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IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

No documento CONTROLESOCIAL,FAMÍLIAESOCIEDADE (páginas 70-72)

DINÂMICA DO GRUPO FAMILIAR  Conteúdo

IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

É na família que acontece o primeiro contato do ser humano com o mundo. É no ambiente fami- liar que a criança começa a se situar como pessoa, distinguindo o que é correto. Através das fi guras paterna e materna, espelha-se, cria-se um modelo a ser seguido, o que nem sempre acontece, porém é dentro deste meio que irá desenvolver o seu in- telecto, sua visão de mundo, defi nindo o papel que irá desempenhar, já que tudo que acontece no meio familiar é absorvido pelo indivíduo na construção da sua identidade.

A identidade refere-se ao processo de representa- ção na relação entre o eu e o outro, ou seja, a identi- dade é um produto das relações com os outros, con- sistindo na formação da autoimagem, da percepção que cada um tem de si mesmo como pessoa, como membro da sociedade.

A família possui caráter de Instituição Familiar sendo, historicamente determinado. Quando dize- mos “Instituição”, estamos considerando o conjunto de ações desenvolvidas por um grupo particular de pessoas, pela historicidade e pelo controle que exer- cem sobre seus membros.

Trata-se de uma instituição que pode ser consi- derada especial. Segundo Pierucci (1981, p. 36) “É na família que a sociedade tem origem, como é ela

que a sociedade tem origem, como é ela que garante sua preservação, estabilidade e coesão”.

Todo indivíduo vive em grupos que infl uenciam a construção do seu eu. O individual é um refl exo, como o de um espelho, a imagem refl etida é a de um eu, que ao longo do tempo absorveu das diversas convivências, marcas falas, presença de modelos de outros.

O mundo da infância é o momento da absorção de papéis, atitudes e outros signifi cativos aos quais se identifi ca por diversos modos emocionais, sendo capaz, então, de adquirir uma identidade subjetiva coerente e plausível.

Identidade é objetivamente definida como localização em um certo mundo e só pode ser subjetivamente apropriada juntamente com este mundo.

Para entendermos melhor a questão da iden- tidade, faz-se necessário localizar no meio (gru- po) do qual fazemos parte, observando relações estabelecidas pelas práticas, pelo agir, pensar, sentir e outros. Constatamos que nós somos nos- sas ações, nós nos fazemos pela prática, ou seja, que a identidade passa a ser entendida como o próprio processo de identificação, não podendo isolar-se do conjunto de elementos como bioló- gicos, psicológicos, sociais, que podem caracte- rizar um indivíduo, expressando a identidade. Segundo Ciampa (1994, p. 15) “Identidade é movimento, é desenvolvimento concreto, Iden- tidade é metamorfose. É sermos o Um e o Outro, para que cheguemos a ser um, numa Infindável transformação.

Por sua vez, afi rmam Berger e Luckmann (1997, p. 182)

Na socialização primária, por conseguinte, é cons- truído o primeiro Mundo do indivíduo. Sua pecu- liar qualidade de solidez tem de ser explicada, ao menos em parte, pela inevitalidade da relação do indivíduo com os primeiros outros signifi cativos para ele. O mundo da infância em sua luminosa realidade, conduz a ter confi ança não somente nas pessoas dos outros signifi cativos, mas nas defi ni- ções da situação dadas por estes.

A socialização primária tem, em geral, para indi- víduo, o valor mais importante. Cabe observar a es- trutura básica de toda socialização secundária deve ser similar à socialização primária. A socialização primária é a primeira socialização que o indivíduo experimenta na infância, em virtude da qual se tor- na membro da sociedade.

Estar em sociedade signifi ca participar da trans- formação da sociedade, contudo o indivíduo não nasce membro da sociedade. Nasce com predis- posição para a sociedade, sociabilidade e torna-se membro da sociedade.

O processo da socialização primária prepara o ser humano para os relacionamentos interpessoais futuros. No convívio familiar, o indivíduo cresce, evolui como pessoa aprendendo os primeiros pas- sos da socialização.

Confi rmando nosso raciocínio inicial, Escardó (apud OSÓRIO, 1996, p. 15) observa-se que:

“[...] a palavra família não designa uma institui- ção padrão, fi xa e invariável. Através dos tempos a família adota formas e mecanismos sumamente diversos e na atualidade coexistem no gênero hu- mano tipos de família constituídos sobre princípios morais e psicológicos diferentes e ainda contraditó- rios e inconciliáveis”.

CONCLUINDO

O ciclo vital de uma família pode ser resumido como:

– Formação do Casal para a construção de uma nova família.

– Nascimento dos fi lhos. – Adolescência dos Filhos.

– Saída dos fi lhos da casa dos pais. – Morte dos Avós.

Caros(as) acadêmicos(as), lembramos que atu- almente o ciclo vital da família também esbarra em outros tipos de rupturas, os divórcios, constantes na nossa sociedade. A questão do divórcio nos remete também a repensar a questão familiar, onde acon- tecem alterações signifi cativas no seio familiar. Ilus- trando o que afi rmamos, na eventualidade de um di- vórcio, ocorrida pela saída de um dos cônjuges e não dos fi lhos. Seria então coerente afi rmar que em tais circunstâncias, a família original é interpelada em seu ciclo vital e cada um dos cônjuges com ou sem seus fi lhos irá reconstruir novos núcleos familiares.

Dessa forma, podemos concluir que a família pos- sui um ciclo que apenas nos serve como manifesta- ção de uma transitoriedade das funções uma vez que, como já dissemos anteriormente, ela é dinâmica mas indispensável para o processo civilizatório.

Unidade Didática – Família e Sociedade

AULA

3

DINÂMICA DO GRUPO FAMILIAR

 Conteúdo

• Retrospectiva da família brasileira • A modernização da família brasileira • Dados estatísticos da família brasileira

 Competências e habilidades

• Conhecer a trajetória histórica da família brasileira

• Conhecer as transformações ocorridas na família brasileira

 Material para autoestudo

Verifi car no Portal os textos e as atividades disponíveis na galeria da unidade

 Duração

2 h-a – via satélite com professor interativo 2 h-a – presenciais com professor local 10 h-a – mínimo sugerido para autoestudo

BREVE RETROSPECTIVA DA FAMÍLIA BRASILEIRA

No documento CONTROLESOCIAL,FAMÍLIAESOCIEDADE (páginas 70-72)