A
qui estamos no eixo da comuni cação. Nunca este termo teve tanto sentido como hoje.De fato, "meios de comunicação, in formação" são palavras que, a partir de agora formam parte de nossa vida co tidiana. Em nossas sociedades moder nas, ninguém pode escapar.
Tudo que está relacionado com os in tercâmbios falados ou escritos, intelec tuais, artísticos ou comerciais, as in formações transmitidas ou recebidas, a difusão do pensamento, das idéias, as crenças, as opiniões e as convicções, o saber e o conhecimento, seja transmi tido ou recebido, c, evi
dentemente, a pedagogia, o ensino, a pesquisa, tudo possui uma relação com o eixo das Casas III e IX. Este é o caso de tudo que se relaciona, de perto ou de longe, com os deslocamen tos físicos no espaço, isto é, as viagens, as mudanças fre qüentes de residência, mas também com os passeios, as excursões, as explorações, os exílios e, por extensão, o estrangeiro ou os países longínquos, assim como os meios de transporte (o au tomóvel, o trem, o avião...; mas também andar a pé). O eixo das Casas III e IX nos permite, portanto, apreciar a curiosidade de ura ser, sua capacidade de comunicar, ouvir, aprofun dar, mudar, compreender e transmitir. Mede a impor tância que passa a ter o es
tudo de um mapa astral, em uma época em que o poder da informação e dos instrumentos de comunicação passaram a ser iniludíveis.
N o entanto, sobre este tema, convém fazer um esclarecimento sobre os ele mentos que revela: trata-se de indica dores preciosos da personalidade de um indivíduo.
Para tomar consciência, retomemos os princípios básicos das Casas III e IX, tal como foram anunciados pelos anti gos astrólogos, em uma época em que, decididamente, a comunicação entre os seres era muito diferente.
A CASA III
Se na Casa II o indivíduo diz: "eu tomo, eu me apodero", na etapa seguinte, isto é, na Casa III, é lógico que diga: "eu compreendo".
Simplesmente porque com preender revela o que faze mos com o que tomamos e que nos identificamos com isso ou que o identificamos. De fato, "compreender" sig nifica "estar com aquilo que se toma, que se prende". A partir do momento em que distinguimos uma coisa da outra, ou realizamos a es colha entre elas, nos identi ficamos com a coisa esco lhida.
Aprender, compreender, tomar posições, comunicar... pertencem ao domínio da
"*ii**^ Para ilustrar nosso pro pósito, analisemos um exem plo que nos concerne a todos: dependendo do tipo de cul tura que temos, de nossos conhecimentos, do meio na tural em que crescemos e o meio social onde nos desen volvemos, assim serão nossas preferências, nossas crenças, nossas idéias e nossas con vicções.
Mas, devemos admitir que já existiam e que outros já acre ditavam antes de nós. Assim, nós nos reconhecemos nelas e nos identificamos nelas; trans formaram-se para nós em há bitos de pensamento, exercem influência também sobre o modo de vida que escolhe mos, sobre nossos gostos, nos so estilo e, naturalmente, sobre nossos intercâmbios e nossas relações com os demais. Este é o grande princípio ori ginal da Casa III, como foi percebido pelos antigos astró logos: ela nos informa sobre a mentalidade de um indiví duo, de seus hábitos mentais e os reflexos de comporta
mento que logicamente daí derivam. Acostumar-se, familiarizar-se, aclima tar-se, adaptar-se, iniciar-se instruir-se, atualizar-se ou deixar-se dominar pelas circunstâncias, é mais ou menos habi tuar-se. Podemos dizer que nos encon tramos, portanto, no domínio da men talidade, do comportamento mental de um ser e de seus usos, hábitos e costu mes pessoais.
Neste contexto, por sua vez, ele comu nicará, experimentará, tomará partido de uma maneira mais ou menos confor mista, mas sem distanciar-se nunca de seu meio social natural, dentro do qua dro no qual se situa sempre a Casa III.
A CASA IX
Se queremos compreender como o in divíduo escapará de seu meio social na tural, vê-lo desenraizar-se, exilar-se, ex
patriar-se, ampliar seu horizonte, de vemos nos fixar na Casa IX, que logi camente vem após a Casa VIII. De fato, lembremos que no centro desta última, o indivíduo diz: "eu se meio ou eu disperso".
Semear ou dispersar implica já uma abertura para outro lugar, o fato de que se saia dos caminhos trilhados, que se tome uma coisa ou que um ser se apo¬ dere dela, não mais para conservá-la mas sim para fazer um uso distinto dela.
Na etapa da Casa IX, o indivíduo pensa de outro modo.
Distingue-se por suas próprias con vicções que, talvez, não serão forço
samente as que lhe prece deram.
Aspira a confrontar-se com outros hábitos, outros cos tumes, outras mentalida des, a aprofundar ou expe rimentar idéias que tenha adotado ou recebido de seu meio social.
Por isso, dependendo do signo em que se encontre, da posição do astro que do mina o mapa astral, even tualmente dos astros que a ocupem, a Casa IX nos in forma sempre sobre a ma neira como um indivíduo torna mais amplo seu ho rizonte geográfico, intelec tual, psicológico ou espi ritual.
Se, por analogia, a Casa III é a casa das viagens curtas dos deslocamentos fre qüentes, as idas e vindas suscetíveis de manifestar- se no cotidiano, a Casa IX é a casa das grandes via gens, as explorações e as aventuras.
Do mesmo modo, en quanto que a Casa III nos adverte da natureza do espírito prático de um indivíduo, de seus hábitos e também de sua mentalidade, a Casa IX nos informa sobre a manifestação e a expressão de seu espírito superior. Também, sobre aquilo que o levará a especular, a abandonar certos hábitos e a adotar outros diferentes, estranhos ou estrangeiros.
Na Casa III é onde o ser recebe e co munica as informações.
Na Casa IX, estas mesmas informações vêm de outro lugar, talvez de si mesmo, de seu espírito superior e, em outros casos, de horizontes diferentes, filosóficos ou espirituais, por exemplo, e vão mais longe no espaço e no tempo. Resumindo e para concluir, diremos que na Casa III, o espírito do indiví duo tem raízes, enquanto que na Casa IX, está desarraigado.
O espírito superior, o filosófico, o espiritual, o outro, o estranho, definem a Casa IX.