• Nenhum resultado encontrado

SESSÃO TEMÁTICA PREPARAR O ENVELHECIMENTO

LAÇOS FAMILIARES NA TRANSIÇÃO PARA A REFORMA: VIVÊNCIAS NOS SUBSISTEMAS

Ana Camarneiro1, Helena Loureiro2, & Margarida Silva2 1ESEnfC, Coimbra; 2ESSUA, Aveiro

A transição para a reforma é acompanhada de mudanças importantes na dinâmica pessoal e familiar daqueles que passaram várias décadas ocupados com o seu trabalho. Esta mudança de vida afeta a saúde física e mental dos indivíduos, negativa ou positivamente, dependendo de muitas condições, nomeadamente dos recursos familiares presentes. O objectivo deste estudo consiste em compreender a importância do cônjuge, dos filhos e dos netos na transição para a reforma em indivíduos casados. Estudo qualitativo, descritivo, realizado com 70 participantes recém-reformados, entrevistados por dois investigadores em seis grupos focais no âmbito do projeto REATIVA. A análise do discurso realizou-se segundo Bardin, com recurso ao programa NVivo. Os netos, filhos e cônjuge constituíram-se como recurso e estratégia familiar na adaptação à reforma. Os netos são fonte de prazer e afeto e os filhos são fonte de preocupação e proximidade. Os pais ajudam os filhos e esperam a sua ajuda; consideram-nos apoios potenciais, na reserva. Sentem a inversão da hierarquia geracional. O cônjuge surge como o apoio principal e é grande a expectativa face à conjugalidade no futuro. Filhos e netos assumem importância no caminho para a inversão da hierarquia geracional. Os filhos tornam-se figuras de vinculação na reserva. O cônjuge situa-se na primeira linha de apoio na reforma.

Palavras-chave: Família; Conjugalidade; Reforma; Filhos; Netos.

Ana Paula Forte Camarneiro

Endereço: Rua do Açude, nº 150 3020 489 Coimbra

145

COMUNICAÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS: ESTRATÉGIAS DELIBERATIVAS FACE A INFORMAÇÃO SOBRE RECOMENDAÇÕES

Samuel Domingos1, & Rui Gaspar2

1Universidade de Évora; 2 William James Center for Research, ISPA- Instituto Universitário

O envelhecimento populacional cria novos desafios económicos e sociais, materializados na crescente necessidade de cuidados de saúde e de acompanhamento pela população ativa (Squire, 2005). É por isso fundamental promover a saúde e o funcionamento independente do idoso mantendo a sua autonomia. Existem evidências que os riscos associados a diversas patologias ligadas ao envelhecimento podem ser minimizados através de intervenções focadas na alimentação e nutrição (DGS, 2008; Eckel et al., 2013). Contudo poucos estudos se centram na forma como a população idosa avalia, processa e delibera acerca de recomendações alimentares. Com o objetivo de compreender melhor a natureza dos processos deliberativos nesta população foi desenvolvido um estudo exploratório com uma amostra voluntária de 76 idosos não institucionalizados. Este baseou-se na aplicação de registos diários de consumo alimentar e entrevistas semiestruturadas, explorando o processo deliberativo face a uma recomendação de quantidade de consumo de carne vermelha. Os resultados qualitativos demonstraram a utilização pelos idosos de um conjunto heterogéneo de formas de deliberação, nas quais se salienta o recurso a "analogias ao familiar" e à "comparação social". Estes processos deliberativos tiveram a aparente função de reduzir a incerteza face à quantidade recomendada e justificar a atitude inicial expressada pelo participante. Implicações destes resultados para a prática da comunicação em saúde, serão discutidos.

Palavras-chave: Comunicação em saúde; alimentação; deliberação; envelhecimento

Samuel Filipe Pereira Domingos

Rua do Sol Nascente, lote 20. 7040-275 Igrejinha.

samuel.domingos@sapo.pt

O OLHAR DOS IDOSOS SOBRE AS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRESTADOS À POPULAÇÃO SÉNIOR

António Manuel Marques & Célia Soares

Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal

Esta investigação insere-se no projeto European Later Life Active Network, com a finalidade de desenvolver um quadro comum de competências profissionais na prestação de cuidados à população idosa. Apresentaremos um dos estudos do projeto, cujo objetivo foi analisar as representações de adultos mais velhos acerca dessas competências profissionais. Através de uma abordagem qualitativa, realizámos 16 entrevistas em profundidade a idosas e idosos institucionalizados e não institucionalizados, em Portugal, Áustria, Finlândia, Lituânia, Turquia e Inglaterra (N= 96). Os dados foram submetidos a uma análise temática. Os resultados evidenciam que a individualidade, a identidade e os contextos pessoais/sociais dos idosos devem ser reconhecidos pelos profissionais na prestação de cuidados. As competências comunicacionais e relacionais são centrais nos discursos dos participantes sobre as competências profissionais em saúde. O conhecimento e a especialização técnica, a formação em gerontologia e geriatria, o trabalho em equipa, o compromisso e a ética profissional são elementos relevantes nos discursos analisados. Estes resultados sugerem uma necessidade de melhoria nos cuidados que serão prestados a esta população num futuro próximo, uma vez que o seu enfoque ultrapassa a tradicional competência técnica dos profissionais.

Palavras-chave: representações, idosos, competências, profissionais

António Manuel dos Reis Marques

Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal Campus do IPS, Estefanilha

Edifício da ESCE/ESS 2914 - 503 Setúbal | Portugal

146

IMAGES: UMA ABORDAGEM PROMISSORA NO COMBATE AO IDADISMO EM CRIANÇAS/ADOLESCENTES EM DIFERENTES CONTEXTOS CULTURAIS

Sibila Marques1, Melanie Vauclai1r, Ricardo Rodrigues1, Joana Mendonça1, Filomena Gerardo2, Filipa Cunha 1ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa; 2SCML - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

O conceito de idadismo refere-se a opiniões, atitudes e práticas negativas em relação a alguém só por causa da sua idade. As pessoas idosas constituem o principal alvo deste tipo de discriminação com base na idade, a qual apresenta consequências nefastas para a saúde, tanto a nível mental como físico. O desenvolvimento de programas de intervenção que visem o combate ao idadismo é fundamental na promoção das relações intergeracionais e da saúde das pessoas idosas.

No âmbito do projecto SIforAGE, foi desenvolvido um programa de intervenção denominado "imAGES" cujo principal objectivo é combater o idadismo em crianças e adolescentes.

Este programa tem um design quase-experimental, sendo constituído por três sessões que decorrem em duas semanas: duas sessões de aprendizagem e uma sessão de contacto intergrupal. Nas duas sessões de aprendizagem, foram apresentados exemplos reais e positivos de pessoas idosas aos jovens. O principal objectivo destas sessões consistiu na desconstrução de estereótipos negativos existentes relativamente ao grupo das pessoas idosas. Na segunda semana, os jovens e as pessoas idosas desenvolveram uma actividade juntos na persecução de um objectivo em comum. Esta actividade permitiu estabelecer um contacto intergrupal directo e positivo.

Os resultados obtidos neste programa foram positivos: tanto os jovens como as pessoas idosas melhoraram as suas percepções relativamente à outra geração, revelando igualmente um maior bem-estar após a intervenção.

Palavras-chave: Idadismo; programa de intervenção; relações intergeracionais

Sibila Fernandes Magalhães Marques

sibila.marques@iscte.pt

PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA NO CONTROLO DA FADIGA EM DOENTES COM ESCLEROSEMÚLTIPLA

Luisa Pedro1, José Pais – Ribeiro2, João Páscoa Pinheiro3 1ESTESL-IPL, 2FPCE-U, 3FMUC/CHUC

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crónica neurológica que afeta mais frequentemente mulheres jovens adultas. Cerca de 75% de portadores de EM, têm síndroma de fadiga, sendo uma das principais causas de limitação física, psíquica e social.

O objetivo deste estudo é analisar as implicações de um programa de intervenção de promoção para atividade física (PIPA) no controlo da fadiga com EM.

Trata-se de um estudo quase experimental. Inclui uma amostra consecutiva de 27 pacientes com EM. Utilizou-se a Escala de Gravidade da Fadiga, no início do programa de intervenção (T-A), no final do programa (T-B) e seis meses após o fim do programa (T-C). O programa foi realizado em 7 sessões, uma vez por semana, durante 90 minutos, desenvolvendo estratégias para aumentar a atividade física na vida diária.

A amostra apresentava uma idade média de 44 anos, 58,3% eram mulheres, 37,5% eram casadas, 67% estavam aposentadas, tendo média de escolaridade de 12,5 anos.

Usamos o este de Wilcoxon para comparar a fadiga entre o início do programa de intervenção (T- A), no final do programa (T-B) e seis meses após o fim do programa (t- C). Obtendo Resultados com diferenças estatisticamente significativas entre a (T- A )e (T-B) (p <0.01)e entre (T- B )e (T-C) (p <0.01) com vantagens positivas . Os resultados sugerem que o PIPA mostra-se

eficaz no controlo da Fadiga em doentes com EM, sendo um processo importante na adaptação deste indivíduos à doença.

Palavras-chave: Atividade Física , fadiga, esclerose múltipla Luisa Pedro

Instituto Politécnico de Lisboa – ESTeSL

ESTeSL - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Av. D. João II, Lote 4.69.01

147

luisa.pedro@estesl.ipl.pt

PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA NO BEM ESTAR PESSOAL EM DOENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA

Luisa Pedro1, José Pais-Ribeiro2, & João Páscoa Pinheiro3 1

ESTeSL- IPL, 2FPCE-UP, 3FMUC/CHUC

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crónica neurológica degenerativa sem cura. O objetivo deste estudo é analisar as implicações de um programa de intervenção de promoção para atividade física (PIPA) no bem estar pessoal na EM.

Trata-se de um estudo quase experimental. Inclui uma amostra consecutiva de 27 pacientes com EM. Utilizou-se a escala debem estar pessoal desenvolvido por (Pais Ribeiro, J., & Cummins, R. ,2008), no início do programa de intervenção (T-A), no final doprograma (T-B) e seis meses após o fim do programa (T-C). O programa foi realizado em 7 sessões, uma vez por semana, durante 90 minutos, desenvolvendo um programa com estratégias de autorregulação, na implementação da atividade física. A amostra apresentava uma idade média de 44 anos. 58,3% eram mulheres, 37,5% casadas, 67% estavam aposentados e do nível médio de escolaridade foi de 12,5 anos.

Usamos o teste de Wilcoxon para comparar a bem estar pessoal entre os momentos de avaliação. Obtivemos resultados com diferenças estatisticamente significativas entre a (T- A ) e (T-B) com vantagens positivas, contudo entre (T- B )e (T-C), não obtivemos resultados estatisticamente positivos. Os resultados sugerem que o PIPA mostra-se eficaz no bem estar pessoal em doentes com EM durante o tempo em que oprograma decorreu, contudo, em folow up não são obtidos resultados satisfatórios, sugerindo que o programa deverá ter um maior tempo de intervenção.

Palavras-chave: Atividade Física; bem estar pessoal; esclerose múltipla

Luisa Pedro

Instituto Politecnico de Lisboa – ESTeSL

ESTeSL - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Av. D. João II, Lote 4.69.01

1990 - 096 Lisboa

luisa.pedro@estesl.ipl.pt

Outline

Documentos relacionados