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TERRITORIALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE.

No documento CATEGORIA GRADUANDO - ORAL (páginas 56-58)

Vitoria Ferreira do Amaral Florencia Gamileira Nascimento Hionara Maria Vasconcelos Jamilly Coelho Teixeira Braga Camila Paiva Martins Maria Girlane Sousa Albuquerque Orientadora: Maria Socorro Carneiro Linhares.

INTRODUÇÃO: O processo de territorialização na atenção primária a saúde é o instrumento eficaz para levantamento do

perfil sócio espacial e que permite por meio do processo de busca ativa elaborar intervenções, que visem amenizar os agravos e danos à saúde. Tendo posse desse conhecimento, foi desenvolvido o mapeamento do processo Territorialização e uma prática educativa no Centro de Saúde da Família (CSF) do bairro Junco, no município de Sobral-CE, por uma equipe integrada por acadêmicos de enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Com base nos dados tabelados do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) de maio de 2014 no indicador “Hipertensos Acompanhados” o número de hipertensos no território do Junco é 6,03% de sua população total, dado alarmante visto que a capital do Ceará, de acordo com o SIAB julho de 2014, ocupa o quarto lugar com 96.141 hipertensos cadastrados e 70.141 acompanhados. O número releva a prática de maus hábitos alimentares e ausência de exercícios físicos.

OBJETIVOS: Identificar as necessidades de saúde de um território e planejar uma ação de acordo com as fragilidades

detectadas, apresentar uma intervenção realizada com usuários de um Centro de Saúde da Família utilizando a territorialização como ferramenta de promoção à saúde e conscientizar os usuários sobre os riscos ocasionados pela hipertensão realizando atividades educativas de caráter simples.

MÉTODOS: A intervenção foi realizada no período do mês de junho a julho do ano de 2014, no Centro de Saúde do território

Junco. Os dados foram calculados em horários diferentes na UVA, sendo utilizadas técnicas de tabulação para obtenção dos resultados. A equipe teve acesso aos dados do SIAB onde houve a necessidade de condensá-los, pois estes estavam disponibilizados por micro área correspondendo a quatro. Após análise dos dados foi realizada a educação em saúde abordando assuntos como hipertensão e alimentação saudável. O público alvo foi adultos e idosos hipertensos ou não, sendo estes abordados na rua ou em suas residências. Utilizamos de tecnologias leves no processo de distribuição dos panfletos, com alto grau de ilustração que é meio acessível e de fácil compreensão. Assim, a utilização dos panfletos foi o principal dispositivo para garantia da atenção das pessoas abordadas, acompanhada da explicação pelas acadêmicas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos foram realizados pela equipe que realizou a intervenção de promoção em saúde. Os

dados foram disponibilizados pelo SIAB do mês de janeiro ao mês de maio de 2014, os valores de hipertensos foram calculados por micro área, obtendo no junco I 522 hipertensos, Junco II 349, Junco III 192 e no Junco IV 352. Perante os números obtidos houve um valor total de 1.415 hipertensos cadastrados e acompanhados pelas equipes da Unidade Básica. À medida que as pessoas foram abordadas e identificadas como público alvo da intervenção, observou-se que o assunto não era novo para muitos, houve certa surpresa em relação aos alimentos apresentados que continham um teor de sódio alto, sendo um desencadeante para doenças futuras. Parte das pessoas abordadas já tinha um conhecimento da prevenção e tratamento utilizado para a hipertensão, como medicamentos, alimentação hipossódica e equilibrada e a realização de exercícios físicos. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), segundo o SIAB, julho de 2014 no Brasil, cerca de 8.793.459 pessoas têm hipertensão, sendo acompanhadas 7.165.330. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) até o ano de 2025 o país pode ter 80% a mais de hipertensos. No Ceará os hipertensos correspondem a 532.890 cadastrados, sendo 465.814 acompanhados, em Sobral, de 13.958

1 - ACADÊMICA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. - 2 – ACADÊMICA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. - 3 - ACADÊMICA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. - 4 - ACADÊMICA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. - 5 - ACADÊMICA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. - 6 - ACADÊMICA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. - 7 - MESTRE EM ENFERMAGEM PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. DOCENTE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ.

cadastrados é acompanhado 11.990, desse total 1.415 estão cadastrados no território do bairro Junco, acompanhados pela Estratégia Saúde da Família. Segundo estudos epidemiológicos feitos no Brasil de 2008 a 2009 realizados em 100 municípios brasileiros, publicada na revista Saúde Pública em 2012, a Região Nordeste apresenta o menor índice de hipertensos (40,7%) os maiores índices estão nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Hoje, segundo o MS no mês de julho de 2014, as regiões com maior frequência de hipertensos continuam na região sudeste, São Paulo assume a liderança com 550.979 hipertensos cadastrados e 515.732 acompanhados, o segundo lugar a capital de Recife 88.301 cadastrados e 112.127 acompanhados, terceiro lugar, Belo Horizonte 108.162 cadastrados e 149.489 acompanhados e Fortaleza ocupando o quarto lugar 96.141 hipertensos cadastrados e 70.141 acompanhados. Diante destes valores é perceptível mudanças no quadro de distribuição de hipertensos no Brasil após cinco anos, Fortaleza assumindo a quarta posição, não coloca mais o Nordeste em último lugar nesse quesito, mas em uma posição mais elevada, segundo ou terceiro lugar. Evidencia-se que nestas regiões houve tal mudança pela ausência por parte das pessoas em não aderirem ao tratamento corretamente ou aumento do consumo de alimentos que predisponham a hipertensão. Para obter resultados positivos a educação em saúde deve ter inicio na atenção básica abrangendo todas as pessoas acometidas por tais doenças, faz-se necessário um acompanhamento de qualidade e promoção da saúde facilitada junto ao processo de territorialização, uma maior aproximação entre a unidade básica de saúde junto da população.

CONCLUSÃO: A ferramenta do processo de territorialização contribui para a equipe de saúde estar mais próximo dos usuários

e dos problemas enfrentados pelos mesmos, onde possibilita uma visão ampla do território em que as ações de intervenções podem ter maior credibilidade e serem em suas maiorias efetivadas, abrangendo desta maneira os usuários que estão em situação de risco que correspondem àqueles acometidos por doenças crônicas, como a hipertensão arterial. A hipertensão arterial apresentar números de morte em todo o país e pelas recentes pesquisas que informaram que a mesma terá um salto surpreendente no futuro, os profissionais e gestores da atenção primária a saúde, deve abrir o olhar para começar a impor ações de educação em saúde que promova a eficácia de inverter nas evidências já previstas, e isso só terá um valor eficaz de aceitação por parte das pessoas hipertensas, quando estas se sentirem tocadas e atendidas em suas necessidades principalmente àquelas que dizem respeito à saúde.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, E.R; MOUTINHO, C. B; LEITE, M. T. S. A prática da educação em saúde na percepção dos usuários hipertensos e diabéticos. Saúde dabate, Rio de Janeiro, v.38, n. 101, p. 328-337, 2014.;

MACHADO, M. C. et al. Concepção dos hipertensos sobre os fatores de risco para a doença. Ciência & Saúde Coletiva, 17(5), local, p. 1365-1374, 2012. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v17n5/a30v17n5.pdf.;

PESSOA, V. M. et al. Sentidos e métodos de territorialização na atenção primária à saúde. Ciência & Saúde coletiva, Brasília, p. 2256-2260. 29, jun. 2012.;

Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). Disponível em: http://www.sbh.org.br/geral/noticias.asp?id=69. Acesso em 28 de agosto de 2014.;

SAQUET, M. A. Abordagens e concepção do território. São Paulo: Expressão popular, 2007.;

PERFIL BIOQUÍMICO E EPIDEMIOLÓGICO DE

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