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174 Estudo transversal por conveniência Os encarregados de educação de 661 crianças do 1.º ciclo do ensino

básico. Os pais completaram o Children Food Neofobia Scale (CFNS) e um questionário para avaliação do consumo e preferências de HF, assim como das variáveis parentais (sociodemográficas, autoeficácia e preocupação).

Verifica-se associação negativa entre o grau de neofobia alimentar e o grau de preferência por leguminosas (r = -0,321), legumes (r = -0,380)e frutos (r = -0,354) p < 0,01. A neofobia apresenta correlação negativa com a escolaridade dos pais assim como com o rendimento do agregado familiar. Apresenta correlação positiva com a preocupação e negativa com a autoeficácia parental.

Os resultados apontam para que a neofobia é uma característica a ser trabalhada nas intervenções com a população infantil. Serão discutidas as implicações teóricas e práticas dos resultados apresentados. Palavras-chave: Neofobia, parentalidade, preferência, hortofrutícolas

Letícia Salomoni de Sá Brazhnyk

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Av. D. João II, Lote 4.69.01

1990 - 096 Lisboa

lesalomoni@gmail.com

INTERVENÇÕES PARA A PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL: ESTADO DA ARTE EM PORTUGAL

Jessica Filipe1, & Cristina A. Godinho1,2

1Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal, 2University College London

A prevenção obesidade infantil em Portugal é prioritária e tem sido alvo de vários projetos. Este estudo teve como objetivo desenvolver um registo nacional das intervenções implementadas.

Os projetos foram identificados através de várias bases de dados e websites de Administrações Regionais de Saúde (ARS), Direcção-Geral da Saúde (DGS), Direção Regional da Educação (DRE), Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES), Câmaras Municipais (CM), Universidades, Agrupamentos de Escolas (AE), Organizações não-governamentais (ONG) e Direção-geral da Educação (DGE). Todos os projetos de prevenção da obesidade infantil identificados foram incluídos.

Incluíram-se 29 projetos de promoção de alimentação saudável (n= 19) e atividade física (n=10), realizados por ARS (n= 5), DRE (n=1), ACES (n= 1), CM (n=10), Universidades (n=2), AE (n=1), ONG (n=8), e DGE (n=1). Os projetos foram implementados nas regiões Sul (n=8), Centro (n=6), Norte (n=3) ou a nível Nacional (n=12). As atividades são descritas, mas o racional teórico e técnicas de mudança comportamental carecem explicitação. Apenas 16 projetos foram avaliados e disponibilizam os resultados obtidos.

A maioria dos projetos carece de fundamentação teórica e empírica. Maior detalhe deverá ser dado futuramente sobre o racional teórico, técnicas de modificação comportamental e avaliação da eficácia na mudança do comportamento-alvo.

Palavras-chave: Obesidade infantil, Promoção de alimentação saudável, Projetos, Implementação e avaliação, Boas práticas

Jessica Sobreira Filipe

Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal Rua 31 de Dezembro, Cercal- Ourém

2490-103, Cercal-Ourém

Jessica.sobreira92@gmail.com

LICENÇA PARA PECAR: MODERAÇÃO DO EFEITO DE LICENCIAMENTO ASSOCIADO A O CONSUMO DE ALIMENTOS BIOLÓGICOS

Marília Prada1, Margarida V. Garrido1, &David Rodrigues1 1ISCTE-IUL, CIS-IUL

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O atributo "biológico" apenas informa quanto ao método de produção de um produto. Ainda assim, a literatura sugere que os indivíduos creem que os alimentos biológicos são mais saudáveis que os convencionais, inferindo ainda propriedades não relacionadas (e.g., subestimativa das calorias). Tal ilustra a ocorrência de um efeito de halo da saúde que tem sido observado, quer no julgamento de produtos, como dos seus consumidores. Por exemplo, Schuldt e Schwarz (2010) demonstram que a falha de exercício é percebida como mais aceitável quando a descrição da pessoa-alvo refere que esta ingeriu

uma sobremesa biológica (vs. convencional). Ou seja, verifica-se

um efeito delicenciamento associado ao consumo de alimentos biológicos. Em dois experimentos, replicámos este estudo, testando ainda condições que podem limitar o efeito de licenciamento. No primeiro, testámos o papel do locus de atribuição da escolha do alimento, verificando que o consumo de alimentos biológicos apenas leva a maior licenciamento se o alvo é descrito como responsável pela escolha (vs. escolha determinada pela situação). No segundo, investigámos o papel da motivação inerente à falha ao treino, observando maior licenciamento na condição biológica independentemente do grau de altruísmo inerente à falha do treino. Ao identificarmos fatores que promovem julgamentos enviesados e que poderão estar na base de más escolhas alimentares, contribuímos assim para a sua prevenção.

Palavras-chave: Alimentos Biológicos, Efeito de Licenciamento, Cognição Social

Marília Prada ISCTE-IUL, CIS-IUL

ISCTE-IUL, Avª das Forças Armadas, Ala Autónoma, Gab. 110 1649-026 Lisboa

marilia_prada@iscte.pt

MÉDICOS DE FAMÍLIA, ENFERMEIROS E NUTRICIONISTAS: O QUE PENSAM E O QUE FAZEM EM RELAÇÃO À OBESIDADE?

Filipa Teixeira1, José L. Pais-Ribeiro2, & Ângela Maia1

1Escola de Psicologia, Universidade do Minho,2Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto

Apesar da vasta literatura sobre as crenças, atitudes e práticas dos médicos de família face à obesidade, pouco de sabe sobre os enfermeiros e os nutricionistas, verificando-se, ainda, uma ausência de estudos que, simultaneamente, comparem estes três grupos. Foi administrado um questionário a 207 médicos de família, 258 enfermeiros e 163 nutricionistas (n = 628), a trabalharem em cuidados de saúde primários, na zona norte do país. Recorreu-se a estatística descritiva e univariada para a análise dos dados. As crenças e atitudes face aos obesos são negativas a ambivalentes. Contudo, verificam-se diferenças significativas no grupo dos nutricionistas, que manifestam atitudes mais negativas do que os médicos e os enfermeiros (p< 0.01), uma maior perceção de eficácia, uma maior responsabilidade sobre o tratamento (p< 0.01) e implementam mais frequentemente medidas de avaliação da obesidade e estratégias cognitivo-comportamentais para a perda de peso (p< 0.001). Este grupo apresenta menores dificuldades no tratamento da obesidade do que os médicos de família (p< 0.01) e um maior compromisso do que os enfermeiros (p< 0.001). Os nutricionistas diferenciam-se dos médicos e dos enfermeiros, surgindo como o grupo melhor preparado para lidar com a obesidade. É perentório o aumento do número de nutricionistas nas instituições de saúde e o reforço da formação dos profissionais e da abordagem multidisciplinar.

Palavras-chave: obesidade, profissionais de saúde, cuidados de saúde primários, atitudes, práticas

Filipa Valente Teixeira

Escola de Psicologia, Universidade do Minho Escola de Psicologia

Campus de Gualtar 4710-057 Braga

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