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HORIZONTE DE MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS

No documento Embates em torno do Estado laico (páginas 71-82)

(PECs, ADIs E ADPFs)

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O atual cenário constitucional sobre as relações entre Estado e religião pode mudar caso sejam aprovadas algumas propostas de emenda à Constituição (PEC) em tramitação no Congresso Nacional ou por intermédio do julgamento de novos casos pelo Supremo Tribunal Federal.

A análise das PECs aponta para uma forte frente de defesa de interesses de setores religiosos no parlamento e pelos parlamentares; afinal, diferentemente das ações judiciais que podem ser protagonizadas por organizações sociais, as propostas de emenda só podem ser provocadas por parlamentares ou pelo presidente da República, conforme dispõe o artigo 60 da Constituição. Analisando as PECs que tratam da relação entre Estado e religiões, é possível perceber que elas atuam em três principais frentes. A primeira delas busca a 12 Os autores agradecem a valiosa ajuda de Ana Laura Barbosa, Luiza Pavan Ferraro e Lívia Gil Guimarães na realização da pesquisa documental deste tópico.

sedimentar as relações já estabelecidas pela Constituição ou pela interpretação do Supremo Tribunal Federal no texto constitucional. Nessa frente estão emendas de consolidação de interpretação favorável e ampliativa em relação às imunidades tributárias das entidades religiosas feita pelo Supremo, a consolidação de um modelo confessional com precedência de valores familiares na educação escolar, inclusive pública. Assim, nos dois pontos onde o Supremo Tribunal Federal interpretou favoravelmente às entidades religiosas (imunidades tributárias e ensino religioso), procura-se uma consolidação ou subversão da posição do tribunal mediante emenda à Constituição. Insere- se nessa frente, também, a proposta que busca explicitar a diversidade de famílias, em atenção ao julgamento do Supremo sobre a união estável entre pessoas do mesmo sexo.

Uma segunda frente de propostas de emenda busca, através da alteração do texto constitucional, a reversão da interpretação do Supremo Tribunal Federal em relação aos conceitos jurídicos de vida e família. Uma série de propostas busca, mediante a declaração de proteção da vida desde a concepção, inibir quaisquer possibilidades de ampliação das hipóteses de interrupção voluntária da gestação. Da mesma forma, outras propostas de emenda à Constituição procuram definir família, no texto constitucional, como a união mediante casamento de homem e mulher. Porém, é o tema do aborto que prenuncia o maior embate entre setores religiosos e uma concepção mais ampla de Estado laico.

Por fim, uma terceira frente e propostas de emenda em tramitação têm por objeto a inserção de novas regras constitucionais. De um lado, setores religiosos buscando legitimidade para atuar diretamente no Supremo Tribunal Federal ou a eliminação da noção de soberania popular inserta no §1º do artigo 1º da Constituição (“todo poder emana do povo”) para inclusão da expressão “todo poder emana de Deus”; de outro, grupos buscando inserir na Constituição a expressa da proibição de discriminação por orientação sexual, seja enquanto um princípio da República, seja para impedir diferenciação salarial.

Quadro 1 – Propostas de Emenda Constitucional (PEC) em tramitação no Legislativo Federal – Temas referentes à laicidade estatal (maio de 2018)13

Tema Objetivo PEC / Origem Status

Imunidade Tributária

Ampliar a imunidade tributária aos casos em que o encargo financeiro do imposto seja transferido economicamente às entidades imunes e isentar das contribuições sociais os templos de qualquer culto e entidades beneficentes.

PEC 254/2013 Câmara Aguarda designação de Relator na CCJC* Imunidade

Tributária Estabelecer imunidade tributária a templos de qualquer culto, no pagamento do IPTU, mesmo que as entidades sejam somente locatárias do bem.

PEC 200/2016 Câmara Pronta para Pauta no Plenário Ensino Religioso

Estabelecer a precedência dos valores de foro familiar sobre a educação escolar, além de proibir a transversalidade ou técnicas subliminares no ensino de matéria moral ou orientação religiosa.

PEC 435/2014 Câmara

Pronta para Pauta na CCJC

Estado e

religião Declarar que todo o poder emana de Deus. PEC 12/2015 Câmara

Pronta para Pauta na CCJC

Estado e

religião Conferir a associações religiosas legitimidade para propor ADI e ADC PEC 99/2011 Câmara

Pronta para Pauta no Plenário Entidades

familiares Reconhecer como entidade familiar o núcleo social formado por duas ou mais pessoas unidas por laços sanguíneos ou afetivos, originados pelo casamento, união estável ou afinidade.

PEC 158/2015 Câmara Aguarda Parecer do Relator na CCJC Não

Discriminação Proibir a diferença de salários e de exercício de função e de critério de admissão por motivo de crença religiosa, por orientação e expressão sexual, etnia, convicção política, condição física, psíquica ou mental.

PEC 66/2003 Câmara Aguarda a Criação de Comissão Temporária

13 Foram pesquisados os repositórios oficiais dos sites da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, selecionando-se as PECs em tramitação, com as seguintes palavras-chave: “igreja”, “laicidade”, “laico”, “religião”, “religioso”, “religiosa”, “culto”, “cultuar”, “crença” “aborto concepção”; “vida concepção” “interrupção”, “interrupção voluntária”, “gestação”, “gravidez” “família”, “heterossexual”, “homem e mulher”, “hetero”, “homoafetiva”, “união homoafetiva”, “casamento homem mulher”.

Tema Objetivo PEC / Origem Status Não

Discriminação Estabelecer entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a inexistência de preconceito em relação à crença religiosa, bem como em relação ao estado civil, orientação sexual e deficiência. Proibir a diferença salarial e a utilização desses critérios para admissão no emprego.

PEC 392/2005 Câmara Aguarda a Criação de Comissão Temporária - Apensada à PEC 66/2003 Proteção à vida desde a concepção Estabelecer a inviolabilidade do direito à vida desde a concepção.

PEC 164/2012 Câmara Aguarda Parecer do Relator na CCJC Proteção à vida desde a concepção

Ampliar a licença maternidade no caso de parto prematuro. O substitutivo 1/2017 propõe também incluir como fundamento da República a “dignidade da pessoa humana, desde a concepção” e incluir o “direito à vida desde a concepção”.

PEC 181/2015 (Substitutivo 1/2017) Câmara Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Proteção à vida desde a concepção

Alterar o art. 5º, da Constituição Federal para explicitar que o direito à vida é inviolável desde a concepção.

PEC 29/2015 Senado Aguarda designação de Relator na CCJC Fonte: Câmara dos Deputados; Senado Federal.

*Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC)

Já no Supremo Tribunal Federal, as ações que podem alterar a configuração da laicidade constitucional se dividem em dois grandes blocos: ações que pedem, com maior ou menor grau de extensão, a descriminalização do aborto; e ações que buscam derrubar leis, sobretudo municipais, que promovem a interferência de perspectivas religiosas na educação pública.

Em relação às ações de aborto, a ADPF 442 é a mais ampla e requer a descriminalização da interrupção voluntária de gestação quando realizada até a 12ª semana de gestação. No processo, diversas organizações religiosas já se manifestaram como amici curiae e procuram manter as restrições impostas pelo Código Penal de 1940 com argumentos que defendem a sacralidade da vida. Em relação à educação pública, as ADIs 5.537 (BRASIL. STF, 2017b) e 5.580 (BRASIL. STF, 2016a) questionam os preceitos da Lei 7.800/2016 do Estado de Alagoas, que institui o projeto “Escola Livre”, seguindo as diretrizes do denominado movimento “Escola sem Partido”. Em linhas gerais, tal movimento pretende incluir, entre os princípios do ensino, a precedência dos valores de ordem familiar em matéria de moral, sexualidade e religião. Além disso, objetiva

determinar a afixação de cartazes com os “deveres dos professores” em todas as escolas brasileiras, princípios que expressariam um dever de neutralidade política, ideológica e religiosa dos docentes (XIMENES, 2016). Na ADI 5.537 (BRASIL. STF, 2017b) foi concedida medida cautelar para a suspensão dos efeitos da Lei até o julgamento. O relator é o ministro Roberto Barroso. Com temáticas relacionadas há um conjunto de Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPFs, propostas pela Procuradoria-Geral da República, contra leis municipais que proíbem expressamente a inclusão e manutenção de expressões relativas a identidade, ideologia ou orientação de gênero nas escolas municipais ou o uso das mesmas em material didático ou paradidático.

Outras ações também podem provocar debates que se iniciaram em outros julgamentos do tribunal, mas não avançaram. O debate sobre racismo religioso e a proteção da liberdade de expressão deve ser novamente abordado ao menos em duas novas ações: uma que julgará a constitucionalidade de lei que criminaliza manifestações contra a fé cristã e outra que impede o uso de animais em rituais religiosos.

Quadro 2 – Ações de Controle Concentrado de Constitucionalidade no STF – Temas referentes à laicidade estatal (maio de 2018)14

Tese Proponente Ação-Estado / Relator

Inconstitucionalidade de legislações estaduais que obrigam a inclusão da Bíblia em bibliotecas públicas e escolas públicas.

Procurador-geral da

República (PGR) ADI 5248-RJ / Alexandre de Moraes ADI 5255-RN / Celso de Mello ADI 5256-MS / Rosa Weber ADI 5258-AM / Cármen Lúcia Inconstitucionalidade de Lei estadual

que “oficializa no estado a Bíblia Sagrada como livro-base de fonte doutrinária para fundamentar princípios, usos e costumes de comunidades, igrejas e grupos e estabelece “que essas sociedades poderão utilizar a Bíblia como base de suas decisões e atividades afins (sociais, morais e espirituais), com pleno reconhecimento no Estado”.

Procurador-geral da República (PGR)

ADI 5257-RO / Dias Toffoli

14 Foi pesquisado o repositório do projeto STF Democrático, da FGV Direito SP, selecionando- se as ADIs. ADPFs e ADCs não julgadas, com as seguintes palavras-chave: “laicidade”; “laico”; “Igreja”; “religião”; “religioso”; “religiosa”; “culto”; “cultuar”; “crença”; “templo”, “aborto”; “família”.

Tese Proponente Ação-Estado / Relator Inconstitucionalidade de Lei

Complementar estadual “que definiu penalidades a serem aplicadas às pessoas jurídicas de direito privado que permitirem ou tolerarem a prática de atos atentatórios e discriminatórios em razão de preconceitos de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero ou orientação sexual”.

Governador do Estado

de Santa Catarina ADI 5307-SC / Alexandre de Moraes

Inconstitucionalidade de Lei estadual que instituiu no âmbito do sistema estadual de ensino o programa ‘Escola Livre’, que “veda a prática, em todo o estado, de doutrinação política e ideológica e quaisquer condutas por parte do corpo docente ou da administração escolar que imponham ou induzam os alunos opiniões político- partidárias, religiosas ou filosóficas”.

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE ADI 5.537-AL / Roberto Barroso Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE ADI 5.580-AL / Roberto Barroso

Violação a preceito fundamental da Constituição por leis municipais de Nova Gama – GO; Cascavel – PR; Paranaguá – PR; Palmas – TO; Tubarão – SC; Ipatinga – MG; Nova Iguaçu – RJ que proíbem inclusão e manutenção de expressões relativas a identidade, ideologia ou orientação de gênero nas escolas municipais ou o uso das mesmas em material didático ou paradidático.

Procurador-geral da

República (PGR) ADPF 457-GO / Alexandre de Moraes; ADPF 460-PR / Luiz Fux; ADPF 461-PR / Edson Fachin; ADPF 465- TO / Roberto Barroso; ADPF 466-SC / Rosa Weber; ADPF 467-MG / Gilmar Mendes; ADPF 479-RJ / Alexandre de Moraes, respectivamente. Inconstitucionalidade de Lei federal

que trata da adoção de medidas de vigilância em saúde relativas aos vírus da dengue, chikungunya e zika. Ação proposta por entidade de classe para questionar lei “O principal ponto questionado é o artigo 18, que trata dos benefícios assistenciais e previdenciários para as crianças e mães vítimas de sequelas neurológicas. A Associação pede ainda que se dê interpretação conforme a Constituição da República aos artigos do Código Penal que tratam das hipóteses de interrupção da gravidez”. Associação Nacional dos Defensores Públicos – ANADEP ADI 5581-DF / Cármen Lúcia Quadro 2 (continuação) continua

Tese Proponente Ação-Estado / Relator Inconstitucionalidade de Emenda

à Constituição estadual que visa “dispensar templos religiosos da exigência de alvará e outras espécies de licenciamento e proibir limitações ao caráter geográfico de sua instalação”.

Procurador-geral da

República (PGR) ADI 5696-MG / Alexandre de Moraes

Inconstitucionalidade de Lei estadual que “Dispõe sobre a proibição de cobrança de Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS de Igrejas e Templos Religiosos de qualquer culto”.

Governador do Estado de Rondônia

ADI 5816-RO / Alexandre de Moraes

Violação a preceito fundamental da Constituição por Lei municipal de Nova Gama – GO que “criminaliza manifestações públicas contra a fé cristã”, prevendo a punição com base no artigo 208 do Código Penal.

Procurador-geral da

República (PGR) ADPF 431-GO / Dias Toffoli

Violação a preceito fundamental da Constituição, pelo Código Penal que criminaliza a interrupção voluntária de gestação.

Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)

ADPF 442-RJ / Rosa Weber

Violação a preceito fundamental da Constituição por lei municipal de Santos – SP, proibindo maus tratos e atos de crueldade contra animais, com práticas como “trabalhos excessivos ou superiores às suas forças”, “prática que cause ferimentos, golpes ou morte” e “utilizá-los em rituais religiosos, e em lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies diferentes”.

Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça ADPF 516-SP / Edson Fachin

Fonte: Projeto STF Democrático, da FGV Direito SP.

Ao considerar as Propostas de Emenda à Constituição e as ações em trâmite e ainda não julgadas no Supremo Tribunal Federal, constata-se a prevalência de dois temas no cerne do debate sobre laicidade: aborto e liberdade de ensino. Isso nos permite apontar os prováveis horizontes de debate e de eventuais alterações de ordem jurídico-constitucional.

CONCLUSÕES

A abordagem que trata a Constituição como resultado de um processo que promoveu a composição de múltiplos interesses através da incorporação de reivindicações distintas ao texto constitucional parece explicar as razões pelas quais as regras sobre laicidade apontam, muitas vezes, para diferentes direções. A Constituição de 1988, em seu Preâmbulo, exalta a promulgação sob a proteção de Deus, ao mesmo tempo em que, no artigo 19, veda ao Estado o estabelecimento de cultos, sua subvenção ou embaraço de suas atividades, mas faz isso reproduzindo uma separação amenizada pela autorização genérica de colaboração de interesse público; da mesma forma, reconhece ampla liberdade religiosa e de crença, mas prevê o oferecimento de ensino religioso nas escolas públicas.

Porém, não só nas regras diretamente relacionadas à mediação das relações entre o Estado e as religiões (como aquelas relativas às imunidades tributárias, ao ensino religioso e à liberdade religiosa) delimita-se constitucionalmente a laicidade: as regras sobre vida, família, autonomia e direitos sexuais e reprodutivos são forjadas em disputas nas quais a perspectiva religiosa incide, buscando impor uma determinada visão confessional de mundo. Uma teoria decolonizadora do direito constitucional exige uma análise crítica de conceitos jurídicos supostamente neutros.

Por isso, ao invés de forçosamente criar uma teoria constitucional da laicidade, compreender a forma pela qual essas regras – não necessariamente harmoniosas entre si – são interpretadas nos conflitos concretos sobre a laicidade do Estado parece ser tarefa mais importante.

A interpretação promovida pelo Supremo Tribunal Federal sobre as regras que medeiam diretamente a relação do Estado com as religiões pode ser lida a partir de duas posições: a primeira delas mostra que a imunidade tributária tem se ampliado e que parece haver uma sólida posição do tribunal sobre a sua importância para caracterizar a não interferência do Estado nas religiões; por outro lado, uma segunda posição mostra considerável inconsistência do tribunal na delimitação do papel do Estado na relação com religiões e, aqui, o exemplo mais preocupante está na decisão sobre ensino religioso, evidência do talvez maior retrocesso para a construção da laicidade desde a Constituição de 1988. Da mesma forma, a interpretação sobre as regras de liberdade religiosa que se aplicam entre particulares indica critérios pouco consistentes para a definição do que seria racismo religioso e os eventuais limites do discurso religioso enquanto modalidade de liberdade de expressão.

A posição mais consistente de interpretação para a construção de uma razão pública imune a argumentos religiosos parece estar na disputa de conceitos jurídicos supostamente neutros, como vida, família, autonomia. Uma série de casos sobre pesquisas com células-tronco embrionárias, aborto e união homossexual construiu uma narrativa interpretativa na qual ao Estado incumbiria o dever de rechaçar uma determinada visão religiosa de mundo com pretensões de impor, negar ou criminalizar condutas alheias.

No horizonte de alterações constitucionais vimos proposições que, em grande medida, resultam da interação entre Legislativo e Judiciário. Contrariando expectativas, nem só de conflitos entre princípios majoritários e proteção às minorias vive essa interação. Em várias das PECs o que se veicula é o aprofundamento e extensão da interpretação do STF, como no caso das propostas de ampliação de imunidades tributárias, a consolidação de um modelo confessional com precedência de valores familiares na educação escolar pública. Procura-se assim, em resposta à interpretação favorável do Tribunal às pretensões do campo religioso, consolidar tais interpretações e expandir seu âmbito de incidência. Isso também vale para as interpretações contrárias, como no caso das PECs que buscam explicitar a diversidade de famílias, no impulso das decisões do STF. Noutra frente, de conflitos, há propostas que são evidentes reações a derrotas do campo religioso no STF.

Dois temas se apresentam com destaque no horizonte de mudança jurídico- constitucional: o direito ao aborto e a regulação restritiva da liberdade de ensinar. Nessas duas frentes, há um arsenal de projetos legislativos e de ações emblemáticas no STF. Os resultados dessas discussões darão a próxima delimitação jurídica da laicidade no Brasil.

REFERÊNCIAS

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No documento Embates em torno do Estado laico (páginas 71-82)