DA SAÚDE MENTAL
Ane Kássia de Carvalho Barbosa Kamille Regina Costa de Carvalho Roberta Fortes Santiago.
INTRODUÇÃO: A pesquisa justifica-se por uma necessidade sentida na comunidade escolar através de procura por parte da
diretoria da instituição de ensino no que tange à articulação de serviços de saúde com a comunidade escolar, visto que são imprescindíveis atitudes de troca entre os saberes técnico e popular, resultando na reconstrução do olhar da assistência sobre a saúde. E também deve-se ao déficit de conhecimento e informações no que se refere ao manejo de “atitudes e comportamentos” desempenhados pelo corpo docente e discente da instituição face ao uso e abuso de drogas ilícitas no meio social intra e extra escolar, especialmente maconha e crack. Ressalta-se que a educação em saúde manifesta-se como mediadora da capacitação da comunidade escolar, contribuindo para a promoção da saúde no âmbito da saúde do adolescente e possibilitando a reconstrução do olhar sobre a assistência a saúde.
OBJETIVOS: Aplicar uma metodologia alternativa de educação em saúde do adolescente baseada em palestras e roda de
conversa para a comunidade escolar sobre saúde mental na atenção primária; realizar ações educativas como ferramenta de intercâmbio entre o conhecimento técnico-científico e o senso comum; conscientizar a comunidade escolar frente à promoção de saúde e prevenção do uso e abuso de drogas ilícitas.
MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência realizado no Bairro Vila Santa Bárbara, Teresina/PI. As acadêmicas do V
bloco de Enfermagem, através de uma prática de extensão, realizaram atividades de educação em saúde em uma escola municipal do bairro, tendo como enfoque a saúde do adolescente justificada pela vulnerabilidade dessa faixa etária associada ao uso de drogas ilícitas. Foram ofertadas palestras acerca da temática com o intuito de integrar a experiência de troca de saberes, bem como se utilizou do instrumento de roda de conversa para a integração dos participantes. Esta experiência ocorreu por intermédio da disciplina Saúde Mental II, oferecida pelo curso de graduação em Enfermagem da FACID|DeVry e comunidade escolar. Além disso, essa atividade foi idealizada a partir de uma necessidade verificada na comunidade, através da procura pelo diretor da instituição, por intervenções educativas que englobassem temáticas como: violência e uso de drogas ilícitas.
RESULTADOS: A atividade de extensão foi realizada em uma escola pública municipal localizada no Bairro Santa Bárbara,
Teresina/PI através da disciplina Saúde Mental II, oferecida pelo curso de graduação em FACID|DeVry e comunidade escolar. Na maioria das situações, o corpo discente e docente referia déficit de conhecimento e informações acerca da violência e uso de drogas ilícitas, especialmente maconha e crack, mesmo estando inserido em um contexto social com alto índice de violência e criminalidade. O déficit de informações da comunidade escolar envolvendo desde os alunos até o corpo docente relacionava-se ao quesito “atitudes e comportamentos” frente à situação do uso e abuso de drogas ilícitas por adolescentes inseridos dentro e fora do contexto escolar. O público-alvo da atividade limitou-se aos alunos que cursavam o ensino médio da referida instituição, professores que acompanhavam as turmas no momento da intervenção e diretoria escolar. A atividade teve início com a exposição de material audiovisual, através de palestras enfocando a maconha e o crack com direcionamento individualizado a cada uma das drogas ilícitas, de modo a englobar o conceito, principais características, sinais de uso e abuso, consequências do uso. Após a realização da explanação da temática, propôs-se a formação de uma roda de conversa na
qual foram levantados temas adicionais como a violência no contexto da saúde do adolescente, proporcionando uma integração educativa e pormenorizando a temática.
ANÁLISE CRÍTICA: Pretendeu-se criar e inovar metodologias educativas em saúde capazes de gerar impacto por meio
da realização de atividades e experiências que interferem na modificação de hábitos e, consequentemente, mudança de comportamento, objetivando-se contribuir para o redirecionamento de políticas e serviços de saúde em prol do bem-estar individual e coletivo. Gostaríamos de assinalar o caráter integrativo e coerente dessa experiência prática no que tange a sua aplicabilidade nas áreas de ensino, pesquisa e extensão de serviços à comunidade escolar. É válido ressaltar também a singularidade de experiências dessa natureza no que se refere à qualidade da formação profissional na área de saúde, visto que atividades desse tipo favorecem a criação de vínculo entre enfermeiro-paciente de modo a potencializar as chances de troca de saberes no intuito da reconstrução do olhar sobre a assistência à saúde e, consequentemente, humanização da assistência, prestada à comunidade, voltada à saúde mental.
CONCLUSÃO: Acredita-se que esse estudo contribuirá para uma reflexão acerca da temática, possibilitando, assim, a
construção de uma nova concepção sobre a educação em saúde embasada em relações dialógicas e na valorização da troca de saberes mediada por metodologias alternativas em saúde voltada para a atenção em saúde mental. Através da atividade desenvolvida foi possível maximizar a percepção de todos os envolvidos no que tange à promoção de saúde e prevenção da violência e uso de drogas ilícitas, utilizando-se da educação em saúde na atenção primária. Assim, pode-se apreender a inerência da qualidade dos serviços de saúde prestados frente à integração dialógica da comunidade escolar, devendo o profissional de saúde promover atividades educativas em saúde como instrumento de cuidado para o resgate do bem-estar individual e coletivo.
REFERÊNCIAS:
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LAUREIRO, L.M.J. Questionário de Avaliação da Literacia em Saúde Mental – QuALiSMental: estudo das propriedades psicométricas. Revista de Enfermagem Referência, Coimbra, v.4. n.4. fev. 2015. Disponível em: . Acesso em: 21 jun.2015.;
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