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Caracterização física de diferentes genótipos de morangueiro cultivados em sistema orgânico de produção (1)

No documento Anais 2018. (páginas 82-85)

Cintia Izabela Vienc Hilatchuk (2), Pricila Moritz (2), Ágatha Guilhermina Aschembrener Trindade(2), Cláudia Simone Madruga Lima(3) e Vania Zanella Pinto(4)

(1) Trabalho executado com recursos da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS.

(2) Acadêmica do curso de Agronomia; Universidade Federal da Fronteira Sul; Laranjeiras do Sul, Paraná; cintia_vienchilatchuk@ yahoo.com;

(3) Professora adjunta do curso de Agronomia; Universidade Federal da Fronteira Sul; (4) Professora adjunta do curso de Engenharia de Alimentos; Universidade Federal da Fronteira Sul.

INTRODUçãO

O morango (Fragaria x ananassa Duch.), pertencente à família Rosaceae é resultante do cruzamento das espécies americanas F. chiloensis, F. virginiana e F. ovalis, e da europeia F. vesca. É uma planta rasteira, que se reproduz através de ramificações que se enraízam no solo, conhecidos como estolhos ou estolão. (Antunes et al., 2011).

Esse pequeno fruto é denominado como pseudofruto, pois se origina do receptáculo floral, que se transforma em um tecido carnoso e suculento. Seus frutos verdadeiros são os aquênios, vulgarmente conhecidos como as sementes. Possui alto valor comercial, devido ao seu sabor, aroma e coloração, além de ser rico em vitamina C (Quinato et al., 2005)

Por ter alto consumo “in natura” a caracterização física e química dos morangos é de ampla importância, pois revela informações sobre a qualidade dos frutos (Molon, 2013). De acordo com Duarte et al. (2007), a avaliação de novas cultivares em dada região é indispensável, isto a partir da premissa de que possibilita a seleção de materiais com as melhores características de produção e qualidade, implicando maiores benefícios econômicos ao produtor de maneira geral.

Objetivou-se neste trabalho caracterizar os frutos de diferentes genótipos de morangueiro nas condições edafoclimáticas de Laranjeiras do Sul-PR.

MATERIAL E MéTODOS

O experimento foi realizado na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Laranjeiras do Sul-PR. A região possui um clima temperado. Durante o período de execução do experimento as médias de temperaturas mínimas e máximas ficaram entre 8,41 ºC e 28,8 °C, respectivamente, e as de precipitação acumulada em aproximadamente 1.500,6 mm (Caviglione et al., 2000).

Como material vegetal, foram utilizados cinco genótipos de morangueiro, sendo quatro seleções de origem italiana (CREA FRF LAM01, CREA FRF LAM18, CREA FRF PA109 e CREA FRF FC104) e uma cultivar norte americana (Albion). As mudas foram cedidas no ano de 2017 pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), para realização de experimentos na UFFS em condições edafoclimáticas de Laranjeiras do Sul-PR.

As mudas foram dispostas em canteiros com dimensões de 15 m de comprimento, 1,2 m de largura e 0,30 m de altura. Para favorecer o microclima para as plantas utilizou-se a proteção de túneis baixos de filme plástico em polietileno de baixa densidade (PEBD) transparente, com 100% de aditivação UV. A irrigação foi realizada com tubos gotejadores (4 L.h-1 durante 40 minutos por dia).

As colheitas foram realizadas semanalmente, onde foram colhidos os frutos os quais apresentavam 75% da epiderme vermelha. Após a colheita, os frutos foram conduzidos ao laboratório para realização

ANAIS DO VIII SImpóSIO NAcIONAl DO mOrANgO

VIII ENcONtrO SObrE pEquENAS FrutAS E FrutAS NAtIVAS DO mErcOSul

Os parâmetros de avaliação durante o experimento foram: diâmetro (mm), comprimento (mm) e massa média de frutos (g).

O delineamento experimental utilizado foi em blocos inteiramente casualizados, sendo cada parcela composta por 10 plantas com três repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas a teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade utilizando o software SISVAR.

Resultados e discussão

Em relação à massa média de frutos pode-se verificar, na Tabela 1, que apenas os genótipos FRF LAM01 e FRF PA109 são diferentes entre si, mas não diferem das demais.

Tabela 01 - Diâmetro e comprimento de frutos (mm) e massa média de frutos (g). UFFS, Laranjeiras do Sul, 2018. Genótipo Diâmetro do fruto

(mm) Comprimento do fruto (mm) Massa média (g.fruto -1) FRF LAM18 2.00 a 3.61 a 12.88 ab FRF LAM01 3.20 a 4.42 a 6.60 b FRF PA109 3.73 a 4.07 a 18.81 a FRF FC104 3.02 a 3.92 a 14.67 ab Albion 3.16 a 4.29 a 16.94 ab CV % 25.13 11.21 30.14

Médias seguidas por mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey 5% de probabilidade.

Com relação ao diâmetro e comprimento do fruto (mm) não teve diferenças estatísticas, mas o maior valor para diâmetro foi o genótipo FRF PA109 e para comprimento foi o genótipo FRF LAM01. Já para massa média (g.fruto-1) houve diferença significativa, sendo mais satisfatório o genótipo FRF PA109

com 18,81 gramas, já que os menores frutos foram obtidos com pelo genótipo FRF LAM01.

De acordo com Casonatto et al. (2016), a cultivar Albion apresentou massa média de frutas de 10,7 g.fruta-1 em sistema de produção orgânico. Nesse experimento, ‘Albion’ produziu frutos com 16,04 g. CONCLUSãO

Para comprimento e diâmetro não ocorreu diferença entre os genótipos, porém na condição de massa a seleção FRF PA109 se destacou com 18,81 gramas.

Pode ser uma característica da seleção FRF LAM01 apresentar frutos com massa reduzida, mas com maior comprimento.

REFERêNCIAS

ANTUNES, L. E. C.; CARVALHO, G. L.; SANTOS A. M. A cultura do morango. 2. ed. rev. e ampl. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2011. 52 p. (Coleção Plantar, 68).

CARVALHO, S. F. de; FERREIRA, L. V.; PICOLOTTO, L.; ANTUNES, L. E. C.; CANTILLANO, R. F. F.; AMARAL, P. A.; WEBER, D.; MALGARIM, M. B. Comportamento e qualidade cultivar morango (Fragaria x Ananassa duch.) na região de Pelotas - RS. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha [online], v. 14, n. 2, p. 176-180, 2013. Disponível em: http://www. redalyc.org/articulo.oa?id=81329290011. Acesso em: 31 ago. 2018.

CAVIGLIONE, J. H.; KIIHL, L. R. B.; CARAMORI, P. H.; OLIVEIRA, D. Cartas climáticas do Paraná. Londrina: IAPAR, 2000. 1 CD-ROM. Disponível em: http://www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=677. Acesso em: 30 ago. 2018. COSONATTO, M.; RIBAL, A. P.; TEDESCO, A. L. Avaliação de características físico-químicas de pseudofrutos das cultivares de morangueiro orgânico: Albion e Camarosa. Unoesc & Ciência - ACBS Joaçaba, v. 7, n. 2, p. 131-136, jul./dez. 2016.

MOLON, R. Qualidade e composição físico química de frutas de morangueiro. 2013. 35 f. TCC (Conclusão do Curso Tecnologia em Alimentos) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira, Medianeira. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1707/1/MD_COALM_2013_1_01.pdf. Acesso em: 30 ago. 2018.

QUINATO, E. E.; DEGÁSPARI, C. H.; VILELA, R. M. Aspectos nutricionais e funcionais do morango. Visão Acadêmica, v. 8, n. 1, jan.–jun. 2007.

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VIII ENcONtrO SObrE pEquENAS FrutAS E FrutAS NAtIVAS DO mErcOSul

Crescimento e qualidade de mudas de guabiroba produzidas em substratos

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