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ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NA CIDADE DE CAXIAS MARANHÃO

No documento CATEGORIA GRADUANDO - ORAL (páginas 102-104)

Helayne Cristina Rodrigues Hayla Nunes da Conceição Giovanna Areia Leão Diellison Layson dos Santos Lima Francisco Laurindo da Silva.

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica, infecto contagiosa, de evolução lenta, cujo principal agente etiológico é

o bacilo Mycobacterium leprae, no qual, o homem atua como fonte única de infecção da doença (BARBIERE; MARQUES, 2009). É considerada como uma importante enfermidade para a saúde pública, por ter um caráter potencialmente incapacitante e possuir grande capacidade de penetração em células nervosas. (BARBOSA et al, 2014). As incapacidades produzem consequências, como, a diminuição da capacidade de realizar trabalhos laborais, limitação da vida social e problemas psicológicos (LANA et al, 2008). As propriedades da doença se desenvolvem acima de tudo, da relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do meio, entre outros aspectos De acordo com o Ministério da Saúde, em 2005, 152 municípios do Maranhão obtiveram coeficiente de prevalência até 19,99 casos/10.000 hab., caracterizando-se como endêmicos, incluindo também o município do presente estudo.

OBJETIVOS: Delinear a situação epidemiológica de hanseníase na cidade de Caxias do Maranhão nos anos de 2013 e 2014.

Comparar o número de casos nos dois anos. Determinar o coeficiente de prevalência de casos por hanseníase. Estabelecer a taxa de mortalidade. Verificar a predominância das variáveis estabelecidas: gênero, zona de residência, faixa etária, escolaridade, etnia, manifestações clínicas da doença.

MÉTODOS: Trata- se de um estudo descritivo de abordagem transversal, quantitativo-qualitativo, retrospectivo e analítico.

Os dados foram obtidos a partir de formulários cadastrais dos pacientes acometidos por hanseníase, junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Vigilância Epidemiológica do Município de Caxias para identificar o perfil epidemiológico de hanseníase no município de Caxias- MA no período de 2013 a 2014. Realizou-se um levantamento da quantidade de casos registrados de hanseníase e demais dados pertinentes para o levantamento epidemiológico. As variáveis utilizadas foram: sexo, área de moradia, idade, grau de escolaridade, etnia, manifestações clínicas da doença (indeterminada, tuberculóide, e virchowiana), formas (multibacilar e paubacilar) tipos de saída. Utilizou também para a analise um dos indicadores epidemiológicos, o coeficiente de detecção anual de casos de hanseníase por 10.000 habitantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Segundo informações do SINAN, nos anos de 2013 e 2014 em Caxias – MA somou-se 312

casos confirmados pela Vigilância Epidemiológica do Município. No ano de 2013 registraram-se 154 casos com o coeficiente de prevalência de 9,661. No ano seguinte, 2014, foram notificados 158 (50.64%) casos, os quais geraram um coeficiente de prevalência de 9,857. Com base nos resultados acima citados houve um pequeno aumento na ocorrência da síndrome no município no ano de 2014. As taxas de mortalidade em função da doença em 2013 e 2014 foram respectivamente de 0, 439/10.000 hab e 0,124/10.000 hab. Apesar do número de casos ser menor no ano de 2013, o número de óbito foi maior neste ano. Considerando os casos notificados nos dois anos estudados, detectou-se que a distribuição por gênero foi de 163 (52,24%) para o feminino e 149 (47,76%) no masculino. A ocorrência doença, quando se considera o gênero, não existe na literatura, evidências que justifiquem maior ou menor manifestação entre gêneros. Quanto à distribuição por zona de residência dos pacientes com a doença, 284 casos (91.03%) residiam na zona urbana e 27 casos (8,65%) na zona rural do município. A análise da distribuição da doença por faixa etária, a mais prevalente ocorreu em indivíduos com idade acima de 15 anos, com 285 casos (91,35%),

1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA - 2 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃOUEMA - 3 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA - 4 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA - 5 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA.

havendo também uma predominância em indivíduos analfabetos 70 casos (22,44%) acompanhado pelos os indivíduos que possuíam a escolaridade da 1° a 4° serie incompleta do ensino fundamental 66 (21,15%), 5° a 8° serie incompleta do ensino fundamental 51 (16,35%) casos, e os que possuíam o ensino médio completo com 40 (12,82%) dos casos e outros (27,24%). No quesito raça, considerando-se os anos do estudo, as pessoas pardas representaram mais da metade dos casos com 203 (65,06%), seguido por indivíduos negros 71 (22,76%), brancos 34 (10,90%), amarelos 3 (0,96%) e indígenas 1 (0,32%). Na literatura é clássico em função da genética, que os negros e pardos são os mais frequentemente fetados por hanseníase. Entre as formas clinicas notificadas, prevaleceu o tipo Dimorfa 101 (32,37%), considerada uma das principais fontes de infecção da hanseníase, seguida pela forma Indeterminada 81(25,96%), Virchoviana 64 (20,51%) Tuberculoide 55 (17,63%), formas não classificadas 10 (3,21%) e ignorados/brancos 1 (0,32%) dos casos. A forma Multibacilar predominou com 177 casos (56,73%) já a forma Paubacilar obteve menor prevalência no decorre dos anos com 135 (43,27%) dos casos. No período estudado, 233 (74,68%) receberam alta por cura, ocorreram 9 (2,88%) casos de óbito, 9 (2,88%) fizeram transferência para outros estados, 4 (1,28%) fizeram transferência para utros municípios, (apresentou notificação apenas no ano de 2013), 2 (0,64%) com transferência no mesmo município (apresentou notificação apenas no ano de 2013), 2 (0,64%) por abandono e 2 (0,64%) casos por erro de diagnóstico e 51 casos não possuem registro.

CONCLUSÃO: O estudo demonstrou alto coeficiente de detecção de hanseníase no município, confirmando ser uma área

endêmica, necessitando assim de controle efetivo da doença, onde ambos os sexos foram atingidos pela síndrome sem grande prevalência entre os mesmos. Os indivíduos acometidos com maior prevalência estão inseridos no grupo de faixa etária acima de 15 anos, residentes na zona urbana e analfabetos. Embora a situação educacional no Brasil tenha melhorado substancialmente pessoa com baixa escolaridade constitui o perfil da população infectada, atuando como fator relevante na alta prevalência da doença, onde contribuem para a não aceitação ou continuidade do tratamento. Percebeu-se a prevalência da forma multibacilar sob a forma paubacilar indicando a propagação da endemia e diagnóstico tardio. Contudo o aumento no número de casos em 2014 aponta para um decaimento na qualidade e eficácia do atendimento nos serviços de saúde.

REFERÊNCIAS:

BARBIERI, Carolina Luisa Alves; MARQUES, Helena de Sousa. Hanseníase em crianças e adolescentes: revisão bibliográfica e situação atual no Brasil. PEDIATRIA (SÃO PAULO) 2009;31(4):281-90 282. Disponível em:;

BARBOSA, Débora Regina Marques; ARAÚJO, Antônia Almeida; DAMASCENO, Juliana Camila Feitosa; ALMEIDA,

Manoel Guedes; SANTOS, Ariane Gomes. Perfil Epidemiológico da Hanseníase em cidade Hiperendêmica do Maranhão, 2005-2012. Revista Rede de Cuidados em Saúde. ISSN-1982-6451 Disponível em :;

LANA, Francisco Carlos Félix; AMARAL, Evaldo Pinheiro; LANZA, Fernanda Moura; SALDANHA, Andrigo Neves e Silva Lopes. Desenvolvimento de incapacidades físicas decorrentes da hanseníase no Vale do Jequitinhonha, MG. Rev.

Latino-Am. Enfermagem vol.16 no.6 Ribeirão Preto Nov./Dec. 2008. Disponível em:; Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Relatório de Situação : Maranhão / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. p.07 : il. color. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios);

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE UM GRUPO DE

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