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SIMPÓSIO: ESTILOS DE VIDA, ATITUDES E PRÁTICAS DE SAÚDE DOS ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR

Coordenador- Ana Isabel Rodrigues Monteiro Grilo, Escola Superior de Tecnologia da Saúde, IPL Moderador- Ana Isabel Fernandes Gomes, Hospital dos Lusíadas

Os jovens experimentam uma grande variedade de crenças, atitudes e comportamentos, que são determinados por um conjunto complexo de fatores, individuais, sociais e familiares, sendo os comportamentos iniciados nessa idade cruciais para toda a vida. A evidência científica das associações entre crenças/atitudes/comportamentos e patologias do foro físico e/ou psicológico, tem ainda levado à necessidade de desenvolver investigação no campo da saúde, que estabeleça estratégias e planos de intervenção, que visem a promoção da saúde, e de estilos de vida ativos e saudáveis. Este simpósio tem como objetivo dar a conhecer os estilos de vida, atitudes e práticas de saúde de estudantes do ensino superior. A recolha dos dados para análise foi realizada através da plataforma LimeSurvey, a estudantes que frequentam o ensino superior universitário e politécnico da zona da Região de Lisboa. O questionário utilizado incluia questões sobre caracterização sociodemográfica, dois instrumentos standartizados: “O Meu Estilo de Vida” (Hetller, 1982, adaptado por Ribeiro, 1993,) e Patient- Practitioner Orientation Scale, (Krupat et al., 2000, adaptado por Grilo et al., 2014), algumas questões retiradas do relatório Monitoring the Future – National Survey Results on Drug use (Johston,

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O´Malley, Bchman, Schulenberg, & Miech, 2013) e um questionário construído para o presente estudo relativo aos conhecimentos, crenças e práticas relativas à sexualidade e contracepção.

O simpósio pretende assim apresentar 4 comunicações com os principais resultados dos diferentes instrumentos, a saber: (1) estilos de vida, (2) consumo de substâncias: atitudes e influência social, (3) conhecimentos, crenças e práticas de sexualidade e contraceção e (4) atitudes quanto à relação com os profissionais de saúde. Serão discutidas as implicações dos resultados para a promoção da saúde dos jovens adultos.

Ana Isabel Rodrigues Monteiro Grilo

Escola Superior de Tecnologia da Saúde, IPL

ESTeSL - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Av. D. João II, Lote 4.69.01

1990 - 096 Lisboa

ana.grilo@estesl.ipl.pt

Ana Isabel Fernandes Gomes

Hospital dos Lusiadas

ana.isabel.gomes@lusiadas.pt

ESTILOS DE VIDA EM ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR

Margarida Santos2, A. Rua1, A. Lourenço1, F. Nunes1, & A. Graça1

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Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, 2Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa Estilos de vida adotados pelos jovens influenciam o controlo e gestão da sua vida e sua relação com os outros. Os estudantes universitários têm mostrado adotar comportamentos pouco consentâneos com um estilo de vida saudável. Sabe-se menos em relação á associação entre esses comportamentos e fatores como a deslocação do estudante do seu ambiente de vida habitual. Identificar e descrever os estilos de vida de estudantes a frequentar o ensino superior. Avaliar diferenças entre os géneros, idade, áreas de formação e residência. 262 estudantes, 72.1% do sexo F, idade média de 21,5 a, 33.6% deslocados da sua residência, a frequentar o ensino universitário em 5 áreas de estudos preencheram, um questionário demográfico e “o meu estilo de vida”. No geral foram encontrados, indicadores de comportamentos menos saudáveis nas dimensões “exercício físico” e “hábitos alimentares”. Verificaram-se diferenças significativas em relação ao género, melhores resultados nas raparigas; às áreas de estudo, melhores resultados para os cursos de saúde; à condição de deslocados, piores resultados na dimensão “consumo de álcool”. Os resultados confirmam comportamentos de risco em áreas centrais de saúde. As diferenças encontradas são indicativas da importância dos fatores contextuais dos estudantes. No geral é evidente a necessidade de intervenções específicas orientadas para a promoção de estilos de vida saudáveis.

Palavras-chave: estilos de vida, comportamentos de risco, estudantes

Margarida Custódio dos Santos

Faculdade de Psicologia, UL

margarida.santos@estesl.ipl.pt

CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS NA POPULAÇÃO UNIVERSITÁRIA – ADULTIDADE EMERGENTE, ATITUDES E INFLUÊNCIA SOCIAL

Gonçalo Ferreira1, Graça Andrade1 e André Coelho2

1ESTeSL, IPL, 2ESSA, IPB

O consumo de substâncias (CS) em universitários tem sido associado a características do período de desenvolvimento (adultidade emergente - AE), mas também a atitudes e ao contexto social.

O presente estudo tem como objectivo estudar, na população universitária portuguesa, a relação entre o CS (álcool, binge drinking, medicamentos, tabaco, estimulantes e tranquilizantes) e o consumo dos pares, as atitudes em relação ao consumo e dimensões relevantes da AE (percepção de risco, papel de trabalhador estudante, autonomia e maturidade). Este trabalho integra um estudo mais amplo sobre estilos de vida da população universitária portuguesa. A amostra de conveniência, constituída por 225

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estudantes, foi avaliada através de questionário on-line. As variáveis atitudinais (aprovação dos amigos e pessoal) e o consumo dos pares estão fortemente relacionadas com o consumo da maioria das substâncias (com exceção para o tabaco e estimulantes). A percepção de risco está directamente correlacionada com o consumo de tabaco, tranquilizantes e com o binge drinking. Os resultados confirmam parcialmente que o CS está associada a características relacionadas com a AE. Salientam-se as atitudes e a perceção de risco como campos de eleição para a intervenção. Por outro lado, o impacto do consumo dos pares aponta para a necessidade de promover intervenções abrangentes nos campus universitários.

Palavras-chave: consumo substancias, atitudes, percepção de risco, jovens

Maria da Graça Andrade

Escola Superior de Tecnologia da Saúde, IPL

mgandrade@estesl.ipl.pt

SEXUALIDADE E CONTRACEÇÃO NA POPULAÇÃO UNIVERSITÁRIA – CONHECIMENTOS, CRENÇAS E PRÁTICAS

André Coelho1,2, Teresa Guimarães2, Ana Catarina Lopes2, Catarina Sarabando2, Anabela Graça2

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ESSA, IPB, 2ESTeSL, IPL

A sexualidade representa um dos parâmetros mais íntimos do indivíduo, englobando a dimensão física mas também psicológica, ética e social. Os jovens, pelo envolvimento afetivo e entrega nos relacionamentos, por vezes precoce, e pelos riscos ligados à atividade sexual constituem um grupo especialmente vulnerável em termos de saúde sexual e reprodutiva. O presente estudo tem como objetivo identificar, na população universitária portuguesa, a relação entre conhecimentos, crenças e práticas sexuais e contracetivas. A amostra de conveniência, constituída por 204 estudantes, 65 da área da saúde e 139 de outras áreas de formação, foi avaliada através de questionário on-line. As crenças dos jovens consideram-se na sua maioria relacionadas com os seus conhecimentos e as suas práticas sexuais e contracetivas. Os estudantes da área de saúde apresentam melhores conhecimentos sobre contraceção, embora não se tenham identificado diferenças significativas entre as práticas sexuais e contracetivas de ambos os grupos. Os resultados mostram que, de uma forma geral, os jovens universitários revelam bons conhecimentos sobre contraceção, refletindo-se em crenças adequadas, que potenciam o recurso a práticas sexuais e contracetivas promotoras da saúde sexual e reprodutiva.

Palavras-chave: contracepção, crenças, práticas sexuais

André Coelho

ESSA; IPB

andre.coelho@estesl.ipl.pt

ATITUDES DOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR QUANTO À SUA RELAÇÃO COM O MÉDICO

Ana Isabel Grilo1, Alexandra Noronha1, Inês Rosário1

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ESTeSL, IPL

A investigação tem vindo a colocar em evidencia as vantagens da utilização do modelo de centração no paciente na prestação de cuidados de saúde. Esta constatação levou a realização de vários estudos que procuram conhecer as preferências dos utentes quanto à sua relação com os profissionais de saúde. O presente estudo teve como objetivo avaliar as atitudes e preferências dos estudantes do ensino superior quanto à sua interação com o médico. 207 estudantes do ensino superior daa Região de Lisboa preencheram a PPOS - Patient-Practitioner Orientation Scale, (Krupat et al.,2000) instrumento que avalia a preferência dos inquiridos por uma interação centrada na doença/médico ou centrada no paciente em duas dimensões da interação: sharing e caring. Os resultados mostram que os estudantes do ensino superior apresentam uma baixa centração no paciente. A sub-escala caring apresenta valores superiores ao da sub-escala sharing. As variáveis do género, curso, ano de curso e situação socioeconómica, não influenciam a preferência dos sujeitos. Os estudantes parecem associar ao médico

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apenas um encargo mais técnico, centrado na doença e no seu tratamento. Estes resultados contrariam a literatura que tem vindo a colocar em evidencia a preferência por um modelo de centração no paciente por parte dos utentes mais jovens. Alguns fatores de carater cultural podem explicar estas atitudes.

Palavras-chave: atitudes, interação médico-paciente, partilhar, cuidar

Ana Isabel Rodrigues Monteiro Grilo

ESTeSL, IPL

ana.grilo@estesl.ipl.pt

SIMPÓSIO: PROMOÇÃO DA SAÚDE E DE ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEIS

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