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Quadro II Comissão Administrativa do PRN após o I Congresso

5. Oposição dos nacionalistas ao Ministério António Maria da Silva

O PRN alterou a sua estratégia colaborativa com o governo no Verão de 1923. O PRN iniciou um ataque cerrado ao executivo, que era um dos mais estáveis na Europa desse tempo545, procurando a sua queda de forma a poder ser chamado para o Executivo, não recusando alguns nacionalistas participar nas conjuras conspirativas contra o Governo546. O PRN procuraria posteriormente o adiamento dos trabalhos parlamentares547 ou a dissolução parlamentar, que lhes possibilitasse obter uma vitória eleitoral que o consolidasse no poder548. Os nacionalistas desejam ardentemente a dissolução do parlamento, pois achavam que o Partido Democrático estava a perder apoios na província o que reforçaria a representação parlamentar dos nacionalistas

- O seu partido...

-... Abandonou a Câmara, retirei-me da actividade política. Não quero dizer nada... Estou estudando o P.R.N. (...)

- Em Outubro reaparecerei... - Na Câmara...

- Claro! Não deixei de ser deputado e de ser nacionalista... - Dizem-no amuado...

- Amuado? Talvez! Desde que o meu partido abandonou a política que presidiu à sua formação, eu entendi que me devia afastar... Daqui até à abertura das Câmaras estudá-lo-ei, depois tomarei uma atitude...

- Tem tão pouco tempo...

- Há muito tempo! O PRN tem feito coisas boas e coisas más...”.

542 “Não acusa o P.R.P. que, em grande parte – as comissões por exemplo – viam com simpatia a sua

candidatura. Acusa, sim, uma facção do P.R.P. – a que respeita todas as indicações do Dr. Afonso Costa”. [...] Ao princípio da República tivemos emigrados monárquicos e as incursões de Couceiro. Hoje temos emigrados republicanos e incursões de Afonso Costa”, Bernardino Machado, Diário de Lisboa, 7-8-1923, p. 4.

543

“Têm-me falado muito em reparações. Mas nisto, os democráticos têm sido como os alemães...”, Bernardino Machado, Diário de Lisboa, 7-8-1923, p. 4.

544 “Quando a política anda agitada e os políticos não conseguem chegar a um acordo recorre-se, por

vezes a um ministério de directores gerais, de funcionários. Mas esse gabinete é sempre interino. Dura apenas o tempo necessário para os políticos retomarem o seu lugar... Neste caso, não se trata dum ministério. Mas...”, Bernardino Machado, Diário de Lisboa, 7-8-1923, p. 4.

545 Nos tempos conturbados do pós-Guerra os governos tiveram duração limitada, tendo o Presidente da

Republica, Teixeira Gomes, dito a António Maria da Silva o seguinte: “Orgulhe-se, sr. Presidente do Ministério por, em toda a Europa, apenas o sr. Poincaré - e esse mesmo em poucos dias – o excede em durabilidade ministerial...”, Diário de Lisboa, 10-10-1923, p. 1.

546 Cf., Cunha Leal, As minhas memórias, Vol. II, edição do autor, 1967, pp. 367-368.

547 O senador nacionalista, Lima Alves, afirmou que “os nacionalistas podiam governar, caso o Congresso

adiasse os seus trabalhos”, Diário de Lisboa, 25-10-1923, p. 8.

548 Raul Lelo Portela, membro do Directório do PRN, em entrevista ao Diário de Lisboa, deixou claro

qual seria a estratégia do seu partido para ascender ao Poder: “Arrombando a porta a bem ou a mal” e clarificou o que significava “a mal – conseguindo a dissolução parlamentar”, Raul Lelo Portela, Diário de

numas futuras eleições. Por outro lado, esperam que os radicais, dentro do PRP, tomassem o poder para que os elementos mais conservadores ingressassem no PRN549.

António Maria da Silva viu-se obrigado a fazer mais uma remodelação no seu governo. Velhinho Correia substituiu Vitorino Guimarães que abandonou “a pasta das Finanças [...] pelo facto de a Câmara lhe não ter discutido e aprovado certas medidas que ele tinha pendentes nesta Câmara”550

.Velhinho Correia pretendia “continuar [...] a política do [seu] ilustre antecessor”, não aumentando “a circulação fiduciária”. Atingir- se-ia “o equilíbrio do Orçamento e o saneamento das finanças públicas, reduzindo as despesas e recorrendo ao imposto de maneira a, curto prazo, se chegar ao referido equilíbrio”551

. No entanto, a conjuntura tinha-se alterado. A Câmara dos Deputados reuniu numa sessão extraordinária, em 26 de Setembro de 1923, para debater a situação económica do país que se tinha agravado durante a interrupção parlamentar. O défice chegava nesse momento aos 300 mil contos, havia falta de escudos em circulação e os preços tinham subido vertiginosamente, sendo necessário tomar medidas urgentes552, uma vez que o Parlamento não tinha dado ao governo “uma única autorização legal para poder fazer face à situação deficitária”. Por isso, o governo solicitou ao chefe de Estado a convocação extraordinária do Congresso”para lhe pedir os meios indispensáveis e necessários para fazer face à situação”. Velhinho Correia propunha a “redução das despesas”553 como via para resolver o problema orçamental. O governo solicitava anuência do Parlamento para baixar o salário dos funcionários públicos entre 5 a 10% e dos ministros em 20%. Pretendia-se ainda reduzir os quadros da função pública e remodelar os serviços do Estado. Seria criada uma repartição com os funcionários disponíveis que ocupariam as vagas que entretanto fossem surgindo, não sendo nomeados novos funcionários. Os empregados do Estado a contratos seriam dispensados e o regime vitalício que abrangia os funcionários públicos só abarcaria os actuais, e os futuros seriam apenas admitidos por contrato temporário. Por outro lado, pretendia aumentar as receitas através da concessão de exclusivos na produção e comércio da pólvora física e pelo aumento dos encargos fiscais, nomeadamente a comparticipação nos lucros de bancos e seguradoras, o aumento para o dobro da contribuição predial, pela tributação extraordinária sobre os lucros das sociedades industriais, comerciais e civis e particularmente pelo estabelecimento de um imposto transitório e excepcional, para atender ao aumento de despesas do Estado com a carestia da vida, no total de 24 000 contos nos próximos três anos554.

O primeira grande discordância entre o governo e a oposição parlamentar relacionava-se com o tempo necessário para analisar as propostas e o modo de votar. O governo queria discutir rapidamente as questões, mas os nacionalistas por intermédio de Cunha Leal, defenderam que as propostas deviam ser estudadas com mais tempo555. Barros Queiroz argumentou que a comissão parlamentar das finanças ainda não tinha elaborado o parecer sobre as propostas do ministro das finanças, Velhinho Correia, por ainda não ter tido número e porque “ninguém concorda com as ditas propostas”. Quanto às propostas apresentadas por ele, para além do natural apelo à “diminuição das despesas e aumento das receitas”, advogava em termos imediatos “um empréstimo

549 Cf., Diário de Lisboa, 15-10-1923, p. 8.

550 António Maria da Silva, Diário da Câmara dos Deputados, 26-9-1923, p. 10. 551 Velhinho Correia, Diário da Câmara dos Deputados, 26-9-1923, p. 20.

552 Cf., Velhinho Correia, Diário da Câmara dos Deputados, 26-9-1923, pp. 20-22; A Tarde, 27-9-1923,

p. 1.

553 Velhinho Correia, Diário da Câmara dos Deputados, 26-9-1923, pp. 22-23.

554 Diário de Lisboa, 26-9-1923, p. 8; Luís Farinha, Francisco Pinto Cunha Leal, intelectual e político...

op. cit., pp. 273-274.

externo [...] e a par dele, moralização absoluta na administração pública. Era um meio de se captar a confiança, de valorizarmos a nossa enfraquecida moeda”556.

O debate sobre as propostas do Ministro das Finanças iniciou-se só a partir de 17 de Outubroe viria a terminar com a demissão do Ministro das Finanças a 24 desse mês. O PRN, por intermédio de Cunha Leal, iniciou um ataque à política económica de Velhinho Correia, pondo em causa a sua credibilidade, no tocante à circulação fiduciária. Segundo Cunha Leal havia rumores na opinião pública que indicavam que “a circulação fiduciária” estava “excedida”. Por isso, solicitou esclarecimentos ao Ministro das Finanças para “sossegar o país, tranquilizando-o acerca do cumprimento da palavra dos homens da República”. Cunha Leal recordou que o Sr. Ministro das Finanças tinha afirmado “que seria criminoso todo o homem público que aumentasse a circulação fiduciária”. E por isso questionou. “E como classificar o homem público que, sem um diploma legal, a tivesse, porventura, aumentado? Esse homem estaria abaixo de toda a consideração, porque teria praticado um crime de lesa-Pátria. O Ministro que fizesse semelhante coisa nesta hora seria duplamente criminoso, porque, a par do seu crime, teria a agravante, de ter cometido usando duma arma não permitida pela lei. Nestas condições, é preciso tranquilizar a nação”. Propõe por isso, a constituição de uma “comissão, representada por todos os partidos, para ir junto do Ministério das Finanças e do Banco de Portugal examinar o que há sobre este assunto e dar conta do que houver”557

. O Ministro das Finanças não respondeu claramente às questões levantadas por Cunha Leal, o que motivou um novo ataque do líder do PRN, desta vez questionando-o sobre o empréstimo de 3 milhões de libras e sobre a aplicação de parte desse dinheiro na província de Angola. O PRN não desistiu do tema do aumento da circulação fiduciária e outros deputados reforçaram as interpelações de Cunha Leal nas sessões seguintes. Jorge Nunes dirigiu-se a Velhinho Correia na sessão do dia 22 de Outubro nestes termos: “O Sr. Ministro das Finanças entendeu que não devia autorizar o aumento da circulação fiduciária, no que, a meu ver, fez muito bem; porém o que não entendo, nem se pode entender, é que S. Ex.ª depois das declarações que fez na Comissão política do seu partido, se tenha metido num quadrado de ferro, não respondendo à pergunta que lhe foi feita nesta casa”. Será que o ministro das Finanças não respondendo a uma “pergunta concreta que aqui lhe foi feita sobre o aumento da circulação fiduciária [pode] continuar a ocupar aquele lugar”? Perante este acosso do PRN o Ministro das Finanças finalmente respondeu garantindo que “a circulação fiduciária não foi aumentada. Não se fez uma nota fora dos limites legais”558

. No entanto, esta declaração não foi suficiente para acalmar a oposição. Cunha Leal garantia que o PRP tinha de facto aumentado a circulação fiduciária em cem mil contos, de Março a Agosto, sem a devida autorização parlamentar, com base na leitura do Boletim do Banco de Portugal559. No dia 23 Cunha Leal informou a Câmara dos Deputados que se tinha dirigido ao Ministério das Finanças para pedir autorização a Velhinho Correia para se dirigir à Direcção Geral da Fazenda Pública a fim de consultar a documentação necessária para saber a verdade sobre a questão da circulação fiduciária, tendo o ministro colocado vários entraves a essa pretensão. Esta decisão ainda descredibilizou mais o ministro, que viu rebentar nessa mesma sessão da Câmara dos Deputados mais outra polémica, desta vez com um correligionário seu, deputado e Director da Casa da Moeda, Aníbal Lúcio de Azevedo. Este declarou que a decisão de comprar flans no estrangeiro para cunhar moedas, tinha sido uma decisão do Ministro das Finanças. O

556 Barros Queiroz, Diário de Lisboa, 9-10-1923, p. 4. 557 Diário da Câmara dos Deputados, 17-10-1923, p. 6. 558

Velhinho Correia, Diário da Câmara dos Deputados, 22-10-1923, p. 8.

Ministro reagiu a quente declarando que o deputado mentia e explicou a sua versão dos acontecimentos. Perante esta situação foram os próprios deputados do PRP que perderam a confiança em Velhinho Correia, tendo este solicitado a sua demissão em plena sessão da Câmara dos Deputados560.

Com a saída de cena de Velhinho Correia, Cunha Leal lançou o seu ponto de mira para o chefe do Executivo, António Maria da Silva, uma vez que era ele “que respondia pela política geral do Gabinete”. Por isso voltou a solicitar a realização das consultas já solicitadas a Velhinho Correia. O Presidente do Ministério não respondeu directamente às questões levantadas por Cunha leal, mas referiu que embora tenha a responsabilidade pela política geral do governo, não pode “assumir a responsabilidade de cada uma das pastas de per si”561

. Esta resposta levou Cunha Leal a cercar ainda mais o governo, questionando se seria aceitável que perante as inúmeras dúvidas que se levantavam “o Presidente do Ministério não tenha imediatamente convocado o Conselho de Ministros par se pôr ao facto de tudo, para informar o Parlamento?”562

. Álvaro de Castro insistiu no ataque ao Chefe do Executivo, questionando o facto de o governo atribuir as culpas ao Parlamento pela insuficiência de meios financeiros e pelo aumento das despesas563, “esquecendo-se que no parlamento apenas estava a maioria constituída pelos seus correligionários”564

. Álvaro de Castro terminou o seu discurso apresentando uma moção de desconfiança ao governo, sendo reforçada de seguida, por outra apresentada por Cunha Leal565. O PRN era da opinião de que só restava uma alternativa ao governo. Demitir-se566.

O ataque ao governo continuou no dia 29 com a apresentação de mais uma moção de ordem por parte de Cunha Leal567. A maioria debilitada ainda teve forças para apresentar uma moção de confiança ao governo, por intermédio de Jaime de Sousa568. As moções de desconfiança apresentadas anteriormente pelos membros do PRN foram prejudicadas pela moção de Jaime de Sousa, que acabaria por ser votada. A votação demonstrou que a maioria que suportava o governo estava cada vez mais débil, tendo a moção sido aprovada pela escassa margem de um voto, com 43 a favor e 42 contra. A moção de ordem de Cunha Leal, também foi votada, tendo sido rejeitada pela mesma

560 Cf., Diário da Câmara dos Deputados, 23-10-1923; A Tarde, 24-10-1923, pp. 1 e 4. Velhinho Correia

enviou uma carta ao Diário de Lisboa onde explicou a sua versão sobre o concurso para a cunhagem das 60 milhões de moedas, ao qual se opunha ao deputado, Lúcio de Azevedo (PRP), Director da Casa da Moeda. Explicou também as consequências da moção de Almeida Ribeiro (PRP), que levou à sua demissão, cf., Diário de Lisboa, 27-10-1923, p. 3.

561

António Maria da Silva, Diário da Câmara dos Deputados, 24-10-1923, p. 7.

562 Cunha Leal, Diário da Câmara dos Deputados, 24-10-1923, p. 8.

563 “Como declarou o sr. Presidente do Ministério, que o Parlamento lhe tivesse recusado os meios

financeiros de governar, tinha o Parlamento, duma maneira clara, manifestado ao Sr. Presidente do Ministério a sua desconfiança ao Governo e que só um caminho S. Ex.ª tinha a seguir: pedir a demissão colectiva do Governo”, Álvaro de Castro, Diário da Câmara dos Deputados, 25-10-1923, p. 16.

564 Álvaro de Castro, Diário da Câmara dos Deputados, 25-10-1923, p. 17. 565

Cf., Diário da Câmara dos Deputados, 25-10-1923 e 26-10-1923.

566 Veja-se também as moções aprovadas pelo grupo parlamentar do PRN no sentido do governo ser

responsabilizado pelo aumento da circulação fiduciária sem a devida autorização do Parlamento. O PRN iria manter uma franca oposição ao ministério de António Maria da Silva, cf., O Figueirense, 28-10-1923, p. 3.

567

“Moção. Considerando que a circulação fiduciária permitida pelas leis foi excedida, a Câmara reconhece a urgência impreterível de regularizar a situação actual independentemente das sanções que hajam de ser aplicadas a todas as entidades culpadas desse aumento ilegal”, Cunha Leal, Diário da

Câmara dos Deputados, 29-10-1923, p. 17.

margem, 40 votos a favor e 41 contra569. António Maria da Silva agradeceu o voto de confiança ao Governo, mas disse que iria “expor ao Sr. Presidente da República a situação que derivou do debate”570

. O governo tinha um débil apoio parlamentar, mesmo por parte dos seus correligionários. Alguns deputados não compareceram à sessão parlamentar, com destaque para o grupo do norte liderado por José Domingues dos Santos571. O governo de António Maria da Silva conseguiu «meio voto» de confiança no parlamento, com o voto (com declaração) do deputado independente, Pinto dos Santos Barriga. A maioria ainda ficou mais limitada devido à retirada da sala, durante a votação, dos deputados democráticos, Sá Pereira e Carlos Pereira. Sá Pereira explicou ao Diário de Lisboa, porque tinha procedido assim: “Desde o dia em que o chefe do governo trouxe ao Parlamento na sua declaração ministerial, a promessa do ensino religioso nas escolas, reclamei a sua substituição”572.

A falta de coesão do PRP não se manifestava apenas no seu grupo parlamentar. O governo também começou a mostrar fissuras. Os ministros Joaquim Ribeiro573 e Vaz Guedes apresentaram-se como demissionários na manhã do dia 30 de Outubro de 1923, tendo António Maria da Silva apresentado a demissão colectiva do governo ao Presidente da República nessa tarde574. O Presidente da República ouviu os representantes dos partidos políticos e os Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados sobre a resolução da crise governativa, motivada pela demissão do governo. Pelo Partido Republicano Nacionalista foram ouvidos Augusto de Vasconcelos e Álvaro de Castro. Os nacionalistas queriam ficar com parte dos louros da queda do governo e sentiam-se preparados para assumir a chefia do executivo, se possível com a dissolução do Congresso575. Artur Brandão em declarações ao repórter do Diário de Lisboa mostrou a sua visão dos acontecimentos: “Não foi o partido nacionalista, com os seus discursos inflamados e patrióticos dos seus marechais que derrubou o Governo? Se lhe cabe essa glória, deve caber-lhe também a respectiva responsabilidade”576. E o facto de não possuírem maioria no Parlamento não os assustava, uma vez que como Cunha Leal rememorou “também os democráticos a não tinham em absoluto tendo, por isso, de se associar aos independentes e de meter em linha de conta a boa vontade da oposição nacionalista”577

.

569 Cf., Diário da Câmara dos Deputados, 29-10-1923; Luís Farinha, Francisco Pinto Cunha Leal,

intelectual e político... op. cit., pp. 273-276.

570

António Maria da Silva, Diário da Câmara dos Deputados, 29-10-1923, p. 49.

571 Cf., A Tarde, 29-10-1923, p. 3; idem, 30-10-1923, p. 3. 572 Sá Pereira, Diário de Lisboa, 31-10-1923, p. 5.

573 Joaquim Castro Ribeiro, o Ministro da agricultura demissionário foi muito claro quanto à causa da

queda do governo: “Vejo que o grande partido da República esta esfacelado, tendo sido ele quem deitou o governo abaixo e não as oposições que apenas cumpriram a seu dever. O partido democrático está, actualmente repleto de neo-republicanos que o têm comprometido ao máximo”. Por isso é da opinião que o regime devia caminhar para o presidencialismo com um “governo que posso trabalhar à vontade, embora com normas estabelecidas pelo Parlamento e as correlativas responsabilidades”, Diário de

Lisboa, 31-10-1923, p. 5.

574 Diário de Lisboa, 30-10-1923, p. 8; A Tarde, 30-10-1923, p. 3. 575 Diário de Lisboa, 31-10-1923, p. 1; A Tarde, 1-11-1923, p. 1. 576

Artur Brandão, Diário de Lisboa, 31-10-1923, p. 5.

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