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Performance de cinema expandido/live-image apresentada no Satyrianas - Performix, em São Paulo, em 2014.

3 Veja neste Congresso a apresentação do paper: “CORPO 4K: PROCESSOS DE ESPACIALIZAÇÃO E HIBRIDAÇÃO NA POÉTICA LIVE E TECNOLOGIA 4K”, de Danilo Nazareno Azevedo Baraúna e Almir Antonio Rosa.

4 Cine Grid é um congresso internacional de estudos de audiovisual, novas mídias e inovações tecnológicas que foi sediado em 2014 na Univer- sidade de São Paulo. Endereço eletrônico: http://cinegridbr.org/page/3/

5 Veja neste Congresso a apresentação do paper: “ Human Connection Project 2014 e o haiku expandido, vjing e live-image no Brasil”, de Almir Almas, Cecilia Noriko Ito Saito e Clélia Mello.

direciona sobre o que e de que forma refletir teoricamente os caminhos que a prática me leva. Como diretor e como pesquisador, busco a inovação tecnológica e a experimentação técnica de ponta para criar novas linguagens artísticas e novas poéticas audiovisuais. Dessa forma, ao tomar mão de dispositivos tecnológicos, em especial os baseados em sistemas computacionais e IHC (Interfaces Humano-Computadores), realizo experimentações híbridas que colocam lado a lado arte e tecnologia.Nesta amostragem, apresento paradigmas de inovação e rompimento de barreira do estado de arte da tecnológica atual, tais como as redes fotônicas, as imagens UHDTV4K, o streaming em redes 3G e 4G, e os softwares de manipulação de audiovisual ao vivo e em tempo real. Penso também a hibridização em termos de culturas, estética e linguagens e de processos socioculturais de criação de novas estruturas a partir de diferentes práticas (CANCLINI, 2008); e de tradução intersemiótica (ROSA, 2000. p. 195), em que contaminações mútuas e sintaxes se mesclam em experimentações de transposição entre signos. No caso dessas obras, esse processo se torna radical e caminha em direção da expansão das expressões de arte (ou, de mídia) e das culturas envolvidas (YOUNGBLOOD, 1970), rompendo barreiras de vão desde as de culturas (Afro- Brasil, Japão), gêneros e formatos (literários, audiovisuais), até às de dispositivos e aparatos (cinema, televisão, vídeo). Como bem coloca Arlindo Machado (MACHADO, 1993, P223), dizendo que os procedimentos técnicos formatam o produto audiovisual apresentado, entendo que o fazer artístico não se dissocia do paradigma técnico, e vejo essas obras como representantes desse pensamento. Destaco a poética Live (JONES, 2008) e o estado de fruição (CARVALHO, 2012) para pensar os agentes, tempos e espaços em jogo nesta performance. As modificações que o tempo presente pode provocar no trabalho são aqui possíveis principalmente no que se refere às relações entre os agentes artistas. Nessa poética Live, Almir Almas, como VJ, aproxima sua experiência com a direção de televisão, em que a montagem e escolha de planos e quadros se dá no mesmo momento da transmissão. As posições das sobreimpressões realizadas, a quantidade e tamanho das telas utilizadas, influenciam determinado direcionamento da montagem. Da mesma forma, os corpos dos performers nunca serão os mesmos.

Referências bibliográficas

CARVALHO, Ana. Experiência e fruição nas práticas da performance audiovisual ao vivo. In: TECCOGS: revista digital de tecnologias cognitivas. 6 ed. São Paulo: PUC-SP, 2012.

GÁRCIA CANCLINI, Néstor. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

JONES, Randy. New Eyes for the mind. In: DEBACKERE, Bonis; ALTENA, Arie (org.). The Cinematic Experience. Amsterdam: The Sonicactes Press, 2008.

MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas & Pós-cinemas. Campinas, SP: Papirus, 1997

MACHADO, Arlindo. 2007. O sujeito na tela. Modos de Enunciação no cinema e no ciberespaço. São Paulo: Editora Paulus.

MACHADO, Arlindo. 2000. A televisão levada a sério. São Paulo: Editora SENAC São Paulo.

ROSA, Almir Antonio.2000A.”Videohaiku”. In: Anais: XI Encontro Nacional de Professores Universitários de Língua, Literatura e Cultura Japonesa - I Encontro de Estudos Japoneses. Brasília: UNB, setembro de ano 2000. p.193-197).

ROSA, Almir Antonio.2000B.”Videohaiku”. Dissertação de Mestrado em Comunicação e Semiótica. São Paulo: Programa de Estudos Pós- Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2000.

YOUNGBLOOD, Gene. 1970. Expanded Cinema. New York/USA: P. Dutton & Co., Inc.

Figuras 14 e 15: Copan Thriller Revisitado, 2014. Frame de Kit Menezes

É versão ao vivo do meu curta “Copan Thriller”, de 1988. Nesta narrativa cinema expandido/live-image, convidei a atriz Djane Borba, que fez o curta original, para contracenar no alto do Edifício Copan, com a atriz Ana Rosa, no papel de uma jovem atriz que encontra a fita VHS do curta e resolve ir em busca do local em que se passa a história (Edifício Copan), como se fosse atrás do passado que o filme apresenta. Ao chegar lá no Copan, ela se encontra com a atriz do filme original, que lhe aparece como um fantasma. Além da trama, destaco neste trabalho a tecnologia usada para que ele pudesse acontecer ao vivo. Ana Rosa, a jovem atriz, sai de dentro do Porão do Espaço dos Satyros e corre pela Praça Roosevelt, em direção ao Copan; e lá ela se encontra com a Djane Borba. Todo esse percurso e o encontro das duas É versão ao vivo do meu curta “Copan Thriller”, de 1988. Nesta narrativa cinema expandido/live- image, convidei a atriz Djane Borba, que fez o curta original, para contracenar no alto do Edifício Copan, com a atriz Ana Rosa, no papel de uma jovem atriz que encontra a fita VHS do curta e resolve ir em busca do local em que se passa a história (Edifício Copan), como se fosse atrás do passado que o filme apresenta. Ao chegar lá no Copan, ela se encontra com a atriz do filme original, que lhe aparece como um fantasma. Além da trama, destaco neste trabalho a tecnologia usada para que ele pudesse acontecer ao vivo. Ana Rosa, a jovem atriz, sai de dentro do Porão do Espaço dos Satyros e corre pela Praça Roosevelt, em direção ao Copan; e lá ela se encontra com a Djane Borba. Todo esse percurso e o encontro das duas atrizes são mostrados ao vivo, em tempo real, via pacotes de streaming de redes de celulares, através do uso de uma mochila que me foi cedida pela empresa brasileira U-Can digital transmission (representante no Brasil da empresa israelense Live-U). Dirigindo ao Vivo, eu montei essas imagens com a revisita/ remontagem do filme original. Fui acompanhado na trilha sonora pelo músico Caio Kenji Uesugui, que compôs ao vivo com o Pure-Data, manipulando a trilha original e peças musicais compostas por Roger Bacoom, Almas Beatnik, Ou Isis e Mário Santiago, e insertes sonoros do filme “O bandido da luz vermelha”, de Rogério Sganzerla (1968).

Figura 16: Copan Thriller Revisitado, 2014. Frame de Kit Menezes

Considerações finais

O meu trabalho artístico é furto de minha pesquisa em poéticas, técnicas e estéticas, em que o fazer prático ao mesmo tempo em que é resultado de meus estudos acadêmicos, também os antecede, no sentido em que me

Enhancement as deviation II. Five Rehearsals on a Philosophy of