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PRÁTICAS REFLEXIVAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO DO CA RIRIPARAIBANO

No documento Volume 2 (páginas 183-191)

Maria Andrêsa da SILVA Francisco José Pegado ABÍLIO Dayane dos SANTOS SILVA RESUMO

Este artigo se propõe relatar uma experiência de Educação Ambiental realizada com educandos de uma turma de 9° ano de uma escola pública do município de Sumé – PB a partir da participação destes em oficinas eco-pedagógicas voltadas para a conservação da biodiversi- dade no Bioma Caatinga. Durante o tempo em campo, os dados recolhidos foram provenientes de observação participante, através das atividades (textos, desenhos, frases), aplicação de ques- tionários e conversações ocasionais. Foram realizadas mensalmente seis visitas a escola, onde, quatro destas foram de oficinas eco-pedagógicas, nas quais se utilizou diversas modalidades e recursos didáticos. Os resultados revelam que a maioria dos alunos desenvolveu uma visão que reconhece a prática de Educação Ambiental como uma tomada de atitude que colabora para a melhoria da relação Homem/Sociedade/Natureza. Concluímos que a realidade de vida, a finalidade e o uso dos recursos são fatores determinantes no modo como cada indivíduo vê e se relaciona com o ambiente.

PALAVRAS-CHAVE: Educação ambiental. Escola. Bioma caatinga.

INTRODUÇÃO

Dentro do panorama da educação, a escola tem um propósito de transformação, encon- trando-se em um lugar de destaque dentro da sociedade. Segundo Lima (2009: p.152) a educa- ção pode assumir tanto um papel de conservação da ordem social, reproduzindo os valores, as ideologias e os interesses dominantes socialmente, como um papel emancipatório, comprome- tido com a renovação cultural, política e ética da sociedade e com o pleno desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos que a compõem.

Para Segura (2001: p.22), a escola representa um espaço de trabalho fundamental para iluminar o sentido da luta ambiental e fortalecer as bases da formação para a cidadania. Nesse sentido, a autora acrescenta que:

a prática de EA na escola é de suma importância à medida que procura desven- dar a natureza do trabalho educativo e como ele age e contribui no processo de formação de uma sociedade sensibilizada e capacitada a enfrentar o desafio de romper com os laços de dominação e degradação que envolve as relações humanas e as relações entre a sociedade como um todo e o meio ambiente (SEGURA, 2001: p.22).

Acreditando nos papéis essencialmente importantes que a educação e a escola têm de sistematizar e socializar o conhecimento, bem como de possibilitar a formação de cidadãos suficientemente informados, conscientes e atuantes, para que as questões ambientais possam ser não apenas discutidas, mas para que se busquem soluções para as mesmas (LUCATTO, TA- LAMONI, 2007: p.390), é que chamamos a atenção para a prática de uma Educação Ambiental (EA) contínua e que aborde diferentes aspectos tais como construção e problematização de ideias referentes às temáticas ambientais.

Nesse contexto, a EA nos serviu como eixo norteador das práticas reflexivas apre- sentadas nesse relato, com intuito de contribuir no processo de aprendizagem dos diferentes atores sociais sobre a conservação do Bioma Caatinga e da região semiárida localizada no Cariri paraibano1. Esta última ocupa a maior parte do Nordeste brasileiro e, muitas vezes, é

considerada,como uma “região problema”, devido às condições climáticas próprias da região e a falta de disponibilidade hídrica, mas também pela não efetivação de políticas públicas, como a implantação de programas e/ou projetos de EA e investimentos de infra-estrutura.Esta região sofre com a crescente exploração, que se dá principalmente de forma extrativista, a qual tem ocasionado uma rápida destruição no meio ambiente.

O semiáridoparaibano enfrenta ainda um crescente processo de desertificação, bem como degradação de suas bacias hidrográficas, intensificado pela utilização de práticas agrope- cuárias inadequadas, degradação de matas ciliares, queimadas, introdução de espécies exóticas, lançamentos de esgotos, lixos, entre outros. Somando todos esses impactos antrópicos mais as condições climáticas, está ocorrendo uma grande perda de biodiversidade naquela área, dentre elas espécies endêmicas. É também importante enfatizar que menos de 1% desse bioma encon- tra-se protegido em unidades de conservação (LEAL et al., 2005: p.142).

No entanto, buscar meios em que a comunidade local possa reconhecer a importância des- se bioma no desenvolvimento sociocultural e econômico local através da EA não é algo fácil, principalmente quando as propostas de intervenção apresentadas se contrapõem aos padrões comportamentais da comunidade. Então nada mais adequado que buscarmos o desenvolvimen- to da cidadania e formação da sensibilização ambiental dentro das escolas, sendo a mesma o local mais adequado para a realização de um ensino ativo e participativo, buscando o conheci- 29 Microrregião pertencente à mesorregião da Borborema no estado da Paraíba.

mento e a importância da Biodiversidade do Bioma Caatinga, especificamente as da região do cariri paraibano.

Para isso, as atividades de EA realizadas visaram colaborar na sensibilização dos di- ferentes atores sociais como elemento para uma educação onde os sujeitos pudessem pensar sobre seu papel ecológico, fazendo-os refletir sobre a relação que as necessidades humanas mantém com o uso dos recursos naturais. No entanto, a solução não é eliminar o emprego de tais recursos, mas sim mostrar caminhos alternativos mais adequados para a manutenção des- tes, conservando-os para o futuro, chamando a atenção dos educandos para a valorização deste Bioma, que é um patrimônio mundial.

Diante do exposto, objetivamos nesse trabalho relatar uma experiência de EA com edu- candos de uma turma de 9° ano de uma escola pública do município de Sumé – PB a partir da participação destes em oficinas eco-pedagógicas voltadas para a conservação da biodiversidade no Bioma Caatinga.

PERCURSO METODOLÓGICO

As atividades aconteceram na Escola Agrotécnica de Ensino Fundamental Deputado Evaldo Gonçalves de Queiroz, localizada no município de Sumé – PB à 262 km da capital paraibana, no período de maio a dezembro de 2012 em uma turma do 9º ano do ensino funda- mental II. A escola além de oferecer educação básica do 6º ao 9º ano do ensino fundamental II trabalha ainda atividades de práticas agrícolas, zootécnicas e industriais.

Durante o tempo em campo, os dados recolhidos foram provenientes de diversas fontes – observação participante, através das atividades (textos, desenhos, frases), aplicação de ques- tionários e conversações ocasionais.

Foram realizadas mensalmente seis visitas a escola, onde, quatro destas foram de oficinas eco-pedagógicas, nas quais se utilizou diversas modalidades e recursos didáticos, a saber: dinâmicas em grupos, dramatização, músicas, vídeos, etc. A utilização destas diversas modalidades e recursos visou favorecer uma maior dinamização das atividades com alunos durante as oficinas, despertando assim a atenção e o interesse dos mesmos para a temática em questão.

Nas oficinas foram discutidos assuntos que abordavam desde a caracterização do Bio- ma Caatinga a partir da flora, fauna, impactos ambientais, assim como as relações Homem- -Sociedade-Meio Ambiente, buscando discutir a partir do conhecimento e da problematização das relações do homem enquanto agente reflexivo e atuante na realidade na qual se encontra inserido. Nessas atividades se concentrava os momentos de troca de idéias e socialização de

conhecimentos, podemos afirmar que elas foram os pontos fortes do trabalho.

VIVÊNCIAS INTEGRADORAS DE EA: AÇÕES DESENVOLVIDAS

Nosso contato inicial consistiu na apresentação do projeto aos gestores e educadores da escola, assim como aos educandos da turma trabalhada. Com a intenção de conhecermos um pouco melhor a turma com que íamos trabalhar, aplicamos aos educandos um questionário.

O público alvo consistiu em um total de 20 educandos, apresentando faixa etária entre 13 a 18 anos de idade sendo que 60% são do sexo masculino e 40% feminino. Dentro deste público um total de 50% dos educandos relatou que trabalha ou mantêm alguma ocupação fora da escola, e outros 35% praticam esporte; apenas um educando disse fazer curso. Foi possível observarmos que muitos dos alunos trabalham e estudam simultaneamente.

O trabalho dos alunos é na maioria das vezes auxiliar os pais na roça ou em atividades domésticas. Como pode-se observar em algumas afirmações, por exemplo: “ajudo meu pai com o gado (aluno, 15 anos)”; “ajudo minha mãe em casa (aluna, 17 anos)”. Uma entre as respostas nos chamou bastante atenção, quando o aluno diz: “trabalho no único objetivo da vida da roça, na fabricação de carvão (aluno, 17 anos).” Essa expressão traz explícita a ideia que esse jovem estudante tem da vida rural, na qual a roça é um local sem muitas oportunidades e com trabalho cansativo, uma vez que não encontram, na maioria dos casos, outra forma de obtenção de renda que possa garantir uma qualidade de subsistência para suas famílias.

Fato ressaltado pela fala da Diretora ao afirmar que muitos deles exercem atividades agropecuárias antes de se deslocarem até a escola como, por exemplo, a condução de bovinos pela manhã. Sendo assim a escola para eles configura-se como um espaço não somente de aprendizagem, mas também de mudança de rotina e lazer.

No segundo encontro, a oficina trabalhada tratou da Caracterização do Bioma Caatinga, no qual após uma discussão da temática os alunos foram incentivados a produzirem um texto a partir de palavras pré-estabelecidas por eles. As palavras mencionadas foram: mata branca – seca – desertificação – desmatamento – queimadas – peba – marmeleiro – mandacaru – ca- tingueiro e macambira. Estas remetem a nomes de plantas, animais, impactos ambientais, mar- cando uma visão da paisagem que caracteriza o Bioma.

Nos textos produzidos pelos alunos, observarmos que eles conhecem sobre a origem do nome Caatinga, eles conseguem fazer uma associação do termo mata branca ao significado do nome Caatinga e a origem tupi. Em alguns textos as queimadas e desmatamento foram citados como um impacto ambiental, contudo, em um desses textos, esses impactos foram ressaltados

distintamente, como um meio de obtenção de renda: “Está ocorrendo o desmatamento em vá- rias áreas, onde as pessoas precisam fazer as queimadas como uma forma de renda em sua família, na construção do carvão (aluna, 9º ano)”. Diferente da visão dos outros colegas, que apresentam em suas produções apenas perspectivas negativas do desmatamento e queimadas, como causadores da morte de animais e plantas, prejudicando o solo entre outros, para essa aluna essas atividades surgem da necessidade de sobrevivência nesse ambiente. É uma idéia de impacto ambiental positivo, tendo em vista as circunstâncias para que essas queimadas estejam ocorrendo.

Quanto à abordagem da seca nos textos, essa em sua grande maioria encontra-se asso- ciada ao clima, e ao tempo, assim como as plantas e a sua capacidade de sobrevivência nesse período. Um dos alunos menciona a consequência deste fator para sobrevivência dos seres vi- vos: “A seca que em alguns anos ela predomina mais forte dificultando a criação de animais e a produção de alimentos para o consumo humano e para o consumo dos animais (aluno, 9º ano)”. Essa resposta evidencia a importância do sujeito enquanto resultante de suas interações com o meio em que este está inserido, incluindo seu ambiente familiar, cultura, linguagem e aspectos psicológicos (ABÍLIO, 2008: p.328). Firmando que o processo de ensino-aprendizagem deve ser focado no aluno, esse como ser social que expressa diferentes sentidos e modos de perceber sua realidade. A realidade de vida, a finalidade e o uso dos recursos são fatores que diferenciam a visão desses alunos em relação aos demais ou até mesmo de outros que não as vivenciam.

Ainda nessa segunda atividade, pedimos aos alunos que retrassem sob a forma de dese- nho a imagem que eles tem de Caatinga expressando nesse desenho a paisagem mais frequente e mais marcante do ambiente em que vivem. Nestes foram retratados aspectos bióticos como plantas e animais, e abióticos desde água, pedras, nuvens e sol.

Os animais mais apresentados foram os pássaros, répteis e tatu, além da presença mar- cante em quase todos os desenhos de animais em estado de decomposição; os vegetais são evi- denciados principalmente nas cactáceas, assim como em árvores desfolhadas, cortadas, ou com troncos de árvores e galhos secos. O sol está sempre presente, brilhante e por vezes ao centro e acompanhado de poucas nuvens; e a água aparece apenas em dois dos desenhos em forma de poça, sendo um deles em processo de evaporação. Notamos também, que em nenhuma das imagens retratam o homem, e que em apenas um desenho aparece uma casa, contudo rastros de humanos aparecem ao representarem árvores cortadas. Notamos também a ausencia da chuva. A partir dessa descrição a cerca dos desenhos, podemos compreender a visão desses alunos, ao reproduzirem paisagens sempre secas, sem muitas cores, um ambiente que sofre constantes impactos.

Na terceira atividade, trabalhamos o tema Flora da Caatinga com as principais carac- terísticas e espécies vegetais desse bioma. Logo após, foi exibido um vídeo com uma música

intitulada Matança2, onde a letra aborda a perda de espécies vegetais típicas da Caatinga pela

ação do homem. Trabalhamos o jogo caça-palavras com os nomes de plantas contidas na letra da música como forma de fixar e ampliar os conhecimentos dos mesmos a cerca dessa diversi- dade. A turma foi separada em duas equipes, para cada equipe foi solicitado que encontrassem o nome de oito espécies de vegetais, sendo que uma deveria encontrar oito nomes de cactáceas e a outra equipe deveria encontrar vegetais que não pertencessem a esse grupo. A equipe que terminasse primeiro e que estivesse com a relação correta dos nomes, seria a campeã. Esse tipo de atividade além de valorizar a ação em grupo, contribui para o desenvolvimento da agilidade, capacidade de distinção e troca de conhecimentos. Os alunos mostram ter familiaridade com os nomes dos vegetais, relacionam os nomes a características morfológicas e principalmente com as ultilidades. Como o exemplo da palma, que alimentam os rebanhos de caprinos e bovinos.

No quarto encontro trabalhamos a temática Fauna da Caatinga. Foi explorando as carac- terísticas da fauna e os principais animais que compõem o bioma. Como meio de explorar os conhecimentos transmitidos foi realizado com os alunos o ‘Jogo do Passa ou Repassa’. Pedimos aos alunos que separassem a turma de modo que ficassem em duas equipes com números iguais. Foi então formada a equipe Vermelha e a Azul. O jogo apresentava três etapas de perguntas e respostas e para cada etapa, três rodadas, onde cada etapa equivalia a uma pontuação fixa: 10, 20 e 30 respectivamente. Com perguntas diferentes, cada equipe escolhia o envelope a ser res- pondido. trabalhamos em forma de rodízio com os alunos para cada pergunta, contemplando a todos, cada um participava dando sua contribuição para a equipe. Para cada pergunta, a equipe tinha a opção de responder ou passar, se respondida corretamente ganhava a pontuação equi- valente a cada etapa, se respondesse errado a pontuação seria para a equipe concorrente. Caso passasse, a outra equipe poderia optar por responder ou repassar. Se respondesse correto ganha- ria os pontos da vez, se respondesse errado daria os pontos à outra equipe, se repassasse a outra equipe (sem mais opção) teria que responder. A equipe que no final somasse o maior número de pontos seria a campeã. Nessa atividade os alunos refletiam para apresentar as respostas, tendo em vista que continha questões abordadas nas visitas anteriormente. Eles problematizavam as respostas, iam além do que pedia a resposta, mantinham-se inquietos com as perguntas dos co- legas, questionando e argumentando o que se pedia.

A quinta oficina abordou a temática Impactos Ambientais da Caatinga.Iniciamos a ati- vidade com uma discussão sobre quais os principais impactos vêm acometendo o Cariri Parai- bano e como estes vêm contribuindo para degradação do meio ambiente. Após o diálogo, foi realizada uma leitura de imagens através de desenhos e fotografias com diferentes exemplos de impactos, e foi pedido que eles elaborassem uma pequena historia (diálogo) relacionando as imagens ao seu cotidiano. Após a produção de texto, as equipes apresentaram os trabalhos sob forma de encenação usando fantoches. Os alunos demonstraram através da criatividade co- 2 Autoria de Augusto Jatobá, retirado de Parâmetros em Ação-PCN Meio Ambiente na Escola (BRASIL, 2001).

nhecimentos pelos conteúdo referente a temática em questão, apontando em suas falas atitudes e soluções para a problemática do lixo, das consequências dos impactos e o papel do homem frente a essa situação.

Ao final do projeto, consideramos importante ouvir as opiniões dos educandos sobre as atividades desenvolvidas, suas limitações e pontos considerados positivos, nas quais foram apresentadas algumas opiniões, a exemplo das falas a seguir:“As aulas de educação ambiental que nós tivemos foi bom porque ensinou a vermos pelo lado ruim que estamos passando e o lado bom que vamos ter de cuidar do que é nosso (aluno, 17 anos)”; “Esse projeto de educação ambiental é muito importante para preservação do meio ambiente, das plantas e recuperar al- gumas espécies antes da extinção, e vai servir de orientação para as pessoas não praticar caça e desmatamento (aluno, 15 anos)”; “As aulas de educação ambiental foram boas para refletir sobre o meio ambiente e cuidarmos melhor dele (aluno, 16 anos)”.

Podemos a partir daí, compreedermos a importância que se dá o trabalho desenvolvido dentro do âmbito escolar.

TECENDO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FINAIS

Iniciamos nossas considerações finais concordando com que diz Guerra e Guimarães (2007: p.156), que transformar a teoria e os discursos em ações pedagógicas crítico-reflexivas ainda é um grande obstáculo. A transformação das práticas pedagógicas no ambiente escolar, no sentido de serem reflexivas, é ainda um processo que desafia a grande maioria dos professores.

Referente ao que está posto nesse relato, consideramos que torna-se de fundamental importância a compreenção da visão que o sujeito tem do meio em que está inserido, uma vez que este usufrui de seus recursos. Podendo assim existir uma mudança de olhar desse meio, e somar conhecimentos a cerca de suas ações, levando-o a uma reflexão de suas práticas e uma possível mudança de postura frente a essa.

Ressaltamos que o fato de nossos atores serem todos da zona rural, justifica em alguns pontos a descrição do Bioma de forma naturalista, como também o sentimento embutido em algumas respostas, fato confirmado quando estes retratam a seca, que se mostra muito marcante na vida desses jovens, e contribui para uma visão de um ambiente pobre, descuidado, abado- nado. Sem belezas exuberantes, porém não lhes roubam o direito de acreditar que tudo pode mudar.

A Escola Agrícola Deputado Evaldo Gonçalves de Queiroz contribui aciduamente no desafio de se trabalhar a educação ambiental de forma interdisciplinar, procurando envolver professores de diferentes áreas em prol da disseminação da prática comprometida com o dis- cursso.

Percebemos que é bastante evidente nos alunos, o interesse por conteúdos ambientais, eles são curiosos e mostram ter muito conhecimento do ambiente em que vivem, afinal esses conhecimentos são adquidos na prática e com o tempo. A exemplo, destacamos como os alunos mostram ter pleno conhecimento quanto aos impactos causados ao ambiente.

A partir de tudo o que foi anteriormente, consideramos que EA é uma forma de educa- ção que permite uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações - aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos – como também uma conscientização crítica sobre a problemática ambiental local, nacional e global. Com isso, nada mais adequado que buscarmos o desenvolvimento da cidadania e formação da sensibilização ambiental dentro das escolas, sendo esta o local mais adequado para a realização de um ensino ativo e participativo, buscando o conhecimento e a importância da Biodiversidade do Bioma Caatinga para manutenção da vida das populações do Cariri paraibano.

Se faz importante também ressaltar que ss diferentes recursos didáticos utilizados como, músicas, vídeos, jogos, durante as oficinas, ao longo deste trabalho contribuíram para uma melhor participação e entrosamento dos educandos.

REFERÊNCIAS

ABÍLIO, F. J. P. Ética, cidadania e Educação Ambiental. In: ANDRADE, M. O. (Org.). Meio Ambiente

e Desenvolvimento: bases para uma formação interdisciplinar. João Pessoa: Editora Universitária da

UFPB, 2008. p. 325-349.

GUERRA, A. F. S; GUIMARÃES, M. Educação Ambiental no Contexto Escolar: Questões levan- tadas no GDP.Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 2, n. 1 – pp. 155-166, 2007

LEAL, I. R. et al. Mudando o curso da conservação da biodiversidade na Caatinga do Nordeste do Brasil. Revista Megadiversidade. Belo Horizonte, v. 1, n. 1, 2005.

LIMA, G. F. C. Educação ambiental crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentá- veis. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.35, n.1, p. 145-163, 2009.

LUCATTO, L. G.; TALAMONI, J. L. B. A construção coletiva interdisciplinar em educação ambiental no ensino médio: a microbacia hidrográfica do ribeirão dos peixes como tema gerador. Ciência & Edu-

No documento Volume 2 (páginas 183-191)

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