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SIMPÓSIO: CRESCIMENTO PÓS-TRAUMÁTICO, CRENÇAS CENTRAIS, E RUMINAÇÃO NUMA AMOSTRA NORMATIVA E DE MULHERES COM

CANCRO DA MAMA

Coordenador- Isabel Leal, William James Center for Research, ISPA- Instituto Universitário

ileal@ispa.pt

Um acontecimento traumático pode conduzir a diversas respostas negativas como ansiedade, depressão, ou stress. O diagnóstico de cancro da mama é considerado um acontecimento particularmente traumático, afetando distintos domínios da vida da mulher. Na literatura, aumenta a evidência da perceção de mudanças positivas - crescimento pós-traumático (CPT), como resultado do coping individual no confronto com o acontecimento traumático. A disrupção de crenças centrais e a ruminação são considerados fortes preditores no desenvolvimento de CPT. No âmbito do contexto atual de investigação em CPT, este simpósio tem como principal objetivo, a validação dos instrumentos

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de avaliação do CPT, das crenças centrais e da ruminação, para a população normativa portuguesa. O segundo objetivo centra-se no estudo do processo de CPT em mulheres com cancro da mama.

Aplicabilidade abrangente destes instrumentos na avaliação de constructos relacionados com processos de adaptação ao acontecimento traumático.

Primeiramente, apresenta-se o estudo da estrutura fatorial e das propriedades psicométricas dos seguintes instrumentos: Inventário de Crenças Centrais (Core Beliefs Inventory), para a avaliação da disrupção de crenças centrais – comunicação 1; Inventário de Ruminação Relacionada com o Acontecimento (Event Related Rumination Inventory), para a avaliação do estilo de ruminação – comunicação 2; Inventário de Crescimento Pós-Traumático (Posttraumatic Growth Inventory), para a medição do CPT – comunicação 3. Concomitantemente, efetuou-se o estudo do CPT em uma amostra de mulheres portuguesas com cancro da mama. A comunicação 4 é uma revisão sistemática sobre os preditores de CPT em mulheres com cancro da mama. A comunicação 5 avalia as relações entre CPT, crenças centrais, ruminação, expressão emocional e sintomas de Perturbação Pós-Stress Traumático em mulheres com o diagnóstico de cancro da mama.

Endereço para correspondência (Coordenador) Isabel Leal

William James Center for Research, ISPA- Instituto Universitário Rua jardim do tabaco, 34

1149-041 Lisboa

ileal@ispa.pt

INVENTÁRIO DE CRENÇAS CENTRAIS: ESTRUTURA FATORIAL E PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS NA POPULAÇÃO NORMATIVA PORTUGUESA

Catarina Ramos1, Isabel Leal1, Richard G. Tedeschi2, Lisete Figueiras3, Marcelo Lopes3

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WJCR - William James Research Center, ISPA – Instituto Universitário, Lisboa, Portugal, 2 University of North Carolina at Charlotte, Charlotte, NC, USA., 3ISPA – Instituto Universitário, Lisboa, Portugal

Um acontecimento traumático pode causar uma diversidade de reações negativas, como ansiedade, depressão ou Perturbação de Stress Pós-Traumático. O confronto com o trauma conduz à disrupção de crenças centrais sobre si próprio, os outros, e o mundo. A reconstrução de crenças centrais é um elemento fundamental para o desenvolvimento de crescimento pós-traumático. O objetivo do presente estudo é a validação do Inventário de Crenças Centrais (Core Beliefs Inventory) para a população normativa portuguesa. A amostra é constituída por 456 participantes com uma média de idades de 34,87 (DP = 12,515), que experienciaram um acontecimento traumático nos últimos 5 anos. O Inventário de Crenças Centrais apresenta boas propriedades psicométricas (alpha de Cronbach = 0,852). Os resultados da Análise Fatorial Exploratória sugerem uma estrutura fatorial de dois fatores que explica 62,577 % da variância dos itens. A Análise Fatorial Confirmatória indica que comparativamente com a estrutura de dois fatores, o modelo unifatorial apresenta melhor ajustamento (c2 = 37,596; NFI = 0,979; CFI = 0,991; GFI = 0,982; RMSEA = 0,039). A estrutura unifatorial, proposta pelo artigo original, apresenta bom ajustamento aos dados da população normativa portuguesa.

Palavras-chave: Estrutura fatorial, propriedades psicométricas, crenças centrais, crescimento pós-

traumático

Catarina Ramos

William James Center for Research, ISPA- Instituto Universitário

acatarina.barge@gmail.com

INVENTÁRIO DE RUMINAÇÃO: ESTRUTURA FATORIAL E PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS NA POPULAÇÃO NORMATIVA PORTUGUESA

Catarina Ramos1, Isabel Leal1, Richard G. Tedeschi2, Lisete Figueiras3, Marcelo Lopes3

1WJCR - William James Research Center, ISPA – Instituto Universitário, Lisboa, Portugal, 2University of North Carolina at Charlotte, Charlotte, NC, USA, 3 ISPA – Instituto Universitário, Lisboa, Portugal.

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Um acontecimento traumático pode ter um impacto suficientemente disruptivo na vida do sobrevivente. A ruminação intrusiva e deliberada são estratégias cognitivas frequentemente utilizadas no coping com a experiência traumática. Aumenta na literatura a evidência de associação positiva entre ruminação deliberada e perceção de mudanças positivas ou crescimento pós-traumático. O objetivo do presente estudo é a validação do Inventário de Ruminação Relacionada com o Acontecimento (Event Related Rumination Inventory) para a população normativa portuguesa. 456 participantes com uma média de idades de 34,87 (DP = 12,515), que reportaram um acontecimento traumático nos últimos 5 anos preencheram o Inventário de Ruminação Relacionada com o Acontecimento. A Análise Fatorial Exploratória reporta uma estrutura de dois fatores que explica 61,416 % da variância. Esta estrutura, constituída pelas sub-escalas de Ruminação Intrusiva e de Ruminação Deliberada é confirmada pela Análise Fatorial Confirmatória, através de bons índices de ajustamento (c2 = 333,477; NFI = 0,949; CFI = 0,972; GFI = 0,931; RMSEA = 0,050). O inventário apresenta excelentes propriedades psicométricas (fiabilidade compósita de 0,97 e de 0,93 para a sub-escalas de ruminação intrusiva e deliberada, respetivamente). O modelo fatorial, apresentado pelo artigo original, apresenta bom ajustamento à população normativa portuguesa.

Palavras-chave: Estrutura fatorial, propriedades psicométricas, ruminação intrusiva, ruminação

deliberada, crescimento pós-traumático

Catarina Ramos

William James Center for Research, ISPA- Instituto Universitário

acatarina.barge@gmail.com

ESTRUTURA FATORIAL DO INVENTÁRIO DE CRESCIMENTO PÓS-TRAUMÁTICO NA POPULAÇÃO NORMATIVA PORTUGUESA

Lisete Figueiras1, Catarina Ramos2, Isabel Leal2, Richard G. Tedeschi3

1ISPA – Instituto Universitário, Lisboa, Portugal, 2WJCR - William James Research Center, ISPA – Instituto Universitário, Lisboa, Portugal, 3University of North Carolina at Charlotte, Charlotte, NC, USA

A exposição a situações adversas, potencialmente indutoras de uma reação de stress inadaptada, pode constituir-se como um desafio percursor de mudanças positivas. Estes benefícios percebidos resultantes do confronto com o acontecimento traumático são denominados por “crescimento pós-traumático”. O presente estudo pretende avaliar as qualidades psicométricas e a estrutura fatorial do Inventário de Crescimento Pós-Traumático (Posttraumatic Growth Inventory). Este estudo descritivo e transversal é realizado com uma amostra de 456 participantes da população normativa portuguesa, com uma média de idades de 34,87 (DP = 12,515), que vivenciaram um acontecimento traumático nos últimos 5 anos. Foram efetuadas a Análise Fatorial Exploratória, a Análise Fatorial Confirmatória, e a avaliação das qualidades psicométricas do modelo fatorial final. O modelo de cinco fatores, resultante do artigo original de validação, revela bom ajustamento aos dados (c2 = 574,329; NFI = 0,905; CFI = 0,931; GFI = 0,893; RMSEA = 0,072). Os resultados obtidos indicam que este inventário apresenta bons níveis de sensibilidade, fiabilidade, e validade. O inventário revelou boa consistência interna para a escala total (alpha de Cronbach de 0,92) e para as sub-escalas (alpha de Cronbach entre 0,69 e 0,86). O modelo de cinco fatores apresenta um bom ajustamento à população normativa portuguesa, em congruência com a estrutura fatorial original.

Palavras-chave: Posttraumatic Growth Inventory, crescimento pós-traumático, estrutura factorial,

propriedades psicométricas

Lisete Figueiras

ISPA- Instituto Universitário

uipes@ispa.pt

PREDITORES DE CRESCIMENTO PÓS-TRAUMÁTICO EM MULHERES COM CANCRO DA MAMA – REVISÃO SISTEMÁTICA

Margarida Costa

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A presente revisão sistemática pretende explorar os preditores de crescimento pós-traumático em mulheres com cancro da mama, bem como avaliar a qualidade metodológica dos artigos incluídos. Método: A pesquisa foi realizada nas diversas bases de dados, entre 1996 e 2014, englobando um total de 59 artigos quantitativos. A avaliação da qualidade foi desenvolvida de acordo com o recomendado pelo Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. Resultados: Foram considerados como preditores de crescimento pós-traumático, variáveis sociodemográficas (idade, estado civil, níveis de escolaridade, cultura), variáveis clínicas (estadio, tempo decorrido desde o diagnóstico, tipo de tratamento), e variáveis psicossociais (espiritualidade, otimismo, estratégias de coping, suporte social, distress, perceção de gravidade da doença). A maioria dos artigos foi considerada de qualidade moderada. Conclusão: Os preditores de CPT em mulheres com cancro da mama são: idade, estado civil, níveis de escolaridade, cultura, estadio, tempo decorrido desde o diagnóstico, tipo de tratamento, espiritualidade, otimismo, estratégias de coping, suporte social, distress e perceção de gravidade da doença. Trata-se da primeira revisão sistemática sobre o tema, que inclui artigos empíricos e de intervenção, contribuindo, por isso, para a compreensão do constructo de CPT e, especificamente, na área do cancro da mama.

Palavras-chave: Crescimento pós-traumático, preditores, cancro da mama, revisão sistemática,

qualidade metodológica

Margarida Costa

ISPA - Instituto Universitário

uipes@ispa.pt

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