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Você não pode se iludir na dúvida Você só se ilude na

certeza.

Isso explica o processo cíclico dos problem as e obstáculos que encontram os no nosso dia a dia. Não há com o m udar nossos resultados sem m udar nossas convicções e crenças. E um a vez que com eçam os essa m udança, não há m ais com o voltar atrás. Pois, com o disse Albert Einstein, “a m ente, quando se abre a um a nova ideia, j am ais voltará ao seu tam anho norm al”.

Neste capítulo irem os dar um m ergulho nas profundezas da nossa m ente. Farem os com nossas m entalidades o m esm o que o oculista fez com a visão do m otorista. Irem os analisá-las, descobrir onde está o foco certo que nos dará um a visão m ais apropriada e, se você quiser, poderá trocar as lentes. Se você fizer isso, o m undo à sua volta continuará o m esm o. Mas a m aneira com o você verá as coisas do m undo certam ente nunca m ais será com o antes. Você está pronto para com eçar esse processo de transform ação? Que tal com eçar olhando para a m aneira com o criam os nossas convicções e com o as processam os em nossa m ente?

Como você faz suas escolhas?

a dia? Já se perguntou por que frequenta os restaurantes que frequenta? Por que se veste da m aneira com o se veste ou por que prefere certo tipo de calçado a outro? Você j á parou para refletir com o você processa essas escolhas? Que fatores você leva em conta para tom ar suas decisões?

Com o j á vim os, acreditam os que tem os noção do que acontece na nossa m ente. Pensam os que tem os controle sobre nossas escolhas e decisões, e im aginam os que nossas im pressões, intuições e j ulgam entos são conscientes e racionais. Mas se é assim , por que fazem os tantas escolhas erradas? Por que tantas expectativas nunca se concretizam ? Por que alguém cheio de prom essas e esperanças com o Nick Leeson fracassa absolutam ente, enquanto que outros, com o Mary Kay Ash, contra qualquer expectativa, com eçam um a vida nova aos 45 anos se tornando um a das pessoas m ais poderosas do seu século?

Desde os tem pos dos filósofos gregos o hom em tem se em penhado em com preender com o o cérebro cria o pensam ento. Um a coisa que sem pre pareceu certa foi a ideia de que o cérebro é um sistem a com posto por vários “subsistem as”. Contudo, apenas recentem ente a ciência com eçou a com preender a biologia e a estrutura cognitiva desses sistem as internos.

Hoj e, existe praticam ente um consenso em torno da ideia de que o funcionam ento do cérebro pode ser com preendido através de dois tipos de pensam ento que diferem entre si, m as, ao m esm o tem po, agem interligados. Um é o sistem a conhecido com o processo automático, e o outro, com o

processo introspectivo.

Entender com o funcionam esses sistem as lhe dará um a com preensão clara sobre com o usar seu poder de escolha para m udar a história da sua vida. Essa com preensão lhe dará o conhecim ento necessário para dom inar o j ogo interno das em oções, convicções e condicionam entos que im pedem de explorar o m elhor que a vida tem para oferecer. E, com isso, você poderá obter m uitas coisas m aravilhosas e positivas que enriquecem e dão sentido a nossa existência.

Os dois sistemas: automático e introspectivo

Dê um a rápida olhada na im agem a seguir. O que você percebe ao olhar para essa im agem ?

FOTO: Divulgação

Assim que você bate os olhos nela, um a série de revelações voluntárias se form a em sua m ente. Você sabe im ediatam ente que as pessoas da foto são j ogadores de futebol. Tam bém sabe que eles estão com em orando um gol. É bem provável que você tam bém saiba no m esm o instante que eles integram a equipe da seleção brasileira. Talvez até m esm o saiba o nom e deles.

Tudo isso vem à sua m ente de m aneira autom ática. Não há necessidade de grandes esforços m entais. Você não precisa pensar ou refletir m uito tem po para chegar a essas conclusões. Os elem entos que form am e integram essa im agem são tão fam iliares que eles j á fazem parte da sua m em ória. Certam ente, você seria capaz de identificá-los e interpretar o que eles representam em qualquer parte do m undo.

Cham am os esse tipo de pensam ento, que acontece de form a autônom a, sem o envolvim ento de m uito esforço, com o um reflexo m ecânico da m ente, de processo automático. O tipo de pensam ento que resulta desse processo é rápido, autônom o, feito de im pressões, sentim entos instantâneos e tendências autom áticas, sem controle voluntário.

Agora, tente resolver o seguinte problem a:

Durante o dia, um caramujo sobe 5 metros em um poste de 20 metros de altura e escorrega 2 metros durante a noite. Em quantos dias ele atingirá o topo do poste?3

Encontrou a resposta? Não se sinta m al caso não tenha conseguido resolver o problem a num piscar de olhos. Nem m esm o nós, os autores desse livro, conseguim os resolvê-lo sem pensar por alguns m inutos. Nossa intenção com esse problem a é j ustam ente essa: m ostrar-lhe que, se você quer chegar à resposta, vai precisar de algum tem po para pensar. Dependendo da sua habilidade m atem ática, é bem provável que precisará de um lápis e de um papel; e, talvez, até m esm o pedir a aj uda de outra pessoa.

A solução desse problem a não veio à sua m ente de form a autom ática com o na im agem dos j ogadores. E a m enos que em algum m om ento você tenha m em orizado a resposta, ela possivelm ente não virá espontaneam ente. Mas você sabe que se pensar um pouco, é possível encontrar a resposta.

Para obtê-la, você terá que resolver a questão. E isso certam ente vai exigir que você pare o que está fazendo, concentre-se no problem a, defina um a série de passos e regras, e siga o percurso estipulado até encontrar a solução. Cham am os esse tipo de pensam ento, que exige foco, concentração e esforço m ental, de processo introspectivo. Ao contrário do processo autom ático, que é espontâneo, rápido, superficial e autônom o, o processo introspectivo é lento e racional, requer tem po, foco e concentração.

Pense sobre a história de Zac Lem berg, o m otorista que lhe apresentam os no início deste capítulo. Quando sugeri a Zac que o problem a poderia ser sua visão, a resposta autom ática que apareceu na m ente dele foi a de que ele nunca teve um problem a de visão antes. Da m esm a form a, quando Nick Leeson, o j ovem que faliu o banco inglês, que vim os no capítulo dois, apesar de sua extraordinária inteligência, passou a agir im pulsivam ente, om itindo os prej uízos, especulando sem considerar os riscos, ele agiu seguindo o processo autom ático.

Por outro lado, quando Mary Kay Ash sentia-se frustrada e insatisfeita com a m ediocridade da sua aposentadoria, sentou-se à m esa da cozinha e passou a refletir e questionar seu passado, analisando suas experiências de 25 anos de carreira num bloco de notas, ela agiu seguindo um processo introspectivo, tão ou m ais com plexo que o problem a de m atem ática que propusem os com o exem plo.

A vida no piloto automático

Para entender m elhor com o funcionam esses dois processos, procure resgatar da m em ória os m om entos em que você aprendeu a dirigir autom óvel. No início, todos os m ovim entos eram lentos e, ao m esm o tem po,

quase sem pre, bruscos. Você precisou pensar para ter certeza qual pedal usar quando queria usar a em breagem ou o freio. Sua m ente não possuía o reflexo necessário para agir autom aticam ente. Seus m ovim entos eram coordenados pelo processo introspectivo.

Hoj e, depois de vários anos, você nem m esm o percebe o que faz enquanto dirige. Ou sej a, dirigir tornou-se um ato m ecânico, executado pelo

processo automático. Tente, porém , outra vez, enquanto dirigir, usar o processo introspectivo, e pensar racionalm ente nas suas ações. Certam ente

ficará confuso e, bem provavelm ente, terá dificuldade em conduzir o veículo com a m esm a habilidade com o quando o faz sem pensar.

Por que isso acontece? A função principal do pensam ento autom ático é m anter um m odelo que facilita o reconhecim ento e classificação da percepção que obtem os sobre as situações à nossa volta. Um a vez que essa associação passa a form ar um tipo de m entalidade, ela irá determ inar a interpretação que você terá dos eventos.

Quando esse m odelo está concluído, ele será usado para com preender e explicar tudo o que acontece com você. O cérebro acabou de criar um a m entalidade. A partir de agora, o processo automático fará com que, diante de qualquer situação, im ediatam ente saltem os para conclusões que satisfazem essa m entalidade. A busca espontânea do processo introspectivo por um a alternativa racional que sej a m elhor para nós, cessa.

Quando queimamos as pontes

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