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PERFIL BIOQUÍMICO E EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIPERTENSOS ATENDIDOS NO

No documento CATEGORIA GRADUANDO - ORAL (páginas 58-60)

PROGRAMA HIPERDIA EM UMA UNIDADE BÁSICA

DE SAÚDE

Kássio Roberto de Barros Alves Tays Bruna Leal Cunha Rodrigo Demerval de Barros Alves Márcia Fernanda Veras da Silva Ivisson Lucas Campos da Silva Danielly Fernandes da Silva Tatiana Vieira Souza Chaves.

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial é um importante problema de saúde pública devida sua alta prevalência e suas

complicações cardiovasculares, incidindo em elevado custo médico e social. Ela afeta aproximadamente de 20% a 30% da população adulta no mundo e é considerada o mais importante fator de risco para doenças cardiovasculares, tais como: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Doenças Coronarianas (DC), Insuficiência Cardíaca (IC) e Doenças Renais (DR). De acordo com a OMS (2012), um em cada três adultos em todo o mundo aumentou a pressão arterial, condição que causa cerca de metade de todas as mortes por AVC e doença cardíaca.

OBJETIVOS: Avaliar o perfil bioquímico e epidemiológico de pacientes hipertensos atendidos no programa Hiperdia em uma

Unidade Básica de Saúde da Piçarreira I no município de Teresina-PI no ano de 2013, cujo foco foi investigar as condições de saúde dos usuários que dependem integralmente da rede pública para consultas, realização de exames e recebimentos de medicamentos para hipertensão arterial e diabetes.

MÉTODOS: Trata-se de pesquisa descritiva, quantitativa e retrospectiva, realizada com prontuários de pacientes hipertensos

atendidos pelo programa Hiperdia no ano de 2013 na Unidade Básica de Saúde Piçarreira I, localizada em Teresina- PI. A coleta de dados ocorreu no mês de outubro de 2014 com uma amostra de 180 prontuários de pacientes de ambos os sexos totalizando o universo de atendimento. Deste total de prontuários, 73 encontraram-se dentro dos critérios de exclusão propostos neste estudo. Foram considerados critérios de inclusão do estudo os prontuários de pacientes, tanto homens como mulheres na faixa etária entre 40 e 75 anos, que estavam cadastrados pelo programa Hiperdia como hipertensos na Unidade Básica de Saúde e foram acompanhados pela equipe multiprofissional da Estratégia Saúde da Família, no ano de 2013. O referido estudo foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (UNINOVAFAPI).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados obtidos e as características dos hipertensos encontradas na pesquisa apresentaram

a maioria dos pacientes sendo do sexo feminino (71%), cor parda (63,2%), com mais de 60 anos (60,7%), alfabetizados (28,5%) ou com fundamental incompleto (28,5%), casados (73,7%), contam com altas taxas de fator de risco para Hipertensão Arterial (91,5%), valor médio do IMC para sobrepeso (28,65), além de níveis médios brandamente elevados de colesterol total (207,5 mg/dl), triglicerídeos (159,6 mg/dl) e LDL (130,1 mg/dl).Quanto ao sexo,resultado semelhante foi encontrado em um estudo realizado por Sales e colaboradores com 361 pacientes do programa Hiperdia atendidos em um centro de saúde, 234 são do sexo feminino (64,8%) e 127 hipertensos são do sexo masculino (35,2%), representando a superioridade feminina na doença em uma proporção de 1,8:1. Na pesquisa em relação à faixa etária, 39,25% dos pacientes hipertensos tinham menos de 60 anos de idade. De acordo com Bortolotto, é importante frisar sobre o conhecimento de algumas peculiaridades fisiopatológicas da HA, sobretudo entre os pacientes acima de 60 anos de idade, principalmente aqueles que possuem PA sistólica elevada, o que acarretaria em uma facilidade durante o manuseio dessa condição clínica.Ao referir-se a questão da cor/raça houve predomínio dos pardos, apesar da raça negra ter maior predisposição a apresentar níveis pressóricos mais elevados que a branca

1 - FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- UNINOVAFAPI - 2 - FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- UNINOVAFAPI - 3 - FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- UNINOVAFAPI - 4 - FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- UNINOVAFAPI - 5 - FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- UNINOVAFAPI - 6 - FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- UNINOVAFAPI - 7 - FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- UNINOVAFAPI.

evidenciando. Ao analisar a taxa de pessoas que não sabe ler e/ou escrever ainda continua elevada (22,86%), uma vez que a falta de conhecimento sobre a doença dificulta o seu prognóstico e tratamento. Dados semelhantes podem ser encontrados a literatura de Gomes, Silva e Santos (2010), no qual dos 200 pacientes atendidos pelo programa Hiperdia, 46% eram casados. Foi encontrada uma prevalência de Hipertensão Arterial (HA) em 91,5% da população confrontando com alguns dados publicados na literatura. Nascente e colaboradores em seu trabalho sobre Hipertensão Arterial e sua correlação com alguns fatores de risco em cidade brasileira de pequeno porte, investigaram 1.168 indivíduos, e a prevalência de HA foi de 32,7% .Em avaliação do o perfil lipídico, conforme Rover e colaboradores há uma relação entre a dislipidemia e o desenvolvimento da aterosclerose, visto que o conhecimento prévio dos valores lipídicos colabora para um adequado planejamento de uma política de saúde que aponte a diminuição da morbidade e da ortalidade por doenças cardiovasculares. Alguns estudos apontam de forma consistente a associação positiva entre hipertrigliceridemia, acúmulo de LDL e mortalidade cardiovascular, além de relação inversa entre níveis de HDL e risco de eventos DCV. A vista disso existe fortes evidências quanto à relação entre as diferentes alterações lipídicas e o risco de DCV, tendo em vista que a associação destas alterações entre si bem implica num efeito multiplicativo sobre o risco cardiovascular global.

CONCLUSÃO: A partir do estudo realizado foi possível concluir que as características encontradas nos hipertensos foram:

maioria do sexo feminino, cor parda, com mais de 60 anos, alfabetizados ou com fundamental incompleto, casados, 44 contam com altas taxas de fator de risco para Hipertensão Arterial, com histórico familiar para doenças cardiovasculares e diabetes tipo I ou II, valor médio do IMC para sobrepeso, além de níveis médios brandamente elevados de colesterol total, triglicerídeos e LDL. O grande impacto da morbimortalidade cardiovascular na população brasileira tem a hipertensão arterial como importante fator de risco e traz como desafio para o sistema público de saúde a garantia de acompanhamento sistemático dos indivíduos identificados como portadores desses agravos. Com estes resultados torna-se evidente a necessidade mais efetiva de intervenção dos profissionais da Estratégia Saúde da Família.

REFERÊNCIAS:

BORTOLOTTO, Luiz Aparecido. Mecanismos fisiopatológicos da hipertensão no idoso. Revista Brasileira de Hipertensão. v. 19, n.3, p. 61-64, 2012;

GOMES, Tiago José de Oliveira; SILVA, Monique Vércia Rocha; SANTOS, Almira Alves. Controle da pressão arterial

em pacientes atendidos pelo programa Hiperdia em uma Unidade de Saúde da Família. Revista Brasileira de Hipertensão. v. 17, n.3, p.132-139, 2010;

HE, F. J; JENNER, K. H.; MACGREGOR, G. A. WASH-world action on salt and health. Kidney Int., v. 78, n.8, p. 745- 753, 2010.; PERSU, A. et al. Renal denervation: ultima ratioor standard in treatmentresistanthypertension. Hypertension, v. 60, p. 596–606, 2012;

ROVER, Marina R.M. et al. Perfil lipídico e sua relação com fatores de risco para a aterosclerose em crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Análises Clínicas. v. 42, n. 3, p. 191-195, 2010.;

SALES, Jaqueline Carvalho e Silva et al. Perfil epidemiológico dos pacientes hipertensos de um centro de saúde, Teresina-PI. Revista Multiprofissional em Saúde do Hospital São Marcos. v. 1, n.1, p. 4-13, 2013.;

ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DE BENZODIAZEPÍNICOS

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