• Nenhum resultado encontrado

A SOCIEDADE FENÌCIA

No documento Hist 7º ano (páginas 73-76)

Navegantes e Mercadores

Os produtos mais importantes do seu comércio, além da já falada púrpura, eram o azeite, vinho, vários tipos de cereais, e variadíssimos artigos de luxo, como ourivesaria em ouro, prata e bronze e perfumes sofisticados. Também fabricavam armas em ferro e bronze, por encomenda de povos em guerra.

A SOCIEDADE FENÌCIA

Estavam organizados em Cidades-Estado, o que significava que cada cidade cuidava dos seus próprios interesses. Cada uma dessas cidades era governada por um rei e o trono passava de pai para filho. Algumas das cidades mais importantes foram Sídon e Tiro.

Os reis fenícios pagavam tributo aos seus vizinhos, Egípcios, Hititas, Babilónios e outros, desde que, em troca, lhes permitissem livre passagem e iniciativa para o comércio. Implantaram, mesmo, uma estratégia absolutamente inovadora: autorizavam estrangeiros a residir nas suas cidades sem exigências muito grandes nem taxas muito altas desde que abrissem algum tipo de oficina ou de negócio. Ou seja: o comércio era sempre bem vindo pois gerava riqueza.

Ao longo da sua História, a Fenícia sofreu o domínio, umas vezes político outras vezes apenas económico, de vários dos Povos vizinhos: primeiro dos Egípcios que, a partir de 2600 aC cobraram impostos muito altos mas, como precisavam da habilidade dos Fenícios e da madeira de cedro que só através deles podiam obter, sempre lhes permitiram que conduzissem os seus negócios com quem quisessem e da maneira que melhor entendessem.

Por volta do sec. VIII a.C. foi a vez dos Hititas e os Fenícios mostraram uma vez mais a sua habilidade em negociar: para evitar guerras e discórdias, as cidades combinaram entre si e dividiram os seus apoios: umas prestavam-nas aos Hititas enquanto outras continuaram a oferecê-lo aos Egípcios. Depois vieram os chamados «Povos do Mar» e, mais tarde, os Babilónios. Todos tentaram dominar a Fenícia que foi sobrevivendo mais ou menos a todas essas tentativas com mais ou menos êxito mas sempre mantendo a sua capacidade de se expandir e de negociar. Em 612 a.C. , a Pérsia conquistou a Babilónia e a importância da Fenícia começou a decaír ainda que lentamente. Vieram mais tarde os Gregos e, depois, os Romanos.

A queda definitiva chegou com a conquista da cidade Tiro pelos Romanos em 332 a.C. Quase dois séculos depois, em 146 a.C., Cartago foi destruída.

74

www.japassei.pt

RELIGIÃO

A religião era politeísta e cada cidade possuía o seu próprio conjunto de deuses do qual, geralmente, se destacava um casal como o mais importante.

Os deuses principiaram por ter nomes próprios mas os títulos que lhes eram atribuídos (Senhor, Rei, Deusa, etc) acabaram por ser a única forma como se lhes dirigiam e foi assim que ficaram conhecidos até hoje: "Senhor'" - Baal; "Rei da cidade" - Melcart,; "Dama" - Baalat; "Deusa" - Istar ou Astarte, etc...

Astarte Baal

Estes deuses eram, por vezes, representados por pedras, chamadas bétilos que eram erguidas nas partes mais altas das cidades. Alguns deuses estavam associados a elementos da Natureza, como Baal, associado ao ciclo de Sol e chuvas, ou Astarte, deusa da fecundidade. Embora possuissem templos, a maioria dos rituais religiosos eram praticados ao ar livre e alguns eram muito arcaicos como sacrifícios de animais e até humanos, principalmente de crianças, normalmente filhos primogénitos. Estes sacrifícios eram feitos geralmente em épocas de crise ou doença pois acreditavam que podiam diminuir a ira dos deuses.

INFLUÊNCIA

Foram, além de grandes comerciantes, esplêndidos em navegação. Inventaram as trirremes, navios de casco arredondado para aumentar o espaço de carga e com três fileiras de remos sobrepostas o que permitia uma grande velocidade independente da força do vento. A sua fama de construtores de barcos espalhou-se por toda a região de tal forma que, nos textos das pirâmides, os Egípcios relatam que o faraó Sakuré, cerca de 288 a, C., encomendou e comprou 40 embarcações fenícias feitas de cedro.

75

www.japassei.pt

O contributo mais importante para a nossa civilização foi o alfabeto.

Alfabeto, como sabes, é o conjunto das letras que utilizamos na escrita. O termo vem das palavras alpha e beta que são as primeiras letras do alfabeto grego. Ora os Fenícios já possuiam, como primeiras letras, aleph e bet. Praticamente todos os povos da região, semitas como já te dissemos, usavam a escrita. Alguns, como os Egípcios, tinham sinais que podiam representar palavras inteiras umas vezes e sons outras vezes Outros tinham sinais que foram evoluindo de representarem palavras (pictogramas) a apenas sons (escrita fonética). Mas quase todos tinham a escrita como algo de quase sagrado.

A inovação dos Fenicios consiste em, além da escrita ser apenas fonética, terem considerado a escrita como um instrumento prático e do dia a dia. Os Gregos, que os conquistaram, adoptaram o seu alfabeto, adaptaram-no à sua língua e espalharam-no por todo o Ocidente. Assim, todos os alfabetos ocidentais são baseados no alfabeto fenício.

Alfabeto Fenício Podes veraqui um resumo do que te dissemos.

76

www.japassei.pt

HEBREUS

Torah - Bíblia Judaica que corresponde aos primeiros cinco livros do Velho Testamento

O termo hebreu, quw quer dizer «aquele que passa adiante», vem da raíz "a-var" que significa atravessar, passar, cruzar.... Dado que grande parte da História deste Povo é feita de migraçóes, fugas, deslocações de vários tipos, o nome é apropriado. Realmente, durante muito tempo, os Hebreus foram um povo nómada.

Embora tenham influenciado decisivamente a civilização ocidental, sobretudo do ponto de vista moral e religioso mas também filosófico e literário, pouco se sabe com uma certeza científica da História dos seus primeiros tempos. A maioria dos relatos sobre esses tempos vêm da Bíblia. Segundo esta, podemos dividir a história dos Hebreus em três fases:

GOVERNO OU ERA DOS PATRIARCAS

Patriarcas eram líderes políticos e religiosos encarados como «pais» e protectores da comunidade. O primeiro patriarca foi Abraão que conduziu o seu Povo até à «Terra Prometida», a Palestina, onde chegaram cerca de 2000 aC. Durante a viagem, Abraão transmitiu à sua tribo o Monoteísmo (crença em um único Deus). A herança foi passando de Pai para filho: Isaac, filho de Abraão, Jacob, filho de Isaac. Jacob mudou o nome para Israel (daí os Hebreus se chamarem hoje Israelitas) e os seus doze filhos deram origem a doze tribos.

Abraão conduzindo o seu Povo à Palestina

No documento Hist 7º ano (páginas 73-76)