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O PAPEL DA TEORIA

No documento CONTROLESOCIAL,FAMÍLIAESOCIEDADE (páginas 128-133)

O ARTIGO CIENTÍFICO – FORMA DE APRESENTAÇÃO

APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO ARTIGO

2.1 O PAPEL DA TEORIA

c) que nas seções terciárias e quaternárias, se uti- lize somente a inicial maiúscula do título, com fonte 12, precedido do indicativo numérico correspon- dente.

Ex.:

2.1.1 A função social da universidade

Destacamos que haverá limite no número de se- ções e subseções do artigo em no máximo cinco.

Quanto à utilização de recursos de destaque – itálico, negrito, sublinhado, aspas, entre outros – recomenda-se evitar o excesso para não poluir vi- sualmente o texto. O itálico somente será aceito em palavras estrangeiras, aspas duplas somente para ci- tações curtas e negrito para títulos das seções (con- forme acima explicado) e para os títulos das obras utilizadas na elaboração do texto, e presentes na lis- ta de referências.

O texto poderá apresentar ilustrações com vistas a oferecer mais informações sobre o assunto. As ilus- trações compreendem quadros, gráfi cos, desenhos, mapas e fotografi as, lâminas, quadros, plantas, retra- tos, organogramas, fl uxogramas, esquemas ou outros elementos autônomos e demonstrativos de sínteses, necessárias à complementação e melhor visualização do texto. Deverão aparecer na própria folha onde está inserido o texto ou o mais próximo possível.

As tabelas e gráfi cos constituem uma forma ade- quada para apresentar dados numéricos, principal-

mente quando compreendem valores comparativos. Devem estar inseridas em local próximo ao texto a que se referem e elaboradas de forma compreensível ao leitor.

Conforme orientações do IBGE as tabelas devem seguir a seguinte recomendação:

a) a tabela possui seu número independente e consecutivo;

b) o título da tabela deve ser o mais completo possível dando indicações claras e precisas a respeito do conteúdo;

c) o título deve fi gurar acima da tabela, precedi- do da palavra Tabela e de seu número de or- dem no texto, em algarismos arábicos;

d) devem ser inseridas mais próximas possível ao texto onde foram mencionadas;

e) a indicação da fonte, responsável pelo forne- cimento de dados utilizados na construção de uma tabela, deve ser sempre indicada no ro- dapé da mesma, precedida da palavra Fonte: após o fi o de fechamento;

f) notas eventuais e referentes aos dados da tabe- la devem ser colocadas também no rodapé da mesma, após o fi o do fechamento;

g) fi os horizontais e verticais devem ser utiliza- dos para separar os títulos das colunas nos cabeçalhos das tabelas, e fi os horizontais para fechá-las na parte inferior. Nenhum tipo de fi o deve ser utilizado para separar as colunas ou as linhas;

h) no caso de tabelas grandes e que não caibam em uma só folha, deve-se dar continuidade a mesma na folha seguinte; nesse caso, o fi o horizontal de fechamento deve ser colocado apenas no fi nal da tabela, ou seja, na folha se- guinte. Nesta folha também são repetidos os títulos e o cabeçalho da tabela.

Para as citações, recomenda-se utilizar as orien- tações da NBR 10520. Vale ressaltar que a fi nalidade da citação é mencionar no texto informações advin- das de outras fontes, sendo imprescindível garantir a autoria da informação.

As citações podem ser feitas na forma direta ou na indireta. Na forma direta devem ser transcritas entre aspas, quando ocuparem até três linhas im- pressas. Quanto à indicação de autoria, pode-se uti- lizar o sistema numérico (referência no rodapé) ou o sistema autor-data. No caso do artigo a ser elabo- rado neste módulo, remendamos utilizar o sistema autor-data, ou seja, feita a citação deve ser imediata- mente inserida a fonte (autoria).

Ex.:

Segundo Rudio (1990, p. 20) “as amostras do tipo probabilísticas caracterizam-se princi- palmente, por permitir que cada elemento da população-alvo tenha a probabilidade de fazer parte da amostra”.

O autor do texto ainda pode utilizar-se de notas de rodapé; as mesmas objetivam prestar esclareci- mentos, tecer considerações, que não devem ser incluídas no texto, para não interromper a sequên- cia lógica da escrita. Geralmente referem-se aos comentários e/ou observações pessoais do autor ou acréscimo de informações com vistas a melhor esclarecer o assunto em pauta.

Recomenda-se reduzir ao mínimo a utilização de notas que deverão estar situadas em local tão próxi- mo quanto possível ao texto. Para fazer a chamada das notas de rodapé, usam-se os algarismos arábi- cos, na entrelinha superior sem parênteses, com numeração progressiva nas folhas. São digitadas em espaço simples em tamanho 10.

O texto científi co

A execução da pesquisa envolve etapas que mui- tas vezes, ocorrem de forma concomitante, por exemplo a leitura da fonte necessária para funda- mentar o estudo e a coleta de informações em cam- po – se for este o tipo defi nido.

Contudo, não basta a leitura, faz-se necessário organizar o lido em um texto que permita orientar o leitor no entendimento do objeto central do estudo de forma a dar-lhe uma determinada confi guração,

situando-o dentro de um contexto social, político e histórico.

Comumente se verifi ca a difi culdade que a escrita representa para as pessoas; realmente escrever é um esforço que implica aprendizado. Orienta-se muita leitura para se obter uma boa escrita.

A escrita de um texto que exponha o resultado de uma pesquisa é uma das atividades mais impor- tante do processo de investigação, pois é a forma de divulgar os resultados para a comunidade e tornar o conhecimento acessível a todos.

Em geral a pesquisa científi ca é uma atividade complexa, e a exposição do objeto de estudos impli- ca esforço com o objetivo de torná-lo compreensível para o leitor.

Recomenda-se que os textos técnicos, sejam pre- cisos e concisos, assim haverá a necessidade da re- visão do texto (várias!) para que não se sacrifi que o entendimento do que se pretende, devido ao exces- so de objetividade que se persegue.

Algumas orientações podem ser descritas para racionalizar o processo de elaboração do texto do artigo científi co. A primeira se refere ao tempo que será destinado à atividade e a disciplina necessária, pois está é uma etapa do trabalho que requer a or- ganização do tempo de estudo e produção a fi m de efetivamente se obter o resultado.

A seguir é importante organizar a estrutura do texto. Defi nido está que o texto a ser escrito é na forma de artigo científi co, então estabeleça as seções e subseções do texto que representam as temáticas centrais a serem abordadas na explicitação do ob- jeto de estudos. Cuide para que o seu texto tenha uma evolução lógica, contendo as informações mais relevantes do trabalho.

Uma recomendação importante: dê início à es- crita do texto pelo conteúdo referente ao objeto de estudos propriamente dito e deixe a introdução, conclusão para depois de feita esta parte.

Um aspecto que não poderá ser descuidado é o conjunto de fontes (referências) que comporão o trabalho; utilize preferencialmente fontes recentes, o que não signifi ca que não deva utilizar-se dos tex-

tos clássicos, busque também periódicos, revistas reconhecidas no âmbito da ciência e base de dados confi áveis, quando for utilizar-se de documentos eletrônicos.

Como o texto técnico busca a precisão, muitas ve- zes tendem a tornar-se repetitivos o que nem sempre signifi ca prejudicar o estilo. Observe as orientações em relação à norma no que se refere ao tamanho dos caracteres do texto, das citações, dos títulos princi- pais e secundários, tamanho das margens.

No quesito formatação procure evitar uma única palavra na última linha de um parágrafo, uma linha no topo de uma página, um só parágrafo em uma seção ou uma única subseção de uma seção. Não separe um (sub)título do texto que o segue pois um título no fi nal de uma página deve ser seguido de algumas linhas de texto.

Quanto às fi guras e ilustrações, dê preferência aos recursos mais simples e sem grandes efeitos es- téticos que nada acrescentam ao texto. Evite gráfi - cos esparsos, com poucas linhas ou congestionados, com excesso de linhas.

Hexsel (2004) aponta algumas recomendações na elaboração do texto:

a) Não use conceitos sem defi ni-los (se for ne- cessário utilize o rodapé).

b) Nunca introduza um termo pela sua abreviatura. c) Evite anglicismos. Use uma expressão que

melhor traduza o sentido da palavra e cite o termo original entre parênteses, entre aspas ou em itálico. Nomes próprios, em geral, não necessitam ser traduzidos (protocolos, inter- faces padronizadas etc.).

d) Evite frases muito curtas ou infi nitamente longas, e use vocabulário apropriado para a área em que seu estudo e insere.

e) Como regra geral, textos técnicos devem ser escritos na voz passiva e no presente.

f) Ao inserir referências bibliográfi cas no texto, sempre que possível tente colocar a citação em um ponto da frase que não interrompa o fl uxo do texto.

g) Ao descrever um [...] método, tome muito cuidado para manter claramente separada a parte que descreve o quê da parte que descre- ve como.

h) Na medida do possível, evite listas iniciadas com dois pontos. Se os itens forem longos, possivelmente uma separação em vários pará- grafos decorre num leiaute visualmente mais agradável.

Medeiros (2000) acrescenta mais algumas orien- tações: redigir o trabalho na 3a pessoa do singular

ou na forma impessoal e não se esqueça da correção gramatical.

Para a redação ser bem concisa e clara, não se deve seguir o ritmo comum do nosso pensamen- to, que geralmente se baseia na associação livre de ideias e imagens. Assim, para explanar as ideias de modo coerente, é necessário cortes e adições de pa- lavras ou frases.

O parágrafo é a unidade em que se desenvolve uma ideia central que se encontra ligada às ideias secundárias devido ao mesmo sentido. Deste modo, quando se muda de assunto, muda-se de parágrafo.

O parágrafo segue a mesma lógica de toda a re- dação com unidade (uma só ideia principal), coe- rência (articulação entre as ideias) e a ênfase (volta à ideia principal).

A condição primeira e indispensável de uma boa redação científi ca é a clareza e a precisão das ideias. Assim quanto mais clareza se tiver no entendimento do objeto de estudos, mais clareza na expressão do pensamento. Daí ser imprescindível a leitura, que alarga os horizontes do entendimento, enriquece o vocabulário e sedimenta conceitos.

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O SERVIÇO SOCIAL NA

CONTEMPORANEIDADE

MÓDULO

Unidade Didática – Desafi os e Perspectivas do

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