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TRILHAS INTERPRETATIVAS COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO AM BIENTAL NA FLORESTA NACIONAL DE PALMARES, ALTOS-PI.

No documento Volume 2 (páginas 191-193)

Andréia Gomes Leal FERREIRA Camila do Nascimento SILVA Francilda Alves da SILVA Hamonna Bezerra de MELO Jaqueline Lopes dos SANTOS Maria Clara Norberto MESQUITA Mayara de Carvalho LOPES Guilhermina Castro SILVA

Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de Interpretação Ambien- tal e identificar os pontos interpretativos presentes nas trilhas: Principal e Aroeira, localizadas na FLONA de Palmares, Altos – PI, a fim de, posteriormente, estruturar um roteiro interpreta- tivo, no qual servirá como ferramenta de Educação Ambiental para promover a sensibilização e conscientização dos seus usuários. Foi realizada uma visita a Floresta Nacional de Palmares, onde foram identificados pontos interpretativos nas Trilhas Principal e Aroeira. Para a coleta de dados foram utilizados formulários de caracterização biofísica e de identificação de pontos interpretativos nas trilhas, receptor GPS para o georreferenciamento dos pontos interpretativos e registro fotográfico, com o intuito de estruturar um roteiro interpretativo. Foram encontrados 13 pontos interpretativos na Trilha Aroeira e 05 pontos interpretativos na Trilha Principal, no qual servirá como ferramenta de educação ambiental.

Palavras-chave: Trilhas interpretativas. Educação Ambiental. Unidade de Conservação.

INTRODUÇÃO

As questões sobre o meio ambiente se apresentam como um dos problemas urgentes a serem resolvidos nos tempo atuais, a fim de que a vida do homem na face da terra seja preserva- da e sustentável. A necessidade de superação dos impasses de ordem ambiental fez da educação ambiental uma exigência primordial, na tentativa de promover as necessárias transformações de comportamento e pensamento.

dade, à complexidade e à solidariedade diante dos outros seres humanos e da natureza (CAR- VALHO, 1998). Portanto, é necessário não só oferecer informações, como também propor experiências que reconstruam a conexão entre o ser humano e a natureza (TOMAZELLO; FERREIRA, 2001).

Segundo Guimarães (2013), o conceito de educação ambiental mais aceito hoje em dia estabelece que é um processo educativo permanente mediante o qual os indivíduos adquirem conhecimento, desenvolvem valores, atitudes, habilidades e comportamentos que permitem- -lhes tomar decisões responsáveis no que se refere à sua interação com o meio ambiente visan- do a sustentabilidade ambiental.

Segundo Dias (2004), compreender os problemas ambientais deve passar pela análise do crescimento econômico e a educação na esfera formal e na não-formal, servindo como me- diador nos setores da sociedade. Para Santos, Schettino e Bastos (2013), a educação ambiental objetiva a sensibilização junto à população em geral sobre novos hábitos e/ou mudanças de ações que promovam a conservação e valorização das Unidades de Conservação.

De acordo com a Lei 9.985/2000, Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Na- tureza (SNUC), art 2º, entende-se por Unidade de Conservação:

o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com ob- jetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

As Unidades de Conservação podem ser proteção integral, admitindo-se apenas o uso indireto dos atributos naturais, e de uso sustentável permitindo a compatibilização da conserva- ção da natureza com o uso sustentável (PNEA, 2000). As trilhas ecológicas são uma alternativa para os espaços enquadrados no Grupo das Unidades de Uso Sustentável do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

Em 2005, foi criada a Floresta Nacional de Palmares sendo uma UC de uso sustentável. Pertence ao Instituto Chico Mendes (ICMBio), tendo como principal objetivo promover o ma- nejo de uso múltiplo dos recursos florestais, a manutenção de banco de germoplasma in situ de espécies florestais nativas, e das características de vegetação de cerrado e caatinga, a manuten- ção e a proteção dos recursos florestais e da biodiversidade, a recuperação de áreas degradadas e a educação ambiental

O Uso Público em áreas naturais envolvem várias atividades como recreação, educação ambiental e interpretação da natureza. Por isso, a visitação de lazer, recreativa, contemplativa, e/ou educativa, quando feita de maneira responsável pode trazer vários benefícios à UC, como a promoção de sua proteção e conservação, através da educação ambiental. Portanto, é impres-

cindível que a relação entre uso público e meio ambiente seja permeada pela sensibilização ambiental, e a educação ambiental pode atuar como instrumento auxiliador na apreciação dos valores que o ambiente apresenta.

Utiliza-se a Interpretação Ambiental nas Unidades de Conservação com o objetivo de agregar valor à experiência do visitante, contribuindo, assim, para a concepção da conscienti- zação ambiental por meio da educação ambiental, na organização da visitação e minimização de seus impactos. É também um instrumento educativo não-formal que objetiva agregar valor à experiência do visitante, contribuindo, assim, para a concepção da sensibilização e conscien- tização ambiental por meio da educação ambiental. Santos et al. (2011) cita que como meio de interpretação, essas trilhas:

[...] visam não somente a transmissão de conhecimento, mas também propiciar ativi- dades que revelam os significados e as características do ambiente por meio de usos dos elementos originais, por experiência direta e por meios ilustrativos, sendo assim, encaixa-se como um instrumento básico de educação ambiental.

Nas últimas décadas houve um significativo crescimento do uso das trilhas ecológicas associadas à Educação Ambiental com relação ao seguimento não-formal para a preservação da paisagem natural e o uso e conservação das unidades de conservação como forma de combate a degradação da paisagem. Contudo, ainda observa-se uma resistência a essa prática (COSTA, 2002).

Desta forma, este estudo objetivou avaliar o potencial de Interpretação Ambiental iden- tificando os pontos interpretativos presentes nas Trilhas Principal e Aroeira, localizadas na FLONA de Palmares, Altos – PI, a fim de, posteriormente, estruturar um roteiro interpretativo, no qual servirá como ferramenta de Educação Ambiental para promover a sensibilização e conscientização dos seus usuários.

No documento Volume 2 (páginas 191-193)

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