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os direitos fundamentais s˜ao um elemento estrutural do Estado de Direito, dificil mente, podendo-se concebˆe-los como realidades distintas (um n˜ao pode existir sem

o outro), e, tendo-se como prova dessa interdependˆencia, a evoluc¸˜ao de ambos os con-

ceitos, que tem ocorrido paralelamente, renovando-se e completando-se, constata-se que,

seguindo a tradic¸˜ao constitucional, as Cartas Constitucionais enumeram uma t´abua

de direitos fundamentais, que s˜ao assim denominados por causa da importˆancia que

possuem como elemento material b´asico para configurar o sistema jur´ıdico e pol´ıtico.

MAS, POR OUTRO LADO, N ˜AO SE TEM DEIXADO DE ATRIBUIR ESSES DIREITOS A

ALGU ´EM, DA´I A SUA DIMENS ˜AO SUBJETIVA(BEZERRA, 2007, p. 204-205) (grifado

no original somente em it´alico),

e, desta maneira, se os cidad˜aos (toda a coletividade de indiv´ıduos), atrav´es dos instrumentos

previstos pela Constituic¸˜ao Cidad˜a que viabilizam a Democracia Participativa

140, e por meio

PRIMORDIAL DE CADA PA´IS E DEVE CONSTITUIR UM PROCESSO INTEGRAL E CONTINUADO PARA A CRIAC¸ ˜AO DE UMA ORDEM ECON ˆOMICA E SOCIAL JUSTA QUE PERMITA A PLENA REALIZAC¸ ˜AO DA PESSOA HUMANA E PARA ISSO CONTRI- BUA. [...] Artigo 42: Os Estados membros reconhecem que a integrac¸˜ao dos pa´ıses em desenvolvimento do Continente constitui um dos objetivos do Sistema Interamericano e, portanto, orientar˜ao seus esforc¸os e tomar˜ao as medidas necess´arias no sentido de acelerar o processo de integrac¸˜ao com vistas `a consecuc¸˜ao, no mais breve prazo, de um MERCADO COMUM LATINO-AMERICANO. [...] Artigo 45: Os Estados membros, convenci- dos de que o Homem somente pode alcanc¸ar a plena realizac¸˜ao de suas aspirac¸˜oes dentro de uma ordem social justa, acompanhada de desen- volvimento econˆomico e de verdadeira paz, convˆem em envidar os seus maiores esforc¸os na aplicac¸˜ao dos seguintes princ´ıpios e mecanismos: a) TODOS OS SERES HUMANOS, SEM DISTINC¸ ˜AO DE RAC¸ A, SEXO, NACIONALIDADE, CREDO OU CONDIC¸ ˜AO SOCIAL, T ˆEM DIREITO AO BEM-ESTAR MATERIAL E A SEU DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL EM CONDIC¸ ˜OES DE LIBERDADE, DIGNI- DADE, IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E SEGURANC¸ A ECON ˆOMICA; Artigo 46: Os Estados membros reconhecem que, para facilitar o processo de integrac¸˜ao regional latino-americana, ´e necess´ario harmonizar a legislac¸˜ao social dos pa´ıses em desenvolvimento, especialmente no setor trabalhista e no da previdˆencia social, a fim de que os direitos dos trabalhadores sejam igualmente protegidos, e convˆem em envidar os maiores esforc¸os com o objetivo de alcanc¸ar essa finalidade. Artigo 47: Os Estados membros dar˜ao primordial importˆancia, dentro dos seus planos de desenvolvimento, ao est´ımulo da educac¸˜ao, da ciˆencia, da tecnologia e da cultura, orientadas no sentido do MELHORAMENTO INTE- GRAL DA PESSOA HUMANA e como fundamento da democracia, da justic¸a social e do progresso. [...] Artigo 94: O Conselho Interameri- cano de Desenvolvimento Integral tem como finalidade promover a cooperac¸˜ao entre os Estados americanos, com o prop´osito de obter seu desen- volvimento integral e, em particular, de contribuir para a eliminac¸˜ao da pobreza cr´ıtica, segundo as normas da Carta, principalmente as consig- nadas no Cap´ıtulo VII no que se refere aos campos econˆomico, social, educacional, cultural, e cient´ıfico e tecnol´ogico. Artigo 95: Para realizar os diversos objetivos, particularmente na ´area espec´ıfica da cooperac¸˜ao t´ecnica, o Conselho Interamericano de Desenvolvimento Integral dever´a: [...] c) Promover, coordenar e encomendar a execuc¸˜ao de PROGRAMAS E PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO aos ´org˜aos subsidi´arios e organismos correspondentes, com base nas PRIORIDADES DETERMINADAS PELOS ESTADOS MEMBROS, em ´areas tais como: 1) DESENVOLVIMENTO ECON ˆOMICO E SOCIAL, inclusive o com´ercio, o turismo, a integrac¸˜ao e o meio ambiente; 2) Melhoramento e ex- tens˜ao da educac¸˜ao a todos os n´ıveis, e a promoc¸˜ao da pesquisa cient´ıfica e tecnol´ogica, por meio da cooperac¸˜ao t´ecnica, bem como do apoio `as atividades da ´area cultural; e 3) FORTALECIMENTO DA CONSCI^ENCIA C´IVICA DOS POVOS AMERICANOS, COMO UM DOS FUNDAMENTOS DA PR´ATICA EFETIVA DA DEMOCRACIA E A DO RESPEITO AOS DIREITOS E DEVERES DA PESSOA HUMANA. (grifos nossos)”.

139CF/88, art. 3o: “Constituem objetivos fundamentais da Rep ´ublica Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e

solid´aria; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalizac¸˜ao e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, rac¸a, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminac¸˜ao.”, e Art. 4o: “A

Rep´ublica Federativa do Brasil rege-se nas suas relac¸˜oes internacionais pelos seguintes princ´ıpios: I - independˆencia nacional; II - prevalˆencia dos direitos humanos; III - autodeterminac¸˜ao dos povos; IV - n˜ao-intervenc¸˜ao; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - soluc¸˜ao pac´ıfica dos conflitos; VIII - rep´udio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperac¸˜ao entre os povos para o progresso da humanidade; X - concess˜ao de asilo pol´ıtico. Par´agrafo ´unico. A Rep ´ublica Federativa do Brasil buscar´a a integrac¸˜ao econˆomica, pol´ıtica, social e cultural dos povos da Am´erica Latina, visando `a formac¸˜ao de uma comunidade latino-americana de nac¸˜oes”. Assim, o car´ater humanista que orienta o teor dos objetivos fundamentaisa serem concretizados por todos os Poderes da Rep´ublica Federativa do Brasil est˜ao em consonˆancia com as diretrizes das Organizac¸˜oes Internacionais (Organizac¸˜ao das Nac¸˜oes Unidas (ONU) e Organizac¸˜ao dos Estados Americanos (OEA)), para a consolidac¸˜ao de uma integrac¸˜ao n˜ao s´o econˆomica, mas tamb´em, pol´ıtica, social e cultural dos povos da regi˜ao da Am´erica Latina, pois “em resumo, n˜ao ´e poss´ıvel elaborar uma pol´ıtica integracionista, objetivando a criac¸˜ao de um mercado comum ou ainda uma uni˜ao econˆomica mais profunda, sem, ao mesmo tempo, influenciar e atingir os direitos dos indiv´ıduos. H´a identidade e influˆencia rec´ıproca entre o conte ´udo das liberdades econˆomicas e os direitos titularizados pelos indiv´ıduos. [...] A FORC¸A EXPANSIVA DOS DIREITOS HUMANOS FOI SOLENEMENTE IGNORADA, QUIC¸´A POR SER TEMIDA, UMA VEZ QUE OFERECE UMA PROTEC¸~AO INDESEJADA AOS INDIV´IDUOS A SEREM AFETADOS PELA INTEGRAC¸~AO, OU AINDA POR SER CONSIDERADA ESTRANHA A UM PROCESSO QUE DEVERIA SER ESSENCIALMENTE ECON^OMICO. Contudo, h´a v´arios casos concretos da Europa Comunit´aria e tamb´em (em menor grau, pela juventude do processo) do Mercosul nos quais a realidade da protec¸˜ao de direitos humanos se impˆos. Destarte, a protec¸˜ao de direitos humanos ´e parte essencial em qualquer projeto de integrac¸˜ao econˆomica. Negar tal realidade ´e uma opc¸˜ao pol´ıtica que, longe de ser pragm´atica ou funcionalista, conspira contra uma uni˜ao mais profunda, pois justamente impede que haja uma reac¸˜ao coordenada contra as violac¸˜oes de direitos humanos, que impedem o fluxo livre dos fatores de produc¸˜ao e que obstaculizam a defesa da qualidade de vida e dignidade humana nos diversos Estados integrantes do processo. A aus^encia de uma prote¸c~ao efetiva e coerente dos direitos humanos em um processo de integra¸c~ao deslegitima o pr´oprio processo e cria um fator de desconfian¸ca e temor de que eventual transfer^encia de poder do Estado aos ´

org~aos integracionistas possa ser um fator de vulnera¸c~ao de direitos e eros~ao das garantias j´a conquistadas a duras penas no plano interno”. (RAMOS, 2008, p. 34-35) (grifado no original somente em it´alico).

140No cap´ıtulo 2 (O perfil da democracia brasileira na CF/88) deste trabalho est´a a relac¸˜ao dos Institutos da democracia participativa na atuac¸˜ao dos poderes p´ublicosno Estado Brasileiro prevista pela CF/88.

do exerc´ıcio de uma cidadania solid´aria141

nos espac¸os p´ublicos de deliberac¸˜ao para elaborac¸˜ao

e efetivac¸˜ao das pol´ıticas p´ublicas nacionais no atual mundo globalizado

142, n˜ao conseguem o

respeito dos poderes p´ublicos para que a atuac¸˜ao do Estado Democr´atico de Direito Brasileiro

143

seja efetivada em consonˆancia com os objetivos fundamentais de garantir o desenvolvimento

nacional

concomitantemente com o desenvolvimento social para a promoc¸˜ao do bem de todos

144

em prol da construc¸˜ao de uma sociedade livre, justa e solid´aria, o cidad˜ao - como indiv´ıduo

inserido no contexto de vida de uma coletividade145

poder´a, especialmente na representatividade

dos interesses desta coletividade, ir em busca do direito `a justic¸a146

de uma existˆencia digna147,

por meio de todos os recursos dispon´ıveis no ˆambito nacional148, para compelir o Estado a atuar

141“Solidariedade social nada mais ´e do que v´ınculo social ou interdependˆencia dos homens na vida em sociedade. [...] Que se criem e se desenvolvam pol´ıticas de solidariedade social, que visem `a mudanc¸a de atitude e de representac¸˜ao social dos direitos e dos deveres, no imagin´ario do povo e, principalmente, do legislador. Que as pr´aticas solidaristas retornem com todo o ´ımpeto, e sejam ensinadas nas escolas e academias, inserindo-as nos discursos, incrementando-as nas pr´aticas concretas, nas rela¸c~oes e projetos desenvolvidos, tanto pelo Estado como pela Sociedade Civil, quebrando-se a for¸ca da nossa cultura de n~ao solidariedade gerada pelo individualismo.” (BEZERRA, 2008b, p. 96; 197) (grifos nossos).

142“Poder´ıamos dizer que a globalizac¸˜ao ´e um processo pol´ıtico que tende `a integrac¸˜ao dos Estados, que nasceu a partir de um fato cultural (as inovac¸˜oes tecnol´ogicas e a revoluc¸˜ao das comunicac¸˜oes) e que tˆem consequˆencias econˆomicas, sociais, culturais e pol´ıticas e seu corol´ario no universo jur´ıdico, ao haverem sido introduzidas modificac¸˜oes no universo f´atico. Em s´ıntese, podemos sustentar que (1) trata-se de um processo pol´ıtico que tende `a integrac¸˜ao das sociedades em uma comunidade mundial; (2) alimenta-se de fatos socioculturais (o avanc¸o tecnol´ogico e a revoluc¸˜ao das comunicac¸˜oes) por´em tem consequˆencias radicais (3) na ordem econˆomica, social e cultural e (4) jur´ıdica de todo o globo”. (OCAMPO, 2009, p. 7) (grifado no original).

143Neste sentido, o jurista Paulo Cesar Santos Bezerra faz uma an´alise da dissociac¸˜ao entre o direito produzido e a realidade social na obra “Representac¸˜ao Social, Solidariedade Social e suas repercuss˜oes no Direito” (BEZERRA, 2008b, p. 67-98; 131-177).

144“Se todos os homens s˜ao livres e iguais e se os homens n˜ao vivem isolados uns dos outros ´e preciso que a convivˆencia, a repartic¸˜ao dos bens e o acesso aos benef´ıcios da vida social n˜ao permitam grandes desn´ıveis. A IGUALDADE DEVE SER ENTENDIDA, ANTES DE TUDO, COMO IGUALDADE DE POSSIBILIDADES DESDE O NASCIMENTO. Cada homem livre ´e respons ´avel pela preservac¸˜ao da liberdade dos outros ho- mens e n˜ao se pode admitir que uns nasc¸am com a certeza de que ter˜ao uma situac¸˜ao de superioridade, dos pontos de vista econˆomico, pol´ıtico e social, na mesma sociedade em que outros j´a nascem condenados a uma vida de mis´eria e submiss˜ao.” (DALLARI, 2010b, p. 15) (grifos nossos).

145PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS ECON ˆOMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS: “[...] Compreendendo que o indiv´ıduo, por ter deveres para com seus semelhantes e para com a coletividade a que pertence, tem a obrigac¸˜ao de lutar pela promoc¸˜ao e observˆancia dos direitos reconhecidos no presente Pacto [...] (grifos nossos).” CONVENC¸ ˜AO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS - PACTO DE S ˜AO JOS ´E DA COSTA RICA: “ [...] REITERANDO QUE, DE ACORDO COM A DECLARAC¸ ˜AO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM, s´o pode ser realizado o ideal do ser humano livre, isento do temor e da mis´eria, se forem criadas condic¸˜oes que permitam a cada pessoa gozar dos seus direitos econˆomicos, sociais e culturais, bem como dos seus direitos civis e pol´ıticos; [...] artigo 32 (Correlac¸˜ao entre deveres e direitos). 1. Toda pessoa tem deveres para com a fam´ılia, a comunidade e a humanidade. 2. Os direitos de cada pessoa s˜ao limitados pelos direitos dos demais, pela seguranc¸a de todos e pelas justas exigˆencias do bem comum, numa sociedade democr´atica.” (grifos nossos).

146CF/88, artigo 1o, par´agrafo ´unico: “TODO O PODER EMANA DO POVO, que o exerce por meio de represen-

tantes eleitos ou DIRETAMENTE, nos termos desta Constituic¸˜ao”. art. 5o, XXXV: “a lei n˜ao excluir´a da apreciac¸˜ao

do Poder Judici´ario les˜ao ou ameac¸a a direito.” (grifos nossos)”. Declarac¸˜ao Universal dos Direitos Humanos, Artigo VIII: “TODO SER HUMANO TEM DIREITO A RECEBER DO TRIBUNAIS NACIONAIS COMPETENTES REM´EDIO EFETIVO PARA OS ATOS QUE VIOLEM OS DIREITOS FUNDAMENTAIS QUE LHE SEJAM RECONHECIDOS PELA CONSTITUIC¸~AO OU PELA LEI.” (grifos nossos).

147Neste sentido: “n˜ao basta que o Estado incorpore, em ˆambito constitucional, um extenso rol de direitos sociais em prol do cidad˜ao. ´E dever estatal planejar e realizar esses direitos no plano concreto, cumprindo os ditames constitucionais, notadamente quanto `a garantia da dignidade da pessoa humana, o que est´a indissoci´avel da garantia de um m´ınimo existencial - requisito fundamental para o in´ıcio de uma participac¸˜ao social efetiva. Esse dever estatal (planejamento e realizac¸˜ao de prestac¸˜oes positivas) se efetiva atrav´es de pol´ıticas p ´ublicas. Por isso, uma das formas de tutela judicial dos direitos p´ublicos subjetivos ocorre atrav´es do controle da escolha das prioridades a serem atendidas por essas pol´ıticas e sua implementa¸c~ao do ponto de vista material, apesar de isso encontrar grande resistˆencia doutrin´aria e jurisprudencial [...]. Mas, mesmo diante desse quadro de avers˜ao ao controle sob o escudo da separac¸˜ao de poderes e da discricionariedade administrativa, A JURISDIC¸ ˜AO TER ´A DE CUMPRIR SUA FUNC¸ ˜AO SOCIAL E CONSTITUCIONAL. N˜ao pode se afastar de prestar a tutela jurisdicional, quando provocada, e nem perder de vista a necessidade de garantia de cidadania m´ınima, conferida em car´ater priorit´ario pelo atendimento ao m´ınimo existencial, que deve ser priorizado pelo Estado em suas pol´ıticas p ´ublicas.” (CARVALHO, 2009, p.138-139) (grifos nossos). Ainda, neste sentido o entendimento do jurista Celso Antˆonio Bandeira de Mello: “O sistema jur´ıdico brasileiro se rege pelo princ´ıpio constitucional da garantia do acesso `a justic¸a (art. 5o, XXXV) - princ´ıpio

da universalidade da jurisdic¸˜ao, o qual n˜ao est´a impedido de avaliar a atividade administrativa do Estado”. (BANDEIRA DE MELLO, 2005, p. 889-890).

148A possibilidade do cidad˜ao exercer a cidadania, no ˆambito do Estado Democr´atico de Direito, para invocar a tutela jurisdicional em busca do direito `a justic¸a de uma existˆencia digna e com objetivo de provocar e estabelecer o ju´ızo de constitucionalidade sobre os atos dos poderes p´ublicos, especialmente, as pol´ıticas p´ublicas, ´e fundamental, pois o indiv´ıduo somente poder´a recorrer aos sistemas internacionais (global e regional), para requerer a responsabilizac¸˜ao do Estado por violac¸˜ao `as diretivas internacionais (tratados e declarac¸˜oes) de protec¸˜ao e promoc¸˜ao dos direitos humanos, se comprovar que percorreu, sem sucesso, todas as instˆancias do Ordenamento Jur´ıdico Interno. Assim, “a subsidiariedade dos mecanismos internacionais de apurac¸˜ao de violac¸˜oes de direitos humanos consiste no reconhecimento do dever prim´ario do Estado em prevenir violac¸˜oes de direitos protegidos, ou, ao menos, reparar os danos causados `as v´ıtimas, para somente ap´os seu fracasso, ser invocada a protec¸˜ao internacional. Por isso, AS V´ITIMAS DE VIOLAC¸~OES DE DIREITOS HUMANOS DEVEM, EM GERAL, ESGOTAR OS MEIOS OU RECURSOS INTERNOS DISPON´IVEIS PARA A CONCRETIZAC¸~AO DO DIREITO PROTEGIDO, PARA, AP´OS O INSUCESSO DA TENTATIVA

em prol da implementac¸˜ao de pol´ıticas p´ublicas capazes de concretizar os direitos humanos sociais,

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