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essa mentalidade, confirmando-a.

A m enos que você use sua inteligência para questionar e m udar essa m entalidade, ela lim itará o uso da sua inteligência. Por isso, a m entalidade deve ser considerada prim ordial na nossa form ação. Pois ela nos habilita a tirar o m áxim o da nossa inteligência — ou nos im pede de fazê-lo.

Nosso obj etivo neste livro, portanto, é abrir a discussão sobre um a teoria com pletam ente nova: a Teoria das Mentalidades. Através dessa teoria, vam os m ostrar que, para desenvolver nossa singularidade e obter sucesso e bem - estar, o nível de inteligência e a quantidade de conhecim ento que acum ulam os na m em ória, por si sós, não interessam m uito. O m ais im portante, na verdade, é ter um conj unto de m entalidades adequadas para fazer uso da inteligência e do conhecim ento que j á possuím os.

Em outras palavras, os resultados que obtem os na vida são um a consequência direta da nossa m entalidade. Com o m ostrarem os no capítulo seguinte, nossas percepções e j ulgam entos que resultam na m aioria das escolhas e decisões que tom am os não têm nada — ou quase nada — a ver com nossa inteligência. Elas são o resultado autom ático do tipo de m entalidade que tem os.

Se você investigar a história de qualquer pessoa bem -sucedida, irá descobrir que há, em sua evolução, um fio condutor que serve para com preender os seus resultados. Em todos os casos, você irá perceber que eles desenvolveram prim eiro um conj unto de m entalidades, um a form a de pensar e interpretar o m undo e as experiências à sua volta, para depois dar expressão à sua inteligência.

Para desenvolver essas m entalidades, você precisa acreditar, com o vim os no capítulo anterior, que possui poder de escolha, que sua inteligência não é o ponto central que define seus resultados, e incorporar m entalm ente os conceitos que abordarem os nos dem ais capítulos deste livro.

Pense sobre Nick Leeson. Está claro que não foi a falta de inteligência ou de discernim ento de que aquilo que ele estava fazendo fosse errado, que fez com que ele arruinasse sua carreira. O que arruinou a carreira de Nick foi a m entalidade que ele desenvolveu. Vej a o que ele disse:

“Eu queria subir no terraço do prédio do banco e gritar para o m undo: essa é a m inha situação, existem m ilhões de libras em déficit escondidos na conta de erro, eu preciso parar com isso. Mas há algo em nós que nos im pede de fazê-lo”, ele disse, no seu livro Rogue Trader, num a clara confissão de que ele sabia que suas atitudes eram erradas.

Esse tipo de conflito é m uito com um em nossa vida. Tem os consciência de que aquilo que estam os fazendo não é o m elhor para nós, m as, m esm o assim , não conseguim os m udar. Por que isso acontece? Isso acontece porque tem os um a consciência e um a mentalidade que, por sua vez, se im põe sobre essa consciência. O sucesso e a satisfação na vida resultam do uso apropriado da nossa inteligência para desenvolver a capacidade de harm onizar a consciência com nossa ação. A única coisa que se opõe a esse processo de harm onização é a m entalidade.

Em outras palavras, é a form a rotineira de pensar que define todos os resultados práticos da vida. E nossa form a rotineira de pensar, com o verem os a seguir, é definida pela nossa m entalidade, e não pela nossa inteligência. Isso faz da m entalidade a característica cognitiva m ais im portante do ser hum ano. Você precisa com preender isso caso queira m udar os resultados que está obtendo neste m om ento.

Um a vez estabelecida, a m entalidade sem pre tende a se fortalecer. Vej a outra vez o caso de Nick Leeson. Tudo com eçou com um a decisão errada em função de 32 m il dólares, m eros trocados para um gigante das finanças de Cingapura. Essa decisão errada criou um a form a de pensar. Cada decisão que ele tom ava dentro dessa form a de pensar levou-o a fortalecê-la até ela se tornar um a m entalidade. A partir disso, levando em conta sua consciência e inteligência, essa m entalidade levou-o cada vez m ais ao cam inho do engano. Quanto m ais o prej uízo aum entava, m ais difícil ficava voltar atrás.

Por fim , ele foi forçado a m entir para encobrir m entiras anteriores. Teve que forj ar docum entos, enganar auditores e falsificar extratos e relatórios para encobrir as perdas. Mesm o assim , ele certam ente sabia que iria acabar m al. Mas o poder da m entalidade instituída tende a ser m ais forte do que a consciência dos seus próprios resultados. Por que isso acontece? Qual é o problem a?

Cada um de nós pensa que vê as coisas com o elas são na realidade. Tem os a tendência de pensar que som os obj etivos, concretos, realistas. Mas, com o verem os nos capítulos seguintes, não é assim . Vem os o m undo de acordo com a m aneira com o fom os condicionados a vê-lo pela nossa m entalidade. Não im porta o nível da inteligência, se tiverm os um a m entalidade errada, tudo o que vem os será distorcido por essa m entalidade, confirm ando-a.

Por isso, se você quer passar para um nível de vida m ais elevado, se quer extrair o m elhor de si, tem que estar disposto a m udar a sua

m entalidade. Precisa abrir m ão da ideia de que o sucesso depende principalm ente da sua inteligência. E m ais im portante: precisa abrir m ão da ideia de que não possui a inteligência necessária para realizar seus desej os. Se você ainda não tem o que desej a, há apenas um a coisa o im pedindo de alcançar o que quer: a form a com o você aprendeu a pensar sua própria vida, ou sej a, a m entalidade que usa para fazer suas escolhas.

Da m esm a form a, em term os m ais gerais, verem os que se quiserm os m udar o sistem a de ensino, os costum es e hábitos de um a em presa, a cultura de um povo, ou m esm o m elhorar a vida das pessoas com o um todo, terem os que trabalhar sua m entalidade, e não apenas sua inteligência. A inteligência segue um processo de evolução natural, desde que a m entalidade perm ita esse processo de evolução. Neste livro, você verá o que é preciso fazer para que sua m entalidade sej a sua aliada, e não um obstáculo na busca da construção de um a vida singular, com sentido e qualidade.

Síntese do capítulo

MENTALIDADE EXISTENTE

Ao longo da vida, som os induzidos a pensar que a inteligência é o fator responsável pelos resultados que alcançam os. Pensam os que as crianças m ais inteligentes obterão os m elhores resultados na escola, as m elhores vagas na universidade e acabarão nos em pregos m ais prom issores. Por isso, terão um a vida m ais satisfatória, desem penhos m aiores e serão m ais felizes. Acreditam os que são essas pessoas que carregam o resto da hum anidade nas costas.

MENTALIDADE POTENCIAL

Na verdade, a inteligência, por si só, não possui a im portância que a ela atribuím os. O fator m ais im portante, responsável pelos resultados que obtem os, não é a inteligência ou o conhecim ento, m as o tipo de m entalidade que desenvolvem os ao longo da vida.

PONTOS-CHAVE

extrem am ente necessária para o sucesso e bem -estar. Essa m entalidade nos autossabota e im pede de explorar nossa singularidade, e não nos perm ite serm os quem gostaríam os de ser.

— Você pode ter um nível m édio de inteligência, m as se tiver um a m entalidade favorável que possibilita explorar essa inteligência ao m áxim o, poderá ter excelentes resultados. Por outro lado, você pode ter um índice de inteligência extraordinário e um a m entalidade negativa, fazendo com que você j am ais utilize sua inteligência, e tenha resultados frustrantes e negativos. — A inteligência é apenas um fator, um a característica da nossa singularidade. Nosso nível de inteligência não tem m uita im portância. O que im porta é o tipo de m entalidade que cultivam os em relação a nós m esm os.

— O que conhecem os com o Inteligências Múltiplas, assim com o a inteligência em ocional, são habilidades naturais que estão à disposição da nossa inteligência, m as que nada, ou m uito pouco, têm a ver com a inteligência em si.

PROBLEMA COMUM

Quando acreditam os que não tem os a inteligência necessária, sentim os m edo de não conseguir chegar lá por conta própria. Se atingirm os um nível qualquer de sucesso, acreditam os que não som os dignos desse sucesso, que chegam os aonde chegam os por sorte ou por puro acaso. O m edo vem acom panhado do seguinte raciocínio: “assim com o um lance de sorte m e deu o que eu tenho, um lance de azar pode m e tirar tudo.” Com essa m entalidade, nossa vida será dom inada pela insegurança e pelo m edo. Por m ais dinheiro ou sucesso que você tiver, nunca será verdadeiram ente feliz.

SOLUÇÃO PROPOSTA

Mantenha o foco no seu desenvolvim ento pessoal. Esqueça a inteligência e analise, avalie e m ude a sua form a de pensar. Em vez de se preocupar com a inteligência, trabalhe sua m entalidade.

QUESTÃO

E

CAPÍTULO 3

O poder da mentalidade

“Vou com eçar academ ia am anhã. Hoj e estou m uito cansado.”

m 2011, Zac Lem berg, o m otorista da em presa para a qual eu trabalhava em Nova York, reclam ava insistentem ente que as placas de sinalização da cidade eram m uito pequenas e opacas. Zac dizia que m al conseguia ver o nom e da pista ou o sentido que as placas indicavam . Toda vez que eu saía com ele, ouvia essa m esm a reclam ação.

Do m eu ponto de vista, achava aquilo m uito estranho. Afinal, eu via as placas e seu conteúdo de m aneira clara e nítida. Um dia, m e ocorreu que, possivelm ente, o problem a não estaria nas placas; afinal, sua ilum inação, posição e tam anho pareciam adequados. Im aginei que, talvez, Zac teria um problem a de visão. Com o tem po, cada vez fui m e convencendo m ais disso.

Num a m anhã chuvosa, após ouvir a m esm a reclam ação de sem pre, não resisti:

“Zac, qual a últim a vez que você foi ao oftalm ologista?”, perguntei. Ele não respondeu m inha pergunta. Sim plesm ente j ustificou-se. Disse que não havia nada errado com sua visão.

“O problem a”, ele insistiu, “é o tam anho das placas”.

Algum as sem anas depois, estranham ente, encontrei-o usando óculos. Ao perguntá-lo o que havia acontecido, ele explicou que sua carteira de m otorista vencera e, ao renová-la, havia sido reprovado no teste de visão. Finalm ente, ele parou de reclam ar. Com um par de lentes adequadas diante dos olhos, as placas de sinalização deixaram de ser um problem a. Hoj e, Zac consegue ver

o que elas indicam sem dificuldades. O m ais interessante: as placas continuam as m esm as, m as o desem penho do trabalho e da vida de Zac Lem berg m udou significativam ente.

Geralm ente acreditam os que sabem os o que está se passando na nossa m ente. Pensam os que a interpretação que fazem os baseada na nossa percepção dos fatos, eventos e circunstâncias é a única possível, e, por isso, a correta. Quase sem pre, há um sério problem a na nossa excessiva confiança naquilo que acreditam os saber com certeza.

As coisas raram ente são com o as percebem os. Na verdade, elas apenas são assim com o as percebem os para nós m esm os. Isso não quer dizer que nossa percepção da realidade é incorreta. Mas significa que sem pre quando pensarm os que ela é a única percepção da realidade possível, estarem os enganados. E onde houver engano ou ilusão, há sem pre a possibilidade de queda e frustração.

Assim com o aconteceu com igo e com o m otorista, duas pessoas, olhando para um a m esm a experiência, podem ver a m esm a coisa, discordar um a da outra e terem razão sim ultaneam ente. Para o m otorista, por exem plo, as placas eram um problem a. Não há com o negar. Quando eu e o m otorista olhávam os para as m esm as placas, am bos as víam os de um a m aneira diferente. Poderíam os ficar discutindo o tam anho das placas e o form ato de seu conteúdo durante a vida inteira. Jam ais chegaríam os a um a conclusão. Foi preciso deixar as placas de lado e olhar para a natureza do problem a – a visão em si –, para poder resolvê-lo.

Da m esm a form a, neste capítulo, vam os m ostrar que seu problem a m aior não está nos eventos e nas circunstâncias à sua volta. Ele está na m aneira com o você interpreta esses eventos e circunstâncias. Essa é um a constatação sim ples, m as se você a tiver presente no dia a dia, ela terá um enorm e im pacto na sua vida. Você pode m udar sua vida de m aneira radical sim plesm ente abrindo m ão de algum as das suas convicções m ais fortes. Se você fizer isso, assim com o Zac, você pode desenvolver um a perspectiva com pletam ente nova sobre seu trabalho, sobre suas relações e sobre você m esm o. Ou sej a: se você quiser m udar, precisa am pliar sua visão para além das suas convicções, e um ponto de partida é com preender que as coisas não são com o as vem os. A form a com o vem os o m undo a nossa volta, na verdade, é definida pelas nossas crenças, ideias e convicções. Ou sej a, com o vim os no capítulo anterior, pela nossa m entalidade.

Em psicologia, essa tendência natural de ignorar tudo o que não faz parte das nossas convicções é conhecida com o ilusão cognitiva. Talvez os resultados esperados na sua vida não estej am acontecendo em razão da form a com o você interpreta e age em relação à realidade existente. Ilusão é acreditar que nossa verdade é a única possível. Você não pode se iludir na dúvida. Você só se ilude na certeza.

Quando nos tornam os vítim as da ilusão cognitiva, acreditam os que determ inada circunstância ou evento é com o nós o vem os. Fecham o-nos para qualquer alternativa contrária. Crem os que nossa realidade é a única possível. Nesse caso, passam os a nos orientar pelas nossas convicções. São elas que

produzem nossas m entalidades que, por sua vez, produzem nossa personalidade e todos os nossos resultados.

Você não pode se iludir na

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