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Não se usou, no texto, o sinal indicativo de crase logo antes de “questões” (R 15) porque esse substantivo está sendo empregado de maneira genérica, sem a deter­

Vamos às questões que tratam de crase Por fim, veremos uma série de questões do Cespe que tratam, simultaneamente, de CRASE e REGÊNCIA.

H 3 Não se usou, no texto, o sinal indicativo de crase logo antes de “questões” (R 15) porque esse substantivo está sendo empregado de maneira genérica, sem a deter­

minação pelo artigo.

mas ela não se condiciona a questões que lhe são estranhas.”

Este item resume o que falamos na questão anterior - o empregb de substantivo de forma genérica faz com que não seja usado nenhum determinante, como o artigo. Com isso, não existe a chance de haver crase - se houver um “a”, este será a preposição exigida peio termo regente, que, neste caso, é o verbo CONDICIONAR. Item certo.

Cap. 7 - CRASE

m Preserva-se a correção das relações de regência no texto ao se substituir o pronome átono “lhe” (R.15) por a ela.

Há limites para a interpretação razoável da norma constitucional, mas ela não se condi­ ciona a questões que lhe são estranhas.

A troca do pronome “lhe” por “a ele/ela” é sempre váiida, pois mantém a função sintática do pro- nome (no caso, complemento nominal, por se relacionar com um adjetivo). Cuidado apenas com a manutenção da concordância nominaí (em relação ao gênero, especialmente). Item certo.

(UnB CESPE/AGU - Procurador Federal/2002)

O que a escravidão representa para o Brasil, já o sabemos. Moralmente, é a destrui­ ção de todos os princípios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva - a família, a propriedade, a solidariedade social, a aspiração humanitária; politicamente, é o servilismo, a desagregação do povo, a doença do funcionalismo, o enfraqueci­ mento do amor à pátria, a divisão do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seu sistema de provas, a sua inviolabilidade perante a policia e a justiça; econômica e socialmente, é o bem-estar transitório de uma classe única, e essa, decadente e sempre renovada; a eliminação do capital produzido pela compra de escravos; a paralisação de cada energia individual para o trabalho na população nacional; o fechamento dos nossos portos aos imigrantes que buscam a América do Sul; a valorização social do dinheiro, qualquer que seja a forma como for ad­ quirido; o desprezo por todos os que, p o r escrúpulos, se inutilizam ou atrasam em uma luta de ambições materiais; a venda dos títulos de nobreza; a desmoralização da autoridade, desde a mais alta até à mais baixa. Observamos a impossibilidade de surgirem individualidades dignas de dirigir o país para melhores destinos, porque o país, no meio de todo esse rebaixamento do caráter, do trabalho honrado, das virtudes obscuras, da pobreza que procura elevar-se honestamente, está, como se disse, “apaixonado p o r sua própria vergonha”.

A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maiores es­ forços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos sempre presente a idéia de que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal - calculadas todas as influências que lhe estão precipitando o desfecho - será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social.

Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intérpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p. 148-51 (com adaptações).

Em relação ao texto, julgue o item que se segue:

O emprego de crase em “desde a mais alia até à mais baixa” (R.18-19) é obrigatório, segundo os princípios da norma culta.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “ideia”, mas ‘'bem-estar” continua com hífen,

í O vocábulo “até” pode ser classificado como:

; a) PREPOSIÇÃO - neste caso, estabeíece limite: “Chegarei até o meio-dia. ” / “Vá até a porta

•: e espere por mim.”-,

b) PALAVRA DENOTATIVA - dá a ideia de “inclusão": “Ele deu o golpe em várias pessoas, até em sua mãe.”.

: No primeiro caso, existe também a possibilidade de empregar a locução prepositiva “até a” ; (contração das duas preposições: até + a). Assim, se houver um termo regido com outro “a”, ■ ocorre crase (contração de “até a” com “a”, formando “até à").

isso é muiío comum na indicação de horas: “Chegarei até as 10 horas” ou “Chegarei até às f 10 horas”.

!. Assim, pode haver crase (se houver o emprego de “até a” + outro “a”) ou não (se houver í apenas a preposição “até” com outro “a”). E por isso que o acento não é obrigatório, como [■ foi afirmado na questão, tornando-a ERRADA.

Ressalte-se que tal faculdade não existe no caso de o “até” ser palavra denotativa de inclusão (“Ele roubou até a mãe”).

Voltando a falar sobre paralelismo, na indicação de horas, caso se resolva empregar o artigo antes de um elemento, deve-se empregar também junto aos demais.

“A loja funciona .... 7h .... 10h.”

Como é que fica?

1.a opção - com artigo antes dos dois termos: “A loja funciona das 7h às 10h"; 2.a opção - sem artigo: “A loja funciona de 7h a 10h'\

Incorre em erro a construção “de 7h às 10h”, por faita de paralelismo sintático.

Agora, dê um passeio na vizinhança e note quantas placas com indicação de horas (bancos, lojas) estão em desacordo com a norma culta!...rs... Item errado.

RH (UnB CESPE/BRB/2005)

Julgue se o item subseqüente está gramaticalmente correto e adequado para a cor­ respondência oficial:

Se a integração de sistemas, possibilitada pela tecnologia da informação, propiciou a realização de várias transações a distância, ela ainda não integrou o sistema bancário às aplicações de comércio eletrônico e muito menos à outras transações no âmbito do governo, como a gente gostaria de ver.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “subsequente”.

O primeiro problema da construção é o emprego do acento grave.

A preposição “a” foi exigida pelo termo regente, o verbo INTEGRAR (integrou o sistema ban­ cário a ...), sendo dois os termos regidos - “às aplicações de comércio eletrônico” e “ ... outras transações no âmbito do governo".

Como o segundo termo regido foi usado em sentido genérico “outras transações" (= quaisquer / outras transações), o que impede o emprego de artigo definido.

Note que, se usássemos o determinante, estaríamos nos referindo a certas transações (>4s

outras transações - essa, essa e aquela...),e não a quaisquer transações.

: Em seguida, nota-se outro problema. Como o enunciado indica ser esta uma correspondência oficial, não se devem usar expressões coloquiais, como “a gente. Além disso, textos oficiais devem ser impessoais, evitando-se opiniões de caráter subjetivo (como “nós gostaríamos de ver"). Item errado.

M (UnB CESPE/TJ-BA -Administrador/2005)

1 A responsabilidade política do Poder Judiciário no

MERCOSUL é nítida nesta quadra. Precisamos, portanto, com absoluta transparência, discutir e verificar como as 4 nossas instituições jurídicas estão desenhadas. A justiça

brasileira ainda está presa às

concepções

autonômicas do

século XIX,

e,

p or isso, o tratado internacional tem

7 sido considerado

norma

de natureza ordinária, e,

conseqüentemente, é sujeito à modificação, à revogação

e à

alteração p or qualquer legislação ordinária, sem qualquer

10 audiência dos organismos internacionais

e

dos países que

foram co-participantes da elaboração de um tratado, seja

e/e

de qualquer natureza: comercial, civil, tributária.

Internet: <http://www.stf.gov.br/noticias/imprensa/palavra_dos_ministros(comadap­ tações).

Cap. 7 — CRASE

Acerca do texto acima, juigue os itens seguintes:

Na iinha 5, estaria gramaticalmente correta a preferência pela estrutura nresa a concepções, em que é omitido o artigo feminino plural, com a permanência da pre­ posição.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “consequentemente” e '‘coparticipantes" (agora, o prefixo "co-” sempre irá se unir ao segundo eiemento diretamente, ou seja, sem hífen, ainda que este seja iniciado por “o").

Se em vez de identificar as concepções ( “...está presa às concepções autonômicas do século XIX..."), o autor preferisse o emprego genérico do substantivo (“...está presa a con­

cepções...”), não seria usado o artigo, não havendo possibilidade de crase (contração de

preposição com outro “a ”).

Está correta a afirmação, item certo.

Ü 3 Os três sinais indicativos de crase empregados à linha 8 têm justificativas diferen­

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