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Olimpíadas de 2016: o maior evento do esporte mundial

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I. A INDÚSTRIA DO ESPORTE

1.5 Olimpíadas de 2016: o maior evento do esporte mundial

A olimpíada pode ser chamada de maior competição do esporte mundial? A resposta é sim. Não apenas pelo número de modalidades esportivas que são disputadas durante o evento, mas também, por ser uma competição de história milenar. A origem da competição remonta o antigo Império Grego, mais precisamente há 776 a.C. A olimpíada, como se sabe, era um evento de comemoração esportivo-religioso em adoração e agradecimento aos Deuses. Na Grécia antiga os feriados eram escassos e o império possuía quatro grandes festivais anuais, dentre os quais se destacava os Jogos Olímpicos. O nome olimpíada se deve ao fato de que os Jogos Olímpicos aconteciam anualmente na cidade de Olímpia, Grécia12.

Após essa rápida introdução histórica, vale pensar em como estão sendo organizados os preparativos para esse grande evento esportivo mundial, que ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro em 2016. Diferentemente da Copa do Mundo, onde são utilizadas várias sedes e, por tal, os gastos podem ser divididos entres os estados participantes, nos Jogos Olímpicos exige- se grande parceria entre município, estado e governo federal. O trabalho tripartite é essencial para o sucesso de um evento como as Olimpíadas.

O município do Rio de Janeiro está próximo de realizar o maior evento esportivo de toda sua história. Maior que os shows e concertos musicais que realizou, que o carnaval, que

11 AMORIM, Ricardo. Entrevista de Ricardo Amorim sobre benefícios da Copa e Olimpíadas para a

indústria e o turismo no Brasil. Site Ricamconsultoria.com.br, artigo do autor, São Paulo, 20 jun. 2013 - ver referências.

12 HISTORIANET, Site. Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga. Site Historianet.com.br - editoria História da Arte, São Paulo, 06 out. 2013 - ver referências.

as festas de fim de ano, que os eventos políticos mundiais etc. Sendo assim, acredita-se que a cidade esteja tomando forma para abrigar essa grande competição esportiva com maestria e, acima de tudo, profissionalismo.

Segundo o site Cidadeolimpica.com.br13, em nota postada pela assessoria de imprensa,

em 05 de agosto de 2013, o andamento das obras de mobilidade urbana, infraestrutura, meio ambiente e melhorias gerais, da cidade do Rio de Janeiro, está dentro do prazo estipulado. O site também diz que, os gastos públicos estão sendo transparentes e que a cidade do Rio caminha rapidamente para se tornar a cidade olímpica. O cidadão que tenha maior interesse pode ir ao portal da ‘Transparência Carioca’ e checar como está sendo utilizado o dinheiro público.

O quesito infraestrutura é sempre alvo de debates quanto ao legado que os Jogos Olímpicos podem deixar para uma cidade que o sediou. Como se sabe, a cidade do Rio de Janeiro, também chamada por muitos de “cidade maravilhosa”, tem grandes problemas habitacionais. As favelas, historicamente fazem parte da paisagem da cidade carioca, porém, duas perguntas precisam ser feitas: A) O que pode ser feito para melhorar a infraestrutura das favelas cariocas? B) Como os Jogos Olímpicos podem ajudar nesse sentido? Esta pesquisa não tem a pretensão de responder tais questionamentos, não é o foco deste estudo, mas, refletir um pouco sobre essas perguntas é valido e útil à construção teórica do tópico em questão.

O professor Jorge Luiz Barbosa do departamento de geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e também coordenador do projeto ‘Observatório de Favelas do Rio de Janeiro’, em artigo publicado na revista acadêmica eletrônica ‘Bibliográfica de Geografía y

Ciencias Sociales’, da Universidade de Barcelona, disserta sobre a importância de se ter em

pauta a discussão do legado social que os Jogos Olímpicos podem deixar para a cidade do Rio.

Segundo o professor Jorge Luiz Barbosa (2010), existe uma clara oportunidade de melhoria na infraestrutura da cidade carioca devido, principalmente, a chegada dos Jogos Olímpicos. O professor alerta também que, o “legado social”, deixado pelos Jogos, é algo muito importante (Barbosa, 2010). Com base nas ideias de Barbosa (2010), podemos crer que as melhorias de acessibilidade, de ruas, de moradias, de instalações olímpicas dentre outras, serão os pontos fortes do legado olímpico para os cidadãos do Rio de Janeiro pós Olimpíadas.

13 CIDADEOLIMPICA, Site. Três anos para os Jogos rio 2016. Site Cidadeolimpica.com.br - coluna Infraestrutura, Rio de Janeiro, 05 out. 2013 - ver referências.

Ainda segundo o artigo do professor Jorge Luiz Barbosa, intitulado ‘Rio 2016: Jogos Olímpicos, Favelas e Justiça Territorial Urbana’, há que se ater ao problema das favelas, que não são apenas um problema da cidade do Rio de Janeiro, mas sim, de todas as grandes cidades brasileiras. Barbosa (2010) ressalta que, as favelas exprimem uma realidade econômica do país e, que ela é construída e habitada pelos mais necessitados, porém, legítimos no seu direito de habitar a cidade. Esses moradores, por terem maior dificuldade habitacional, devem ter prioridade política no usufruto do legado olímpico.

O professor Jorge Luiz Barbosa é muito claro em relação a sua proposta de uma política de urbanização cidadã e do legado que deve ser deixado aos cidadãos cariocas pós Jogos Olímpicos de 2016. Segundo Barbosa (2010):

É evidente que as favelas precisam estar na pauta das políticas urbanas de preparação da cidade dos Jogos Olímpicos e, sobretudo, após o evento de 2016. Entretanto, advogamos a inclusão absolutamente diferente em termos conceituais, simbólicos e práticos das que são notoriamente postas em evidência. Trata-se de colocar no horizonte não mais a resolução de ‘problemas urbanos’, mas a superação desigualdades sociais e distinções territoriais de direitos urbanos. [...] Nesse sentido, a agenda que envolve a realização dos Jogos Olímpicos deverá estar inserida em um amplo e generoso projeto de justiça territorial. Trata-se, portanto, da construção de um legado social e urbano que promova a superação desigualdades e distinções de direitos na apropriação e uso da cidade como espaço da realização plena da vida individual e coletiva14.

É importante ressaltar que, não apenas a cidade do Rio de Janeiro será beneficiada, algumas competições serão disputadas em localidades muito próximas a Capital Fluminense, pois, nem todas as modalidades podem ser disputadas dentro do parque olímpico. Esta realidade ajuda a fomentar o crescimento no entorno da cidade do Rio de Janeiro, como é o caso da cidade de Niterói que fica a uma distância de 18 km do centro da cidade do Rio de Janeiro. A prefeitura do município de Niterói apresentou ao COI – Comitê Olímpico Internacional – um projeto de modernização do antigo estádio Caio Martins e, também, uma proposta de construção de dois complexos esportivos.

Segundo matéria, postada no site Ofluminense.com.br, pelo jornalista Vinícius Rodrigues, em 19 de agosto de 2013, uma solenidade de abertura marcou o encontro do presidente do COB – Comitê Olímpico Brasileiro – Carlos Arthur Nuzman com membros da prefeitura, do estado e do esporte, como o chefe da seleção brasileira de vela Torben Grael.

14 BARBOSA, Jorge Luiz. Jogos Olímpicos, favelas e justiça territorial urbana. Site Ub.edu - Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, Barcelona, 05 nov. 2010 - ver referências.

Nesse encontro foi acertado que Niterói irá revitalizar o complexo esportivo do estádio Caio Martins, localizado no bairro de Icaraí, zona sul da cidade. Ainda de acordo com a matéria escrita pelo jornalista Vinícius Rodrigues (2013):

[...] Todas as escolas municipais da cidade receberão quadras poliesportivas para abrigar até 10 modalidades com o objetivo de formar atletas para as Olimpíadas e Paralimpíadas que acontecerão no Rio de Janeiro em 2016. Os projetos fazem parte do plano de integração ‘Niterói nas Olimpíadas 2016’, que foi apresentado pelo prefeito Rodrigo Neves ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) [...]15.

É interessante levar em consideração que as cidades próximas a Capital Fluminense serão beneficiadas em vários sentidos, pois nem todas as seleções olímpicas irão ficar hospedadas e treinarão na Vila Olímpica, muitas, como às de futebol, por exemplo, devem escolher cidades próximas que tenham alguma estrutura de treinamento. Isso é um chamariz para cidades menores, pois seleções de futebol, voleibol, basquetebol dentre outras atraem consigo turistas, mídia, profissionais do esporte etc. Mas, para que as cidades próximas a Capital do Rio de Janeiro possam gozar dos benefícios dos Jogos Olímpicos é necessário que apresentem projetos e os coloquem em prática.

A prefeitura de Niterói não perdeu tempo e já está em contato com as delegações da Nova Zelândia, da Alemanha, da Itália, da Áustria e da Irlanda para que as mesmas, durante os Jogos Olímpicos de 2016, fiquem hospedadas e treinem na cidade. A expectativa do município é que mais de 40 seleções olímpicas fiquem hospedadas em Niterói (RODRIGUES, 2013).

A pesquisadora e professora Giuliana Costa, do ‘Departamento de Arquitetura e Estudo Urbano do Curso Politécnico de Milão’, discorre sobre o tema ‘Megaeventos Esportivos’, em artigo intitulado ‘Sediar megaeventos esportivos vale à pena?’, originalmente publicado na revista científica ‘O social em Questão’, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Giuliana Costa (2013) reflete as ideias propostas por Bianchini e Schwengel (1991) e diz que, sediar um grande evento, seja ele esportivo ou de outra natureza, é um bom momento para repensar a estrutura de uma cidade.

Giuliana Costa (2013, p.160), em um segundo momento de seu texto e, baseada no pensamento de Horne e Manzenreiter (2006), diz que:

15 RODRIGUES, Vinícius. Niterói se prepara para os Jogos Olímpicos de 2016. Site Ofluminense.com.br -

[...] Os chamados ‘megaeventos’ são eventos que ocorrem em larga escala, possuem um caráter dramático e espetacular, seduzem as massas populares e recebem o reconhecimento internacional; eles provocam consequências importantes para a cidade anfitriã ou para o país que serve de sede; beneficiam de uma elevada cobertura e atenção da mídia e representam uma interrupção na administração ordinária do tecido urbano [...].

No momento que uma cidade está às portas de sediar um megaevento esportivo, como é caso da cidade do Rio de Janeiro, é necessário que as autoridades competentes repensem a estrutura física e geográfica da cidade e, até se terão que remanejar pessoas para outros lugares da cidade, o importante é que isso seja feito de maneira planejada e de forma justa, pois os cidadãos não podem ser prejudicados por um evento que, muitas vezes, nem poderão participar, devido aos altos preços dos ingressos. Segundo a pesquisadora e professora Giuliana Costa (2013, p.166):

As remoções de comunidades pobres para abrir o caminho ao setor imobiliário e ao desenvolvimento de zonas com terrenos valorizados na cidade ocorrem sem necessariamente ser ligadas a megaeventos, mas estes constituem uma ocasião única para proceder neste sentido.

Não há pesquisas que comprovem a eficácia dos megaeventos esportivos em relação à melhoria de condição de vida e de infraestrutura das pessoas que vivem em comunidades mais carentes das cidades que sediaram Jogos Olímpicos ou Copas do Mundo, por exemplo. Por isso, há que se ter em mente que, muitas vezes, políticos mal-intencionados se aproveitam da oportunidade do evento esportivo para conduzir a situação em prol de seus interesses pessoais. A professora Giuliana Cosa (2013, p.166) diz também que:

[...] Os megaeventos raramente beneficiam as comunidades mais carentes. Muitos estudos assinalam que, especialmente nos países em desenvolvimento, os empregos criados em função destes eventos são mal remunerados, temporários e até mesmo perigosos; os despejos, que normalmente afetam populações economicamente mais frágeis, terminam fazendo com que os atingidos tenham que morar em condições piores, mais distantes das opções de trabalho, de transportes, das escolas, dos hospitais e de outros serviços básicos [...].

A socióloga americana Kimberly Schimmel, em palestra ministrada no Centro de Estudos Avançados da Universidade de Campinas (UNICAMP), entre os dias 12 e 19 de setembro de 2011, vai de encontro a muitas das ideias expostas por Costa (2013). Em entrevista concedida a jornalista Raquel Bueno, do Jornal Unicamp, em 15 de setembro de 2011, a socióloga Kimberly Schimmel disse que os megaeventos esportivos como Copa ou as

Olimpíadas não beneficiam as pessoas do país sede, mas sim, as empresas que os patrocinam (BUENO, 2011). Segundo Kimberly a questão é bem complicada:

[...] Nossas pesquisas têm mostrado que não há impacto econômico para os moradores ou para a cidade que recebe um evento como os Jogos Olímpicos. Os benefícios e lucros ficam com os patrocinadores e com as empresas que constroem empreendimentos próximos aos locais de competição. Para os moradores, geram-se alguns empregos, mas não são empregos que pagam altos salários16.

Não há consenso sobre o real benefício para o cidadão que mora numa cidade que sedia uma olimpíada. Podemos dizer que, parafraseado Umberto Eco (1970), nesse caso também existem os “apocalípticos e os integrados”. Os apocalípticos seriam aqueles que acreditam no legado negativo de sediar megaeventos esportivos; já os integrados, são os que supervalorizam esses eventos. A pergunta a ser feita é: Quem está certo? Ambos, pois, assim como muitos são prejudicados com a realização de megaeventos esportivos, como já foi visto neste estudo, outros são beneficiados. A questão chave é que, não são os megaeventos que trazem problemas às cidades sedes, mas sim, os gestores corruptos e incompetentes que se apoderam desses eventos em benefício próprio.

O valor que um país deve investir para sediar uma olimpíada não é baixo. Porém, o retorno desse valor vem, muitas vezes, de forma indireta. Alguns setores da economia, nos anos que antecedem os jogos e durante o evento, podem ficar aquecidos, principalmente os de turismo, de transporte, de serviços etc. O retorno financeiro não se dá diretamente aos cofres públicos que, na maior parte do tempo, pagam todo o custo do evento, porém, são as empresas do país sede às que mais lucram com as olimpíadas. Essa injeção de dinheiro no mercado, principalmente pelos turistas estrangeiros que vem ao país na época dos jogos, ajuda a pagar as contas do evento e aquecem diversos setores da economia.

Segundo matéria postada pela editoria de esportes do Portal R7.com17, em 12 do julho

de 2013, o governo brasileiro estima investir aproximadamente 30 bilhões de reais na organização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Ainda segundo a matéria, nos Jogos de Londres, em 2012, foram gastos cerca de 90 bilhões de reais.

Os números dos Jogos Olímpicos de Londres, apresentados pela matéria postada no Portal R7, são um tanto quanto diferentes aos mostrados na matéria do site Estadao.com.br.

16 BUENO, Raquel. Do marketing a geopolítica. Site Unicamp.com.br - Jornal da Unicamp - entrevista especial com a socióloga Kimberly Schimmel, 15 set. 2011 -ver referências.

17 Por Redação. Qatar gastará R$ 450 bilhões para sediar Mundial de 2022. Portal R7.com, editoria de esportes, São Paulo, 12 jul. 2013 - ver referências.

Segundo matéria postada em 23 de outubro de 2012, pelo jornalista Martyn Herman da agência de notícias Reuters, colaboradora do site Estadao.com.br, um estudo realizado pelo

[...] Departamento de Cultura, Mídia e Esporte do governo britânico (DCMS) mostrou que o custo total da realização dos Jogos foi de 8,92 bilhões de libras (14,3 bilhões de dólares), abaixo dos 9,3 bilhões de libras estimados no orçamento olímpico18.

Sediar um evento como os Jogos Olímpicos não é tarefa fácil, o governo inglês, por exemplo, cumpriu a risca o planejamento financeiro e isso deve ser celebrado por seu povo e, por aqueles que admiram o esporte, pois mostra transparência e competência administrativa para gerir um megaevento esportivo. O jornalista Luís Curro, em matéria escrita para o Portal UOL.com, postada em 22 de março de 2012, ressalta que os ingleses gastaram por volta de 450 milhões a menos que os chineses, que sediaram a Olimpíada anterior, em 2008. Outro fator a ser destacado é que o maior gasto dos ingleses foi na construção do estádio olímpico, que custou cerca de 1,35 bilhão de reais (CURRO, 2013).

Se levarmos em consideração que o montante a ser gasto na realização dos Jogos Olímpicos de 2016 será de 30 bilhões de reais, como diz a matéria do Portal R7, pode-se crer que a olimpíada trará um bom retorno financeiro ao País. Porém, em se tratando de Brasil, a margem de gastos estipulada deverá subir muito nos anos que antecedem os Jogos Olímpicos de 2016.

Nas olimpíadas, assim como na Copa do Mundo, também se negociam cotas de patrocínio. As cotas podem ser compradas em caráter de exclusividade, ou seja, as empresas que adquirem os direitos do evento têm exclusividade para divulgar suas marcas antes e durante o evento. Esse tipo de ação de patrocínio é comumente chamado ‘patrocínio-master’.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), desde que o Rio foi escolhido como cidade sede dos Jogos Olímpicos, vem negociando as cotas de patrocínio do evento. As cotas são divididas em três níveis: 1º nível (patrocínio-master); 2º nível (apoiador); 3º nível (parcerias). O valor de cada nível também é diferenciado, sendo que os de nível 1 são os mais caros e, portanto, terão maior exposição na mídia; já os de nível 2 também investem um certo valor financeiro e fazem permuta com a prestação de serviços; por fim, os de nível 3 estão no âmbito da parceria, ou seja, permuta de produtos e serviços com os Comitês Organizadores dos Jogos.

18 HERMAN, Martyn. Custo total da Olimpíada de Londres-2012 fica abaixo do estimado. Site Estadao.com.br, editoria de esportes, São Paulo, 23 out. 2012 - ver referências.

A marca de cerveja Skol, por exemplo, está enquadrada na categoria de nível 2. Ela será a cerveja oficial dos Jogos Paralímpicos e Olímpicos Rio-2016, já a NIKE, empresa de tênis esportivos, será uma parceira de nível 3, tais informações foram obtidas no site Lancenet.com.br, em nota postada pelo jornalista Michel Castellar, na data de 08 de julho de 2013. Já de acordo com nota postada pelo jornalista Lauro Jardim, em 22 de julho de 2013, no site Veja.abril.com.br, a Ambev

[...] fechou um contrato com a Rio 2016 para que a Skol pudesse ser vendida como a cerveja olímpica, ou seja, uma patrocinadora da Olimpíada. Pagou 90 milhões de reais pelo patrocínio [...]. A cervejaria preparava um evento para anunciar e começar a badalar o contrato. Mas as manifestações chegaram antes e atropelaram os planos. A ordem, agora, é esperar a espuma baixar19.

De acordo com a matéria do site Folha.uol.com.br, postada pelo jornalista Pedro Soares, em 08 de agosto de 2011, o Comitê Olímpico Organizador de 2016 fechou uma cota de patrocínio de nível 2 com a empresa de consultoria Ernst & Young Terco. Os valores da negociação não foram divulgados, tampouco o que reza o contrato entre o Comitê e a Ernest

& Young. Ainda de acordo com a matéria do site Folha.uol.com.br, o diretor-geral dos Jogos

de 2016 Leonardo Gryner disse que, em geral, nos contratos de patrocínio há a previsão de troca de serviços, ou seja, uma empresa ao comprar uma cota pode pagar mais ou menos por ela, porém, isso depende se a empresa prestará serviços durante o evento. Esse é justamente o caso da Ernest &Young Terco, que pagará parte da cota de patrocínio com serviços de

consultoria nas áreas de planejamento, gestão, finanças dentre outras (SOARES, 2011). A empresa brasileira do ramo de alimentos BRF, na figura de suas marcas Sadia e Batavo, foi a vencedora da cota de patrocínio de nível 2, na categoria alimentos. Sendo assim, a BRF será a fornecedora oficial de alimentos dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Como forma de comemorar a parceria com o COB a BRF chamou alguns atletas que patrocina para um evento comemorativo (CASTELLAR, 2013).

Segundo matéria realizada pelo jornalista Alexandre Rodrigues, postada no site Estadão.com.br, em 09 de fevereiro de 2012, o Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 já arrecadou cerca de 700 milhões de reais com a venda de cotas de patrocínio. Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, oficializou em fevereiro de 2012, a entrada de mais um cotista

master, no caso a empresa automotiva Nissan. Além da empresa japonesa, também

compraram a cota master de nível 1 o Banco Bradesco, a Bradesco Seguros, Embratel e a

Claro. É interessante dizer que, o planejamento da venda de cotas é minucioso, a Nissan, por

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