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Mostre para seu Elefante seus bens e agradeça a Deus todos os dias!

No documento Completo (páginas 63-67)

(seu Elefante) para lidar com a mudança, a pressao e o estresse

3.2 Ferramentas para liderar seu Elefante em todas as situações de mudança, pressão e estresse.

3.2.15 Mostre para seu Elefante seus bens e agradeça a Deus todos os dias!

Recentemente sofri uma queda de uma escada ao colocar lâmpadas de Natal em minha casa. Essa queda de dois metros de altura rompeu o tal manguito rotador, que eu nem sabia que eu tinha. Até identificar a lesão, fazer a cirurgia e me recuperar fazendo fisioterapia, levou exa- tamente um ano para que eu estivesse em forma novamente. Incrível como passei a dar mais valor a ter um corpo totalmente saudável e passei a agradecer ainda mais por esse que é nosso bem mais precioso.

Em um encontro empresarial de que participei, um amigo me con- tou que foi a uma palestra e que o palestrante mencionou que, quando se sentia triste ou deprimido, gostava de visitar uma escola da APAE em sua cidade. Chegando lá, conversando com os pais das crianças, olhando-as em seus desafios, ele sentia-se mais feliz e agradecido por ser perfeito. Então ele sugeria que a plateia presente fizesse o mesmo. Perguntei ao meu amigo como será que aquele palestrante se sentiria

“Crie um mantra, transmitindo para o Elefante interior pensamentos de paz, alegria, harmonia, amor, coragem, saúde e esperança.” “Conduza seu Elefante com proatividade e foco em sua visão e suas metas.”

quando passasse por uma casa mais linda que a sua, ou ainda por al- guém dirigindo uma Ferrari. O mais infeliz dos mortais?

Nosso Condutor, com atenção mental plena, deve focar e valorizar nossos bens hoje, sem se comparar com os outros. Se há algo com que eu deva me comparar é comigo mesmo, e com meu passado. A grande vitória da vida é sobre nós mesmos, e não sobre as outras pessoas.

Procure dar valor ao que você já tem e siga o fluxo. Seus desafios e metas a realizar são alcançados naturalmente quando você se foca neles e não na torcida. Valorize o que você já tem. Lembre seu Elefante de seus bens, valorize sua família, seu corpo perfeito, seu trabalho, seus re- lacionamentos e mostre ao Elefante o quanto você reconhece tudo isso. Se preferir, e se para você é relevante, reze e agradeça a Deus to- dos os dias por estar vivo, saudável, ter uma família, seus bens, seus desafios. Você irá perceber que seus desafios são relativizados quando você alimenta seu Elefante com suas bênçãos.

Perguntas e respostas

a. Eu não uso agenda e mesmo assim consigo realizar todas as ações para as quais me programo. Preciso mesmo de uma agenda?

Dentre as evidências dos participantes de nossos programas, estou absolutamente convencido de que, se você já realiza todas as ações a que se programa sem uma agenda, é porque você pode dar mais de si e para si utilizando uma agenda com foco em prioridades. Estudos feitos e depoimentos de participantes me deixam convicto de que, com uma agenda, a sua produtividade aumentará em no mínimo 30%. Experimente por três meses e escreva pra me relatar sua evolução.

b. Eu prefiro dar a resposta a meus liderados a perder tempo fazen- do perguntas que levarão à minha resposta. Por que mudar?

Como já mencionei acima, nas primeiras duas ou três abordagens de seus liderados, você precisará policiar-se para fazer perguntas, em vez de responder. Sei que você poderia de pronto responder. A questão é

que você pode ser mais e fazer com que sua equipe produza e contribua mais participando com suas próprias ideias. A partir da terceira ou quar- ta abordagem do tipo “qual é a situação/desafio? Quais são as causas? Quais as possíveis soluções? E qual a melhor solução?”, seus liderados passarão a proativamente refletir sobre essas questões antes de consul- tá-lo, e você terá todo um time pensante – o que será melhor para você, para a equipe e para a empresa

c. Embora eu reconheça que deva aceitar o leite derramado, meu Elefante reluta e continua me cobrando por isso. O que devo fazer?

Há pessoas que relutam em aceitar o que já passou e não pode ser mudado. Se você vive essa situação, assuma sinceramente entre seu Condutor e seu Elefante interior uma atitude proativa em relação à situ- ação ocorrida. Geralmente chorar pelo leite derramado é uma forma de não se perdoar arraigada em sua memória por sua criação. Experimente perdoar-se primeiramente e depois lembrar ao seu Elefante que o pas- sado terminou na noite passada e que você pode recomeçar a partir de hoje um novo destino, assertivo e focado na sua visão e metas.

d. Reconheço que meu Elefante continua vivendo no passado quan- do estou tomando medicamentos antidepressivos, mas sinto-me in- seguro de deixá-los e voltar aquela insônia pela qual passava. Como me livrar disso?

Primeiramente, reconheça e peça ajuda ao psiquiatra que lhe recei- tou os medicamentos para reduzir gradualmente a ingestão deles. Nunca faça isso de uma hora para outra. Ao mesmo tempo, à medida que você vai se desligando dos medicamentos, fortaleça seu Elefante com pen- samentos de coragem, saúde, alegria, harmonia, amor, bom humor, au- toestima e autoconfiança. Para isso, será fundamental que você possa construir metas pessoais desafiadoras e alinhadas com sua voz interior, tema que desenvolvo no capítulo 5..

e. Um dos pontos que mais me estressam são as constantes brigas que tenho com minha esposa, em especial em relação a pequenas ninharias sobre as quais ficamos disputando quem está certo. Como retomar um relacionamento que está há anos desgastado por isso?

Prefira ser feliz a estar certo! Na internet há um vídeo com um de- poimento de um dos sobreviventes do acidente aéreo no Rio Hudson,

“Mostre para seu Elefante seus bens e agradeça a Deus todos os dias!”

em Nova York – John Molina –, que recomendo que todos os leitores do livro assistam. Ele vai emocionar vocês, afinal, como ele mesmo diz, Deus me deu a oportunidade de viver novamente naquele dia, e ainda me vez ir ao futuro, voltar e poder mudar. Numa das passagens do depoimento, ele menciona que decidiu eliminar toda a energia negativa de sua vida, e agora prefere ser feliz a estar certo. E ele declara que há mais de três anos não tem uma briga com sua mulher, e isso o deixa muito feliz.

Portanto, a única maneira de você ganhar uma discussão é ser proativo e evitá-la, pois se você ganhar a discussão, alguém vai perder, e se você perder, bem, aí, como você se sentirá? No livro “Saia do Piloto Automático e Lidere e Seu destino – A Liderança do Outro”, exploramos várias ferra- mentas para lidar proativamente com as ideias contrárias, evitando atritos e transformando esses momentos em situações ganha-ganha.

Transformando conhecimento em sabedoria

• Reflita sobre uma situação que está deixando seu Elefante inco- modado, estressado, e defina ao menos três das 15 ferramentas deste capítulo para desenvolver seu Elefante.

• Utilize o poder do Condutor com a escrita para levar seu Elefante interior a realizar em primeiro lugar as prioridades do dia. Assuma uma agenda para você e sua vida.

• Tome a atitude de agendar um horário (dia e hora) e fazer um descarte em sua mesa de trabalho, ainda nesta semana, e perce- ba como seu Elefante irá sentir-se motivado.

• Reflita sobre algum momento em que alguém magoou você e sobre o qual você possa ter em seu coração ainda algum senti- mento de vingança, e livre-se disso imediatamente. Tome uma atitude de perdoar a pessoa e fazê-la saber disso.

• Se você está tomando alguma medicação para aliviar alguma dor emocional, tome a atitude de romper a corda emocional que prende seu Elefante a esse sentimento, libertando-se hoje para o futuro. Lembre-se de que você é proativo e está na hora de assumir seu destino.

P

assaram-se três meses da chegada de Luca, e cada vez mais a babá Gilda é quem liderava o Elefante dele, fazendo suas vontades e assu- mindo o papel de mãe que liderava o filho, dando-lhe alimento e amor. Para dar-lhe banho, dormir ou ir ao pediatra, Monique somente conse- guia com a participação da babá ou de Pedro. E o Elefante de Monique acostumou-se a aceitar aquela situação como a única forma de conduzir o filho, tornando-o cada vez mais distante dela e próximo da babá.

Ao expressar suas primeiras palavras, obviamente ele confundia quem era sua mãe, o que em menos de dois anos já se fazia sentir em seu emocional, distante da mãe e muito apegado ao pai, à irmã e à babá. Ao mesmo tempo, Monique aprofundava-se em depressão, afastan- do-se da família e encontrando no álcool e nas anfetaminas para redução de apetite um coquetel devastador que deixava seu emocional cada vez mais abalado e infeliz.

Tanto Monique quanto Pedro nasceram sob a educação de pais de origem europeia. Na Alemanha e na Itália de seus avós e em todo o mun- do até a primeira metade do século XX, a maioria dos psicólogos acredi- tava que demonstrar afeto pelas crianças era apenas um gesto sentimen- tal que não servia para nada.

O psicólogo comportamental John B. Watson uma vez chegou a aler- tar os pais: "Quando tiver vontade de acariciar o seu filho, lembre-se de que o amor materno é um perigoso instrumento". De acordo com muitos pensadores da época, o carinho só espalharia doenças e levaria a proble- mas psicológicos no futuro.

Freud afirmava que as crianças necessitavam apenas de leite materno e correções para seus erros, incluindo-se aqui boas palmadas ou castigos físicos, para que elas se tornassem adultos saudáveis e com bom caráter. Até por volta de 1940 na Alemanha, era comum bater nos bebês que choravam ao nascer. A psicologia da época pregava que os bebês deviam associar choro a dor desde o nascimento. Portanto, se chorassem, a edu- cação pregava que deveriam levar palmadas até parar de chorar. O pai de Pedro, com sua educação rígida, sempre o ameaçava: “Pare de chorar, senão você vai apanhar”.

Essa forma de liderar, a liderança pela dor, ainda hoje permeia muitas famílias e empresas nas quais as pessoas são tratadas aos gritos e como coisas e despesas, enquanto os bens materiais são tratados como ativos. Tal forma de pensar, educar e cuidar dos filhos era normal para as gera- ções de Pedro e Monique e de pais cujos pais nasceram e foram educados até a primeira metade do século XX. Durante aquela época, os psicólogos foram motivados a provar o seu domínio como uma ciência rígida. O movi-

Ao contrário dela, seu pai era um legítimo pai da geração “alimento e dor”. Pedro recebia castigos regularmente e foi criado com constantes ameaças, palavras ofensivas e agressões físicas. Josias costumava chamar Pedro de patife e incapaz, e dizia que Pedro nunca seria ninguém na vida, o que na verdade era seu sentimento e crença de que vir da Itália para o Brasil já teria sido o máximo para sua existência.

Como seu pai era um comerciante frustrado, cujo armazém nunca evoluiu do ponto de vista profissional e de geração de renda, ele descar- regava tal frustração no filho, no piloto automático de seu Elefante juiz interior, julgando-o incompetente e incapaz.

O desgaste da relação de Pedro com seu pai foi tão grande que, aos 14 anos de idade, seu pai decretou que não falaria mais com ele, mesmo morando no mesmo teto – e assim o fez até morrer, quando Pedro tinha 20 anos. Um dos episódios que causou mais frustração em Pedro foi aos 17 anos, quando ele, já evoluindo em sua vida profissional, adquiriu seu primeiro carro. Embora não houvesse diálogo com o pai, procurou fazer chegar a ele, por intermédio da mãe, a notícia de sua conquista.

Quando seu pai, que não tinha carro, soube que Pedro iria estacionar em sua casa um carro adquirido pelo rapaz, ameaçou atear fogo ao veí- culo. E Pedro, sem desistir de seus objetivos, conversou com a mãe e o irmão a respeito.

A mãe, que já vinha arrastando seu relacionamento por causa dos filhos, que agora se mostravam adultos, inclusive estando Marco já mo- rando com sua namorada, decidiu que aquela era a gota d’água para se separar do pai de Pedro, e assumiram juntos que, para serem felizes, era preciso mudar definitivamente de vida.

O pai de Pedro nunca conseguiu externar amor e sentimentos pelos filhos, causando uma lacuna que perseguiu Pedro por mais de 40 anos. Por mais que Pedro buscasse ajuda psicológica em sua vida adulta, nunca encontrava a explicação para aquela forma de tratamento quase desumana com que seu pai lhe tratava e a seu irmão, e que marcou seu emocional por tanto tempo.

Foi no encontro com um especialista em regressão que Pedro decidiu dar mais um passo para encontrar em seu passado as causas das amarras que seguravam seu Elefante em vários aspectos de sua vida.

Partindo para uma viagem ao seu passado em busca de conhecimen- to interior, por meio da regressão Pedro acabou desvendando o mistério do amor de seu pai por ele. Ele regrediu até seu nascimento, e só então conseguiu fazer seu Condutor entender que ele veio ao mundo por amor mento da psicologia comportamental instigou os investigadores a estudar

apenas comportamentos observáveis e mensuráveis. Um psicólogo ameri- cano chamado Harry Harlow, no entanto, tornou-se interessado em estudar um tema que não era tão fácil de quantificar e medir: o amor.

Em uma série de experimentos conduzidos até 1960, Harlow de- monstrou o poder do afeto e do amor. Ao mostrar os efeitos devasta- dores da privação do afeto da mãe em macacos Rhesus jovens, revelou a importância do amor materno para o desenvolvimento infantil saudável. Ele descobriu verdades fundamentais que têm influenciado a nossa com- preensão do desenvolvimento da criança desde então.

Muitas das teorias do amor concentravam-se na ideia de que o vín- culo entre a mãe e a criança era apenas uma forma de a criança obter alimentação, aliviar sede e evitar a dor. Harlow, no entanto, acreditava que esse comportamento de apego de mãe-filho era uma explicação in- suficiente. O experimento de Harlow com macacos, dando chances de escolha entre duas "mães" diferentes, foi o mais famoso dele.

Ele teve a ideia de construir duas bonecas em forma de mães maca- cas. Uma delas foi feita de tecido felpudo macio, mas não fornecia qual- quer alimento. A outra foi feita de arame, mas provia alimentos a partir de uma mamadeira.

Harlow removeu de suas mães naturais os macacos jovens algumas horas após o nascimento e os deixou ser criados por essas mães subs- titutas. O experimento demonstrou que o bebê macaco gastou signifi- cativamente mais tempo com sua mãe de pano do que com a mãe de arame. "Esses dados tornam evidente que o contato de acolhimento é uma variável de enorme importância no desenvolvimento da afetividade, enquanto o aleitamento é uma variável de importância negligenciável", explicou Harlow.

Embora muitos especialistas demonstrem hoje a importância do po- der do amor paternal e do carinho, o experimento de Harlow ofereceu uma prova irrefutável de que o amor maternal é vital para o desenvolvi- mento infantil normal. Outras experiências de Harlow revelaram em lon- go prazo a devastação causada pela privação do amor, o que levou a profundos problemas psicológicos e emocionais e até mesmo à morte.

Tanto Pedro quanto Monique foram criados e educados sob essas premissas. Embora Pedro tivesse uma educação sólida e rígida, ele re- conhecia desde cedo que obteve afeto da mãe, que, mesmo sendo uma agricultora que veio para a cidade grande em busca de uma vida mais digna, sabia transferir carinho e amor aos filhos, mesmo que nunca con- seguisse lhes dizer “Eu te amo”.

entre seus pais. Pedro descobriu que ele fora o segundo filho da união de seus pais e que havia amor entre eles para que isso ocorresse.

Ao mesmo tempo, entendeu que seu pai havia sido forjado na psico- logia da dor, compreendendo então que ele o amava, sim, embora não soubesse externar esse amor, afinal, a forma como educava o filho era a forma como ele havia sido adestrado por seus pais e por todo o pensa- mento vigente à sua época, ainda na Itália.

Se tanto os pais de Pedro quanto os de Monique tivessem a dimen- são destas três palavras mágicas “Eu te amo”, com certeza ajudariam em muito na condução emocional de ambos. Quando Monique e Pedro se conheceram, conseguiram rapidamente compreender o valor do amor, e, até por não terem ouvido esses sentimentos de seus pais, eles os exter- navam entre si com muita segurança e afeto.

Quando Júlia nasceu, foi cercada desse amor e dessas palavras mágicas, pois Pedro, em especial, tinha-se focado proativamente em ser uma figura de transição entre a educação pela dor que havia recebido dos pais para a educação pelo amor que intuitivamente entendia ser a mais importante e benéfica para a relação com sua filha e com todos os com quem interagisse.

Dizer “eu te amo” passou a ser um mantra para Pedro e sua família, e esse conceito permeou a educação de seus filhos. Tão logo Luca apren- deu a caminhar e falar, aprendeu também a externar seus sentimentos de amor, dizendo a seus pais e irmã as palavras mágicas “Eu te amo”.

Como ele e Júlia tinham a presença da avó materna Anita, que fre- quentava a casa regularmente às terças e quintas-feiras para visitar a fa- mília Mello, Luca, sempre que sentia o amor da bisavó, declarava: “Bisa, eu te amo”. E ela constrangedoramente sorria, pois não fora adestrada para retribuir tal sentimento.

Certa tarde de primavera em que os aromas das flores de laranjeiras começavam a inundar o pátio da família Mello, ao despedir-se dos netos, Anita foi surpreendida por mais uma declaração de amor de Luca, que disse: “Bisa, eu te amo!”. Quase que intuitivamente, seu Elefante, emo- cionado, respondeu: “Luca, eu também te amo!”. E a partir dali, ela ha- via libertado seu sentimento e começou a repetir essas palavras mágicas sempre que encontrava Luca, deixando-o seguro e suprindo-o da sede de afeto e da expressão do amor de sua avó.

A avó Anita deu-se conta do quanto havia deixado de transmitir seus sentimentos de amor até então em sua vida, ao desconhecer as palavras mágicas e como isso fazia toda a diferença no relacionamento com aque- les que amava. Decidida e consciente, passou a resgatar esse sentimento com todos os que estavam a sua volta.

Bem vindo á gerontolesc ncia.

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