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VIVÊNCIA DOS ACADÊMICOS NOS GRUPOS DE GESTANTES DO PET-SAÚDE/REDE CEGONHA

No documento CATEGORIA GRADUANDO - ORAL (páginas 106-108)

Anna Luiza Alves Bittencourt Hianna Rayza Ferreira Lopes Gláucia Vanessa Santos Alves Daniel Nascimento Batista Kamila Santos Da Silva Luciana Ferreira Bastos Alessandra Tanuri Magalhães.

INTRODUÇÃO: O Ministério da Saúde por meio da implantação de políticas públicas, como o Programa de Educação pelo

Trabalho para Saúde (PET), propõe mudanças no modelo de formação dos profissionais (CYRINO, 2010). O PET é um programa de vivência voltada para estudantes de graduação em saúde, realizado em áreas estratégicas para o SUS integrando ensino-serviço- comunidade (ABRAHÃO, 2011).O PET-saúde proporciona a construção de vínculos e socialização de saberes entre a instituição de ensino, comunidade e equipe de saúde, beneficiando tanto a formação acadêmica, quanto a saúde da comunidade, promovendo a educação permanente da população. A rede cegonha, criada em 2011, apresenta-se como linha de ação do programa com o objetivo de ampliar o acesso e qualidade da atenção prénatal, parto e puerpério, além do acompanhamento da criança até os 24 meses de vida de forma humanizada (FERNANDES, 2014, BRASIL, 2011;MARTINELLI, 2014).

OBJETIVOS: Relatar a experiência dos alunos do PET Saúde - Rede Cegonha envolvidos na elaboração dos grupos de

gestantes, identificando a contribuição da organização desses grupos em suas formações pessoais e acadêmicas.

MÉTODOS: Cinco alunos organizaram um grupo de gestantes durante o período de cinco meses, totalizando cinco encontros.

Os grupos eram realizados preferencialmente na sala de espera da Unidade Básica de Saúde. As gestantes eram convidadas para o encontro, por meio da visita de alunos do PET e agentes comunitários de saúde que realizavam a visita domiciliar mensalmente. Os temas abordados foram autoimagem das gestantes, cuidados com o recém-nascido, cuidados pós-parto com a mulher, violência obstétrica. A metodologia utilizada para conduzir os grupos foram a realização de roda de conversa, recursos audiovisuais e dinâmicas interativas. Cada encontro durava em média uma hora. Para a coleta da percepção dos alunos sobre o grupo e sua contribuição foi aplicado um questionário aberto com uma pergunta respondida por três alunos. Para a coleta dos depoimentos dos alunos, foi utilizada a pergunta: De que forma a sua experiência no grupo de gestantes contribuiu para sua formação acadêmica e pessoal?

RESULTADOS: O grupo possibilitou diversos graus de interação entre, preceptores, alunos e gestantes, com o uso de

várias metodologias como roda de conversa, fazendo com que todos fossem ativos na produção do conhecimento. O que promoveu uma troca de experiências, levando ao crescimento pessoal e profissional de todos os alunos envolvidos, como ilustrado nos depoimentos que seguem: “ A minha atuação no grupo de gestantes contribuiu de forma significativa para o meu estágio curricular, repassando e adquirindo conhecimentos. ” “ As atividades desenvolvidas durante o grupo de gestantes ampliou a minha visão a respeito do papel do profissional de saúde na saúde pública, aprimorando meus conhecimentos e mostrando a importância da humanização no cuidado.” “A participação no grupo de gestantes foi uma oportunidade proveitosa e enriquecedora para melhorar o vínculo e o acolhimento com a comunidade da UBS.”

ANÁLISE CRÍTIVA: A preferência pela realização dos grupos na sala de espera da unidade básica de saúde justifica-se por

ser o local de acolhimento da comunidade, em que a mesma enquanto aguarda o atendimento participa de atividades educativas, expressa os seus problemas de saúde e compartilha suas experiências e dúvidas. A inserção dos alunos na estratégia de saúde da família possibilitou o conhecimento prático e ampliou a visão critica sobre a atenção básica, tornando-os capazes de atuar de forma interdisciplinar. Os integrantes do PET–saúde desenvolveram o processo de territorialização para reconhecimento da unidade básica de saúde e comunidade, para planejar suas atividades de forma a definir prioridades. O que corrobora com o

1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI- UFPI - 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI- UFPI - 3 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI- UFPI - 4 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI- UFPI - 5 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI- UFPI - 6 - SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIASAMU - 7 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI- UFPI.

estudo de RODRIGUES et al (2012) que destacou a territorialização como ponto importante de aprendizado dos alunos. Suas atividades foram pautadas nos princípios e diretrizes do SUS, mantendo um contato direto com a comunidade e intervindo de forma preventiva por meio de ações coletivas.

CONCLUSÃO: Conclui-se que o grupo de gestantes proporcionou intenso aprendizado aos alunos, promoveu o desenvolvimento

da habilidade de organização de ações coletivas, cuidado humanizado à gestante e identificação de fatores de risco durante a gestação. Os acadêmicos vivenciaram diferentes experiências que contribuíram de forma positiva para sua formação, ampliando seu olhar sobre a saúde pública e valorizando o acolhimento e atendimento humanizado das gestantes.

REFERÊNCIAS:

ABRAHÃO, A.L. et al. A Pesquisa como Dispositivo para o Exercício noPET-Saúde UFF/FMS Niterói.Revista brasileira de educação médica, Rio de Janeiro, n.35, v.3, p. 435-440, 2011.;

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Portaria Nº 1.459/GM, 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde, a Rede Cegonha. Brasília (DF): 2011.;

CYRINO, E.G. et al. Ensino e Pesquisa na Estratégia de Saúde daFamília: o PET-Saúde da FMB/Unesp. Revista brasileira de educação médica, v.36, n.1, p. 92-101, 2012.;

FERNANDES. R.Z, VILELA M.F. Estratégias de integração das práticas assistenciais de saúde e de vigilância sanitária no contexto de implementação da Rede Cegonha.Ciência & Saúde Coletiva, 2014.;

MARTINELLI. G.K et al. Adequação do processo da assistência pré-natal segundo os critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e Rede Cegonha.RevBrasGinecol Obstet. 2014; 36(2):56-64.;

RODRIGUES, A.A.A.O. et al. Processo de interação ensino, serviço e comunidade: A experiência de um PET-saúde .Revista brasileira de educação médica., v. 36, n.2, p. 184- 192, 2012.;

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO

No documento CATEGORIA GRADUANDO - ORAL (páginas 106-108)

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