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necessários para realizar essa causa.

Nenhum a dessas descobertas aconteceu por acidente. Essas pessoas estavam desesperadam ente procurando por respostas para um desafio com o qual duelavam m entalm ente, às vezes por décadas. Elas haviam criado um a causa final em sua im aginação. Depois, após longos e incansáveis anos de procura, encontraram m eios para realizá-la, explicá-la ou com preendê-la. A boneca Barbie, por exem plo, não surgiu na m ente da sua criadora quando ela encontrou um a boneca erótica na Europa. O incidente foi apenas a peça que faltava em um gigantesco quebra-cabeça que Ruth m ontava com m uita dificuldade há anos.

A lição final em todos esses exem plos é a seguinte: não é o talento natural, a criatividade, a inteligência ou a coincidência que produz determ inada causa final. É a busca da causa final, estabelecida previam ente, que produz os ingredientes necessários para alcançar essa causa.

Vim os, no estudo com os sem inaristas, que apesar de serem j ovens inclinados a dedicar sua vida ao sacerdócio, e m esm o estim ulados a praticarem a caridade com o próxim o, o que definiu sua ação prática não foram seus sentim entos de com paixão e caridade, m as o com prom isso ou não com um a causa final. Ou sej a, aqueles que estavam atrasados para a palestra deram prioridade a chegar à sala de aula, ignorando o hom em caído no corredor e todos os princípios vistos m inutos antes. Aqueles que tinham tem po disponível, que não estavam sendo pressionados pela causa final,

fizeram prevalecer seus sentim entos de com paixão.

O que essa constatação nos sugere? Nós j á vim os isso, m as vale a pena repetir. Isso nos sugere que som ente após definirm os um a causa final é que podem os escolher deliberadam ente as ações que nos levarão a essa causa, ou sej a, à realização do obj etivo que definim os. É a causa final estabelecida no início da j ornada que nos faz criar os fatores necessários para realizá-la. Se você não tiver um a causa final, m esm o que você tenha os fatores necessários para o sucesso, você não irá alcançá-lo.

Por isso, defina o que você realm ente quer. Escreva o seu problem a, aprofunde sua reflexão usando o pensam ento reflexivo. Pense intensam ente sobre a causa final que você quer para a sua vida. Se você não alim entar constantem ente seu cérebro — que nunca dorm e — com alternativas para o problem a que você quer superar, ele não terá com o dar as respostas que você procura.

Você pode fazê-lo diariam ente. Toda noite, antes de dorm ir, defina algo que você irá, im preterivelm ente, concluir no dia seguinte. Estabeleça essa m eta com o a causa final do dia. Depois, pense sobre form as de com o essa m eta pode ser cum prida. Além da lista de coisas que você quer fazer, crie outra, sobre coisas que você não quer fazer, e com prom eta-se na realização desse propósito, m antendo-o constantem ente em seus pensam entos.

Síntese do capítulo

MENTALIDADE EXISTENTE

Há um a crença universal de que existe um a lógica que diz o seguinte: determ inada causa sem pre produz determ inado efeito, e de que a causa sem pre vem antes do efeito. Essa lógica, conhecida com o o Princípio de Confúcio, diz: “Se queres conhecer o passado, exam ina o presente, que é o resultado do passado. Se queres conhecer o futuro, exam ina o presente. É ele que define o seu futuro.”

MENTALIDADE POTENCIAL

Se for verdade que o presente cria nosso futuro, tam bém é verdade que o futuro cria nosso presente. Em outras palavras, se você quiser conhecer seu presente, precisa exam inar o seu futuro. São os obj etivos que você estabeleceu no futuro que definem com o será seu presente.

PONTOS-CHAVE

— Grandes líderes, em vez de ficarem rem oendo o passado, definem um obj etivo no futuro, e, depois, buscam no presente os m eios para realizá-lo.

— O equívoco de Aristóteles nos leva a acreditar que a inteligência, criatividade, conhecim ento e iniciativa são os m eios que definem a realização ou não do nosso propósito.

— Depois de estabelecerm os um propósito e nos com prom eterm os com sua realização, encontrarem os os m eios necessários para realizá-lo.

— Não é o que sabem os ou não que nos faz agir de um a ou de outra m aneira. O que cria nossa ação é o desej o m ais urgente. Por isso, você precisa assum ir o controle e definir propositalm ente seus desej os m ais urgentes.

PROBLEMA COMUM

Muitas vezes, quando estabelecem os um obj etivo ou um propósito, im ediatam ente nos autossabotam os, questionando-nos se tem os ou não a capacidade para realizar esse desej o. Mas ter a capacidade necessária não é o m ais im portante. Com o tem po e a m entalidade correta, a capacidade pode ser desenvolvida.

SOLUÇÃO PROPOSTA

Defina seu obj etivo, com prom eta-se com ele e faça o necessário para realizá-lo. Não se preocupe se você ainda não possui as características necessárias para a realização desse desej o. Essas características surgirão ao longo do cam inho.

QUESTÃO

E

CAPÍTULO 7

A importância da ancoragem

“Em Bozem an há m uitos cowboy s. A base do estilo de vida dos cowboy s

é se em briagar e tentar colocar a m ão na m ulher do próxim o. Isso é o que um cowboy faz.”

m 2008, John Kotter, professor da Universidade de Harvard, publicou um estudo sobre os m otivos que distinguem as pessoas e em presas que obtêm resultados singulares e extraordinários, das dem ais, que nunca conseguem se destacar. Pense sobre a sua turm a de faculdade. Por que alguns se deram bem e outros não? Por que aquele CDF nunca chegou a lugar algum , e seu colega, que sem pre ia m al, e que desistiu do curso antes m esm o de se form ar, se tornou um m ega em presário?

Kotter tem 65 anos, é m agro e alto, de cabelos grisalhos. Duas covas profundas separam as bochechas da boca. Ao falar, prefere o estilo socrático: faz um a ou duas perguntas onde estabelece o desafio, e, em seguida, de frase em frase, constrói um argum ento sólido que, por si só, vai evidenciando a resposta. Ao longo da carreira, escreveu 16 livros sobre o papel do líder e suas im plicações com os processos de m udança. Os conceitos abordados nesses livros tornaram -no, na opinião de m uitos, um dos m aiores especialistas do tem a no m undo.

Para com preender a tese de Kotter, você precisa partir do seguinte princípio: todas as conquistas, sem exceção, sem pre com eçam com um a ideia. E um a ideia sem pre com eça com um a pessoa. Se você analisar a

história da hum anidade, verá que todas as grandes ideias, invenções ou m esm o m udanças surgiram da m ente de um a única pessoa que, com a aj uda de outras, coordenou o processo. O que diferencia esses líderes? O que distingue Steve Jobs, Bill Gates, Michael Jordan, Mary Kay Ash, Ruth Handler e tantos outros do resto da população? Essas pessoas, de acordo com Kotter, desenvolvem , ao longo da vida, um a m entalidade conhecida com o “senso de urgência”.

Essa m entalidade possibilita a essas pessoas criar, inventar ou transform ar as coisas à sua volta em verdadeiras m inas de ouro. Um senso de urgência, com o você verá ao longo deste capítulo, am plia a capacidade dessas pessoas de tom ar decisões, fazer escolhas im ediatas e não ficar protelando o que precisa ser feito até que o m om ento certo apareça. Um a vez que elas fizeram a escolha, ou tom aram a decisão, elas não m edem forças para concluir o que iniciaram . Elas definem um a causa final e agem no sentido de realizá-la.

Por que um a m entalidade baseada num senso de urgência é tão essencial para a obtenção do sucesso? Porque ela lhe aj udará a priorizar o que é im portante e resolver os desafios, obstáculos ou problem as que você encontra no cam inho assim que eles aparecem . Em outras palavras, estar im buído de um senso de urgência é estar contam inado com um a profunda intenção de avançar, um senso de dar sem pre o m elhor de si; de desenvolver seu m odo de pensar de tal form a que ele passe a influenciar e determ inar com pletam ente a sua vida. Isso só é possível se você tiver estabelecido previam ente um a causa final clara. Sem um a causa final, não há com o viver com um a m entalidade baseada num senso de urgência.

Você ainda lem bra o que é um a causa final? No capítulo anterior, vim os que um a causa final é um a espécie de âncora na qual você firm a suas decisões e escolhas. Essa âncora, quando firm ada sobre suas aptidões naturais, ou sua singularidade, possibilita direcionar suas decisões e escolhas para o desenvolvim ento dessa singularidade, que lhe levará a realização do obj etivo específico que você determ inou para a sua vida. Essa concentração de foco cria um a energia, um a paixão espontânea de desenvolver suas forças ao m áxim o, que produzirá o senso de urgência em torno dessa causa final, o que inevitavelm ente, m ais cedo ou m ais tarde, provocará sua realização.

Um senso de urgência amplia

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