DA LESF
Suênia Évelyn Simplício Teixeira Carlos Romualdo de Carvalho e Araújo Conceição Adryadnner Farias Moura Ana Suélyn Aguiar Linhares Maria da Conceição Coelho Brito Roberlandia Evangelista Lopes.
INTRODUÇÃO: O idoso pode ser considerado qualquer pessoa com idade igual ou superior a 60 anos. A família, a comunidade
e o poder público têm o dever de garantir ao idoso, com absoluta prioridade, todos os direitos assegurados pessoa humana pela Lei n° 10.741. Ao longo dos anos, esta ocorrendo um aumento gradativo no envelhecimento populacional, principalmente nos países em desenvolvimento tornando um grande desafio para a saúde pública no Brasil (COSTA; VERAS, 2003). Entre os desafios centra-se em perfil de profissionais capacitados para lidar com as demandas fruto do envelhecimento populacional. As temáticas que profissionais de saúde devem dialogar com o idoso, é a sexualidade. Assunto pouco debatido nessa faixa etária. Enfatiza-se que, não existe uma idade limite para a atividade sexual, já que isso depende do físico do idoso, das condições de saúde, da libido e do erotismo: sexo é sinal de saúde (MS, 2012).
OBJETIVOS: Relatar a experiência dos ligantes da Liga de Enfermagem em Saúde da Família-LESF em uma ação educativa
sobre sexualidade em um grupo de idosos, concedendo uma melhoria na qualidade de vida possibilitando um envelhecimento mais saudável.
MÉTODOS: Estudo de caráter descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido pelos ligantes da LESF, através do
grupo de idosos que acontece quinzenalmente no Centro e Saúde da Família Novo Recanto em Sobral – CE. Participaram aproximadamente 12 idosos. Iniciamos com uma roda de conversa abordando sobre sexualidade na terceira idade. Utilizamos papéis contidos dentro de uma caixa, em que cada idoso retirava um número para fazermos as perguntas, articulando esse desenvolvimento para que induzisse a curiosidade e conhecimento de cada um, como por exemplo: ‘Fazem uso de camisinha?’, ‘O que mudou na autoestima de vocês durante a relação sexual?’, ‘Após a menopausa mudou a vontade de fazer sexo?’, ‘Sexo é apenas com penetração?’, ‘O uso do viagra é aconselhado?’, tentando facilitar o entendimento e a participação deles. Finalizamos com um vídeo sobre a vida sexual do idoso na terceira idade. Buscou-se respeitar todos os princípios da resolução de Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS: Enquanto resultado do estudo desvela-se: predominância de mulheres no grupo, restrição da fala por timidez
em se expor sobre a temática, conhecimento sobre o viagra e sua função, uso de energético que atribui para disposição durante as noites, relação sexual sem camisinha e diminuição do desejo sexual. Com isso, orientamos que o uso das drogas, como o viagra, facilitam a ereção e requer muita atenção e cuidado. Antes de tomar qualquer medicamento, o idoso precisa procurar um urologista ou clínico geral para fazer uma avaliação, pois esses medicamentos agem no sistema cardiovascular podendo haver suas contraindicações (MS, 2002). Recomendamos o uso de camisinha e outros tipos de métodos contraceptivos, porque previne gravidez e DST’s, mas em contrapartida indagaram não ser comum pelo fato de ter parceiro fixo e ele não querer, assim consequentemente duas mulheres engravidaram após os 40 anos, sem o devido planejamento familiar e desuso contraceptivos. Algumas mulheres relataram que diminui o desejo sexual devido o corpo não continuar mais o mesmo, principalmente pelos seios caídos. Segundo Zamboni (2009), em outra prática vivenciada num grupo de idosos no Rio Grande do Sul relataram o aumento do desejo sexual nesta fase, principalmente após a menopausa. Enquanto a questão da sexualidade foi unânime o pensamento
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enquanto ao sexo, que não é restrito somente a penetração, mas também em caricias, preliminares, masturbação, afeto, beijos, dependendo muito de cada parceiro.
ANÁLISE CRÍTIVA: A questão da sexualidade tornou-se mais comum por ser trabalhado em maior parte pelo público adulto/
jovem, talvez devido à incidência de gravidez na adolescência ou as mulheres ocupando maior espaço na sociedade. Porém, a população idosa tem ficado esquecida, talvez devido não houver ainda esse olhar mais atento na melhor idade. Assim, como todos os casais, não é pela idade que eles não têm desejos e vontades, ao contrario, suas relações continuam mantidas. O vínculo com o grupo também facilitou bastante essa interação e explanação, por ser um assunto pouco trabalhado até por eles mesmos enquanto idosos.
CONCLUSÃO: Conclui-se que na roda de conversa havia uma maior predominância de mulheres e restringiram-se em algumas
falas devido à timidez e o pudor. Contudo, devido o tempo de convivência do grupo facilitou a exposição do assunto. Com isso, surge a necessidade de novas estratégias de exposição do assunto, para que as mulheres sintam-se mais a vontade, expondo mais situações, dúvidas e posteriormente unir os pensamentos situações para todos do grupo. Ainda assim, percebe-se a necessidade de mais momentos sobre esse assunto, ou até mesmo durante a ida dos idosos a UBS nas consultas de rotina, incitar a comunicação entre o profissional e o paciente, para orientações e perguntas. A LESF tem contribuído bastante de forma considerável para maior aprimoramento e embasamento de ações com o foco na saúde do idoso, além da proatividade e do trabalho em equipe junto a Estratégia Saúde da Família.
REFERÊNCIAS:
______. Lei n.º 10.741, de 1º de outubro de 2003. Estatuto do Idoso. Disponível em: . Acesso em: 31 ago 2015.;
______. Brasil. Ministério da Saúde. Sexualidade, 2012. Disponível em:. Acesso em: 31 ago 2015.;
COSTA, M. F. L.; VERAS, Carlos. Saúde pública e envelhecimento. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n 3, p. 700-701, 2003.;
ZAMBONI, C. P. Aspectos relevantes sobre educação sexual em grupos de terceira idade. RBCEH, Passo Fundo, v. 6, n. 3, p. 393- 401, 2009.;