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mundial à entropia, ao provocar sua homogeneização interna e o desaparecimento das hierarquias e conflitos responsáveis

Nosso estudo terá por base as lições de Celso Pedro Luft presentes nas seguintes obras:

13 mundial à entropia, ao provocar sua homogeneização interna e o desaparecimento das hierarquias e conflitos responsáveis

pelo dinamismo e pela ordem do próprio sistema.

José Luís Fiori. Correio Braziliense, 25/12/2004 {com adaptações). Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem:

O emprego da preposição “de” em “Não há dúvida de que” (R.1) justifica-se pela regência da forma verbal “há”.

O termo que exige a preposição “de” não é o verto HAVER, que, aliás, é transitivo direto (liga- se ao complemento sem preposição obrigatória), mas o substantivo “dúvida", item errado. Regência, em sentido amplo, indica a subordinação sintática de um elemento a outro. O complemento verbal está para o verbo assim como o complemento nominal está para o nome (adjetivo, substantivo, advérbio).

Enquanto o complemento verbal pode, ou não, iigar-se ao verbo por preposição, o complemento nominal exige sempre este conectivo:

Amar alguém(direto) Amor a alguém(indireto) Amante de alguém(indireto)

Sendo o complemento verbal indireto, é comum o nome correspondente (substantivo, adjetivo) manter a regência do verbo. Isso acontece em exemplos como o que vimos nessa questão:

duvidar de alguma coisa (verbo) duvidoso de alguma coisa (adjetivo) dúvida de alguma coisa (substantivo)

Assim, “alguma coisa” liga-se a nomes e a verbos pela mesma preposição: "de". Contudo, não podemos tomar esse fato como uma regra. Além dessa preposição, em relação à palavra DÚ­ VIDA, o Dicionário prático de regência nominal, de Luft, registra as seguintes preposições: j - “em” - Ter dúvida, incerteza, receio em (fazer) algo:“Não teve dúvidas em afirmar que sim”;

- “sobre”: “Debates ampliam dúvidas sobre o projeto Praia do Guaíba”. Para dar seqüência a esse estudo, vejamos a próxima questão.

@ Como na seqüência há um complemento oracional, a omissão da preposição “de” em “Não há dúvida de que” (R.1) também estaria de acordo com as exigências da norma escrita culta.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “seqüência”.

Como já prevíamos, o Cespe, a exemplo de outras bancas como ESAF e da Fundação Carlos , : Chagas, deixa claro seguir os passos de Celso Luft quando o assunto é Regência.

Veja o que esse consagrado linguista afirmou quando tratou da regência do substantivo DÚVIDA: . “Preposição omissivel antes de ‘que’: ‘Não há dúvidas que, sob a república atual, as nossas

' liberdades são incomparavelmente inferiores às que nos restavam sob a monarquia

; Foi seguindo essa linha doutrinária que o examinador afirmou ser possível a omissão da pre­ posição “de” na passagem. Item certo.

Essa omissão da preposição é mais comum em reiação a verbos [G osíará (de) que você ; viesse. Eu não concordo (com) que você vá embora.], sendo poucos os casos registrados l em relação a nomes.

O gramático registra essa omissão em relação aos seguintes vocábulos:

- ansioso (“Não preciso dizer que também eu ficara em brasas, ansioso que a aula ter­ minasse");

- convencido (“Estava convencido que todos os habitantes - crente (“Estou crente que ela me ouve")',

- esperança ( “Tenho esperanças que até o fim do livro vocês vão me perdoar”)', - esquecido (“Loas parecia esquecido que fora essa a intenção...y,

Em todos esses casos, a preposição omitida foi “de”.

A respeito do substantivo CONSCIÊNCIA, o autor destaca que, embora admita as preposições de e sobre, se. o complemento for oracional, só é viável a primeira: “Ter consciência de que é louco (e não “sobre que é louco”).

Em alguns casos, a mudança da preposição é necessária para evitar possível ambigüidade: “A situação suscitou medo do bandido’’. O termo regido (“do bandido”) é agente (= o bandido teme) ou paciente (= o bandido é temido)? Fora do contexto, a única solução, para o primeiro sentido, seria o emprego da preposição "a”: “A situação suscitou medo ao bandido” (= ele temeu), restando à outra a ideia passiva (ele foi temido).

Imagine outra construção: busca dos sobreviventes - os sobreviventes estão em busca de algo (ex.: a busca dos sobreviventes por água) ou são procurados (ex.: encerraram a busca dos sobrevíventesp Para resolver essa ambigüidade, no segundo sentido, recomenda-se a preposição "por”, de forte apelo emocionai: “busca por sobreviventes”.

A alteração da preposição também pode modificar totalmente o sentido da relação entre termo regente e termo regido: crítica do autor (agente); critica ao autor (paciente). Isso fará muita diferença em reiação à análise sintática.

Essa nuance no emprego das preposições, quer com verbo, quer com nomes, é uma das características da banca do Cespe/UnB.

13 (UnB CESPE/TCU - Técnico/2004)

Unidos na indignação contra os atentados que mataram 199 pessoas em Madri, mas de 11 milhões de espanhóis, em diversas cidades do pais, saíram do trabalho e de casa para prestar homenagem às vítimas do terrorismo. Na capital, mesmo sob chuva fina, dois milhões de madrilenos partiram da praça Porta do Sol para uma marcha liderada peio príncipe Felipe e pelo primeiro-ministro José Maria Aznar. O ETA voltou a negar participação no episódio e Aznar foi à televisão responder às acusações de que estaria escondendo informações para se beneficiar nas eleições.

Considerando o texto, julgue o item subseqüente:

Em “às acusações de que” (R.7), a preposição sublinhada é dispensável e sua eliminação mantém o período de acordo com as normas gramaticais da escrita culta formal.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “subsequente”.

Veja só como o examinador pode ser ardiloso - em nenhuma linha desse capítulo você leu que a preposição seria DISPENSÁVEL, o que nos faria pressupor um caso de faculdade do ; emprego de tal conectivo.

O que é possível com certos vocábulos é OMISSÃO DA PREPOSIÇÃO (e não sua retirada - K caso de dispensa), ou seja, é um caso de elipse, mas a relação de subordinação entre termo r regente e termo regido continua existindo e, nos casos de complemento verbal, a classificação

deste continua sendo de “objeto indireto”.

; - Além disso, não há registro, no Dicionário prático, de possibilidade de omissão da preposição com f; o vocábulo “acusação”. As preposições possíveis são a, contra, de e sobre. Item errado.

PORTUGUÊS - Questões comentadas — CESPE

E (UnB CESPE/TSE - Analista Judiciário/2007)

1 Uma antiga preocupação dos legisladores do

passado era a de assegurar o direito dos povos de manter “os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os 4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em

troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão de seu poder. Era de tal forma o respeito a essa autonomia 7 relativa que, em certo momento do regime cruel de

Tibério, as eleições chegaram a ser suspensas em Roma, mas se mantiveram nas províncias.

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