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Uma autoimagem negativa sempre tem a ver com o que

pensamos ser, e não com o

que somos ou fazemos.

Agora, im agine a situação inversa. Você é um bom j ogador. À sua volta, todos reconhecem seu potencial. Mas você m esm o, por algum m otivo, acha que é um péssim o j ogador. Nesse caso, há um a variação negativa entre quem você pensa que é e o que os outros pensam sobre você. Essa diferença entre seu ponto de vista e o dos dem ais representa um a variação que caracteriza um a autoim agem negativa. É essa variação entre seu ponto de vista pessoal e o ponto de vista dos outros, ou entre o conceito que você tem de si em relação à realidade, que caracteriza a autoim agem negativa.

Ou sej a: um a autoim agem negativa sem pre é um a variação entre sua im agem pessoal e a sua im agem pública. No seu íntim o, você se sente m enor do que você pensa ser necessário para ser aceito publicam ente.

A autoim agem é um a coisa m uito íntim a, pessoal, e com a qual, quase sem pre, convivem os em silêncio durante a vida inteira. Se sua autoestim a é negativa, tudo o que você pensa, percebe, sente ou experim enta é afetado por essa im agem negativa. E internam ente, essa im agem sem pre é convertida em um sentim ento específico: vergonha.

Se você possui um a autoim agem negativa, em m uitas circunstâncias irá se deparar com a am eaça de sentir-se inadequado e experim entar o sentim ento de vergonha, e, por essa razão, irá sabotar sua ação. É aí que entra o problem a do nosso conceito de inteligência. Se tiverm os a crença de que não som os m uito inteligentes, viverem os am eaçados por um pré-sentim ento

de vergonha, e raras vezes irem os nos expor, em função desse sentim ento. Se não tiverm os coragem de nos expor, com o irem os desenvolver nossa singularidade?

Considere a seguinte situação: você está num a reunião do seu departam ento, e sente que tem um a coisa im portante a dizer. Mas, ao m esm o tem po, sente um duelo em sua m ente entre a vontade de expressar sua opinião e o m edo de ser ridicularizado por ela. O que você fará? Se você tem um a autoim agem negativa irá se m anter calado, se tiver segurança em si, falará.

A inteligência e a autoimagem negativa

A autoim agem negativa é um a força poderosa que tem um enorm e im pacto sobre nós. Apesar de ser extrem am ente poderosa, ela pode ser sutil e insidiosa, com plicada de identificar e, por isso, quase sem pre m uito difícil de com bater.

Voltem os ao exem plo anterior. Suponha que você tenha um a m entalidade de que não sej a tão inteligente quanto deveria ser. Em qualquer situação que você se encontrar, com o num a entrevista de em prego, por exem plo, im aginará que, ao se expor, o prim eiro pensam ento que virá à m ente da pessoa que estará lhe entrevistando será:

“Ele não é m uito inteligente.”

Esse pensam ento bloqueará com pletam ente a possibilidade de m ostrar sua criatividade, iniciativa, m otivação, seu talento natural e seu otim ism o em relação à vida. Por quê? Porque se você acredita que não é suficientem ente inteligente, se sentirá inferior, e será im pensável e em baraçoso m ostrar ao outro quem você realm ente é, porque pensa que aquilo que você é de verdade não é bom o suficiente. Esse tipo de pensam ento não apenas afetará seu trabalho, m as tam bém suas relações afetivas. Sua vida será um a im ensa frustração, um eterno esforço inútil para representar um a identidade falsa, alguém que você não é.

Nesse caso, com o em tantos outros, não será a sua falta de inteligência, m as sua m entalidade sobre sua falta de Inteligência que o levará a ter um a im agem negativa de si m esm o.

Um dos grandes desafios da vida é o fato de que cada um de nós precisa encontrar seu próprio valor. Ou sej a, nosso valor não depende da opinião alheia, ele é um a criação só nossa. Em outras palavras, é você quem define seu valor. Por isso, não j ogue por baixo. Se você quer explorar o m áxim o de

seu potencial, você precisa elim inar o pensam ento de que não possui inteligência suficiente para realizar qualquer coisa que sej a. Afinal, ninguém conhece a verdadeira força que tem até usá-la.

Quando você elim ina um pensam ento negativo sobre você m esm o, você abre cam inho para que um pensam ento positivo se m anifeste. E quando cultivam os o positivo, o negativo quase sem pre enfraquece ou som e. Um a form a de reconstruir sua im agem é se desafiar cada dia um pouco m ais. Você pode fazer pequenas coisas diariam ente para deixar sua inteligência se m anifestar; você pode se preparar m elhor para aquela apresentação na escola, ou no trabalho; se aprofundar sobre um assunto e com entá-lo com alguém ; assum ir um a tarefa especial e desenvolvê-la com afinco, e assim por diante.

Quando elim inam os nossa autoim agem negativa, aprender se torna um a aventura. Suponha, por exem plo, que você se inscrevesse, neste exato m om ento, num curso de com unicação e oratória. Seria bem provável que você im aginasse a existência de um a variação entre o nível D, onde você está agora, e o nível B ou A, onde quer estar no final do curso. Essa variação não afeta sua autoim agem . Sua m entalidade lhe diz que não há nada errado com você, m as com suas ações, e que elas podem ser aprim oradas. Foi por isso que você se inscreveu no curso.

Mas, se depois de dois anos de aprendizado, você continuar no nível D, sua m entalidade m udará. Você certam ente passará a se convencer de que há algo errado com você, e não só com suas ações. Essa m udança de m entalidade afetará drasticam ente sua autoim agem . É bem possível que você desista, adm itindo que não é capaz de avançar. Nesse caso, além de não conseguir evoluir, você ainda desenvolve um a m entalidade de indisciplinado e de desistente, criando um a im agem ainda m ais negativa.

No entanto, se você passar do nível D para o B, certam ente irá se estim ular para alcançar o nível A. Fará esforços m aiores, buscará pequenas correções, irá se em penhar m ais, até chegar ao nível A. Vencer um degrau o estim ulará a subir o próxim o, e assim por diante.

Você percebe o poder acum ulativo que um pequeno esforço inicial pode produzir ao longo de um a vida?

A teoria das mentalidades

Até aqui, vim os três pontos prim ordiais que gostaríam os que você fixasse na sua m em ória. O prim eiro, de que você possui o poder de escolha. Você não é

o resultado de um a força externa e involuntária sobre a qual não possui nenhum tipo de controle ou autoridade.

O segundo ponto é de que seus resultados não são, necessariam ente, produzidos pela sua inteligência. Um a prova sim ples disso é que existem pessoas à sua volta com um QI m uito inferior ao seu produzindo m uito m ais do que você. É preciso que você abra m ão da ideia de que não possui a inteligência necessária para obter o que você quer, e com eçar a agir. A inteligência, você desenvolve ao longo do processo de busca. Convença-se do seguinte: se você está lendo esse livro, sua inteligência é suficiente para conseguir qualquer obj etivo que você queira realizar.

E o terceiro ponto é o princípio que irem os abordar agora. Ele diz que você não é o resultado da sua inteligência, m as das ideias que form ou ao longo dos anos, e que usa para j ustificar as condições da sua existência.

Na prim eira parte deste capítulo, sugerim os que você abrisse m ão da m entalidade que coloca a inteligência com o um a característica central e quase que exclusivam ente responsável pelo desem penho que tem os na vida. Esse papel, com o j á vim os, não é da inteligência, m as do conj unto de m entalidades que você carrega consigo.

Um a m entalidade é o conj unto de ideias, características e m odos de pensar que você possui. Ou sej a, são os paradigm as, as lentes pelas quais você vê e interpreta as coisas à sua volta.

Não estam os afirm ando que nossa capacidade de raciocínio e análise, nossa inteligência, ou m esm o nossa form ação, não cum prem um papel fundam ental em nossa vida. O que estam os afirm ando é que, em term os de resultados práticos, a inteligência e nosso conhecim ento sem pre serão valores secundários, enquanto o conj unto de m entalidades é nosso valor prim ário.

Ou sej a, não im porta o nível de inteligência que você possui: um a vez desenvolvido um tipo de m entalidade, você dificilm ente conseguirá pensar fora do contexto estabelecido por essa m entalidade.

Não importa o nível de

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