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PROGRAMAS DE ATENDIMENTO À FAMÍLIA Programa Bolsa Família (PBF)

No documento CONTROLESOCIAL,FAMÍLIAESOCIEDADE (páginas 98-103)

REDE DE APOIO À FAMÍLIA  Conteúdo

PROGRAMAS DE ATENDIMENTO À FAMÍLIA Programa Bolsa Família (PBF)

Ligado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, este programa de transferên- cia direta de renda possui condicionalidades que benefi ciam famílias em situação de pobreza (com renda mensal per capita de R$70,00 a R$140,00) e extrema pobreza (com renda mensal per capita de até R$70,00), de acordo com a Lei 10.836, de 9 de janeiro de 2004 e o Decreto no 5.209, de 17 de se-

tembro de 2004.

O PBF integra a estratégia FOME ZERO, que tem o objetivo de assegurar o direito humano à alimen- tação adequada, promovendo a segurança alimen- tar e nutricional e contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome.

O programa pauta-se na articulação de três di- mensões essenciais à superação da fome e da pobreza:

• promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à família; • reforço ao exercício de direitos sociais básicos

nas áreas de Saúde e Educação, por meio dos cumprimentos das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam rom- per o ciclo da pobreza entre gerações;

• coordenação de programas complementa- res, que têm por objetivo o desenvolvimento das famílias, de modo que os benefi ciários do Bolsa Família consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza. São exemplos de programas complementares: programas de ge- ração de trabalho e renda, de alfabetização de adultos, de fornecimento de registro civil e de- mais documentos.

Fonte: www.mds.gov.br

Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) Sob a égide também do Ministério do Desenvol- vimento Social de Combate à Fome, o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) expressa um conjunto de ações relativas à acolhida, informação e orientação, inserção em serviços da assistência social, como socioeducativos e de convivência, en- caminhamentos a outras políticas, promoção de acesso à renda e, especialmente, acompanhamen- to sociofamiliar. Esse programa é desenvolvido no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Objetivos do PAIF

• Contribuir para a prevenção e o enfrentamento de situações de vulnerabilidade e risco social; • Fortalecer os vínculos familiares e comunitá-

rios;

• Promover aquisições sociais e materiais às fa- mílias, com o objetivo de fortalecer o protago- nismo e a autonomia das famílias e comunida- des.

 Público do PAIF/CRAS

População em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação ou ausência de ren-

da, acesso precário ou nulo aos serviços públicos, com vínculos familiares, comunitários e de perten- cimento fragilizados que vivenciam situações de discriminação etária, étnica, de gênero ou por defi - ciências, entre outros.

O que é CRAS

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública da política de assis- tência social, de base municipal, integrante do SUAS. Localizado em áreas com maiores índices de vulne- rabilidade e risco social é destinado à prestação de serviços e programas socioassistenciais de proteção social básica às famílias e indivíduos, e à articulação destes serviços no seu território de abrangência, e uma atuação intersetorial na perspectiva de poten- cializar a proteção social.

Algumas ações da proteção social básica devem ser desenvolvidas necessariamente nos CRAS, como o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) e outras, mesmo ocorrendo na área de abrangência desses centros, podem ser desenvolvidas fora de seu espaço físico, desde que a ele referenciadas.

O CRAS também deve organizar a vigilância da exclusão social de sua área de abrangência, em co- nexão com outros territórios.

Equipe de referência do CRAS

O CRAS é uma unidade socioassistencial que possui uma equipe de trabalhadores da política de assistência social responsáveis pela implementação do PAIF, de serviços e projetos de proteção básica e pela gestão articulada no território de abrangência, sempre sob orientação do gestor municipal. Esse conjunto de trabalhadores é denominado “equipe de referência do CRAS” e sua composição, regula- mentada pela Norma Operacional Básica de Recur- sos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS), depende do número de famílias referenciadas ao CRAS. Centro de Referência Especializado

de Assistência Social (CREAS)

O Centro de Referência Especializado de Assis- tência Social (CREAS), integrante do Sistema Único

de Assistência Social (SUAS), constitui-se em uma unidade pública estatal, responsável pela oferta de atenções especializadas de apoio, orientação e acompanhamento a indivíduos e famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos.

Objetivos

• Fortalecer as redes sociais de apoio à família; • Contribuir no combater a estigmas e precon-

ceitos;

• Assegurar proteção social imediata e atendi- mento interdisciplinar às pessoas em situação de violência visando sua integridade física, mental e social;

• Prevenir o abandono e a institucionalização; • Fortalecer os vínculos familiares e a capacida-

de protetora da família. Público-alvo

Crianças, adolescentes, jovens, mulheres, pessoas idosas, pessoas com defi ciência e suas famílias, que vivenciam situações de ameaça e violações de di- reitos por ocorrência de abandono, violência física, psicológica ou sexual, exploração sexual comercial, situação de rua, vivência de trabalho infantil e ou- tras formas de submissão a situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impe- dem de usufruir de autonomia e bem-estar.

Como funciona

O CREAS oferta acompanhamento técnico espe- cializado desenvolvido por uma equipe multipro- fi ssional, de modo a potencializar a capacidade de proteção da família e favorecer a reparação da situ- ação de violência vivida.

O atendimento é prestado no CREAS, ou pelo deslocamento de equipes em territórios e domicí- lios, e os serviços devem funcionar em estreita arti- culação com o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Conselhos Tutelares e outras Organizações de Defesa de Direitos, com os demais serviços socioassistenciais e de outras políticas pú-

blicas, no intuito de estruturar uma rede efetiva de proteção social.

O CREAS presta diretamente os seguintes serviços de natureza especializada e continuada:

Serviço de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescen- tes – tem como objetivo assegurar proteção ime- diata e atendimento psicossocial às crianças e aos adolescentes vítimas de violência (física, psicológi- ca, negligência grave), abuso ou exploração sexual comercial, bem como a seus familiares.

Para tanto, oferece acompanhamento técnico especializado, psicossocial e jurídico desenvolvi- do por uma equipe multiprofi ssional que mantém permanente articulação com a rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas, bem como com o Sistema de Garantia de Direi- tos (Ministério Público, Conselho Tutelar, Vara da Infância e da Juventude, Defensoria Pública e ou- tros). Além do atendimento psicossocial e jurídico, o serviço deve ofertar ações de prevenção e busca ativa que, por intermédio de equipes de aborda- gem em locais públicos, realize o mapeamento das situações de risco e/ou violação de direitos que envolvam crianças e adolescentes. Sempre que, no acompanhamento ou busca ativa, forem constata- das situações de violência ou exploração de crian- ças e adolescentes, a autoridade competente deve ser comunicada, sem prejuízo da notifi cação ao Conselho Tutelar.

Serviço de Orientação e Apoio Especializado a Indivíduos e Famílias Vítimas de Violência:

Tem como objetivo o atendimento de situações de violência contra mulheres, idosos, pessoas com defi ciência, bem como situações de preconceito, homofobia, entre outros. O atendimento psicos- social opera-se na proteção imediata à vítima e ao seu núcleo familiar, prevenindo a continuidade da violação de direitos com atendimento técnico espe- cializado, como também providências no tocante à responsabilização.

Serviço de orientação e acompanhamento a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida e de prestação de serviços à comunidade

O serviço tem como objetivo proporcionar o acompanhamento dos adolescentes em cumpri- mento de medidas socioeducativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069/90. Tal acompanhamento, previsto na Po- lítica Nacional de Assistência Social (PNAS), deve estar pautado na concepção do adolescente como sujeito de direitos, em condição peculiar de desen- volvimento.

Fonte: www.mds.gov.br

Programa saúde da família

Vinculado ao Ministério da Saúde, o Programa Saúde da Família ou PSF, teve início, em 1994, como um dos programas propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção básica. O PSF é tido como uma das principais estratégias de re- organização dos serviços e de reorientação das práti- cas profi ssionais neste nível de assistência, promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação.

Atualmente, o PSF é defi nido como Estratégia Saúde da Família (ESF), em vez de programa, visto que o termo programa aponta para uma ativida- de com início, desenvolvimento e fi nalização. O PSF é uma estrátégia de reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para fi nalizar esta reorganização.

Diretriz conceitual

Os princípios fundamentais da atenção básica no Brasil são: integralidade, qualidade, equidade e par- ticipação social. Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde da Família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a corresponsabilidade destes profi ssionais com os usuários e a comunidade.

Seu desafi o é o de ampliar suas fronteiras de atu- ação visando uma maior resolubilidade da atenção, onde a Saúde da Família é compreendida como a

estratégia principal para mudança deste modelo, que deverá sempre se integrar a todo o contexto de reorganização do sistema de saúde.

Equipes de saúde

As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 6 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental.

Portaria ministerial institui o NASF

A Portaria no 154, de 24 de janeiro de 2008, repu-

blicada em 4 de março de 2008, instituiu a criação dos Núcleos de Apoio Saúde da Família (NASF), atendendo a uma das maiores reivindicações dos profi ssionais da Saúde da Família: a inserção de áre- as correlatas às atividades dos profi ssionais da Aten- ção Básica.

A responsabilização compartilhada entre as Equi- pes Saúde da Família (ESF) e as equipes do NASF na comunidade prevê a revisão da prática atual do encaminhamento com base nos processos de refe- rência e contrarreferência, ampliando-a para um processo de acompanhamento longitudinal de res- ponsabilidade da equipe de Atenção Básica/Saú- de da Família, atuando no fortalecimento de seus atributos e no papel de coordenação do cuidado no SUS.

A portaria salienta que os NASF “não se consti- tuem em porta de entrada do sistema e devem atu- ar de forma integrada à rede de serviços de saúde a partir das demandas identifi cadas no trabalho con- junto com as ESF”.

Foram concebidos, nos moldes da Portaria 154, os NASF 1 e 2 sendo que em nenhum município brasileiro ou no Distrito Federal poderão existir os dois modelos concomitantemente. As característi- cas dos modelos 1 e 2 são:

NASF 1 – Introduzidos com repasses de R$20 mil reais mensais e compostos por, no mínimo, cinco profi ssionais de ocupações não coincidentes entre elas:

• médico acupunturista; • assistente social;

• profi ssional de Educação Física; • farmacêutico; • fi sioterapeuta; • fonoaudiólogo; • médico ginecologista; • médico homeopata; • nutricionista; • médico pediatra; • psicólogo; • médico psiquiatra; e • terapeuta ocupacional.

Cada NASF 1 servirá de referência para no mínimo oito ESF. Exceto nos municípios com menos de 100 mil habitantes da Região Norte, nos quais, o mínimo poderá ser de cinco Equipes Saúde da Família.

NASF 2 – Esta modalidade será introduzida so- mente nos municípios que tenham densidade po- pulacional abaixo de dez habitantes por quilômetro quadrado, de acordo com dados da Fundação Ins- tituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), ano base 2007, com repasse de R$6 mil mensais. Para compor esta equipe um mínimo de três pro- fi ssionais de ocupações não coincidentes, entre elas: Assistente social; profi ssional de Educação Física; farmacêutico; fi sioterapeuta; fonoaudiólogo; nutri- cionista; psicólogo; e terapeuta ocupacional. Fonte: www.saude.gov.br

CONCLUINDO

Para que as necessidades da família sejam supri- das, espera-se que a família seja concebida de forma sólida na agenda política dos governos para que ela possa prover sua autonomia para que seus direitos sejam respeitados.

É necessário que as políticas públicas venham em apoio à família pobre não somente em relação à renda, mas também em relação ao acesso a bens e serviços sociais. Alguns princípios precisam ser considerados ao se propor políticas de atendimento à família, como:

• Pensar em ações pautadas na família real como alvo e não na família sonhada. A família pode ser fonte de afeto e também de confl ito, o que signifi ca considerá-la um sistema aberto, vivo, em constante transformação.

• Olhar a família em processo constante de mu- tações, sua vulnerabilidade e sua fragilidade, ampliando o foco sobre a mesma.

• Trabalhar com a escuta da família, reconhecen- do sua heterogeneidade.

• Enxergar a família em sua totalidade e não iso- ladamente, mas trabalhar com o conjunto de seus membros; se um membro está precisando de assistência, sua família estará também. • Centrar as políticas públicas na família, re-

conhecendo-a como potencializadora dessas ações e como sujeito capaz de maximizar re- cursos.

• O Estado não pode substituir a família; portan- to a família precisa ser orientada, auxiliada e acompanhada.

• Não dá para falar de políticas públicas sem falar em parceria com a família.

Sabemos que há muito ainda o que se refl etir, adequar e consolidar sobre a situação da família no âmbito das políticas públicas, uma vez que a famí- lia, tida como espinha dorsal da sociedade, está em constante mutação remetendo a implementação de ações que venham ao encontro das necessidades da família atendida, considerando particularidades históricas, sociais, culturais e regionais.

Unidade Didática – Família e Sociedade

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O ASSISTENTE SOCIAL E O TRABALHO

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