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Desenvolver uma consciência ambiental sustentável e de fazer o bem

No documento Completo (páginas 99-101)

O líder Próspero – alinhando os 8 pilares da prosperidade para

FAZER DINHEIRO – POUPAR – GASTOS = SALDO A INVESTIR E DOAR Até aqui está fácil, pois é só somar a remuneração mensal e diminuir a

4. Eficácia financeira: Aptidões de competência e tranquilidade finan-

6.4.7 Desenvolver uma consciência ambiental sustentável e de fazer o bem

Quando assisti pela primeira vez ao documentário “A era da estupi- dez”, fiquei impressionado com minha ignorância a respeito do meio am- biente, da terra onde vivemos. Ali compreendi a importância de termos uma consciência ambiental sustentável. Ao me aprofundar no tema, de extrema importância para o líder do século XXI, com os livros “Ouse fazer o bem, se divertir e ganhar dinheiro”, do grande empreendedor Richard Branson, e “O Futuro”, do prêmio Nobel da Paz Al Gore, compreendi que precisava incluir tema como um dos pilares do líder próspero.

Afinal, como imaginar nossa prosperidade sem termos um planeta vivo! No livro “O Futuro”, de Al Gore, um dos muitos exemplos que ele cita é de como nós, em pleno século XXI, ainda não assumirmos a responsabilidade sobre o consumo das matérias-primas que retiramos da natureza. Ele se refere aos próprios balanços das companhias petrolíferas.

Quando são encontradas novas reservas petrolíferas, geralmente as ações dessas empresas sobem na Bolsa de Valores. Quando elas retiram

esse mesmo petróleo da natureza e o transformam em combustíveis, não há uma contabilidade dessa redução da reserva, como se renováveis fossem. Ocorre que, todos sabemos, o petróleo e tantas outras matérias-primas que extraímos da mãe Terra não são renováveis, portanto, deveriam ser lança- das como custos de consumo, o que não acontece.

Imaginem que, para produzir apenas este notebook em que escrevo este livro, foi necessário extrair da natureza mais de 18 toneladas de maté- ria-prima. Isso mesmo, 18 toneladas, dentre alumínio, sílica e tantos outros componentes que extraímos da Terra para produzir os materiais que com- põem quase tudo o que consumimos, e que não são renováveis.

Se compreendermos que cada um de nós é responsável pela produção de lixo diário na mesma proporção de nosso peso, creio que conseguimos entender o tamanho do nosso desafio de preservar esta Terra em que todos vivemos para nossos filhos, netos e próximas gerações.

Outro exemplo simples, que já causa tantas transformações em nosso meio ambiente, é o gás carbônico na atmosfera, responsável pelo aqueci- mento global. O sentimento que eu tinha e que, imagino, muitos leitores têm é que isso não é comigo. Isso são coisas das empresas que poluem e elas é que deveriam ser controlados pelas autoridades e suas leis.

Como se elas poluíssem mas eu não fosse o consumidor desses pro- dutos resultantes da produção delas. Afinal, quem é o último na cadeia de produção? Nós, como clientes finais, é que dizemos sim na hora de comprar e consumir determinados produtos, produzidos com processos que poluem ou não o meio ambiente, que respeitam ou não as leis ambientais.

Quando compreendi esse desafio, entendi que eu precisava ter mais consciência ambiental sustentável e que esse era um tema que não estava tão profundamente claro na minha mente.

Embora há muito tempo tenha aprendido a ler praticamente tudo de forma digital, evitando ao máximo imprimir documentos, relatórios etc., percebi que, na academia que frequento, a cada dia que ia lá, eu tomava água num ou dois copos plásticos, o que, por si só, ao longo de um ano gerava mais de 200 copos por mim consumidos. Passei a levar uma garrafa plástica para água e evitei esse desperdício.

Plásticos já respondem por 70% da poluição dos oceanos. De acordo com estudo realizado por organizações não governamentais, a concentra- ção de material plástico nos oceanos, antes restrita a alguns pontos, hoje é

onipresente nas águas do mundo inteiro e atingiu níveis inéditos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem 46 mil fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos.

Quando o assunto é poluição, o plástico é sempre citado como um dos grandes vilões, pois leva mais de cem anos para se degradar. Copos plásticos consomem energia e matéria-prima na fabricação e aumentam o acúmulo de lixo, contribuindo para a emissão de gases do efeito estufa.

Desperdiçar papel sem qualquer reaproveitamento também é um hábi- to recorrente entre nós. Quanto mais papel é produzido, mais árvores são cortadas, mais água é gasta no processo de produção e mais espaço em lixos e aterros é ocupado. A produção de papel está entre os processos industriais que mais utilizam água. São necessários 540 litros para produzir um quilo. E para cada tonelada de papel virgem, 12 árvores são derrubadas, segundo o Instituto Akatu.

Atitudes simples como ficar pensando no chuveiro ou dar uma volta de carro por qualquer motivo passaram a fazer parte de meu radar de consci- ência ambiental.

Ao conversar com minha assistente em casa, ela me contava que teve um treinamento em nosso condomínio orientado para devolver as lâmpadas queimadas para a loja que as vendeu, pois uma lâmpada também demora cem anos para desaparecer. E aqui está o ponto: como levará cem anos para desaparecer, a sensação que passa é que não estarei mais aqui para lidar com essa situação, mas o fato é que estarei, sim, por meio de meus filhos, netos e próximas gerações.

Nem eu mesmo tinha consciência de que a loja que me vendeu a lâm- pada já é obrigada a providenciar o descarte ou reciclagem das lâmpadas queimadas. Isso também se relaciona às baterias dos vários controles remo- tos que todos temos em casa, e assim por diante.

Talvez você esteja pensando “O que um livro de autoliderança tem a ver com consciência ambiental?”. Eu lhe digo “tudo”, pois é do nosso meio ambiente que dependemos para exercer nosso papel de líder das próximas gerações que virão.

Fazendo o check-up de sua liderança próspera, em nosso programa S.P.A., a empreendedora e bióloga Denise deu-se conta de quanto estava sendo incongruente com seu amor pelos animais.

Durante o programa, ela avaliou sua consciência ambiental sustentável e percebeu que, embora fosse apaixonada por animais, consumia produtos

que eram testados em animais. A partir dessa autoconsciência, descobriu uma lacuna em sua liderança próspera que ela mesma poderia assumir e mudar. Ela pesquisou quais as marcas que testam produtos em animais e as cortou de sua lista de compras. Dessa forma, passou a ter sintonia moral entre “faça ou que eu digo, faça o que eu faço”.

A partir daí, comecei a me interessar por compreender os gases de efeito estufa e o carbono zero. É incrível como a maioria das pessoas com quem falo em pleno ano de 2015 desconhece completamente o que isso significa, embora reconheça que a cada ano o aquecimento global tem afe- tado suas vidas. Estima-se que 25% de todo o carbono lançado na atmosfe- ra em 2014 contribuirão para o aumento das temperaturas pelos próximos 10 mil anos, no mínimo. Se provocarmos o derretimento das calotas polares da Antártida e da Groenlândia, elas provavelmente não se recuperarão em uma escala de tempo relevante para a espécie humana, ou seja, a tempo de evitar esse aumento das temperaturas.

Entre os exemplos recentes de aquecimento global estão as imensas inundações que atingiram os estados de Rondônia e Acre no mês de março de 2014, quando grande parte das capitais desses estados ficou embaixo d’água – em algumas regiões, as águas avançaram mais de 20 metros de altura. Na data de hoje, onde estou concluindo este livro, acabo de assistir a maior cheia que o estado do Acre teve em sua história. É março de 2015 e o Rio que corta a capital do Acres, de Rio Branco, subiu nada menos que 18 metros.

Por outro lado, a crise de abastecimento de água em São Paulo durante todo o ano de 2014 – e sem prazo para terminar – também demonstra o contraponto do aquecimento global e suas consequências. Outras inunda- ções recentes deixaram mais de 20 milhões de pessoas desabrigadas no Paquistão. Enchentes no nordeste da Austrália cobriram uma área equiva- lente à dos territórios da França e da Alemanha juntos.

Uma estiagem ainda mais intensa atingiu mais da metade dos Estados Unidos em 2012, além de o furacão Sandy ter devastado partes de Nova Jersey e de Nova York no mesmo ano.

Todas essas ações, que partem do ser humano, nos levam a outra ques- tão fundamental da sobrevivência do ser humano, que se chama solidarie- dade.

Até recentemente, tínhamos os desafios de ajudar outros seres huma- nos a lidar com o frio, a fome, a doença e a pobreza. Agora, nesta nova era,

além de todos esses males, que continuam, temos de lidar com os outros desafios de salvar espécies que estão em extinção, de lidar com o desapare- cimento de 30% das colônias de abelhas na América do Norte, da dramática redução de tubarões na Costa Rica, de micos-leões-dourados no Brasil e de tantas outras espécies ameaçadas.

No livro “Ouse fazer o bem, se divertir e fazer dinheiro”, do empreen- dedor Richard Branson, você vai encontrar centenas de histórias para cons- cientizá-lo e a sua manada sobre a importância de fazer o bem. Estou con- victo de que o slogan que Richard designa para as empresas do século XXI será o mantra para as empresas vencedoras: “mande para o espaço o jeito tradicional de fazer negócios e torne seu negócio uma força para o bem”.

Estou convicto de que, se agirmos corretamente e ampliarmos nossa mente para uma consciência ambiental sustentável e de fazer o bem, isso nos impulsionará para um novo estilo de vida, muito mais alinhado com a natureza e de liderança próspera para todos.

No documento Completo (páginas 99-101)

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