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Produção de mudas de diferentes genótipos de morangueiro em cultivo orgânico de produção (1)

No documento Anais 2018. (páginas 137-140)

Felipe Silva Campos(2), Ágatha Guilhermina Aschembrener Trindade(3), Cláudia Simone Madruga Lima(4) e Vania Zanella Pinto(5)

(1) Trabalho executado com recursos da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS.

(2) Acadêmico do curso de Agronomia; Universidade Federal da Fronteira Sul; Laranjeiras do Sul, Paraná; f_scampos@ymail. com;

(3) Acadêmica do curso de Agronomia; Universidade Federal da Fronteira Sul; (4) Professora adjunta do curso de Agronomia; Universidade Federal da Fronteira Sul; (5) Professora adjunta do curso de Engenharia de Alimentos; Universidade Federal da Fronteira Sul;

INTRODUçãO

A cultura morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.) pertencente à família das Rosáceas, cultura o qual se destaca em virtude de suas características organolépticas e de seu valor de mercado, sendo suas frutas destinadas tanto para o consumo in natura como para industrialização (Andriolo et al., 2009; Musa et al., 2015).

De acordo com Antunes et al. (2011), a propagação do morangueiro para uso comercial é feita por propagação vegetativa através de estolões, para manter a uniformidade da produção de morangos, e também por apresentar um menor custo de produção para os agricultores. O número de estolões emitidos pela planta-mãe varia de acordo com a cultivar utilizada e do sistema de produção utilizado na para produção de mudas, podendo variar de 100 a 600 estolões emitidos pela planta-mãe.

Estima-se que a demanda de mudas de morangueiro no Brasil são de 200 milhões de unidades/ ano que atende aos quatro (04) mil ha cultivados no país, parte dessas mudas são produzidas pelos próprios agricultores, e outra parte importada (Teixeira, 2011). Assim, verificar como diferentes genótipos se comportam quanto à produção de mudas em sistema orgânico de produção é uma informação importante que pode potencializar a produção de mudas em sistema orgânico. Desta forma, objetivo nesse trabalho é avaliar a produção de mudas por estolões emitidos de diferentes genótipos de morangueiro cultivados em solo (Antunes et al., 2011 ).

MATERIAL E MéTODOS

O experimento foi desenvolvido na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Laranjeiras do Sul, Paraná, Brasil. O clima da região é classificado como Cfa (clima subtropical) com temperatura média no mês mais frio inferior a 18 °C e temperatura média no mês mais quente acima de 22 °C (Caviglione et al., 2000).

Como material vegetal utilizou-se sete genótipos de morangueiro, sendo: três cultivares (Albion; Jonica; Pircinque, de dias curtos) e quatro seleções (CREA FRF LAM01, CREA FRF LAM18, CREA FRF PA109 de dias curtos e o CREA FRF FC104 de dias neutros).

O material genético utilizado no experimento foi cedido no ano de 2017 pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), para realização de experimentos na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) nas condições edafoclimáticas de Laranjeiras do Sul – PR.

gotejadores (4 L.h-1 durante 40 minutos por dia). Para a proteção de intempéries climáticas as mudas

foram cobertas por filme plástico em polietileno de baixa densidade (PEBD) transparente, com 100% de aditivação UV, com espessura de 100 micras na forma de túneis baixos, com altura de 0,75 m dos canteiros. Utilizou-se palhada de gramíneas como cobertura morta.

O plantio das matrizes foi realizado no ano 2017 e a colheita dos estolões, para o experimento, realizada em março de 2018. Os parâmetros quanto ao número de estolões e mudas produzidas por estolões foram avaliadas um ano após o transplantio das mudas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com três repetições para cada genótipo, composta por três plantas cada, totalizando 63 plantas avaliadas. A análise estatística foi realizada no software SISVAR, onde, diferenças entre médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSãO

O genótipo FRF Lam 01 apresentou maior número de estolões e respectivamente maior número de mudas, porem não diferindo em numero de mudas do genótipo Jônica (Tabela 1).

Tabela 01 - Produção de estolões e mudas em diferentes genótipos de morangueiro, Laranjeiras do Sul, PR, 2018.

Genótipos* Número de estolões1 Número de mudas1

Pircinque 12,44B 14,22 BC Jônica 13,88 B 18,88 AB FRF Lam 18 5,66 C D 6,88 C FRF Lam 01 21,22 A 26,44 A FRF Pa 109 11,66 BC 13, 44 BC FRF FC 105 4,77 D 7,77 C Albion 4,88 D 8,11 C CV% 43 45

*Albion, FRF LAM01, FRF LAM18, FRF PA109, Jônica e Pircinque de dias curtos e FRF FC104 de dias neutros. 1 Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

De acordo com Oliveira et al. (2007), o número de mudas produzidas por estolão é inversamente proporcional ao número de estolões produzidos por planta, quando produzidas em cultivo fora de solo. De maneira geral a partir dos resultados obtidos observou-se uma média superiora a produção de apenas uma muda por estolão.

A maior produção de estolões e mudas produzidas por plantas de morangueiro do genótipo FRF Lam 01 demonstra que este apresenta potencial como planta matriz, pois mesmo em condições não propícias para produção de mudas, este material apresentou resultados elevados, sendo nesse experimento avaliado apenas potencial de produção de estolões e mudas por estolões.

CONCLUSõES

O genótipo FRF Lam 01 produz maior número de estolões e de mudas por plantas em condições orgânicas de produção.

O genótipo FRF FC 105 apresenta menor potencial na produção de estolões, assim como Albion e FRF Lam 18.

Os genetipos FRF Lam 18 FRF FC 105, Albion e Pircinque apresentaram menor número de mudas por planta.

ANAIS DO VIII SImpóSIO NAcIONAl DO mOrANgO

VIII ENcONtrO SObrE pEquENAS FrutAS E FrutAS NAtIVAS DO mErcOSul AGRADECIMENTOS

Aos acadêmicos e professora orientadora do grupo de Fruticultura pelo auxílio e execução de diversas atividades.

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) pelo recurso financeiro.

A Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV-UDESC) pelo material genético utilizado.

REFERêNCIAS

ANDRIOLO, J. L.; JÄNISCH, D. I.; SCHMITT, O. J.; VAZ, M. A. B.; CARDOSO, F. L.; ERPEN, L. Concentração da solução nutri- tiva no crescimento da planta, na produtividade e na qualidade de frutas do morangueiro. Ciência Rural, v. 39, n. 3, p. 684-690, maio-jun. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782009000300009>. Acesso em: 27 jul. 2018.

ANTUNES, L. E. C.; CARVALHO, G. L.; SANTOS, A. M. A cultura do morango. 2. ed. rev. e ampl. Brasília, DF: Embrapa Infor- mação Tecnológica, 2011. 52 p.

CAVIGLIONE, J. H.; KIIHL, L. R. B.; CARAMORI, P. H.; OLIVEIRA, D. Cartas climáticas do Paraná. Londrina: IAPAR, 2000. CD. Disponível em: <http://www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=677>. Acesso em: 27 ago. 2018. MUSA, C. I.; WEBER, B.; GONZATTI, H. C.; BARBOSA, L. N.; GALINA, J.; LAGEMANN, C. A.; SOUZA, C. F. V.; OLIVEIRA, E. C. Cultivo Orgânico em Substrato: uma experiência inovadora no cultivo do morangueiro no município de Bom Princípio/RS. InterfacEHS, v.10, p. 38-46, 2015.

OLIVEIRA, R. P.; BRAHM, R. U.; SCIVITTARO, W. B. Produção de mudas de morangueiro em casa-de-vegetação utilizando recipientes suspensos. Horticultura Brasileira, v. 25, p. 107-109, 2007.

TEIXEIRA, C. P. Produção de mudas e frutos de morangueiro em diferentes sistemas de cultivo. 2011. 74 f. Tese (Doutorado em Produção Vegetal) – Universidade Federal de Lavras, Lavras. Disponível em: <http://repositorio.ufla.br/bits- tream/1/2054/1/TESE_Produção%20de%20mudas%20e%20frutos%20de%20morangueiro%20em%20diferentes%20siste- mas%20de%20cultivo.pdf>. Acesso em: 01 out. 2018.

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No documento Anais 2018. (páginas 137-140)

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