CRÔNICAS Conteúdo
FAMÍLIA E SAÚDE MENTAL
• Família e uso indevido de drogas • Família e doenças crônicas
Competências e habilidades
• Conhecer as mudanças ocorridas no atendimento ao portador de transtorno mental, bem como em relação às novas atribuições da família
• Compreender a importância de algumas atitudes da família com relação ao uso indevido de drogas
• Compreender a dinâmica da família em situações de doenças crônicas
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2 h-a – via satélite com professor interativo 2 h-a – presenciais com professor local 10 h-a – mínimo sugerido para autoestudo
FAMÍLIA E SAÚDE MENTAL
Após a aprovação da Lei no 10.216 de 6 de abril de
2001, também conhecida como Lei Paulo Delgado e como Lei da Reforma Psiquiátrica, foi instituido um novo modelo de tratamento aos pacientes com
transtornos mentais no Brasil.
Com a implantação da Reforma Psiquiátrica no país e, com ela, a reinserção do paciente psiquiátrico na família e na comunidade, o núcleo familiar vem
gradativamente sendo considerado como unidade básica no processo de assistência.
Cabe à família, na maioria das vezes, a responsa- bilidade pelo apoio físico, emocional, social e psi- cológico ao familiar doente. Para cumprir o papel de mantenedora, esta família necessita, além dos recursos institucionais, do preparo e do apoio de profi ssionais que a orientem, para encaminhar a
complexa convivência com a pessoa em situação de sofrimento psíquico.
O paciente com transtorno mental, não só pelo intenso sofrimento que provoca, requerer das famí- lias a reelaboração da dinâmica e da estrutura do- méstica. Tal ocorrência é agravada pelo desconhe- cimento e pela existência de conhecimentos inverí- dicos acerca dos transtornos mentais que repercute no relacionamento familiar e infl uencia o próprio processo de assistência prestada.
O padrão de atendimento utilizado pelos profi s- sionais de saúde e o modo de convívio com a pess oa portadora de transtorno mental contribuem para melhorar as dinâmicas familiares, principalmen- te quando se adotam estratégias transformadoras. Essas estratégias constroem um novo padrão de as- sistência em saúde mental, rompendo com modelo clássico da psiquiatria, em que o manicômio era a única saída para o paciente com transtorno mental.
Há alguns anos, por meio do Programa de Saúde da Família (PSF), o Brasil vem adotando o mode- lo de assistência domiciliar, considerado estratégia importante para o cuidado em saúde uma vez que as pessoas passam a ser atendidas em suas parti- cularidades e não por demanda. Essa estratégia de cuidado requer um olhar geral frente à complexida- de dos cotidianos nos diferentes contextos e solicita um pensamento sistêmico, já que o foco de cuidado é pautado pela consid eração da maneira como a fa- mília funciona e se relaciona com o familiar doente, pontos fundamentais no processo de atendimento. Direitos Assegurados
A Lei Federal do Brasil 10.216 de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas porta do- ras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Art. 1o
Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegu- rados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos eco-
nômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolu- ção de seu transto rno, ou qualquer outra.
Art. 2o
Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientifi cados dos direitos enu- merados no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único – São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II – ser tratada com humanidade e respeito e no in- teresse exclusivo de benefi ciar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III – ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV – ter garantia de sigilo nas informações presta- das;
V – ter direito à presença médica, em qualquer tem- po, para esclarecer a necessidade ou não de sua hos- pitalização involuntária;
VI – ter livre acesso aos meios de comunicação dis- poníveis;
VII – receber o maior número de informações a res- peito de sua doença e de seu tratamento;
VIII – ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX – ser tratada, preferencialmente, em serviços co- munitários de saúde mental.
Art. 3o
É responsabilidade do Estado, o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promo- ção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimen- to de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
Art. 4o
A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insufi cientes.
§ 1o O tratamento visará, como fi nalidade perma- nente, a reinserção social do paciente em seu meio.
§ 2o O tratamento em regime de internação será es- truturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com carac- terísticas asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.
Atualmente, as internações somente são recomen- dadas como ultimo recurso para os pacientes porta- dores de transtornos mentais, bem como as institui- ções que recebem estes pacientes possuem padrões de atendimento a serem cumpridos, o que tem con- tribuido para a elevação da qualidade dos atendi- mentos, tanto em estrutura fi sica como de recursos humanos para este tipo de usuário.
Art. 5o
O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependên- cia institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específi ca de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de instância a ser defi nida pelo Poder Executivo, as- segurada a continuidade do tratamento, quando necessário.
Art. 6o
A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que carac- terize os seus motivos.
Parágrafo único – São considerados os seguintes ti- pos de internação psiquiátrica:
I – internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II – internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e III – internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Art. 7o
A pessoa que solicita voluntariamente sua interna- ção, ou que a consente, deve assinar, no momento
da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.
Parágrafo único – O término da internação volun- tária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.
Art. 8o
A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM do Esta- do onde se localize o estabelecimento.
§ 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorri- do, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.
§ 2o O término da internação involuntária dar-se- á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista res- ponsável pelo tratamento.
Art. 9o
A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do esta- belecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.
Art. 10o
Evasão, transferência, acidente, intercorrência clí- nica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.
Portanto, é importante salientar que, no cená- rio mundial, a vulnerabilidade da família e de seus membros tem se tornado tema de destaque com maior visibilidade e propagação. Observamos que esta valorização vem ocorrendo a partir da década de 1990, quando a Organização das Nações Uni- das (ONU) instituiu o ano Internacional da Famí- lia, destacando a importância de políticas públicas centradas na família com o intuito de elevá-la como núcleo especial de estudos.
Com relação às políticas de atenção à saúde men- tal, a família passou a ser inserida por meio da Lei no
10.216 de 2001, como grande pilar sustentador do processo de reforma psiquiátrica, objetivando a im- plementação dos serviços alternativos, bem como a superação dos tratamentos institucionalizados, os quais são baseados no isolamento e exclusão da so- ciedade.
Com a participação da família, a desospitalização do doente mental visa também a humanização do atendimento, em que os cuidadores possuem vín- culo afetivo com seus doentes, o que se presume, contribuirá signifi cativamente com a qualidade de vida do enfermo.
Família e o uso indevido de drogas O que são drogas?
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saú- de), droga é toda substância que, em contato com o organismo, modifi ca uma ou mais de suas funções. Drogas lícitas
As drogas lícitas ou permitidas por lei são os medicamentos utilizados como estimulantes ou cal- mantes, além de outras substâncias (que também podem ser consideradas drogas lícitas) comerciali- zadas normalmente.
Exemplos:
– nicotina: que está no cigarro; – cafeína: que está no café;
– álcool: que está nas bebidas destiladas: pinga, uísque, vinho, vodca, gim etc. Além das bebi- das fermentadas: as cervejas, os chopes. Drogas ilícitas
As drogas ilícitas (as proibidas por lei), assim como as lícitas, podem ter efeitos estimulantes, depressivos ou perturbadores no sistema nervoso central.
Exemplos:
• cocaína, de efeito estimulante, extraída da coca, vegetal das regiões andinas da América do Sul, pode ser inalada na forma de pó refi nado ou in- jetada na veia, misturada com água;
• crack, uma variação da cocaína cujo resíduo é misturado com bicarbonato de sódio e fumado; • maconha, de efeito perturbador, extraída da
folha da planta Cannabis Sativa. O pó da folha ressecada é fumado;
• ecstasy, a chamada “pílula do amor”. Por ser ad- quirida em forma de comprimido, é um com- posto de substâncias estimulantes e perturbado- ras (muitas vezes utilizada em casas noturnas). Por que as pessoas usam drogas?
Existem várias explicações, sem que se dê conta, realmente, do assunto. Algumas afi rmam que estão propensas à droga as pessoas que têm difi culdade de enfrentar os problemas da vida e pensam que a droga dá coragem ou que faz relaxar; outras afi r- mam que o cigarro e o álcool são drogas encontra- das com facilidade; também utiliza-se, como expli- cação, o fato de pais e familiares usarem drogas o tempo todo. Há também quem diga que há grande incentivo dos meios de comunicação provocado com suas propagandas.
Podemos passar horas fazendo essa lista. O mais importante é saber que o consumo de drogas pode causar dependência e isso é uma doença. Sendo uma doença, é necessário que se trate. Vamos analisar os efeitos causados pelo uso de produtos químicos que causam dependência.
Consumo de drogas
Tipo de usuários/grau de consumo
Usuário experimental: são pessoas que já fi zeram uso em virtude da curiosidade, infl uência de amigos ou por motivos diversos.
Usuário esporádico: são pessoas que usam espora- dicamente com a fi nalidade social ou recreativa.
Usuário habitual: que em geral está ligado a mo- mentos, de uso cultural, ou de círculo social, ou de faixas etárias quando o uso se torna constante.
Usuário abusivo: quando inicia um consumo intenso de substância, mas o indivíduo ainda se mantém ligado ao círculo social, possui controle
mínimo do uso e de seu estado mental, mas já pode sofrer prejuízos devido o uso.
Usuário dependente: quando a substância no cor- po passa a ter espaço, fazendo o indivíduo perder o interesse pelos momentos e círculos sociais, geran- do falta de motivação mental para outras situações não ligadas ao consumo ou obtenção da droga. Os efeitos
Os efeitos da dependência química estão ligados basicamente a três fatores: da droga, do usuário e do meio ambiente.
Cada tipo de droga, com suas características quí- micas, produzem efeitos diferentes no organismo. A forma como uma substância é utilizada, assim como a quantidade consumida e o grau de pureza, também terão infl uência no efeito.
Cada pessoa, pelas características físicas (bioló- gicas) e psicológicas, tende a reagir de modo dife- rente. O estado emocional do usuário e suas expec- tativas em relação ao modo como a droga é usada podem infl uenciá-lo.
O meio ambiente também infl uencia na reação que a droga pode produzir.
Assim, existem pessoas que são usuárias mas que não se tornam dependentes e outras que, ao utiliza- rem uma única vez, podem tornar-se dependentes.
A família deve ser solicitada no processo de pre- venção e tratamento ao uso indevido de drogas. Na condição de ter um usuário na família, esta deverá envolver-se no atendimento: estimula-se uma rela- ção de abertura e diálogo capaz de motivar e auxiliar o farmacodependente durante e após processo de tratamento. Para melhor identifi cação do problema, é de suma importância o conhecimento de alguns fatores relacionados ao uso indevido de drogas. A atenção e o envolvimento de pessoas afetivamente próximas certamente contribuirão para a recupe- ração. Para tanto é importante que a família saiba identifi car um possível usuário de drogas. Alguns sintomas e comportamentos não possuem grande relevância quando considerados isoladamente, mas, em conjunto, podem oferecer alguma orientação.
CONCLUINDO
Vale destacar que não existe uma fórmula mágica para recuperar o usuário de substâncias psicoativas, e que não basta oferecer ao usuário a assistência psicológica, psiquiátrica, ou a inter- nação em uma clínica ou comunidade terapêuti- ca especializada, se a família não envolver-se no processo terapêutico. Todos os membros da famí- lia devem obter conhecimentos necessários para oferecerem o devido suporte e acompanhamento no processo de tratamento. Em alguns casos, o desconhecimento da família durante esse perío- do tem ocasionado prejuízos e não auxílio para o usuário.
+
SAIBA MAISAlgumas atitudes que a família pode adotar para prevenir que seus fi lhos façam uso inde- vido de drogas:
• Dar amor, carinho, respeito, proteção e
bons exemplos;
• Ensinar a lidar com as difi culdades, a ter
tolerância, ser solidário, a cultivar os so- nhos e a exercer a cidadania;
• Exigir respeito e disciplina;
• Conhecer as pessoas que se relacionam
com seus fi lhos;
• Estabelecer regras a serem seguidas, tais
como: horário para brincar, estudar, rea- lizar obrigações domésticas, sair com os amigos etc.;
• Conversar e ouvir o que os fi lhos têm a
dizer sobre seus sonhos, dúvidas, alegrias e angústias;
• Mostrar que o mais importante na vida
não é somente ter algo de valor, mas sim ser alguém de valor;
• Incentivar a ter uma prática religiosa, es-
tudar e a participar de atividades culturais e esportivas;
• Acompanhar a vida escolar e social dos
Família e doenças crônicas O que são doenças crônicas?
• É uma doença que não é resolvida em curto tempo.
• Este tipo de doença não coloca em risco a vida da pessoa em curto prazo, não são considera- das emergências médicas. Porém, elas podem ser extremamente sérias, e várias doenças crô- nicas causam morte certa.
• As doenças crônicas são doenças de evolução prolongada, permanentes, para as quais, no momento, não existe cura, afetando negativa- mente a saúde e funcionalidade do doente. No entanto, os seus efeitos podem ser controlados, melhorando a qualidade de vida destes doen- tes.
• As doenças crônicas incluem também todas as condições em que um sintoma existe continu- amente, e mesmo não pondo em risco a saúde física da pessoa, são extremamente incomoda- tivas levando à disrupção da qualidade de vida e atividades das pessoas. Neste último caso, incluem-se as síndromes dolorosas.
Alguns tipos de doenças crônicas • Diabetes;
• Obesidade; • Cancro;
• Doenças respiratórias; • Doenças cardiovasculares;
• A maioria das doenças autoimunes;
• Algumas infecções como a tuberculose, hanse- níase, sífi lis ou gonorreia;
• AI DS.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 57 milhões de mortes num ano, 59% são devido às doenças crônicas de declaração não obri- gatória, como as doenças cardiovasculares, a diabe- tes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias. Família e doenças crônicas
A pessoa portadora de doença crônica é tida em uma situação constante de cuidados e limitadora de
situações e abstenção de alguns ideais. Com o ado- ecimento, há uma ruptura do equilíbrio nas esferas biológica, psíquica e social do indivíduo, afetando as relações familiares.
Faz-se necessário que os portadores de doenças crônicas e familiares obtenham um real conheci- mento de sua condição para aceitar a doença, co- nhecendo as possibilidades e podendo fazer esco- lhas conscientes. Somente deste modo, eles podem aceitar sem traumas o tratamento, seguindo as re- comendações médicas mesmo na ausência de sin- tomas.
O processo de adaptação pode ser longo e depen- de do suporte médico, psicológico, social e familiar que possa estimular a busca e compreensão do tra- tamento adequado, favorecendo a reorganização da vida pessoal e familiar, dentro dos limites impostos pela doença.
As decisões tomadas nesta fase podem levar tan- to à retomada de algumas atividades, como a parali- sação e/ou acomodação.
O acompanhamento multidisciplinar, e o apoio da família nesta e em todas as fases do tratamen- to, é fundamental para a recuperação da autoesti- ma e resgate da vida afetiva, profi ssional, familiar e social, principalmente quando há indicação para transplante, no qual a percepção mais realística do procedimento e aderência ao esquema terapêutico proposto pela equipe de saúde podem determinar o sucesso do tratamento.
A doença crônica, além de abalar o doente, tam- bém abala os grupos sociais em que o indivíduo en- contra-se inserido. Em virtude de sua proximidade, o primeiro grupo a sentir os impactos causados pela doença crônica é a família.
Com o crescimento e o amadurecimento de seus membros, algumas mudanças são esperadas no am- biente familiar, o que facilita a mudança no proces- so de adaptação. A ocorrência de um episódio de doença crônica na família acarreta mudanças rele- vantes na rotina familiar, tendo em vista os cuida- dos dispensados ao doente.
Faz-se necessária a fl exibilização na estrutura fa- miliar, para que se possa garantir que seus membros
desempenhem e assumam seus papéis para lidar com as mudanças ocorridas inesperadamente. Caso isto não ocorra, os papéis podem ser confundidos e a estrutura pode ser prejudicada.
CONCLUINDO
É necessário que a família também disponha de apoio profi ssional, com orientações adequadas para o devido suporte ao portador de doença crônica. Estando amparada e informada, a família se instru-
mentaliza para auxiliar o paciente. Para auxiliar a família e o paciente, existem atualmente os grupos de doentes crônicos e também de familiares de do- entes crônicos, que são muito utilizados para que os envolvidos troquem experiências, compartilhem sentimentos, como também em alguns casos pos- sam unir forças no tocante a cobrar das esferas pú- blicas um tratamento mais digno ou mesmo outras reivindicações que se fi zerem necessárias para me- lhoria da qualidade de vida do paciente e familiares.