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Quando queimamos as pontes velhas, nos forçamos a abrir

novos caminhos.

Qual a im portância desses processos na nossa vida? Muito grande. Se, por exem plo, você desenvolver um a m entalidade pessim ista, você perceberá tudo ao seu redor dentro de um a névoa de pessim ism o. Mesm o sem perceber, você usará essa interpretação para j ulgar e explicar as coisas à sua volta. E essa m entalidade terá um grande im pacto em tudo o que você fizer, determ inando, no final, os seus resultados. Esses resultados, por sua vez, afetados pelo pessim ism o, serão usados para j ustificar sua m entalidade pessim ista, criando um ciclo autoj ustificável.

capaz. Afetado por essa m entalidade, você, de fato, não foi capaz. Agora, você usa sua incapacidade para j ustificar sua m entalidade pessim ista, reforçando-a e tornando-a eterna. Essa m entalidade pessim ista, ou m esm o um a otim ista, tão im portante na construção de seus resultados, não tem nada a ver com as oportunidades que você tem na vida, ou com o nível da sua inteligência. Mas ela tem tudo a ver com a form a com o você irá interpretar as oportunidades que surgirão, ou com o usará a inteligência para tirar as vantagens dessas oportunidades.

Não há razões para acreditar que um a pessoa tenha necessariam ente um a m entalidade negativa ou positiva. Com o vim os, essa m entalidade se form a através da associação entre ideias, experiências e conclusões tiradas de eventos, circunstâncias e atitudes do passado que apresentaram os m esm os resultados repetidas vezes. Um a vez que essa m entalidade se torna um a lente que filtra e seleciona nossa percepção das coisas, não im porta o nível da nossa inteligência, ou o grau de conhecim ento, ou o tam anho das oportunidades que se apresentarão na nossa frente. A tendência natural é você agir de acordo com essa m entalidade.

Im agine com o seria sua vida se tudo o que você fizesse exigisse sua concentração absoluta. Ela seria um inferno, certo? Pense, por exem plo, se toda vez que dirigisse até o trabalho, você tivesse que usar o m esm o esforço m ental que utilizou a prim eira vez que tentou dirigir um veículo? Você chegaria ao trabalho exausto.

Por isso, na m edida em que você aprende um a atividade, a energia utilizada pelo cérebro para executá-la é reduzida. Isso é necessário porque nossa energia m ental tem lim ite. Qualquer coisa que ocupa o processo

introspectivo reduz a capacidade de ação do processo automático. Um a

pessoa que está determ inada a resolver um com plicado problem a de lógica não pode, ao m esm o tem po, assistir televisão ou conversar com os am igos. Agora, se você dirige há algum tem po, pode fazê-lo sem problem a algum enquanto discute um tem a sério com seu caroneiro.

Com o o processo introspectivo exige m uito esforço e energia para m anter o foco e a concentração, ele cria m étodos, padrões de pensam entos que agem autom aticam ente. Esses padrões tornam -se nossas mentalidades: sistem as que produzem seu pensam ento autom ático. Um a vez que você desenvolve um a m entalidade, ela passa a agir no lugar do processo introspectivo e produz as respostas autom áticas. Um a m entalidade, portanto, consiste num a com binação de pensam entos, sentim entos e ações que se transform a num a fórm ula m ental que o cérebro usa para resolver problem as sim ilares aos que originaram essa fórm ula.

Você se lem bra do exem plo da m entalidade pessim ista que vim os há pouco? Toda vez que um a pessoa pessim ista se vê diante de um a situação em que lhe é exigida algum tipo de esperança ou fé, o que acontece? Ela reflete, autom aticam ente, um a visão pessim ista. Se você perguntar a ela porque ela é tão pessim ista, ela lhe dirá que não é pessim ista. E isso se repetirá durante a vida inteira, a m enos que, aleatoriam ente, ela pense, reflita e altere essa m entalidade.

Por que o cérebro age assim ?

Vam os analisar isso dentro de um contexto hipotético, m as bem prático. Im agine que você tenha um a cabana no centro de um a enorm e floresta. Não existe nenhum a conexão entre a cabana e a vila m ais próxim a. Para chegar até essa vila, você precisa cruzar um a floresta.

Suponha que você estej a na cabana e decida ir até essa vila. Na sua prim eira viagem , você precisaria abrir um cam inho no m eio da m ata. Nesse caso, você levaria inúm eras horas até cruzar a floresta. A energia e o esforço utilizados tam bém seriam m uito grandes. Você certam ente precisaria de um a ferram enta para derrubar a m ata e lim par a trilha por onde passaria.

Ao retornar para sua cabana, certam ente você não optaria por abrir um segundo cam inho, totalm ente novo. Para econom izar energia e tem po, você utilizaria o m esm o traj eto percorrido na prim eira vez. E, desse dia em diante, toda vez que fosse até a vila, você seguiria o m esm o cam inho.

Dez anos depois da sua prim eira viagem , se houvesse um a estrada m aior ligando sua cabana e a vila, é bem provável que essa estrada teria com o base o cam inho percorrido por você na prim eira vez. A m enos que você, ou outra pessoa, de form a deliberada, tenha se encarregado de analisar a topografia da região e tenha decidido traçar um cam inho com pletam ente novo e m ais eficiente.

Para fazer isso, você ou essa pessoa teria que, m ais um a vez, dispor de um a elevada energia e esforço para abrir um novo cam inho. Talvez, com o acontece m uitas vezes em nossa vida, você até iniciasse o proj eto para abrir um cam inho novo. Mas, na m etade do seu proj eto, você se cansaria e acabaria retornando para sim plesm ente seguir o cam inho anterior.

Se você considerar o processo de form ação do nosso pensam ento, acontece a m esm a coisa. O processo introspectivo, raras vezes, por vontade própria, procura outros cam inhos. Ele prefere deixar o processo automático percorrer o cam inho j á conhecido. Assim , não há necessidade de gastar energia para pensar e refletir. Isso explica por que é tão difícil m udar nossa rotina. Contudo, o processo introspectivo é forçado a encontrar novos cam inhos quando m om entos de crise ou situações trágicas bloqueiam o cam inho antigo. Quando caem as pontes é preciso refazer cam inhos.

Quando Mary Kay Ash, de repente, aos 45 anos, se viu em casa, sem econom ias, sem trabalho, frustrada com os resultados que havia obtido em sua vida, sentindo-se insegura em relação ao futuro, ela com eçou a usar o

processo introspectivo. Através de um trabalho m ental, ela interrom peu o processo automático, suprim iu sua tendência de agir de form a autônom a e

im plantou um novo conj unto de m entalidades que fizeram um a verdadeira reviravolta em sua vida.

Com o vendedora experiente que era, poderia buscar outra colocação no m ercado de trabalho. Ela poderia ser novam ente um a vendedora qualquer, treinando novos vendedores para que eles assum issem cargos de liderança. Esse foi o cam inho que ela abriu para si m esm a e trilhou durante toda sua vida profissional. No entanto, Mary Kay Ash resolveu abrir um cam inho novo, estudando a topografia da sua própria vida. Ela revisitou suas

expectativas, seus planos e colocou óculos adequados para enxergar m elhor o cam inho. E isso fez toda a diferença.

Em outras palavras, utilizando o processo introspectivo ela substituiu as lentes através das quais via o m undo à sua volta. Com um a visão m ais adequada, ela pôde usar sua inteligência para explorar sua singularidade e alcançar seus obj etivos m ais nobres.

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