- midade. Viva o socialismo!”.

Vários perfis de direita no Facebook, naquela semana, comentaram a mesma notícia, uns com ironia, como esse meu conhecido, e outros de forma mais violenta. Alguns chegavam a se lamuriar pelas vítimas não terem sido agredidas, feridas ou mortas “como merecem esses comunistas defensores de bandidos”.

Eu comentei na postagem de meu amigo virtual que estava triste com sua falta de empatia diante da violência sofrida pela deputada, ao que ele respondeu: “Empatia? Humanidade? Só para alguns, não é mesmo?! E o Sakamoto, vai pedir a prisão da Maria do Rosário, Vinicius Souza? ‘Não defendo essa opção, mas sabemos que, dessa forma, o jovem pode ajudar a família, melhorar de vida, dar vazão às suas aspirações de consumo...’”, resposta seguida pelo link que leva ao artigo “Ostentação deveria ser

crime previsto no Código Penal”4, publicado por Sakamoto em 18 de junho de 2012. O texto traça comentários sobre uma coluna de sua colega de jornal Mônica Bergamo, em que a jornalista narra os medos pelos quais passavam principalmente mulheres da alta sociedade por conta de uma onda de assaltos a restaurantes de luxo em São Paulo. No artigo, Sakamoto discorre sobre a desigualdade social, seu impacto na violência e a impossibilidade real de soluções individuais, como o uso de veículos blin- dados e a escolha pelo confinamento em shoppings de alto padrão e condomínios de mansões cercados por seguranças particulares. E mais: ele fala sobre a imensa preocupação dessa parcela da sociedade com seus caros bens materiais, enquanto pobres, pretos e periféricos se preocupam mais em sobreviver à carestia, à violência e à falta de oportunidades.

Mas não foi isso que meu conhecido compreendeu do texto. Para ele:

Vou te dizer o que quero ao juntar o caso da Maria do Rosário, o infeliz texto do Saka- moto a sua ideia de ‘compaixão e empatia’... É tudo papo-furado! Uma conversa que não resiste ao teste de realidade. O Sakamoto diz que ostentar deveria ser crime (nem carro eu tenho, ele diz) e que o querer provoca ações de violência (para ajudar em casa? Piada!) e isso justifica.

Talvez por ter o texto guardado em seu computador, meu conhecido não tenha lido o postscriptum do jornalista, ou pode ser que tenha lido e não feito a menor diferença, o qual informava:

PS: O texto ganhou uma boa repercussão, o que é ótimo. Não precisam concordar comi- go, aliás prefiro que discordem. E podem me espinafrar à vontade – o nipo-brasileiro é, acima de tudo, um forte. Mas, por favor, vamos interpretar o texto, vai. Por exemplo, o que o blogueiro quer dizer quando afirma que seu bem mais precioso é ‘um ornitorrinco de pelúcia’? Será que ele não tem cama, nem TV, nem computador ou celular e vive apenas com um felpudo animal em uma choupana, tecendo sua roupa com linho que colheu do campo e cultivando seus próprios remédios? – rs... Teve gente que procurou desesperada- mente na internet para provar que eu tenho smartphone ou notebook. Pessoal, se lessem meu blog diariamente veriam que eu mesmo já escrevi várias vezes que tenho ambos (carro não adianta porque não tenho mesmo). E discuto as contradições do capital. Mas este tex- to não é sobre ter, mas como nos relacionamos com esse ‘ter’. E o medo de perder e deixar- mos – com isso – de ‘ser’. E o que é precisar ‘ter’ para ‘ser’ e os impactos disso na sociedade. Prometo voltar ao assunto mais tarde. Enquanto isso, discutam de maneira saudável.

1.1.2. “Não adianta culpar o MBL, a pergunta está clara”

Um dos principais grupos de direita a surgir na esteira dos protestos de 2013 e a se consolidar na campanha pelo impeachment da então presidenta Dilma Rousseff nos anos seguintes foi o Movimento Brasil Livre – MBL5. Fundado no final de 2014 com um nome construído propositalmente para criar

4 Disponível em: <https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/06/18/ostentacao-diante-da-pobreza-deveria-ser-crime-previsto-no-codigo- penal/?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 18 mar. 2018.

confusão com o Movimento Passe Livre – MPL, responsável pelas primeiras manifestações contra os aumentos nas passagens de transporte público em 2013, o grupo se define como liberal na economia e conservador nos costumes. Em 2015, com uma boa estrutura financeira – até hoje bastante nebulosa6 –, conseguiu, junto a outros grupos de direita, levar milhões de pessoas às ruas “contra a corrupção”. Devido em parte à enorme visibilidade que as manifestações tiveram nos grandes jornais e nas redes de TV e rádio (quase que na totalidade alinhados à direita), em 2016, o MBL elegeu vários de seus membros, por meio de diversos partidos, em prefeituras e câmaras municipais por todo o Brasil. Na última semana de março de 2018, uma investigação7 feita pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura – Labic, da Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes, mostrou que o MBL ajudou a impulsionar as notícias falsas contra a vereadora Marielle Franco, executada no Rio de Janeiro em 14 de março, por meio de dois veículos digitais: a página Ceticismo Político e o JornaLivre (mais um nome criado para confundir os leitores menos atentos com o coletivo Jornalistas Livres, de esquerda). No momento em fechávamos este texto, o MBL enfrentava uma nova polêmica que pode até encerrar sua página no Facebook. O movimento, há meses, usa um aplicativo chamado Voxer para replicar e até publicar postagens diferentes diretamente dos perfis de seus seguidores8. Com a notícia, o Facebook baniu o aplicativo.

Acostumado a produzir e disseminar fake news, recentemente o MBL se viu vítima da dificuldade de seus consumidores habituais de notícias em compreender uma enquete bastante simples. Engajado em fazer campanha para o pré-candidato à presidência Flávio Rocha, empresário do grupo têxtil Riachue- lo, pelo Partido Republicano Brasileiro – PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o grupo decidiu fazer uma pesquisa on-line entre seus quase dois milhões de seguidores no Facebook, em 9 de março de 2018, para verificar quais seriam os pré-candidatos com maior rejeição. A enquete9 trazia fotos de oito candidatos (sendo que o líder nas pesquisas de intenção de votos, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores – PT, aparecia atrás de grades que simulavam uma prisão) e a per- gunta: “Em qual desses candidatos você jamais votaria?”. O natural, pelo perfil político dos seguidores da página, é que os candidatos identificados à esquerda no espectro político recebessem mais votos. A imagem do pré-candidato do PT, cuja candidatura está em risco devido à condenação recente em um questionável processo por corrupção e lavagem de dinheiro, foi inclusive colocada no canto superior esquerdo do quadro, em primeiro lugar, provavelmente para estimular o voto em sua rejeição. Mas o que aconteceu foi exatamente o oposto. Com poucos minutos no ar, o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro, do Partido Social Cristão – PSC, despontava à frente dos demais com 65% dos votos. Alarmados com os resultados contrários a um candidato de seu campo político, os administradores da página decidiram dar ênfase à palavra “JAMAIS” na pergunta, colocando os caracteres em letras maiús- culas. Mas isso não foi o suficiente. Conforme relato da jornalista Marie Declercq, em reportagem para

6 Uma das melhores matérias sobre o fluxo financeiro da entidade foi realizada pelo jornal El País Brasil em setembro de 2017 (disponível em: <https:// brasil.elpais.com/brasil/2017/09/26/politica/1506462642_ 201383.html>. Acesso em: 25 mar. 2018. A associação não tem um registro formal nem ata de suas reuniões, nem informa o volume de dinheiro que movimenta ou suas fontes. Para conseguir realizar a venda de camisetas, canecas e bonecos in- fláveis de seus desafetos, eles usam uma organização privada teoricamente sem fins lucrativos, registrada em nome de um dos seus fundadores e parentes, chamada Movimento Renovação Liberal – MRL. Juntos, os sócios respondem a 125 processos na Justiça brasileira.

7 Veja matéria a respeito em: <https://jornalggn.com.br/noticia/investigacao-mostra-que-mbl-impulsionou-fake-news-contra-marielle>. Acesso em: 28 mar. 2018.

8 Veja matéria a respeito em: <https://oglobo.globo.com/brasil/mbl-usa-aplicativo-irregular-para-compartilhar-conteudo-no-facebook-22540709>. Aces- so em: 30 mar. 2018.

9 A enquete ainda está no ar, mas cada vez que a página é aberta, os votos são automaticamente zerados, de modo a impedir o acompanhamento da evo- lução da votação. Disponível em: <https://www.facebook.com/mblivre/videos/836839569773521/>. Acesso em: 30 mar. 2018.

a revista digital Vice10, “para tentar remediar, o grupo fez outra transmissão no mesmo esquema, mas Bolsonaro continuou em primeiro lugar de rejeição com 56% dos votos. Aí todo mundo ficou nervo- so”. Ela acrescenta em seguida que:

Alguns internautas revoltados acusaram o MBL de estar manipulando os votos e que o tipo de pergunta dificultou responder corretamente. O social media do grupo tentou apelar para que todo mundo lesse mais uma vez a pergunta, mas logo desistiu e culpou o Partido dos Trabalhadores. ‘Por essa enquete dá pra ver como o PT destruiu a educação brasileira. Pessoal não está lendo e já está respondendo. Não adianta culpar o MBL, a per- gunta está clara’, respondeu no post algum social media evidentemente desgastado. Óbvio que o tiro saindo pela culatra do MBL acabou virando meme nas redes sociais. Será que a compreensão de texto, um dos maiores focos dos concursos públicos, realmente um problema nacional?

Figura 3

Reprodução de telas capturadas pela Revista Vice com diálogos entre os administradores da página de Facebook do MBL e alguns dos seus seguidores

10 Disponível em: <https://www.vice.com/pt_br/article/xw5bdk/bolsonaro-saiu-com-65-de-rejeicao-numa-enquete-do-mbl-porque-seus-seguidores-nao- leram-a-pergunta-direito>. Acesso em: 15 mar. 2018.

No documento Jornalismo e Estudos Mediáticos (páginas 123-130)

Outline

Documentos relacionados