• Nenhum resultado encontrado

O fato de não haver expressa previsão legal no ordenamento jurídico argentino não

impediu que a teoria das cargas probatórias dinâmicas encontrasse ampla aceitação doutrinária e

jurisprudencial. A razão para isso está em que a base de sustentação da teoria busca apoio nos

reglas clásicas de la carga de la prueba, sino que trata de complementarla o perfeccionarla, flexibilizando su aplicación en todos aquellos supuestos en quién debía probar según la regla tradicional se veía imposibilitado de hacerlo por motivos completamente ajenos a su voluntad”. Op. cit., p. 60.

432

Reflexiones sobre la doctrina de las cargas probatorias dinâmicas, p. 138. 433 Idem.

434

Acerca da transição de paradigmas científicos, Eduardo Araia escreve que um paradigma dá lugar a outro “quando seu enunciado não é mais capaz de explicar fatos significativos dentro de sua área de abrangência. Enquanto isso não é assimilado coletivamente, há um período de transição em que os adeptos da visão tradicional menosprezam, ridicularizam ou ignoram esses fatos, enquanto outros se esforçam para incorporá-los a uma teoria mais ampla. Entre estes últimos há, é claro, diversos estudiosos que tiraram os pés do chão e devaneiam ao sabor das suas próprias crenças – mas outros, mais ponderados, são os mais capazes de produzir evidências que terminarão por derrubar o antigo status quo. Para os tradicionalistas, porém, tais diferenças não importam: todos os que estão do outro lado do debate são tachados de maus cientistas, capazes de fraudes ou mentalmente desequilibrados. Essas fases e procedimentos são uma rotina da ciência ao longo dos séculos, mas curiosamente muitos cientistas não se dão conta disso – só depois de anos ou décadas eles vão perceber o momento marcante que viveram e a importância da atitude que tomaram então. A história oferece muitos exemplos de tal abordagem, afirma o psiquiatra checo Stanislav Grof: ‘Pessoas que se recusaram a olhar pelo telescópio de Galileu porque ‘sabiam’ que não havia crateras na Lua; aqueles que lutaram contra a teoria atômica da química e defenderam o conceito de uma substância inexistente chamada flogisto; aqueles que chamaram Alberto Einstein de psicótico quando ele propôs a sua teoria da relatividade; e muitos outros’” Stanislav Grof rumo à psicologia holística. Planeta, São Paulo, n. 413, p. 56-59, fev. 2007.

princípios gerais da Ciência Jurídica, notadamente naqueles vetores axiológicos segundo os

quais a aplicação do Direito não deve abrir ensanchas a situações de manifesta injustiça e que,

portanto, impliquem violação aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

Juan Rambaldo identifica as premissas da teoria nos deveres genéricos extraídos

daquilo que ele denomina de “cargas implícitas” do sistema jurídico.

435

Com efeito, o ideal de

aplicação do Direito de modo adequado aos casos concretos – que para Radbruch recebe o nome

de eqüidade – deita raízes no próprio principio constitucional da igualdade.

436

Não obstante,

reconhece-se que a previsão legal expressa de uma regra de distribuição dinâmica, apesar de

desnecessária sob o ponto de vista da força normativa dos princípios que lhe fundamentam,

reforçaria a sua aplicabilidade, desde que, é claro, não se utilizasse o legislador de fórmulas

rígidas e casuísticas.

437

Foi assim que ocorreu na Espanha, onde já existe menção expressa na

legislação processual civil (Ley 1/2000), consoante mencionado no tópico anterior.

Na Argentina, malgrado não exista disposição escrita desta natureza, a aplicação da

doutrina em casos práticos já se alastrou por quase todos os campos do Direito, alcançando um

grau de abrangência material sequer imaginado por seus idealizadores. Pensada inicialmente para

funcionar no âmbito das demandas judiciais envolvendo responsabilidade por erro médico

438

, a

435

“Vengo sosteniendo, y la realidad así lo demuestra, que de dichos princípios se desprenden los llamados ‘deberes genéricos’ y las que aquí denominaremos ‘cargas implícitas’. (...) Tengo para mí que la moderna doctrina de las cargas probatorias dinámicas encuentra su sustento en estas cargas implícitas que operan en forma conjunta y concomitante con los deberes genéricos (expresos o no) que se derivan de dos princípios en particular: el de moralidad procesal y el del uso regular de los derechos

procesales. El primero de ellos por su importante connotación subjetiva y el segundo por su visión objetivizadora”. Op. cit., p.

30. 436

“La justicia entraña una tensión incancelable; su esencia es la igualdad; reviste, por tanto, la forma de lo general y aspira siempre, sin embargo, a tener en cuenta el caso concreto y al individuo concreto, en su individualidad. Esta justicia, proyectada sobre el caso concreto y el hombre concreto, recibe el nombre de equidad”. Apud Inés Lépori White, op. cit., p. 65.

437

Assim escreve Jorge Peyrano, ao se referir a mais uma das conclusões do XVII Congresso Nacional de Direito Processual: “Se recomienda la regulación legal del ideario ínsito en la doctrina de las cargas probatorias dinámicas. Resultaría, en cambi o, inconveniente su incorporación legislativa a través de disposiciones taxativas, demasiado casuísticas y que puedan interpreta rse de manera inflexible, dificultándose así el necesario ajuste de la decisión respectiva a las circunstancias del caso. En este acápide, se decidió recomendar la inclusión en los textos legales de la doctrina en estudio. Desde el punto de vista personal y l uego de algunas vacilaciones, nos hemos persuadido de las bondades de dicha recomendación. Es que, guste o no, lo cierto es que el aval legislativo expreso de una institución es importante y crucial a la hora de decidir los jueces respecto de la posibilida d de aplicar tal o cual figura ‘novedosa’. Em la especie, se ha tenido el tino de declarar, asimismo, la inconveniencia de componer fórmul as legales demasiado rígidas y casuísticas, por ir ello a contrapelo de la connatural adaptabilidad a las circunstancias del caso propia de la doctrina de las cargas probatorias dinámicas. Bastaría, entonces, con alguna alusión del legislador apta para dar pie para que los estrados judiciales puedan dar debido y circunstanciado cauce a la doctrina en comentario”. Nuevos lineamentos de las cargas probatorias dinâmicas, p. 22.

438

Segundo explica Jorge Peyrano, “en el plano jurisprudencial, el más remoto precedente de la doctrina en comentario proviene de la justicia civil rosariana y data de 1978. Se trataba de un caso de mala práxis médica quirúrgica. Luego, y en este mismo sentido y materia, se alista una nómina de resoluciones judiciales. Para evitar omisiones, se impone consignar que la teoría en análisis también ha recibido amplia aplicación pretoriana en lo tocante al juicio de alimentos. Igualmente, ha funcionado em terrenos ajenos al Derecho Civil cual es de la responsabilidad bancaria y el del Derecho Laboral”. (...) Basándose en el principio romano actor incumbit probatio, el médico demandado descansa sin preocupaciones, confiado en que el actor deberá probar los hechos afirmados en su demanda. Una tenue sonrisa ilumina su cara cada vez que piensa y se pregunta cómo se las va a arreglar el paciente para mostrarle al juez lo que en realidad pasó en la soledad del quirófano, mientras él dormia bajo los efectos de la anestesia. Por otro lado, difícilmente algún miembro de su equipo quirúrgico vaya a prestarse a declarar un su contra así que... realmente puede repantigarse en sillón y esperar. Sin embargo, como todo lo bueno toca a su fin y no hay mal que dure cien años, el orden de las cosas (hasta entonces favorable a los médicos) debió cambiar un día, y así ocurrió cuando los juristas adopta ron esta teoría que venimos comentando, de las cargas probatorias dinámicas. Adiós entonces a la milenaria regla de que quien afirma prueba y abráse paso a la inversión del onus probandi, para alegría de las víctimas y desmayo de los demandados. Como

distribuição dinâmica do ônus da prova já encontra, na Argentina, precedentes jurisprudenciais

nas mais variadas áreas, dentre as quais, como cita Inés Lépori White, questões relativas a

acidentes de trânsito, concursos, contratos de depósito, contratos de garagem, contratos de

trabalho, responsabilidade criminal, indenização por danos e prejuízos, direito bancário,

entidades financeiras, falsificação de cheques, lesões subjetivas, locações de obra, imprensa,

responsabilidade contratual e extracontratual, seguro social, simulações e títulos de crédito.

439

Portanto, o que se observou na Argentina foi a “força expansiva”

440

da doutrina das cargas

probatórias dinâmicas, em termos de abrangência material.

O alcance de aplicação da teoria em destaque sequer comporta rol taxativo, não

havendo razão para excluí-la seja qual for o campo jurídico, eis que, como dito, a distribuição

dinámica encontra fundamento nos princípios gerais do Direito. Saliente-se que já há notícia da

aplicação da doutrina da distribuição dinâmica do ônus da prova até mesmo na esfera criminal, o

que implica o afastamento da secular premissa de que o réu nada teria a provar em sua defesa e

que seria exclusivamente da acusação o encargo probatório.

Em um caso envolvendo enriquecimento ilícito de funcionário público, Inés Lépori

White transcreve o trecho de uma decisão do Supremo Tribunal argentino no sentido de que “sea

el funcionario quien produzca la prueba de la legitimidad de su enriquecimiento y no el Estado la

de la ilegitimidad; es aquél quien está en las mejores condiciones para suministrar esa prueba, en

tanto que para éste existiría, si no una imposibilidad, una grave dificuldad”.

441

No Brasil, esta

idéia já vem sendo aceita ao menos no que concerne à apreensão, arrecadação e destinação de

bens objeto de crimes de tráfico de drogas. Segundo dispõe o art. 60 da Lei n. 11.343/2006,

havendo apreensão de bens consistentes em produtos dos crimes ou em proveitos auferidos com

a sua prática, caberá ao acusado apresentar ou requerer a produção de provas acerca da origem

lícita do bem. Tem-se aí como justificativa o fato de que certamente o acusado está mais apto a

demonstrar a origem do bem do que o órgão acusador.

resulta que es el médico quien tiene todo el control de la única prueba producible, de donde pueda surgir fehacientemente la verdad de los hechos tal como ocurrieron en la conspiración del quirófano, viene a ser que es él (y no outro) a quien le resu lta más fácil demostrar la realidad de las cosas, por estar en mejores condiciones de producir la prueba necesaria a tal efecto”. La doctrina de las cargas probatorias dinâmicas y la máquina de impedir en materia jurídica, p. 85 e 89.

439

Op. cit, p. 70. Também Héctor Leguisamón diz que “la propagación de la teoría ha dado lugar a su admisión en otras hipótesis que amplían su espectro de aplicabilidad. Así se ha extendido al campo del Derecho Bancario, del Derecho de Família, del Derecho de Seguros, al de la prestación de determinados servicios, como el telefónico, y seguramente, como es de esperar, su marco se expandirá a otros que de acuerdo a las exigencias de cada caso concreto así lo ameriten”. Op. cit, p. 123. No mesmo sentido escreve Ivana Airasca: “esta doctrina es una construción pretoriana de la jurisprudencia, que estudió y difundió la doctrina procesalista, y luego se expandió al Derecho Privado, renovando su enfoque. Esta doctrina se há expandido abarcando campos que ni siquiera los procesalistas al crearla pensaron que podía llegar; primero la tomaron los civilistas para la prue ba en los juicios por responsabilidad civil por mala praxis médica, luego la aplicaron también a otros sectores de la responsabilida d civil, y posteriormente al Derecho Sucesorio, al juicio de simulación, a los juicios de alimentos, y también al Derecho Comercial”. Op. cit., p. 143.

440

“La doctrina nacional en general la recepcionó rápidamente y la jurisprudencia fue extendiendo su aplicación a muchos otros supuestos, a tal punto que su autor pocos años después escribía sobre la fuerza expansiva de la misma”. Inés White, op. cit., p. 60. 441

Interessante, neste particular, a opinião de Jorge Peyrano acerca do brocardo segundo

o qual o réu não poderia ser obrigado a provar um fato em prejuízo de si mesmo (nemo tenetur

edere contra se), considerando que este aforismo romano não passa de “folclore jurídico” que, se

antes encontrava espaço nos processos inquisitórios da Idade Média, não mais pode ser

justificado no atual estágio do Estado de Direito.

442

Jorge Kielmanovich também tece críticas a

tal aforismo, reputando-o fundado em uma visão exacerbadamente privatística do processo civil

e na propriedade dos meios de prova. Salienta que, apesar de não se tratar de um dever ou de

uma obrigação, existe um ônus processual de colaborar com a produção da prova, em prol de

uma realização mais eficaz do Direito.

443

No mesmo sentido o pensamento de Eduardo Couture

ao considerar que o debate judicial não pode se degenerar em um combate primitivo, razão pela

qual “desde el punto de vista procesal no rige el precepto (nemo tenetur edere contra se) porque

el litigante no es requerido a ayudar a su adversario sino a la justicia”.

444

Se aquele que detém

442

“Agrega, con tono risueño, que imponer el peso de la prueba a quienes están en mejores condiciones probatorias, implica reconocer que una de las partes, en razón de su favorable ubicuidad, conoce o posee piezas convictivas que no está obligado a proporcionar a su adversario (nemo tenetur edere contra se). A esta manera de razonar considérasela anacrónica, propia de la concepción individualista del proceso, al que, por cierto, se invita a desdeñar por decimónico. Inicialmente, debemos memorar que el brocárdio nemo tenetur edere contra se es un precepto de Derecho Procesal probatorio, según el cual nadie puede ser compelido a suministrar pruebas en su contra, beneficiando al adversario. En verdad, la vigencia de dicho aforismo en materia procesal civil es meramente folklórica, y conste que no nos pertenece dicha afirmación. Es Couture quien destaca lo siguiente : ‘Pero el tal aforismo no es la reproducción de ninguna fórmula de Derecho positivo histórico. Por lo menos, luego de la búsqueda más cuidadosa que nos ha sido posible, no le hemos hallado fuente auténtica. Es algo así como um pasaje de folklore jurídico, según clasificara agudamente un autor a estos preceptos de origen desconocido, que por tradición, comodidad o pereza se vienen transmitiendo a lo largo del tiempo’. Mercader, en cambio, sin dejar de negarle validez, se preocupa por poner de resalto que

nemo tenetur edere contra se es aforismo romano, pero de procedencia bárbara, fluido de la jurisdicción germánica cuando el

pleito se resolvía en una lucha ante la asamblea popular. Entonces se justificaba que ningún combatiente fuera obligado a colocarse en una posición desventajosa. La ordenanza cuidaba de asegurarles posibilidades iguales. Esta idea, por moti vos de afinidad, fue asimilada después a las garantías públicas del proceso penal, especialmente cuando el Derecho reaccionó contra las crueldades mediovales que, para nosotros, se objetivan en los interrogatorios del ‘Santo Oficio’. A tenor de todo ello, cae por su base el mito de la vigencia del precepto de marras. Pero, amén del análisis histórico del mismo, también el estudio de la rea lidad de todos los días permite arribar a igual conclusión”. Nuevos lineamentos de las cargas probatorias dinâmicas, p. 93.

443

“El aforismo nemo tenetur edere contra se, por el que se sostiene que nadie está obligado a suministrar prueba a su adversario, carece de una fuente precisa y cierta en el Derecho Romano, en el que incluso aparece desvirtuado, especialmente en lo que se refiere a la producción de la prueba confesional y a la exhibición de documentos. En la actualidad, este polêmico aforismo fundado en una visión exacerbadamente privatística del proceso civil y en la ‘propiedad’ de los medios de prueba, ha perdido lugar en el moderno proceso civil dispositivo – no así en los procedimientos penales – salvo en orden a que no existe como regla un deber u obligación de suministrar prueba al adversario o en perjuicio de sí mismo. Realmente, dice Muñoz Sabaté, ‘nuestro sistema de libre disposición se há llevado a veces hasta el paradoxismo, y una muestra la constituye el mantenimiento de este anacrónico principio’. En tal orden de ideas, si bien no cabría hablar de un deber u obligación procesal, sí correspondería considerar que existe una carga procesal de colaborar en la producción de la prueba, carga que no apunta a suministrar en realidad prueba en beneficio de la parte contraria o en perjuicio de uno mismo, sino, más bien, en miras a una más eficaz realización del Derecho. (...) En otras palabras, el moderno proceso civil no señala de ordinario deberes u obligaciones

procesales, y descansa, por el contrario, en la iniciativa de las partes, pero ha adquirido en los ultimos años una fuerte coloración

publicística en lo atinente a las formas de administrar justicia”. Op. cit., p. 87. 444

“El juicio es todavia una lucha; tiene, sin duda, un carácter acentuadamente dialéctico; pero no por eso deja de ser una lucha, y en ella nadie es compelido a actuar en contra sí mesmo. Pero la lucha también tiene sus leyes y es menester respetarlas para que no degenere en un combate primitivo. Las leys del debate judicial no son sólo las de la habilidad, sino también las de la lealtad, la probidad, el respeto a la justicia (...) Desde el punto de vista procesal no rige el precepto (nemo tenetur edere contra se) porque el litigante no es requerido a ayudar a su adversario sino a la justicia, no se le obliga a suicidarse, desde el punto de vista de la estrategio del proceso, sino que se le reclama que ilustre y aclare la información del juez. Y esto no es un beneficio al adversario y un perjuicio a sí mismo”. Apud Edgar J. Baracat, op. cit., p. 277.

maior aptidão para apresentar a prova não o faz, assume o risco de esta sua omissão ser

interpretada contra si segundo as alegações do seu adversário.

445

Fácil observar que a doutrina das cargas probatórias dinâmicas não beneficia ou

prejudica determinada parte por sua situação pessoal ou sua colocação nos pólos da lide. A

finalidade da doutrina é tão-somente auxiliar na maior aproximação possível da verdade e, por

conseqüência, na boa aplicação do Direito em todas as situações nas quais as regras de

distribuição não funcionam bem. Pouco importa se trate de autor ou réu, ou qual seja a matéria

tratada no processo, convém que o encargo probatório recaia sobre aquele que se encontre em

melhores condições de esclarecer os fatos segundo as peculiaridades das situações postas a

julgamento.

Ressaltou-se não ser conveniente a fixação de fórmulas estáticas à guisa de facilitar a

aplicação prática da teoria das cargas probatórias dinâmicas, o que representaria uma

contradição. Esta é uma tentação da qual o cientista do Direito – já tão impregnado pela

ideologia mecanicista do positivismo – deve se esquivar. Por outro lado, nada impede que o

exame dos casos vá gradativamente revelando critérios de solução para as mais diversas

situações, as quais tendem a se repetir formando regras de experiência. E este tem sido o papel

da jurisprudência argentina nos últimos anos.

446